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Trocas Gasosas nos Pulmões.pdf

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FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA- RUI CURI 
 
ANA RIOS- TURMA 69 1 
 
Capítulo 33: Trocas Gasosas nos Pulmões 
 
TROCAS GASOSAS: 
A complexidade dos segmentos corporais foram criando dificuldades às trocas gasosas, 
pois a difusão depende de uma distância limitada. Assim, a solução evolutiva foi 
desenvolver um sistema respiratório interno intimamente associado ao sistema 
cardiovascular e o surgimento de proteínas especializadas no transporte de gases. 
 
GASES RESPIRATÓRIOS/ OXIGÊNIO E DIÓXIDO DE CARBONO/ 
CONCENTRAÇÕES E PRESSÕES PARCIAIS: 
O ar atmosférico é uma mistura de gases, contendo nitrogênio, oxigênio, dióxido de 
carbono e uma pequena quantidade de vapor de água. Esses são capazes de se mover 
de forma contínua por difusão, para isso é necessária uma fonte de energia, que é 
gerada pelo movimento das próprias moléculas. Elas se difundem da região mais 
concentradas para a região onde estão menos concentrados, e quando entram em 
contato umas com as outras e contra as paredes do recipiente, geram pressão. 
A pressão do ar atmosférico ao nível do 
mar é 760mmHg, apesar dessa pressão 
variar em relação a altitude, sua 
composição não muda até 60 km. 
Ar alveolar: ar que participa das trocas 
gasosas nos pulmões, se trata de uma 
mistura de ar atmosférico inspirado 
acrescido de uma quantidade maior de 
vapor de água e CO2. 
Ar traqueal: mistura de ar atmosférico 
saturada por vapor de água 
(evaporação dos revestimentos 
epiteliais das vias). 
A hiperventilação pode acarretar aumento da pressão de O2 alveolar e diminuição da 
pressão de CO2 alveolar, já na hipoventilação pode ocorrer o inverso. Ou seja, pode-se 
dizer que a ventilação alveolar e a composição do ar inspirado afetam a PO2 e a PCO2. 
 
LEI DOS GASES E SUAS APLICAÇÕES BIOLÓGICAS: 
Lei Geral dos Gases: PV=nRT 
A Lei de Dalton (a pressão total de uma mistura é igual a soma das pressões parciais 
dos gases) e a Lei de Henry (o volume de um gás dissolvido em um líquido, a uma 
temperatura constante, é proporcional à pressão do gás sobre o líquido, à sua 
solubilidade e ao volume do líquido) resumem as regras que governam o 
comportamento dos gases no ar e nas soluções. 
Fluxo de shunt: uma pequena fração do fluxo venoso (2% à circulações brônquica e 
coronária) apresentam PO2 de 40mmHg, pois não foi oxigenado (não passou pelas 
áreas de troca), o que faz com que o sangue arterial sistêmico tenha uma PO2 menor 
que a PO2 alveolar. 
Oxímetro de pulso= determinar grau de oxigenação arterial/ gasômetro= determinar 
PCO2 e PO2. 
 FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA- RUI CURI 
 
ANA RIOS- TURMA 69 2 
 
UNIDADE RESPIRATÓRIA E MEMBRANA RESPIRATÓRIA: 
Cada alvéolo é envolvido por uma rede densa de capilares interconectados, de modo 
que o O2 possa difundir-se dos alvéolos para o sangue e o CO2 do sangue para os 
alvéolos. 
Gasometria se trata da determinação da PO2 e da PCO2, além do pH de uma amostra 
de sangue. Parâmetros: pH (7,35- 7,45), PaCO2 (35- 45mmHg), PaO2 (80- 100mmHg) 
e SatO2 (95- 100%). 
Hipóxia: disponibilidade diminuída de O2 para as células e pode ser originada pela 
diminuição da difusão de O2 (espessamento da membrana, área reduzida da membrana 
e redução da PO2 alveolar), nesses casos é chamada de hipóxia hipóxica. Além desse, 
há também a hipóxia anêmica, hipóxia isquêmica e hipóxia histotóxica. Geralmente vem 
acompanhada de hipercapnia (concentração elevada de CO2 nos líquidos corporais). 
 
 
 
Unidade respiratória: Estruturas com 
paredes extremamente finas, onde 
ocorrem as trocas gasosas. São elas: 
bronquíolos respiratórios, ductos 
alveolares, átrios e alvéolos. 
 
 
 
Membrana respiratória/ pulmonar: 
membrana por onde ocorre a difusão de 
gases. Ela é composta por 6 camadas, 
a de líquido que cobre o alvéolo, o 
epitélio alveolar, a membrana basal 
epitelial, o espaço intersticial, a 
membrana basal capilar e o endotélio 
capilar. 
 
DIFUSÃO DOS GASES ATRAVÉS DA MEMBRANA RESPIRATÓRIA/ LEI DE FICK: 
As trocas gasosas da membrana pulmonar ocorrem por difusão simples, e é regida pela 
lei de Fick: 
Vgás= Dgás X (ΔPgás) X ÁREA/ ESPESSURA 
O sentido da difusão de gás é determinado pela diferença entre duas pressões parciais 
do gás no alvéolo e no sangue. A pressão parcial do gás é a força propulsora para a 
difusão de um gás através da membrana respiratória (força propulsora= pressão parcial 
alveolar- pressão parcial do sangue venoso). 
A difusão do CO2 é muito maior que a do O2, pois o principal limitante ao movimento dos 
gases é a sua capacidade de solubilização, sendo o CO2 mais solúvel que o O2). 
 FISIOLOGIA RESPIRATÓRIA- RUI CURI 
 
ANA RIOS- TURMA 69 3 
 
As trocas gasosas dependem de 4 fatores principais, o gradiente de pressão 
(supracitado), a espessura e a área total da membrana e o coeficiente de difusão dos 
gases. 
Durante o exercício a intensidade de difusão aumenta, pois os capilares são mais 
perfundidos com sangue. 
Algumas doenças diminuem a eficiência do processo de trocas gasosas nos pulmões, 
pois diminuem a intensidade de difusão dos gases. São divididas em duas, as 
obstrutivas (aumento da resistência) e as restritivas (redução do parênquima pulmonar 
e da capacidade pulmonar total) 
>OBSTRUTIVAS< 
- Asma: broncoconstrição episódica, reversível, resultante do aumento da 
responsividade da árvore traqueobrônquica. Dispneia + tosse + sibilos. 
- Enfisemaà destruição dos septos alveolares e perda de elasticidade. Aumento na 
resistência à passagem do ar e diminuição da capacidade de difusão dos gases. 
- Fibrose ou edemaà aumento da espessura da membrana por lesão da parede alveolar 
ligada a um processo inflamatório. Fibroblastos se proliferam e fibrose progressiva 
prejudica as trocas gasosas. 
*Anemiaà diminui a quantidade de hemoglobina nos eritrócitos. (não foi classificada). 
 
FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR NAS TROCAS GASOSAS: 
A primeira condição para que ocorram as trocas gasosas é a ventilação alveolar (que 
também pode mudar os valores de PO2 e PCO2 quando alterada), a segunda condição 
á a difusão de gases (membrana deve apresentar condições morfológicas adequadas 
que permitam movimentação gasosa), a terceira e última condição é a perfusão alveolar. 
O fluxo sanguíneo pulmonar é o débito cardíaco do coração direito (15mmHg). Porém, 
os efeitos gravitacionais fazem com que haja uma diferença de pressão hidrostática 
entre o ápice e a base, que corresponde a 23mmHg. No ápice o fluxo pode diminuir ao 
ponto em que os capilares colabam. Durante o exercício, a pressão arterial sobe e as 
redes de capilares da parte superior se abrem. 
Além disso, os pulmões tem 2 habilidades de reservas, a primeira é recrutar redes de 
capilares adicionais e a segunda é a capacidade de extensão de toda a rede capilar 
pulmonar. Na rede capilar pulmonar fica favorecida a reabsorção de líquidos. Essa 
dinâmica só ocorre, pois, a pressão capilar pulmonar é mais baixa que a pressão 
coloidosmótica plasmática, que movimenta o líquido para o interior dos capilares. 
 
 
Desbalanço: acúmulo de líquido no 
interstício e as vezes no interior dos 
alvéolos pulmonares, isso aumenta 
pressão hidrostática capilar, que pode 
ser provocado por insuficiência cardíaca 
não tratada. 
As trocas gasosas podem ser descritas 
como limitadas por difusão ou perfusão. 
A associação da ventilação alveolar 
com o fluxo sanguíneo é um processo 
que envolve uma regulação local.

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