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Docente: Luciana de Oliveira Figueira
Disciplina: Direito Empresarial III
Discente: Maria Clara Silva de Carvalho
Semestre: 9º semestre - noturno.
HANDOUT – AULA 4
Aula postada no aplicativo Google Classrroom.
1. OBJETIVO E FINALIDADE.
	O conteúdo apresentado nesta aula foi “Efeitos da falência”. Os materiais utilizados foram aulas anexas em modelo de slides no aplicativo acima citado, como referência foi usada legislação específica sobre falência, bem como a bibliografia exposta pela docente. Elaborado como exercício avaliativo da matéria de Direito Empresarial, afim melhor fixação do conteúdo.
2. REVISÃO TEÓRICA
	O assunto se inicia tratando dos efeitos da falência quanto aos contratos, dividindo-se entre contratos, unilaterais, bilaterais e as regras especiais, o conceito de contrato se enquadra em, vínculo jurisdicional pelo qual as pessoas se obrigam a dar, fazer ou deixar de fazer alguma coisa, em regra, resulta de contrato.
	A seguir, passaremos para as observações em relação a compensação de crédito, e suas regras especiais. Falaremos sobre a responsabilização pessoal dos sócios , e por fim, as ações não reguladas pela LRE ( Lei de Recuperação de Empresas).
2.2 Quantos os contratos unilaterais
Os contratos unilaterais são aqueles que geram obrigações a somente uma das partes. Os efeitos da falência em relação aos contratos unilaterais devem ser analisados de duas formas, a de contrato unilateral favorável ao falido e a de contrato unilateral desfavorável ao falido.
É importante salientar que a decretação da falência nos contratos unilaterais e bilaterais não produz efeitos imediatos quanto ao desfazimento das obrigações que decorem do contrato, tendo a lei reservado um tratamento diferenciado aos unilaterais quanto a manutenção dos contratos, se distinguindo dos bilaterais.
Os contratos unilaterais bonançosos ao falido,  cujo cumprimento da obrigação recai exclusivamente no outro contratante, não ocorre alteração na relação contratual, exceto quanto à legitimação ativa para exercício dos direitos decorrentes do contrato, Aquele que contratou com o empresário deverá dirigir o cumprimento da obrigação ao administrador judicial e não ao falido, estando a legitimação para dar quitação ou promover a execução forçada em mãos do administrador judicial, que por hora e por tempo indeterminado é o representante da ex-empresa e agora massa falida.
Em relação aos contratos que estão para gerar obrigações, exclusivamente sobre a massa, caso do art. 118 da LRE, que prevê a possibilidade de dar cumprimento a eles, sendo que para tanto, é necessário que haja uma autorização do comitê e também que a conduta possa reduzir ou evitar o passivo da massa falida, ou ainda se necessário à manutenção e preservação de seus ativos. Caso não seja essa a opção, os credores se sujeitam aos efeitos normais da falência, sendo, que para poderem reivindicar seus direitos, devem se habilitar na falência pelo crédito que possuem, estando estes créditos sujeitos às condições que incidem sobre as demais obrigações apresentadas à falência, como por exemplo, em relação ao vencimento antecipado.
 
O art. 83 da LRE estabelece, em seu parágrafo 3º, que “as cláusulas penais dos contratos unilaterais não serão atendidas se as obrigações neles estipuladas se vencerem em virtude da falência”, e, portanto, não serão exigíveis na falência.
2.3. Quantos aos contratos bilaterais
 Contrato bilaterais são os contratos em que as obrigações são recíprocas entre os contratantes.Não se resolvem com a falência;
Os contratos bilaterais podem ser cumpridos pelo administrador judicial, se o cumprimento reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida ou for necessária à manutenção e preservação de seus ativos, mediante autorização do Comitê (art. 117, da LF).
Os contratos bilaterais que ainda não foram totalmente cumpridos não se resolvem (finalizam) automaticamente pela falência, podendo ser cumpridos pelo administrador judicial, quando for de interesse da massa.
LRF, art. 117, O cumprimento do contrato deverá acontecer com o intuito de reduzir ou evitar o aumento do passivo da massa falida, ou, se for necessário, para a manutenção e preservação de seus ativos, mediante autorização do comitê de credores.
Mesmo que haja previsão contratual de resolução automática do contrato em caso de falência do contratante, à luz da lei, o que vai determinar a resolução ou não será a conveniência para a massa falida.
 	O contratante poderá, no silêncio do administrador, interpelar este, no prazo de até 90 dias, contado da assinatura do termo de sua nomeação, para que, dentro de 10 dias, declare se cumpre ou não o contrato. A não manifestação do administrador gera a resolução do contrato e, da mesma forma que a negativa, confere ao contratante o direito à indenização pelo dano sofrido (art. 117, §§1 e 2, da LF).
Há controvérsia doutrinária quanto a possível cláusula resolutória.
2.4 Quantos as regras especiais
Contrato de compra e venda de coisa em trânsito
 	O art. 495, do Código Civil, determina que, nas vendas à prazo, não obstante o prazo ajustado para o pagamento, se antes da tradição o comprador cair em insolvência, poderá o vendedor sobrestar a entrega da coisa até que o comprador lhe dê caução de pagar no tempo ajustado.
LRF: Exceção: O vendedor não pode obstar a entrega das coisas expedidas ao devedor e ainda em trânsito, se o comprador falido, antes do requerimento da falência, as tiver revendido, sem fraude, à vista das faturas e conhecimentos de transporte, entregues ou remetidos pelo vendedor.
Contrato de compra e venda de coisas compostas
 	O comprador que já houver recebido parte da coisa, mas não sua totalidade, poderá devolvê-la à massa falida e requerer ressarcimento de perdas e danos pela rescisão contratual.
 Contrato de compra e venda de bens móveis à prestação;
O credor que já tiver pago parte do preço contratado ou antecipado o pagamento do serviço a ser prestado, deverá habilitar o crédito na falência;
Contrato de compra e venda com reserva de domínio
 Até o pagamento integral do preço, a propriedade é mantida com o alienante, que a conserva como garantia da satisfação da obrigação pelo devedor.
Ou seja, o alienante (vendedor) fica com o objeto até o pagamento integral da compra.
 	Se não houver a opção pelo administrador em cumprir o contrato, o alienante poderá promover pedido de restituição, mas deverá devolver o montante eventualmente pago.
Compra e venda de coisas vendidas a termo
Na hipótese de não execução do contrato, pela falta de entrega do bem ou do pagamento do preço, diante da falência da parte, será devida a diferença entre a cotação em bolsa ou mercado do dia do contrato e a da época da liquidação em bolsa ou mercado.
Não haverá o pagamento do preço ou a entrega do bem, mas apenas da diferença entre o preço decorrente da cotação.
Promessa de compra e venda de imóveis;
A Lei 6.766/1979, ao versar sobre o compromisso de compra e venda de imóvel loteado, em seu art. 30, estabelece que a sentença declaratória de falência de qualquer das partes não rescindirá os contratos de compromisso de compra e venda ou de promessa de cessão que tenham por objeto a área loteada ou lotes da mesma.
Quanto ao imóvel não loteado, sua regulação continua pelo Dec-Lei 58, de 1937, que, em seu art. 22, determina que os contratos de compromisso de compra e venda, sem cláusula de arrependimento, cujo preço tenha sido pago no ato de sua constituição ou deva sê-lo em uma ou mais prestações, desde que inscritos a qualquer tempo, atribuem aos compromissários direito real ou oponível a terceiro e lhes conferem o direito de adjudicação compulsória.
Contrato de locação
Nos contratos de locação, a falência do locador não resolve o contrato de locação. O contrato é mantido no próprio interesse da massa falida, que continuará a receber os aluguéis do locatário.
Caso a falência seja do locatário, o administrador judicial pode, a qualquer tempo, denunciar o contrato. O administrador possui discricionariedade para executar ou resolvero contrato conforme a conveniência aos interesses da massa.
3. COMPENSAÇÃO DO CRÉDITO
	A compensação é instituto do direito Civil, pessoas que são credores e devedores recíprocos, basta que estes tenham com ele dívidas já vencidas para que a compensação ocorra, sendo ela uma forma de extinção da obrigação.
	A compensação que é uma exceção ao tratamento paritário de credores, prevista no artigo 122 da LRE, são os casos de; dívidas vencidas até a decretação da falência, divididas anteriores a falência, dívidas líquidas, oponíveis a massa falida
	Quando a compensação não é admitida, visando a prevenção de fraude à ordem legal de preferência, o art. 122 veda a compensação de créditos transferidos após a decretação de falência, entretanto, mesmo sendo transferida depois da falência é possível compensar o crédito quando; da sucessão negocial – fusão, corporação e cisão, da sucessão por morte ou quando já havia sido reconhecido o estado de crise econômico-financeira do devedor ou transferência que se operou com dolo ou fraude.
4. REGRAS ESPECIAS DOS CONTRATOS
Contrato de mandato;
Celebrados antes da decretação da falência, em que o mandatário se obrigou a praticar um determinado negócio ou zelar por todos os negócios em benefício do mandante falido terão seus efeitos cessados com a decretação da quebra.
Exceção: o mandato conferido para representação judicial do devedor continua em vigor até que seja expressamente revogado pelo administrador judicial, para evitar eventuais prejuízos.
Caso o falido seja o mandatário, e não o mandante, o contrato de mandato celebrado antes da falência é resolvido, a menos que verse sobre matéria estranha à atividade empresarial.
 Caso o falido seja sócio/acionista, uma das obrigações é informar que é sócio ou acionista, após será feito um balanço para apurar e determinar valores de cotas e ações.
 Casos de condomínios indivisíveis é feita venda do bem, a parcela do falido é entregue a massa falida.
5. RESPONSABILIDADES DOS SÓCIOS
	Quando o sócio responde por uma sociedade ilimitada, a falência o alcança, mas se tratando de sócio de sociedade limitada, em algumas hipóteses é alcaçado, só em algumas hipóteses, segundo o art. 82 da LRE, sendo elas; dissimulação dos fatos, dissimulação da contabilidade ou disposição de bens em proveito próprio (a venda dos bens), sendo essas hipóteses exceções.
	A competência para julgamentos dessas ações PE do juízo falimentar, podendo ser requeridas medidas cautelatórias, ou feitas de ofício.
	Pode ser proposta em até dois anos da sentença de falência. A responsabilidade aqui é exposta é pela atitudes irregular dos sócios e não a sua inadimplência.
6. CONCLUSÃO
	Assim reiteramos o conteúdo sobre falência, em mais uma etapa, onde foi estudado os efeitos da falência quanto aos contratos celebrados, em diversas espécies destes, analisamos a compensação de crédito, em que pode ou não ser admitida, em seus específicos casos.
	Por fim estudamos a responsabilização dos sócios nas ações de recuperação, onde os sócios ilimitados são alcançados pelos efeitos da falência, e quanto aos sócios limitados não podem ser alcançados, salvo em quando da ações irregulares cometidas por estes. Adquirindo o conhecimento desta fase do estudo sobre falência.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COELHO, Fábio Ulhoa. Comentários a Lei de falência e de recuperação de empresas. São Paulo: editora Revista dos Tribunais, 2016.
TOMAZZETE, Marlon. Curso de Direito Empresarial: Falência e Recuperação de empresas 3, 5ª edição. São Paulo: Editora Atlas, 2017

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