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O Hoje Goiânia 01.05.2020

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Tempo em Goiânia
Sol com algumas
nuvens. Não chove.s 29º C 
t 16º C
| ANO 16 | Nº 4.920 | GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 1º DE MAIO DE 2020 | R$ 2,50 | FUNDADO EM 23 DE ABRIL DE 2004 OHOJE.COM 
�
LEIa nas CoLunas
Xadrez:Relator da Comissão de
Gastos cobra ações para recu-
peração após a pandemia. 
Política 2
Econômica: Incluindo quem
saiu do mercado, taxa de de-
semprego aproxima-se de 14%. 
Economia 4
Esplanada: Ex-presidentes
participam, hoje, de live da
festa dos trabalhadores.
Política 6
Gilmar recusa pedido
contra prorrogação da
CPMI das Fake News
Política 6
Preservação do emprego
no período de calamidade 
LAís MEnEzEs GArcIA 
Opinião 3
Sem isolamento,
custo econômico
seria bem maior
Análise de pesquisas pelo mun-
do aponta que foram poupados
US$ 8 trilhões com a preserva-
ção de vidas com a quarentena. 
Negócios 17
Socorro oferecido por
Caiado pode comprometer
atendimento aos goianos
A ajuda oferecida pelo governo de Goiás a outros estados
que estão em pior situação em relação ao enfrentamento da
pandemia do novo Coronavírus pode acabar comprometen-
do o atendimento interno, já que o Estado ainda não tem uma
quantidade significativa de leitos de UTIs com respiradores.
Governo anunciou essa semana que avalia a possibilidade de
emprestar os leitos disponíveis em hospitais goianos,para o
tratamento de pacientes com Coronavírus de lugares que es-
tão com o seu sistema de saúde em colapso. Para a presidente
do Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Único de Saúde
no Estado de Goiás, Flaviane Alves, a oferta pode acabar ge-
rando um colapso no sistema de saúde pública goiana, já que
o governador Ronaldo Caiado não informou se haverá a con-
tratação de mais mão de obra. Cidades 11
O Indicador de Incerteza da Economia,
medido pela Fundação Getulio Vargas
(FGV), subiu 43,4 pontos de março para
abril deste ano, novo recorde. Economia 4
Na manhã de ontem o prefeito
Iris Rezende negou ajuda finan-
ceira às empresas de transporte
coletivo da Capital alegando que
o município não tem condição de
ajudar financeiramente as em-
presas para que mais ônibus
possam rodar. Cidades 10
Prefeito nega
bancar ajuda
ao transporte
coletivo 
Com as aulas suspensas e sem pre-
visão de retomadas, a Universi-
dade Estadual de Goiás (UEG) sus-
pendeu o vestibular da instituição
que ocorreria no segundo semes-
tre, por causa da incerteza gerada
pela pandemia. Cidades 10
UEG suspende
vestibular por
causa da Covid-19
Leandro Crispim, que tomou
posse ontem como presiden-
te do Tribunal Regional Elei-
toral (TRE-GO), diz que o ór-
gão trabalha para realizar o
processo eleitoral municipal
ainda neste ano. Política 5
Novo presidente
do TRE-GO quer
eleições em 2020
O Tribunal de Contas dos Mu-
nicípios (TCM-GO) vai contem-
plar seus servidores que esti-
verem à disposição de outros
órgãos com progressão funcio-
nal ou promoção. Para tanto,
enviou um projeto de lei à As-
sembleia Legislativa, alterando
o Plano de Cargos, Carreiras e
Remunerações. Política 2
TCM muda lei
para beneficiar
servidores 
Incerteza recorde
sobre a economia
pelo segundo mês
Wesley Costa
Basileu França
lança galeria virtual
O Departamento de Artes Visuais
do ITEGO em Artes Basileu Fran-
ça, lança a exposição virtual ‘Oxi-
gênio’, que ocorre entre os dias 28
de abril e 21 de maio e pode ser
acompanhada pela internet. 
Essência 13
Carlos Gibaja /Governo do Ceará
População se arrisca por auxílio emergencial Trabalhadores e desempregados que
buscam o tão prometido auxílio emergencial de R$ 600 do Governo Federal não conseguem receber o dinheiro sem
sair de casa e formam filas em frente aos bancos. Beneficiários relatam problemas em aplicativo. Cidades 9
Rubens Salomão | xadrez@ohoje.com.br
Relator da Comissão de Gastos
cobra ações pós-pandemia
O deputado federal Francisco Júnior (PSD)
cobrou do ministro da Economia, Paulo Gue-
des, ações para a recuperação financeira nos
meses seguintes à pandemia de coronavírus
no Brasil. Os questionamentos foram feitos du-
rante audiência realizada pela Comissão Mis-
ta do Congresso Nacional que avalia gastos e
medidas do governo federal para o combate
à covid-19, da qual o goiano é relator. “Pen-
sando no que vai acontecer daqui alguns me-
ses, é preciso que haja um pla-
no para sair da complexa
situação fiscal em que nos
encontraremos. Proble-
mas estruturais e de gran-
de envergadura requerem
soluções estruturadas”,
afirmou. O deputado ainda
criticou a PEC encaminhada
pelo governo que acaba com
o PPA (Plano Plurianual),
que define metas para pe-
ríodo de cada quatro anos
de gestão. “Acaba com um
instrumento de planeja-
mento de médio prazo”, disse. 
Responsabilidade
O relator ainda questionou sobre as opções
de participação do setor público na recuperação,
“com atuação direta ou indireta, por meio de
concessões”, e se de fato haverá um plano de in-
vestimentos da União. 
Resposta
Sobre quais são as medidas para o pós-pan-
demia e quando serão tomadas, Guedes disse
que enviaria resposta por email, por não ter tem-
po suficiente para detalhar. O ministro teve qua-
tro minutos para a réplica.
Aliado
Depois das perguntas elogiadas por Guedes,
Francisco Júnior fez questão de registrar que
confia na credibilidade do ministro. As reuniões
devem ser mensais.
Por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal (STF)
manteve ontem (30) a decisão individual do ministro Ale-
xandre de Moraes que impediu a suspensão dos prazos de
resposta dos pedidos de acesso à informação nos órgãos pú-
blicos durante a pandemia do novo coronavírus.
A decisão se trata de dispositivo previsto na Medida Pro-
visória 928/2020, que determinou a suspensão de prazos nos
casos de órgãos que estejam em regime de teletrabalho e que
dependam de acesso presencial para cumprir o prazo. 
No mês passado, Moraes suspendeu o trecho da medi-
da ao atender um pedido liminar feito pela Ordem dos Ad-
vogados Brasil (OAB) e pela Rede Sustentabilidade. Ambos
alegaram que a suspensão de prazos de resposta com-
prometeria a transparência das informações públicas. 
Ao decidir o caso na sessão desta tarde, o plenário re-
ferendou a liminar de Alexandre de Moraes, relator do caso.
Para o ministro, o trecho da MP impediu o acesso do ci-
dadão a informações públicas. 
“O artigo transformou a regra constitucional de publi-
cidade e transparência em exceção, invertendo a finalidade
da proteção constitucional ao livre acesso de informações
para toda a sociedade", disse o ministro. 
O entendimento foi acompanhado pelos ministros Ed-
son Fachin, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux,
Cármen Lucia, Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Mar-
co Aurélio e pelo presidente do STF Dias Toffoli. 
Pelo texto da MP, os pedidos de acesso a informações re-
lacionados ao enfrentamento da emergência de saúde pública
seriam atendidos com prioridade. Dessa forma, os pedidos não
prioritários pendentes de resposta por conta dessa suspensão
de prazo deveriam ser renovados em até dez dias, após o en-
cerramento do estado de calamidade pública, que vai até 31
de dezembro deste ano. (Agência Brasil)
Advocacia
Os advogados dativos, que prestam as-
sistência jurídica à população carente, rece-
beram na conta a parcela referente ao mês
de abril. O repasse, confirmado pela Secre-
taria de Governo, soma R$ 500 mil.
Sem saída
O assunto dos dativos entrou na pauta de
reunião de advogados de Aparecida de Goiâ-
nia com o deputado governista Cairo Salim
(PROS). Profissionais cobraram o governo e
contaram sobre as dificuldades financeiras
dos profissionais.
Facilitação
Após acordo com o Ministério do Turismo,
a GoiásFomento passa a oferecer taxa de ju-
ros menor e carência estendida na linha de
crédito destinada ao setor turístico. 
Novas condições
O juro caiu de 7% ao ano,para 5%, mais
INPC. A carência era de até 6 meses e foi am-
pliada para até 12 meses. A instituição dispõe
de R$ 15 milhões para esta linha de crédito. O
prazo de pagamento continua de 48 meses.
Correção
As emendas liberadas para o deputado fe-
deral Vitor Hugo (PSL), no valor de R$ 1,2 mi-
lhão, atendem o INMCEB, em Anápolis, mas
também a modernização de unidades de saú-
de e enfrentamento da violência contra a mu-
lher na cidade.
Plenário seguiu decisão individual de Alexandre de Moraes
2 O substitutivo apresentado por Davi
Alcolumbre, para socorro a estados ga-
rante pelo menos R$ 952 milhões a Goiás.
2 Ainda sem efeitos diretos da pande-
mia, o desemprego no Brasil tem número
melhor que no primeiro trimestre de 2019.
2 Dados do IBGE mostram que o país so-
mava 12,9 milhões de desempregados ao
fim de março. Em um ano, queda de 4%.
Xadrez
CURTAS
t
ohoje.com
GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 1º DE MAIO DE 20202 n POLÍTICA
Supremo mantém
prazo normal para
acesso à informação
Venceslau Pimentel
O Tribunal de Contas dos
Municípios (TCM-GO) vai con-
templar seus servidores que
estiverem à disposição de ou-
tros órgãos com progressão
funcional ou promoção. Para
tanto, enviou um projeto de
lei à Assembleia Legislativa,
alterando o Plano de Cargos,
Carreiras e Remunerações,
mas o documento não traz o
impacto financeiro da medi-
da e nem o número de servi-
dores que estão trabalhando
fora do órgão.
O Tribunal de Contas de
Pernambuco e o Tribunal de
Justiça do Pará, por exemplo,
não concedem o benefício o
servidor que estiver, na épo-
ca da progressão, ou tenha
sido durante o interstício,
posto à disposição de qual-
quer entidade, a não ser para
exercer cargo de chefia na
Administração Direta ou In-
direta do Estado.
A Lei nº 16.894/10, que o
presidente do TCM, Joaquim
de Castro, quer alterar, traz,
no artigo 26, que não concor-
rerá à progressão funcional ou
promoção o servidor em dis-
ponibilidade; em exercício de
mandato eletivo federal, esta-
dual ou municipal; em licença
para tratar de interesse parti-
cular ou afastado, a qualquer tí-
tulo, sem ônus para os cofres
públicos; que estiver cumprin-
do pena disciplinar, e aquele
que estiver à disposição da ad-
ministração direta ou indireta,
federal, estadual, distrital ou
municipal, salvo em virtude de
convênios firmados para fins
assistenciais ou educacionais. É
justamente este último, o inciso
V, que a proposta que tramita na
Alego quer revogar.
Os planos de carreira no
serviço público, de qualquer es-
fera, preveem a progressão,
entendida como passagem do
servidor para o padrão ime-
diatamente superior dentro da
classe ou categoria atual de
sua carreira funcional. Já a
promoção é a passagem do
servidor do último padrão de
uma classe ou categoria para o
primeiro padrão da classe ou
categoria imediatamente su-
perior de sua carreira. Em am-
bos os casos, ele ganha divi-
dendos em seu salário.
Ao justificar a alteração da
lei, Joaquim de Castro começa
explicando que a disposição
de servidor público é uma mo-
dalidade de afastamento que
possibilita que o servidor dis-
ponibilizado exerça suas ativi-
dades em outro órgão ou enti-
dade dos Poderes da União,
do Distrito Federal, dos Estados
ou dos Municípios.
Segundo ele, trata-se de uma
disposição voluntária de pessoal
e que se justifica em situação de
mútua cooperação entre os en-
tes, já que modifica tempora-
riamente a situação funcional
do servidor que se afasta, por
determinado tempo, das ativi-
dades do cargo para o qual foi
nomeado. “Deve ocorrer quan-
do estiver presente o interesse
público, com o intuito de cola-
boração entre órgãos e entida-
des públicos”, sublinha.
O conselheiro do TCM afir-
ma que inexiste norma geral
disciplinando critérios ou pa-
râmetros para que a disposição
de pessoas seja materializada
pela administração pública. No
entanto, observa que as dire-
trizes para a sua execução po-
dem ser obtidas a partir do tra-
tamento conferido pela Consti-
tuição Federal à administração
pública, especialmente pelo ar-
tigo 37, e também pelos pró-
prios princípios que norteiam o
direito administrativo.
Para ele, o servidor coloca-
do à disposição não pode ser
penalizado com o impedimen-
to de prosseguir em sua pro-
gressão de carreira ou ser afas-
tado de processos de promo-
ções. “É imperioso esclarecer
que a disposição de servidor
público não configura hipóte-
se de vacância de cargo ou
emprego público para fins de
provimento de novos servido-
res em substituição”.
Impacto financeiro
Os argumentos apresenta-
dos na justificativa do projeto
de lei, conforme o presidente
do TCM, demonstram a neces-
sidade da alteração na lei que
trata do pleno de cargos e ven-
cimentos, porque ela limita a
ampliação dos programas de
colaboração do órgão com os
demais entes. “O desestímulo
que este instituto traz em seu
bojo é incalculável ao servidor
que empreende esforços para
desenvolver suas atividades
no ente de destino em benefí-
cio de toda a administração
pública”, sustenta Castro.
No entendimento de Joa-
quim de Castro, o projeto me-
rece aprovação pelos deputa-
dos, pois tem o propósito de
permitir a implementação de
inúmeros projetos de coope-
ração e colaboração dos ór-
gãos que são extremamente
necessários para cumprimen-
to se seu papel constitucional.
Ao final de sua exposição,
ele garante que a aprovação do
projeto de lei não vai gerar
impacto financeiro, porque os
servidores colocados à dispo-
sição, em regra, têm suas re-
munerações pagas pelos en-
tes ou órgãos requisitantes.
De acordo com o portal do
TCM, são sete os servidores
(auditores e técnicos de con-
trole externo) cedidos a diver-
sos órgãos públicos, como o
Tribunal de Contas do Estado,
Tribunal de Justiça, Tribunal
Regional Eleitoral (TRE) e o
Tribunal Regional Federal da
1ª Região (Uberlândia-MG).
(Especial para O Hoje)
De acordo com o portal do TCM, são sete os servidores cedidos a diversos órgãos públicos
Vários órgãos públicos pelo País vedam
progressão e promoção de servidores à
disposição 
TCM muda lei para beneficiar servidores
ohoje.com
GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 1º DE MAIO DE 2020 OpiniãO n 3
Preservação do emprego no
período de calamidade pública
André Lima 
Seja inovador ou morra. A frase é forte, mas re-
sume uma realidade. Poucas empresas estão dis-
postas a realmente correr o risco da inovação. Pu-
lar desse penhasco sem saber se vamos aprender a
voar exige coragem e muitas mudanças na cultura
corporativa. O mercado já vinha dando sinais sobre
a necessidade de uma reinvenção. Mas, agora, tal de-
manda tornou-se urgente: uma questão de sobre-
vivência e sem opção de escolha. Vivemos um mo-
mento crítico, passando por uma pandemia sem pre-
cedentes e uma recessão econômica iminente, nas-
cida justamente desse período de incertezas e de iso-
lamento social. E como ficam as marcas nesse ce-
nário? Não basta mais apenas “parecer”, é preciso
ser real e transparente em um mundo em que os pró-
prios clientes, ultraconectados e cercados de infor-
mação, são os vigilantes da verdade no discurso das
suas marcas preferidas.
A receita é uma só: permitir o erro e criar como
se não houvesse nada a perder, mesmo quando se
tem tudo a perder. E a grande chave para tal ino-
vação está na grande "nova" habilidade do século:
a CRIATIVIDADE. 
Somos acostumados a ouvir que as pessoas
que possuem este dom são seres “iluminados” e
que a criatividade é restrita a poucos profissio-
nais ou áreas de atuação. Um bem inatingível,
mais difícil de achar do que Uber em dia de chu-
va, o novo “petróleo” do mercado corporativo. E,
aí, sorte de quem descobrir onde está essa fon-
te. Mas e nós, meros mortais, será que não po-
demos ser criativos e inovadores? Essa é real-
mente uma característica restrita? Precisamos
mudar nossa concepção. A criatividade está, de
verdade, muito mais relacionada a processos, re-
pertório e com a nossa real capacidade de re-
solver problemas. E se tem uma coisa que o ser
humano realmente sabe é resolver problemas.
De tal forma, a cadeia criativa, então, não es-
taria mais relacionada a pessoas“iluminadas”
trancadas em uma sala criando coisas. As novas
ideias, as quais tanto buscamos e das quais tan-
to precisamos, devem nascer da troca entre
pessoas, do desapego, da agilidade de testar, do
erro. Algo que podemos chamar de “coragem
criativa”. Porém, grande parte das empresas ain-
da não está disposta a correr esses riscos. Os pro-
cessos permanecem engessados, hierarquizados,
mesmo quando a necessidade da mudança não
é mais só uma opção. 
E como resolver esta questão e mergulhar de vez
em métodos criativos e inovadores? Há três pilares
que podem ajudar muito. O repertório: ouvir o que
todos têm a dizer, experiências diferentes e uma
equipe multicultural garantem muitas visões. O
olhar: entender realmente qual é o problema que
precisa ser resolvido antes de dar qualquer passo.
Uma frase da qual gosto muito é “não são as res-
postas que movem o mundo, são as perguntas”. E a
conexão: criar um ambiente físico e emocional que
proporcione essa ligação entre os repertórios e as
reais perguntas que precisam de resposta.
E, assim, talvez
seja possível supe-
rar os nossos pro-
blemas, que neste
momento parecem
tão grandes e in-
transponíveis, como
aquele chefão dos
jogos de videogame,
mas que também foi
derrotado com a
dose certa de estra-
tégia, insistência e
criatividade!
Laís Menezes Garcia 
No cenário mundial predomina uma grande
preocupação com o alastramento do coronavírus
e seus desdobramentos econômicos. Passamos a
conviver com realidades antes inimagináveis,
como o isolamento social, o fechamento temporá-
rio de empresas e a desocupação de trabalhadores.
As relações de trabalho impactam direta-
mente a economia e o bem estar social e por isso,
apesar da existência de um conjunto de leis de
proteção ao trabalho, é importante considerar
que a saída para a crise que se inicia não está na
CLT, nem em acordos coletivos e exigirá um au-
têntico e verdadeiro pacto nacional. 
Embora editada sem o necessário e reco-
mendável debate com as demais instâncias po-
líticas e setores da sociedade civil, a Medida Pro-
visória 927, de 22 de março de 2020, trouxe al-
ternativas visando a manutenção dos empregos,
com destaque para a liberdade de negociação en-
tre empregados e empregador.
Dentre as medidas previstas estão o teletrabalho,
a antecipação de férias individuais, a concessão de
férias coletivas, o aproveitamento e antecipação de
feriados, o banco de horas, a suspensão de exigên-
cias administrativas em segurança e saúde no tra-
balho e o diferimento do recolhimento do FGTS.
Alternativas como as apresentadas na MP
927 contribuem para minimizar os danos cau-
sados pela retração da atividade econômica,
protegendo empresas e trabalhadores, mas só
poderiam ser consideradas efetivamente efi-
cazes se o estado de calamidade pública viesse
a durar no máximo um mês.
Seguindo a experiência de outros países em
que a contaminação pelo Covid-19 se iniciou há
mais tempo, não é possível que as atenções este-
jam voltadas apenas à medidas emergenciais de
curto prazo, sendo imprescindível que o Poder Pú-
blico assuma sua responsabilidade, lançando
políticas públicas de socorro às empresas e aos
trabalhadores, o que pode se efetivar com re-
cursos do FGTS, do FAT e do próprio BNDES. 
Embora elogiáveis e necessárias, medidas como
a suspensão das cobranças de tributos e tarifas pú-
blicas, já anunciadas por gestores estaduais, devem
compor um conjunto muito mais amplo de medi-
das públicas emergenciais, como, por exemplo, a
abertura de linhas de crédito para micro e peque-
nos empresários, com juros subsidiados e prazos
dilatados para pagamento. Todas estas medidas
condicionadas para que as empresas preservem os
contratos de trabalho por períodos razoáveis,
como típicas “sanções premiais”.
A Medida Provisória 927, apesar de avançar em
direção à questionável flexibilização das regras
trabalhistas, objetivou certamente viabilizar a ma-
nutenção de empregos, mas não será capaz, por
si só, de produzir esse resultado. 
Parece pretencioso ou má-fe supor que a supera-
ção de uma crise de escala global como a que assisti-
mos ocorra sem que o Estado assuma de forma cla-
ra e transparente suas responsabilidades, visando a
preservação das empresas, consequentemente das re-
lações de trabalho, im-
pactando em toda es-
trutura econômica e so-
cial do país.
O momento exige se-
renidade e lucidez por
parte dos gestores públi-
cos, pesando sobre seus
ombros a responsabili-
dade pela condução do
país neste momento de
grande insegurança e ex-
pectativa com o futuro. 
CARTA DO LEITOR
CONTA PONTO
INTERAJA CONOSCO
Laís Menezes Garcia é ad-
vogada especialista em
Direito do Trabalho e Di-
reito Previdenciário
André Lima é publicitário,
cofundador e diretor de
criação de uma agência
de publicidade
Treinos
Estou vendo os clubes se manifestarem para vol-
tar aos treinamentos no mês que vem. O Goiás adiou
o retorno, o Vila e o Atlético ainda não oficializaram.
Até hoje não tem nem uma data para as competições
retornarem e eles estão pensando em realizar treinos
para contar com os atletas. Na Alemanha os clubes da
primeira divisão já voltaram, mas na França e na Ho-
landa já cancelaram tudo, e deve acontecer na Itália
também. Como será realizado com segurança os trei-
nos, não falam se vai ter ao menos uma cartilha, al-
gum time de recomendação. Qual o intuito de voltar,
apenas justificar que precisam continuar pagando os
salários? Todo dia tem uma reunião diferente na CBF
e que só serve para os dirigentes mudarem de opinião,
e não resolve nada.
Danilo Nascimento
Goiânia
Contramão
Não é possível que o Brasil vai continuar indo na
contramão de outros países e vai continuar com essas
regras “afrouxadas”. Caiado mandou bem quando
mandou fechar tudo, mas claramente está tentando
agradar os eleitores elitistas dele ao “afrouxar”. Não
é hora de ter pessoas, que não precisam, estar nas ruas.
O governo estadual e federal precisa ajudar os co-
merciantes, mas de uma maneira que eles permane-
çam em casa. O número de mortos não para de subir
e tem especialista dizendo que o “pico” ainda pode ser
na próxima semana, mas com essas pessoas na rua,
a tendência é que a cada semana tenha um novo “re-
corde” de casos registrados e consequentemente
mortos. É preciso pensar na população, não tem eco-
nomia, se estiver todos mortos.
Carla Brandão
Goiânia
Jogos de Videogame
Gostaria de fazer uma sugestão ao jornal. Em
meio a uma paralisação tão intensa das atividades,
vejo que deve ser difícil construir matérias sem a
presença de itens factuais, como costumam dizer no
meio jornalístico (sou estudante da área). Algo que
sinto falta é a presença de conteúdo destinado aos
gamers. Percebi que nas últimas semanas o pessoal
do Esporte vem cobrindo os eSports, mas ainda é
muito pouco. Se vocês estão dando dicas de lives,
filmes e séries, por que não fazer algo parecido em
relação aos jogos? Acho que seria uma boa varia-
da e chamaria a atenção de um público mais jovem,
ligado nessas questões. Fica a dica. 
Eduardo Silvestre
Aparecida de Goiânia
{
Como o senhor Alexandre
de Moraes foi parar o
Supremo? Amizade com 
o senhor Michel Temer,
ou não foi?
O presidente Jair Bolsonaro questio-
nou, ontem, a forma como o ministro
Alexandre de Moraes foi indicado
para o Supremo Tribunal Federal. 
Criatividade: o petróleo 
em época de crise
@jornalohoje
“Já acabou pra ele, não ganha mais nada.”, co-
mentou a internauta sobre fala do deputado
Lucas calil, de que o governador ronaldo
caiado não deve usar coronavírus como mu-
leta de gestão. 
Claudia O. Silva
@ohoje
“Dessa boca só sai merda, e ele acha que é
intocável, mas uma hora a casa cai”, comen-
tou a internauta sobre acusação do presi-
dente Jair Bolsonaro, de que estados teriam
desviado verba para tratar coronavírus. 
Anelita Luiza
@jornalohoje
Agenda do presidente Jair Bolsonaro em Porto
Alegre, na posse de um general, foi um dos as-
suntos mais comentados na rede social. 
Aos colaboradores do O Hoje: Artigos para este es-
paço devem conter no máximo 4.000 caracteres e
também podemser divulgados no portal ohoje.com.
são analisados os textos enviados, com foto e assi-
natura, para editor@ohoje.com.br. cartas não podem
ultrapassar 800 caracteres e o endereço para envio
é o mesmo dos artigos. Mais informações podem ser
obtidas pelo (62) 3095-8742.
Diretor Executivo
Gean Alaesse Cordeiro
Diretor de Redação
Lucas de Godoi Silva
Bancas: 
R$ 2,50Editora Raízes Ltda
16.880.052.0001-30
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t
As primeiras vítimas da crise sanitária no
mercado de trabalho começaram a tombar
e os efeitos, como já se esperava, colhem prin-
cipalmente as fatias menos desprotegidas e
vulneráveis, atingindo trabalhadores sem
carteira assinada e aqueles chamados equi-
vocadamente de “empreendedores”, que
haviam decidido defender a sobrevivência fa-
zendo bicos, montando
banquinhas e barraqui-
nhas nas calçadas das
grandes cidades. Os nú-
meros do desemprego
anunciados ontem pelo
Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística
(IBGE) mostram um salto
de 10,5% no total de pes-
soas sem ocupação desde
o final de 2019, elevando
a taxa de desocupação de 11,0% para 12,7%
entre o quarto trimestre do ano passado e o
primeiro deste ano.
Mas a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílio Contínua (PNADC) apresenta nú-
meros já preocupantes e antecipa piora nes-
ta área, porque capturam os impactos das
medidas de isolamento social apenas nas
duas semanas finais de março. Deve-se re-
gistrar, no entanto, que a pesquisa já mos-
trava redução no total de pessoas emprega-
das e certo avanço no desemprego nos pri-
meiros meses deste ano, situação agravada
pelo curto da coronavírus, causada pelo
Sars-CoV-2. Os acontecimentos desde então
sugerem uma deterioração severa do mer-
cado de trabalho, a ser anotado nos próximos
levantamentos do IBGE.
O aperto decorrente da súbita paralisação
da economia já havia levado, até ali,1,851 mi-
lhão de pessoas a deixarem o mercado de tra-
balho e a desistirem da busca de alguma co-
locação na passagem do trimestre final de
2019 para o primeiro deste ano. O total de
pessoas fora da força de trabalho, que reú-
ne ocupados e desocupados (classificação que
inclui, por sua vez, apenas aquelas pessoas
que ainda procuravam emprego na semana
da pesquisa), aumentou
de 65,429 milhões para
67,281 milhões, em alta de
2,8% – número recorde
em toda a série da
PNADC, iniciada em 2012.
A desistência desses tra-
balhadores, de todo
modo, terminou por mas-
carar a real situação do
desemprego no País.
Fora do mercado
Na comparação com o primeiro trimestre
de 2019, o número de pessoas fora do merca-
do aumentou 3,1%, com acréscimo de 2,031 mi-
lhões de trabalhadores. Esses dados sugerem
que a taxa de desocupação registrada no pri-
meiro trimestre poderia, na verdade, ser mui-
to mais elevada, se computadas as pessoas que
desistiram de procurar emprego. Na média do
ano passado, o total de trabalhadores fora do
mercado somou em torno de 65,1 milhões, ou
seja, perto de 2,21 milhões a menos do que o
dado do primeiro trimestre. Somado esse con-
tingente ao número de desocupados encon-
trados pela pesquisa no trimestre encerrado em
março, o número de pessoas sem colocação su-
biria para alguma coisa além de 15,0 milhões,
perto de 17% superior ao total registrado pela
PNADC para o período, refletindo uma taxa de
desemprego levemente acima de 14%.
2 Também como esperado,
o emprego vem degringo-
lando. O número total de
pessoas ocupadas sofreu bai-
xa de 2,5% entre dezembro
e março (sempre conside-
rando os respectivos tri-
mestres finalizados naque-
les meses), caindo de 94,552
milhões para 92,223 milhões
de pessoas. Mais precisa-
mente, em torno de 2,329
milhões de trabalhadores
perderam o emprego ou a
ocupação.
2 Desse total, perto de
1,990 milhão não tinham
carteira assinada e nem re-
gistro no Cadastro Nacional
de Pessoas Jurídicas (CNPJ).
Quer dizer, eram ambulan-
tes trabalhando por conta
própria ou “empregadores”
sem CNPJ. Esse contingente
respondeu por 85,4% da
queda no total de ocupa-
ções naquele intervalo.
2 Somando o número de
empregados sem carteira no
setor privado, empregos do-
mésticos sem registro e tra-
balhadores do setor público
igualmente sem carteira,
esse número decresceu de
18,938 milhões de pessoas
no último trimestre de 2019
para 17,696 milhões no pri-
meiro deste ano, em baixa
de 6,6% (ou seja, 1,242 mi-
lhão de pessoas a menos).
2 Aqueles sem CNPJ, por
sua vez, sofreram queda de
3,7% (748,0 mil a menos),
saindo de 20,262 milhões
para 19,514 milhões. Soma-
dos, os “sem carteira” e “sem
CNPJ” ainda respondem por
40,35% do total de ocupados,
o que ainda supera a fatia
dos empregados com car-
teira (em torno de 39,0%).
2 A maior parcela dessas
“vítimas” estava no comér-
cio, no setor de reparação de
veículos e motos e nos ser-
viços de forma geral. Esses
segmentos da economia fo-
ram responsáveis por 91,3 a
cada 100 ocupações fecha-
das desde o final do ano
passado. O setor de comér-
cio e as oficinas de repara-
ção de veículos fecharam
628,0 mil vagas (queda de
3,5% frente a dezembro),
que recuaram de 18,009 mi-
lhões para 17,381 milhões,
em queda de 3,5%.
2 Os serviços em geral,
que empregavam 67,210 mi-
lhões de pessoas até dezem-
bro passado, reduziram esse
número em 2,2%, para
65,712 milhões (quer dizer,
1,498 milhão a menos).
2 Em números desagrega-
dos por setor de atividade, a
indústria demitiu 322,0 mil
pessoas no primeiro trimes-
tre (queda de 2,6% frente a
dezembro) e construção afas-
tou 440,0 mil trabalhadores
(redução de 6,5%). Entre 10
segmentos pesquisados, ape-
nas os serviços de tecnologia
da informação, financeiros e
imobiliários aumentaram as
contratações, ainda assim
modestamente (mais 0,5%,
com contratação de 55,0 mil
pessoas).
2 A queda do emprego em
ocupações de remuneração
mais baixa ajudou a elevar o
rendimento real médio em
1,1% no primeiro trimestre,
para R$ 2.398. Mas não “sal-
vou” a massa de rendimen-
tos, que encolheu 1,3% dian-
te do trimestre final de 2019,
saindo de R$ 219,172 bilhões
para R$ 216,290 bilhões. Des-
de o trimestre setembro-no-
vembro de 2019, a massa en-
colheu 1,4% com perdas de
R$ 3,007 bilhões para a ren-
da das famílias.
Lauro Veiga Filho
| economica@ohoje.com.br
Incluindo pessoas que saíram do mercado,
taxa de desemprego aproxima-se de 14%
O Indicador de Incerteza da Economia, medido pela
Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 43,4 pontos de mar-
ço para abril deste ano. O resultado veio depois de uma
alta de 52 pontos na passagem de fevereiro para março.
Com isso, atingiu 210,5 pontos, seu recorde histórico pelo
segundo mês consecutivo e ficou 73,7 pontos acima do
recorde antes da pandemia da covid-19 (136,8 pontos, em
setembro de 2015). 
Em abril, os dois componentes do indicador subiram
fortemente. O componente de mídia, baseado na fre-
quência de notícias com menção à incerteza, aumentou
34,3 pontos e foi para 195,3 pontos, maior nível da sé-
rie histórica.
O componente de expectativa, construído a partir da
média dos coeficientes de variação das previsões dos ana-
listas econômicos, subiu 62,3 pontos, para 225,8 pontos,
segundo maior nível da série ficando atrás apenas de ou-
tubro de 2002 (257,5 pontos).
“O segundo trimestre de 2020 se inicia com a incerte-
za econômica batendo novo recorde, sob influência da pan-
demia da covid-19 e seu impacto sem precedentes na ati-
vidade econômica e nas finanças de famílias e empresas”,
disse a pesquisadora da FGV Anna Carolina Gouveia.
Contração da economia
Em meio à pandemia de covid-19, a contração da eco-
nomia do Centro-Oeste será menos severa do que em ou-
tras regiões do Brasil. Isso deve ocorrer devido à maior
participação do agronegócio e pela estrutura industrial
na região. A conclusão é do Banco Central (BC), quedi-
vulgou o Boletim Regional, com análise do desempenho
da atividade econômica por região do país.
A instituição informou que a pandemia de covid-19 está
provocando desaceleração significativa da atividade eco-
nômica, queda nos preços das commodities (produtos pri-
mários com cotação internacional) e mudanças de com-
portamento dos diversos agentes da economia. Nesse ce-
nário, diz o BC, a economia mundial, incluindo a brasileira,
passa por momento de “elevado grau de incerteza”.
No boletim, o BC diz que “todas as regiões do país es-
tão tendo impactos econômicos relevantes da pande-
mia, mas especificidades regionais tendem a diferen-
ciar a intensidade e as características desses efeitos em
cada local”.
Centro-Oeste
O BC informou que a atividade econômica no Centro-
Oeste manteve-se em expansão no trimestre encerrado
em fevereiro, em parte, pelo comportamento da agri-
cultura com o início da colheita de soja, que deve ser re-
corde neste ano.
“No entanto, a economia da região deverá repercu-
tir os efeitos da pandemia de covid-19, que já se fazem
perceber em dados do comércio e do setor de serviços
com maior frequência e tempestividade. Ressalta-se que,
considerando a maior participação do agronegócio e da
estrutura industrial no Centro-Oeste, deve-se esperar
uma contração da atividade um pouco menos severa do
que a média nacional.”
De acordo com o boletim, com a pandemia espera-se re-
dução na produção industrial nos próximos meses, em fun-
ção das medidas de restrição à circulação de pessoas e da
queda no consumo. “Entretanto, essa contração deverá
ocorrer com menor intensidade no Centro-Oeste, na com-
paração com as demais regiões, considerando a concen-
tração de 47% da indústria geral da região nos segmentos
de alimentos e bebidas (20% nas demais regiões), segmentos
que tendem a apresentar menor redução de demanda”, diz
o boletim. (Agência Brasil) 
Resultado surge após alta de 52
pontos entre fevereiro e março
O Indicador subiu 43,4 pontos de março para abril 
O ministro da Economia,
Paulo Guedes, disse ontem (30)
que o Brasil não está passando
por choque externo por causa
da pandemia da covid-19. Gue-
des participou de audiência
pública virtual na Comissão
Mista do Congresso de Acom-
panhamento das Medidas Re-
lacionadas à Covid-19.
Segundo Guedes, as previ-
sões iniciais de queda da eco-
nomia neste ano eram de 6%,
sendo que desse percentual
um terço viria de impacto ex-
terno, gerado por queda das ex-
portações e interrupção de co-
mércio, entre outras. “E dois
terços seriam da disrupção in-
terna, pelo fato de fazermos o
isolamento social, interrupção
de cadeias de pagamento e de-
saquecimento”, explicou.
O ministro disse, no entanto,
que o choque externo não está
acontecendo. “As exportações
para os Estados Unidos e para a
Argentina, os dois maiores par-
ceiros depois da China, caíram
acima 30%. Para União Euro-
peia caíram 2% [ou] 3%. Mas
para a China, [as exportações]
subiram 25%, 26%. Como a Chi-
na é mais do que a soma de Es-
tados Unidos, Argentina e União
europeia, as exportações brasi-
leiras estão inalteradas".
O ministro disse que se a
queda da economia previs-
ta inicialmente que era de
6% agora está em 4%.
(Agência Brasil)
Guedes diz que economia brasileira
não passa por choque externo
BALANÇO
Econômica
4 n ECONOMIA
ohoje.com
GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 1º DE MAIO DE 2020
Incerteza da
economia tem
recorde histórico
pelo segundo mês
POLÍTICA n 5
ohoje.com
GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 1º DE MAIO DE 2020
Luís Roberto Barroso foi
eleito, em abril, o próximo
presidente do Tribunal Su-
perior Eleitoral (TSE). No final
de maio, ele substitui a atual
presidente, ministra Rosa We-
ber, e terá como uma das
missões comandar a Corte
durante a realização das elei-
ções municipais, com data
sob incógnita por causa dos
efeitos provocados pela pan-
demia da Covid-19.
O presidente eleito do TSE,
Luís Roberto Barroso, admitiu
em entrevista concedida à Rá-
dio Gaúcha nesta semana, que
há uma possibilidade de adia-
mento das eleições 2020 por
causa dos efeitos da pandemia
do novo Coronavírus. No en-
tanto, o ministro defendeu
que, se efetivado, o adiamen-
to do pleito seja ainda em
2020, evitando prorrogações
de mandatos dos atuais pre-
feitos e vereadores. 
“As convenções partidá-
rias são no final de julho até
o começo de agosto, e a cam-
panha eleitoral começa em
15 de agosto. Se não puder
ter alguma aglomeração em
agosto, temos uma dificul-
dade. Porém, é mais grave
um pouco ainda. A Justiça
Eleitoral tem que fazer teste
das urnas e treinos de me-
sários e isso teria junho
como limite”, disse Barro-
so. O ministro justificou que
é contrário ao cancelamen-
to das eleições 2020 para a
unificação em 2022. 
“O que sou completamen-
te contrário é o cancelamen-
to da eleição para se fazer em
2022. Em primeiro lugar, por
uma questão democrática,
porque esses prefeitos e ve-
readores atuais foram eleitos
para 4 anos. A população tem
o direito de, ao final dos 4
anos de mandatos, decidir se
quer renovar os mandatos
ou alternar o poder. A se-
gunda razão é que, se você fi-
zer tudo coincidir tudo em
2022, o eleitor terá de votar
para 7 cargos distintos. É mui-
to nome, fica confuso para o
eleitor fazer essas escolhas si-
multaneamente”, disse Bar-
roso. (Especial para O Hoje)
Samuel Straioto
Tomou posse nesta quinta-
feira (30), o novo presidente do
Tribunal Regional Eleitoral de
Goiás, Leandro Crispim e no
cargo de Vice-Presidente e Cor-
regedor Regional Eleitoral, Luiz
Eduardo de Sousa. O mandato
da nova Presidência da Justiça
Eleitoral goiana é para o biênio
2020/2022. Entre os desafios
está o de concluir o processo
eleitoral de outubro deste ano,
em meio a pandemia do novo
coronavírus. O presidente de-
fende a realização do processo
eleitoral dentro do calendário
previsto.
O presidente disse que o
trabalho que está sendo reali-
zado é para dar andamento
normal nas eleições 2020. Leo-
nardo Crispim explicou que o
TRE tem experiência em pro-
cessos eletrônicos. Ele ressaltou
eu sessões estão sendo realiza-
das por videoconferência, in-
clusive com sustentações orais.
“Nós estamos atentos a to-
das as circunstâncias, nós es-
tamos fazendo todo um pro-
cesso eleitoral normalmente
seguindo orientação do calen-
dário eleitoral, aguardando o
Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) com novas deliberações,
apesar das dificuldades que
temos”, afirmou.
Leonardo Crispim explicou
que houve um grupo de tra-
balho no TSE e que foi consta-
tado que há condições de rea-
lizar o processo eleitoral. No
entanto, ainda é aguardada a
posse do novo presidente do
tribunal, Luiz Roberto Barroso
para que haja uma definição da
data das eleições 2020.
“A minha posição pessoal é
que a eleição seja realizada. Foi
criado um grupo de estudo no
TSE e foi destacado que o pro-
cesso eleitoral é viável. Estamos
aguardando a posse do minis-
tro Barroso para que as orien-
tações sejam encaminhadas”,
destacou.
O novo presidente do TRE
avaliou que é “extremamente
complicada” a possiblidade de
alteração na data, pois depende
de reforma constitucional. O
desembargador Leandro Cris-
pim já integrava o TRE/GO como
Juiz-Membro substituto. O pai
dele também já presidiu o tri-
bunal. Já o desembargador Luiz
Eduardo de Sousa atuou, tam-
bém como substituto, em 2014.
De acordo com a Constitui-
ção Federal, os Tribunais Elei-
torais são compostos de dois juí-
zes dentre os desembargadores
do Tribunal de Justiça; de dois
juízes, dentre juízes de direito,
escolhidos pelo Tribunal de Jus-
tiça; de um juiz do Tribunal Re-
gional Federal com sede na Ca-
pital do Estado ou no Distrito Fe-
deral, ou, não havendo, de juiz
federal, escolhido, pelo Tribunal
Regional Federal respectivo e,
por nomeação, pelo Presidente
da República, de dois juízes
dentre advogados de notável
saber jurídico e idoneidade mo-
ral, indicados pelo Tribunal de
Justiça.
A cerimônia de posse reali-
zada nesta quinta-feira (30),
tradicionalmente é feita em
sessão solene no auditório do
TRE/GO, desta vez ocorreu de
maneira híbrida, ou seja, de
formapresencial e mediante
sistema de videoconferência. O
evento foi transmitido ao vivo,
pelo canal oficial do Tribunal
no YouTube. A medida visou
evitar aglomeração de pessoas
e reduzir a possibilidade de dis-
seminação e o contágio do
novo Coronavírus.
O presidente empossado
destacou ter ciência da com-
plexidade dos desafios que
enfrentará e convocou uni-
dade no trabalho da Justiça
Eleitoral em Goiás. “Estare-
mos atentos ao escopo de ga-
rantir a legitimidade do plei-
to, coibindo com a rigidez
necessária as tentativas de
corromper a vontade do elei-
tor. Esta Corte, de tradição
sempre tão séria e transpa-
rente, assim continuará, se
aperfeiçoando naquilo que
for possível e mantendo o
que de melhor já realizamos
e cumprimos”, relatou.
O presidente empossado destacou ter ciência da complexidade dos desafios que enfrentará e convocou unidade no trabalho 
Leandro Crispim tomou posse nesta ontem e entende que é possível concluir processo eleitoral neste ano
Novo presidente do TRE-GO
defende eleições em 2020
Estamos atentos a todas as circunstâncias
e fazendo processo eleitoral normalmente
t
Próximo presidente do TSE criva pleito neste ano
Barroso admite adiamento das eleições, mas que ocorra ainda em 2020
Conceito 
Freemium
O mesmo adotado pelos grandes jornais neste conceito em todo o mundo
Distribuição dirigida com alto conteúdo editorial
6 n POLÍTICA
ohoje.com
GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 1º DE MAIO DE 2020
Esplanada
Leandro Mazzini | reportagem@colunaesplanada.com.br
Comício virtual
O ímpeto verbal do presidente Jair Bolsona-
ro conseguiu algo histórico neste 1º de Maio: reu-
niu contra ele os ex-presidentes Lula da Silva, Dil-
ma Rousseff, Fernando Henrique Cardoso, o
presidenciável Ciro Gomes – além do presiden-
te da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, no pa-
cote. Todos confirmaram participação na ‘live’ da
festa dos trabalhadores das Centrais Sindicais
(CUT, Força, UGT, CGT etc), a partir das 10h de hoje
nas redes sociais. É a primeira vez, em décadas
da tradicional festa, que as centrais saem das ruas
e realiza seu evento virtualmente. 
Urnas x coronavírus
O Brasil está a dois meses do prazo final para
convenções e registro de candidaturas. O TSE está
em alerta mas ainda não indicou se vai mudar o
calendário eleitoral.
Desafio
Fato é que os partidos não estão preparados
para realizar convenções online e votação virtual
de delegados para escolher seus candidatos a ve-
readores e prefeitos.
Parques privados
O Governo federal vai conceder a administração
dos parques nacionais Aparados da Serra (RS/SC) e
Serra Geral (RS/SC). Está no Decreto 10.331, que os
incluiu no Programa Nacional de Desestatização. 
Dossiê
O ódio dos bolsonaristas contra o presidente do
PSL, deputado federal Luciano Bivar (PE), parece não
ter fim. Circula na praça dossiê sobre a vida priva-
da de Bivar e de seus amigos nos últimos 30 anos.
O documento foi parar nas mesas de altos gabine-
tes em Brasília. Citam até um envolvimento dele com
uma massagista nos anos 80. 
Ajuda holandesa 
O Fundo COPPETEC de apoio aos hospitais
da UFRJ recebeu ontem doação de 11.350 mil
euros (perto de R$ 66 mil) da fundação Brasil-
Holanda para aquisição de equipamentos de
proteção individual de médicos e enfermeiros.
O material será distribuído nas nove unidades
de saúde da Federal.
Contribuição 
Até ontem, o fundo já arrecadara R$
864,3 mil – e R$ 710 mil investidos na
aquisição de EPIs. Doações pelo BB, Ag.
2234-9, Conta 55.620-3; CNPJ :
72.060.999/0001-75.
Risco total
Os garis da Prefeitura do Recife não
estão cumprindo as determinações
quanto ao uso de máscaras para prote-
ção contra o coronavírus. A Coluna fla-
grou vários caminhões de lixo com fun-
cionários pelas ruas da capital. Per-
nambuco é o quarto Estado com conta-
minados pela Covid-19. Só perde para
São Paulo, Rio de Janeiro e o Ceará.
STJ no Nobel
O ministro Moura Ribeiro, do STJ, é um
dos concorrentes ao Nobel da Paz neste
ano pela contribuição para o fortaleci-
mento da teoria do Capitalismo Huma-
nista. Seu nome foi levado à comissão no-
rueguesa pelo advogado Ricardo Sayeg,
um dos criadores da teoria. A Associação
dos Magistrados Brasileiros, com 14 mil
associados, enviou para a Noruega uma
moção de apoio ao ministro.
Comércio futuro 
Especialistas em comércio e grandes
empresários já citam em palestras vir-
tuais as perspectivas do setor pós-pan-
demia: As lojas serão mostruário, com e-
commerce e entregas mais fortes. Ha-
verá migração da mão de obra da Ásia
para países de origem das marcas. O ter-
mo ‘insalubridade’ entra de vez nos
contratos de trabalho.
Compra online
Desde o início da pandemia o site
Mercado Livre conquistou 1,7 milhão de
novos compradores. Os produtos cam-
peões de buscas na América do Sul foram:
Máscaras (10 milhões de buscas); Álcool
em gel (8,5 milhões); Antibacterianos (3,5
milhões); e Termômetros (1 milhão).
O presidente Jair Bolsonaro
disse ontem (30) que a decisão
do ministro Alexandre de Mo-
raes, do Supremo Tribunal Fe-
deral (STF), de suspender a no-
meação do delegado Alexandre
Ramagem como diretor-geral
da Polícia Federal (PF) foi polí-
tica e “quase” criou uma crise
institucional entre os poderes.
“Tirar numa canetada, de-
sautorizar o presidente da Re-
pública dizendo em impessoa-
lidade. Ontem quase tivemos
uma crise institucional, quase,
faltou pouco. Eu apelo a todos
que respeitem a Constituição”,
disse. “Eu não engoli ainda essa
decisão do senhor Alexandre de
Moraes, não engoli. Não é essa
forma de tratar o chefe do Exe-
cutivo”, ressaltou ao deixar o
Palácio da Alvorada na manhã
desta quinta-feira.
O presidente informou ain-
da que sua assessoria vai pro-
curar a equipe de gabinete de
Moraes e espera que o ministro
do STF se pronuncie sobre a
permanência de Ramagem
como diretor-geral da Agên-
cia Brasileira de Inteligência
(Abin), cargo que ocupa desde
o começo deste governo.
“O senhor vai retirar o Ra-
magem da Abin, que é tão im-
portante quanto o diretor-geral
da PF? Se não pode ter a con-
fiança para trabalhar na PF
também não pode trabalhar
na Abin. É questão de coerên-
cia”, disse Bolsonaro. “Quere-
mos o respeito de dupla mão en-
tre os poderes. Então o senhor
Alexandre de Moraes tem que
decidir imediatamente se o se-
nhor Ramagem pode ou não
continuar à frente da Abin.”
Horas depois da afirmação
do presidente, Barroso enviou
uma declaração a jornalistas
em que elogia Moraes. “O mi-
nistro chegou ao Supremo Tri-
bunal Federal após sólida car-
reira acadêmica e de haver ocu-
pado cargos públicos relevantes,
sempre com competência e in-
tegridade. No Supremo, sua
atuação tem se marcado pelo co-
nhecimento técnico e pela in-
dependência. Sentimo-nos hon-
rados em tê-lo aqui”, disse.
Gilmar Mendes, por sua vez,
usou as redes sociais para co-
mentar o caso. “As decisões ju-
diciais podem ser criticadas e
são suscetíveis de recurso, en-
quanto mecanismo de controle.
O que não se aceita — e se re-
vela ilegítima — é a censura per-
sonalista aos membros do Judi-
ciário. Ao lado da independên-
cia, a Constituição consagra a
harmonia entre poderes”.
O ex-presidente Lula (PT)
criticou a decisão do ministro
Alexandre de Moraes, do STF
(Supremo Tribunal Federal),
de barrar a nomeação feita
pelo presidente Jair Bolsona-
ro (sem partido) de Alexandre
Ramagem para a chefia da
Polícia Federal.
"Não pode um único juiz da
Suprema Corte tomar atitude
de evitar. Não podemos per-
mitir que as instituições ajam
politicamente. [...] Que a pessoa
prove que o delegado tem um
ilicito, aí sim ele está correto
[em barrá-lo]", disse.
Amizade
Ramagem é próximo da fa-
mília do presidente e atuou
em sua segurança pessoal, após
a vitória no segundo turno das
eleições. “A amizade não está
prevista como cláusula impe-
ditiva para alguém tomar pos-
se”, disse. “E é uma pessoa
competente, segundo a pró-
pria PF, e daí a relação de ami-
zade. A minha segurança pes-
soal só não dormia comigo. E
por que eu não posso prestigiar
uma pessoa que eu conheci
com essa profundidade? É a re-
lação de confiança”, argumen-
tou opresidente.
Na manhã de anteontem
(29), o ministro Alexandre de
Moraes decidiu suspender o
decreto de nomeação e a pos-
se do delegado Alexandre Ra-
magem como novo diretor-ge-
ral da Polícia Federal (PF). Na
decisão, o ministro citou de-
clarações do ex-ministro da
Justiça Sergio Moro, que ao
deixar o cargo na semana pas-
sada acusou o presidente Jair
Bolsonaro de tentar interferir
politicamente na PF.
Após a suspensão, o presi-
dente tornou sem efeito a no-
meação de Ramagem. E ontem,
Bolsonaro disse que a Advoca-
cia-Geral da União (AGU) vai re-
correr da decisão de Moraes. Já
a AGU informou que não vai se
manifestar sobre o caso por
enquanto. (Agência Brasil)
Depois de o gover-
no federal ter sido
proibido de no-
mear indicado do
presidente, Jair Bol-
sonaro apelou a to-
dos que respeitem
a Constituição
Objetivo é apurar a atuação de “milícias digitais”
“O senhor vai retirar o Ramagem da Abin, que é tão importante quanto o diretor-geral da PF?”, questionou o presidente
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Fe-
deral, rejeitou ontem (30) um pedido do deputado
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) para que fosse suspensa a
prorrogação da Comissão Parlamentar Mista de In-
quérito (CPMI) das Fake News.
A CPMI investiga a criação de perfis falsos e ataques
cibernéticos contra a democracia e o debate público, in-
cluindo atos para influenciar as eleições de 2018.
“Essas investigações são de vital importância para o des-
vendamento da atuação de verdadeiras quadrilhas organi-
zadas que, por meio de mecanismos ocultos de financiamento,
impulsionam estratégias de desinformação, atuam como mi-
lícias digitais, que manipulam o debate público e violam a or-
dem democrática”, destacou Mendes na decisão.
No início do mês, os parlamentares decidiram prorro-
gar por 180 dias a CPMI, que foi instalada em 4 de setem-
bro. Para a prorrogação, foi preciso colher as assinaturas
de 209 deputados e 34 senadores. O prazo original dos tra-
balhos terminaria em 14 de abril, mas a contagem está sus-
pensa devido às medidas de distanciamento social decor-
rentes da pandemia do novo coronavírus.
Mandado de segurança
Ao pedir para o STF suspender a prorrogação, em
um mandado de segurança, Eduardo Bolsonaro afir-
mou que os trabalhos da CPMI foram desvirtuados de
seu propósitto original com o objetivo de atingir par-
lamentares aliados ao governo e o próprio presiden-
te Jair Bolsonaro, bem como “deslegitimar o processo
eleitoral”. (Agência Brasil)
Gilmar nega pedido
contra prorrogação
de investigação 
Bolsonaro critica ato de Moraes
ESPORTES n 7
ohoje.com
GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 1º DE MAIO DE 2020
Felipe André
No último dia de férias co-
letivas, clubes brasileiros
anunciaram decisões para re-
duzir os gastos durante o pe-
ríodo de quarentena. En-
quanto órgãos de saúde e os
governadores do Brasil dis-
cutem a possibilidade de o
futebol ser retomado, nem
que seja os treinamentos, em
maio, a equipes se movimen-
tam para não entrar em uma
crise financeira durante esse
período. Flamengo, Palmei-
ras, Coritiba e Vasco anun-
ciaram as medidas tomadas.
O Flamengo comunicou a
demissão de 10 funcionários na
manhã de ontem, mas o nú-
mero pode subir para 62 até o
fim de semana. A saída de pro-
fissionais acontece desde a
base até a equipe profissional.
A direção também vai buscar a
redução salarial de outras pes-
soas e devem comunicar entre
hoje e domingo. A folha salarial
do Flamengo sem contar o
elenco é de menos de R$ 3 mi-
lhões, entre Gávea e funcioná-
rios do departamento de fute-
bol. Aproximadamente cinco
vezes menor do que os custos
dos jogadores entre folha "ofi-
cial" na carteira de trabalho e
direitos de imagem.
O Flamengo confirmou a
medida tida como drástica,
mas garante que as demis-
sões não vão chegar a 10% dos
cerca de mil funcionários do
clube. Não será a única medi-
da e envolve todo o clube, não
apenas os departamentos de
futebol profissional e de base.
Palmeiras
O Palmeiras anunciou
através do site oficial do clu-
be, ontem, que vai aplicar
25% de diminuição salarial
nos meses de maio e junho
no departamento de futebol.
Além de jogadores, o treina-
dor Vanderlei Luxemburgo, o
gerente Cícero Souza e o di-
retor Anderson Barros tam-
bém estão na lista.
“Em meio à paralisação
das atividades esportivas no
país em decorrência da pan-
demia do Covid-19, o Palmei-
ras fechou acordo com o de-
partamento de futebol pro-
fissional para uma redução de
25% nos salários registrados
em carteira”,anunciou o clube,
em seu site oficial.
Segundo a nota, a medida
foi acertada em conjunto com
elenco, comissão técnica e os
departamentos financeiro e
jurídico. Os demais funcio-
nários farão parte de outro
acordo, ainda a ser elaborado
pela diretoria.
“A proposta prevê também
a postergação dos pagamentos
referentes a direitos de ima-
gem dos atletas, os de abril se-
rão divididos entre os meses
de agosto e dezembro de 2020,
enquanto os de maio serão di-
vididos entre janeiro e junho
de 2021. Todos os jogadores
concordaram com as decisões,
que são pontuais e serão ava-
liadas de forma recorrente”,
diz a nota.
Coritiba e Vasco
O Vasco comunicou ontem
através de uma mensagem
enviada a parte de seus cola-
boradores, a suspensão do
contrato deste grupo de fun-
cionários por dois meses, en-
tre os dias 1º de maio e 1º de
julho. O clube sustentou sua
decisão na Medida Provisória
936, publicada em 1º de abril.
Esta institui o Programa Emer-
gencial de Manutenção do
Emprego e da Renda e dispõe
sobre medidas trabalhistas
complementares para en-
frentamento do estado de ca-
lamidade pública reconhecido
pelo Decreto Legislativo nº 6,
de 20 de março de 2020, e da
emergência de saúde.
No comunicado, o Vasco
anunciou que seguirá pagan-
do 30% do salário bruto como
ajuda compensatória mensal.
Vale destacar que o Vasco
deve salários a jogadores, ain-
da não pagou nenhuma folha
referente a 2020, e tem pen-
dências diferentes com grupos
de funcionários. Alguns rece-
beram janeiro, outros não. Há
colaboradores que ainda não
receberam férias.
O Coritibapor sua vez rea-
lizou cortes em seu corpo de
funcionários com demissões,
reduções salariais e suspensão
de contratos, mas não afetou
os jogadores. No entanto, a
possibilidade de redução de
25% dos salários dos atletas
também não está descartada.
Elas atingiram os vencimentos
a partir do mês de junho. (Es-
pecial para O Hoje)
Flamengo, Palmeiras, Coritiba e Vasco
anunciam medidas para reduzir gas-
tos durante a pandemia, seja com cor-
tes nos salários ou com demissões
ClubEs anunCiam redução
O que tudo indica que a o
Calcio Série A deve seguir os
passos das ligas holandesa e
francesa. Isso é que os repre-
sentantes da Liga Italiana
anunciaram nesta quinta-feira
(30), que irão aceitar qualquer
que seja a decisão do governo
federal do país sobre a conti-
nuidade da competição, até
mesmo com o encerramento
da competição, em meio a pan-
demia do coronavírus.
Na manhã desta sexta-feira
(1), será realizada uma assem-
bleia geral com representantes
dos vinte clubes para discutir
como ficará o campeonato após
a paralisação. 
“Se for possível (dar conti-
nuidade à Série A) seguindo to-
dos os padrões de saúde e pro-
tocolos, ótimo. Se não for, nós
vamos aderir estritamente as
decisões do governo, como
sempre fizemos”, declarou o
presidente da Liga, Paolo Dal
Pino, em comunicado oficial.
O ministro do Esporte e da
Juventude da Itália, Vincenzo
Spadafora, afirmou na última
quarta-feira (29), que o Cam-
peonato Italiano precisava
"começar a pensar em um
plano B", prevendo a neces-
sidade da Série A do campeo-
nato em ser encerrado antes
da conclusão de todas as ro-
dadas. Diferentemente da úl-
tima afirmação, nesta quinta-
feira ele alegou que o minis-
tério italiano está colhendo
mais informações sobre pro-
tocolos de segurança e que
ainda há a possibilidade de a
competição ser retomada.
Ainda nesta quarta-feira o
presidente da Federação Ita-
liana de Futebol, Gabriele Gra-
vina, demonstrou repúdio
quanto à possibilidade de en-
cerramento precoce da Série
A. O presidente aindagarantiu
que não tomará essa decisão
por vontade própria, somente
se for obrigado. Já nesta quin-
ta-feira, o comunicado da liga
indica que a federação tam-
bém deve estar de acordo com
a possível decisão de finaliza-
ção antecipada.
“Sempre houve um diálogo
construtivo por parte da Série
A, e certamente o trabalho do
Ministério e o nosso devem
caminhar no mesmo sentido. É
um momento terrível para o
país e para o mundo, somente
unidos vamos conseguir atra-
vessá-lo”, concluiu Paolo Dal
Pino. (Victor Pimenta, es-
pecial para O Hoje)
Vanderlei Luxemburgo, treinador do Palmeiras, sofreu uma redução de 25% no salário
Se o campeonato terminasse hoje, Juventus seria campeão com um ponto de vantagem 
O volante Luiz Fernan-
do está desde agosto de
2019 defendendo as cores
do Desportivo Aves. Reve-
lado nas categorias de
base do Fluminense, ele
tem 14 jogos oficiais pela
equipe que está na pri-
meira divisão de Portugal.
O jogador brasileiro atuou
em 2016 no Vila Nova, em-
prestado pela equipe ca-
rioca, onde marcou um
gol em 15 partidas dispu-
tadas. A única vez que ba-
lançou as redes pela equi-
pe goiana, foi contra o Lu-
verdense, nas oitavas de fi-
nal da Copa Verde.
O atleta Luiz Fernando
sofre com a paralisação
do futebol português em
virtude da pandemia do
coronavírus. No entanto,
pelo controle que o go-
verno português conse-
guiu fazer impedindo a
propagação da doença, a
expectativa do atleta é re-
tornar em breve aos trei-
namentos com o restante
dos companheiros. 
“Os profissionais do
Desportivo Aves têm nos
enviado semanalmente
um programa de treinos
para nós seguirmos em
atividade. As coisas aqui
em Portugal parecem
mais controladas e existe
até uma expectativa de
voltarmos aos treinamen-
tos na próxima semana e
essa possibilidade me dei-
xa muito feliz. Estou na es-
perança também que a
competição possa voltar
o mais rápido possível”,
disse Luiz Fernando.
Reconhecido pelo seu
profissionalismo, Luiz
Fernando vem seguindo à
risca todas as recomen-
dações do Desportivo
Aves. “São pelo menos
cinco dias de treinos re-
comendados por semana.
Sou um jogador que pre-
ciso muito da minha for-
ça para render bem, por
isso não posso deixar cair
e neste período teve se-
manas que além dos ha-
bituais cinco dias tam-
bém fiz treinamentos no
final de semana”, expli-
cou o atleta.
Além dos treinos, Luiz
Fernando também está
aproveitando o período
de isolamento social para
curtir a família. “Minha
esposa e minha filha estão
comigo em Portugal e isso
ajuda bastante para pas-
sar o tempo e ter o cari-
nho delas. Tenho brincado
muito com a minha filha e
assistido muitos filmes
com a minha esposa. Es-
tamos aproveitando bas-
tante esse tempo juntos”,
finalizou. (Felipe André,
especial para O Hoje)
Ex-Vila Nova detalha
rotina de treinos
durante quarentena
PORTUGAL
Enquanto segue a especu-
lação de uma provável saída de
Jorge Jesus do Flamengo, o
Newcastle, da Inglaterra, apa-
receu como um dos possíveis
interessados no treinador por-
tuguês.Porém, Jesus seria ape-
nas o “plano B” de acordo com
o diário esportivo Olé, com a
possível venda do clube para
um fundo de investimentos do
príncipe herdeiro da Arábia
Saudita, Mohamed Bin Salman,
Mauricio Pochettino seria o
nome para o comando técnico
da equipe inglesa.
O valor da compra do clube
é estimado em 345 milhões de
euros, quase R$ 2 bilhões de
reais na cotação atual. Só que
o projeto do príncipe árabe é
ousado. Segundo a imprensa
britânica, a tendência é que o
grupo saudita invista 230 mi-
lhões de euros na próxima ja-
nela de transferência.
Durante toda a semana, dis-
cutiu-se muito sobre a possibi-
lidade de Jorge Jesus ser o
nome para comandar o New-
castle. Entretanto, de acordo
com o jornalista Paulo Vinícius
Coelho, o projeto da equipe
não teria seduzido desporti-
vamente o português. Assim
como o jornal argentino Olé,
Paulo Vinícius Coelho ressalta
que a prioridade é Mauricio Po-
chettino. (Felipe André, es-
pecial para O Hoje)
Newcastle busca treinador argentino e observa Jesus
Liga Italiana aguarda decisão
de governo para definir futuro
FUTEBOL INTERNACIONAL
Cesar Greco/Palmeiras
Reuters 
CBLoL divulga sua seleção
oficial da Fase de Pontos
ESPORTS
O Campeonato Brasileiro
de LeagueofLegends (CBLoL)
de 2020 está em suas etapas de-
cisivas. No último final de se-
mana, foram disputadas as ro-
dadas finais da Fase de Pontos,
definindo os quatro classifica-
dos para as semifinais. No final
de semana, acontecem as eli-
minatórias, mas enquanto isso
a organização da liga divul-
gou sua seleção oficial da pri-
meira fase da competição.
As equipes que avançaram
para as semis foram, na or-
dem, a Vivo Keyd, o Flamengo,
a Fúria e a Kabum. Para rea-
lizar o chamado “dreamteam”,
ou “time dos sonhos”, o CBLoL
convidou profissionais da área
e da imprensa para eleger os
melhores jogadores da Fase de
Pontos, com um total de 15 es-
colhidos. Nas rotas solo, os
principais selecionados foram
NOsFerus (Vivo Keyd), o qual
joga pelo meio; na selva, o
melhor acabou sendo Ranger
(Flamengo) e como atirador o
prêmio ficou para Absolut
(Flamengo); como suporte, Da-
mage (Fúria) se destacou, e no
Topo Robo (Vivo Keyd) ficou,
bem, no topo, pois também
acabou sendo considerado o
melhor jogador (MVP) da eta-
pa inicial.
A segunda seleção, como se
fossem os segundos melho-
res de cada categoria, teve Ti-
nowns (paiN) como protago-
nista no meio, Grell (Vivo
Keyd) na selva e Klaus (Vivo
Keyd) como atirador, Parang
(Kabum) no topo e Ceos (Ka-
bum) como suporte. No ter-
ceiro e último “dreamteam”,
Goku (Flamengo) foi escolhido
no meio, Minerva (Fúria) na
selva, Alternative (Fúria)
como atirador, Professor (Vivo
Keyd) como suporte e FNB
(Prodigy), único representan-
te de um time não classificado,
como topo.
Próximos Jogos
Durante a Fase de Pontos,
ocorriam partidas da elite do
CBLoL na sexta-feira, mas as se-
mifinais vão acontecer entre
sábado e domingo, com Vivo
Keyd x Kabum e Flamengo x
Fúria. Na edição de amanhã do
Jornal O Hoje, faremos um de-
talhamento completo dos due-
los. Já o Circuitão, a segunda di-
visão do CBLoL, ainda não al-
cançou a parte de mata-mata,
mas está perto. Nos próximos
dias 4 e 5, serão jogadas as duas
últimas rodadas da primeira
fase. No momento, os classifi-
cados são Santos Hotforex,
Team One, HavanLiberty e Red
Kalunga, mas somente o Peixe
está garantido nas semis. (Luiz
Felipe Mendes é integrante
do programa de estágio do Jor-
nal O Hoje)
8 n ESPORTES
ohoje.com
GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 1º DE MAIO DE 2020
Robo, da Vivo Keyd, foi considerado o MVP da etapa inicial
Bruno Álvares/Riot Games
A intenção do Vila para
os próximos dias era reto-
mar as atividades em 4 de
maio, ou seja, na segunda-
feira da semana que vem.
Contudo, a diretoria apon-
tou que ainda não é o mo-
mento para tal devido à
pandemia do novo coro-
navírus, e adiou a volta
para 11 de maio. De acordo
com a assessoria de im-
prensa do clube, a previsão
“vem sofrendo alterações
quase semanalmente e
pode ser postergada mais
uma vez no futuro”.
A temporada do Tigre
vinha tendo altos e baixos.
Na Copa do Brasil, a equipe
conseguiu despachar o Gal-
vez na primeira fase, mas
foi eliminada perante a
Ponte Preta na sequência.
No Campeonato Goiano, o
colorado vinha sofrendo
com as últimas posições na
tabela, mas conseguiu se
recuperar diante do Aná-
polis e voltou à faixa de
classificação. Logo depois,
porém, o estadual foi in-
terrompido de vez e o pe-
ríodo de indefinição come-
çou. O Vila interrompeu
oficialmente as suas ativi-
dades e desde então vinha
planejando quando voltar.
A ideia mais recente era
retomar os treinos já na
próxima semana, mas a
diretoria avaliou que a cri-
se da Covid-19 ainda está
muito em alta para que
isso aconteça. O retorno
dos treinamentos ocorre-
ria, então, na outra sema-
na, mas isso ainda pode
mudar. Ainda segundo a
diretoria, não é aconse-
lhável que o Goianão volte
neste momento, mas se diz
preparada se for o caso.
(Luiz Felipe Mendes é in-
tegrante do programa de es-
tágio do Jornal O Hoje)
Vila Nova prorroga retorno
de treinamentosdo elenco
ADIAMENTO
Apesar de já ter acontecido o draft de 2020, a NFL se-
gue com o mercado em alta. Um dia depois do Chicago
Bears confirmar a chegada de Ledarius Mack para atuar
no mesmo time que o irmão, Khalil, o Cincinnati Bengals
dispensou o quarterback Andy Dalton. A decisão está di-
retamente relacionada com a escolha de Joe Burrow, jo-
vem atleta que se destacou nas competições de univer-
sidades dos EUA, durante o draft. Com isso, Dalton se jun-
ta a Cam Newton e Joe Flacco nas funções de QBs dis-
poníveis como agentes livres, os quais podem ser con-
tratados por qualquer franquia da liga. O destino mais
provável de Andy Dalton é o Jacksonville Jaguars, que
busca um quarterback reserva para a próxima tempo-
rada. Porém, o New EnglandPatriots, desde a saída de
Tom Brady, também está de olho em alguém para a po-
sição. (Luiz Felipe Mendes é integrante do programa
de estágio do Jornal O Hoje)
EXPRESSA
Victor pimenta
Na manhã desta quinta-fei-
ra (30), os membros da Liga de
Futebol Profissional da França
(LFP) se reuniu para decidir o
que já estava praticamente de-
finido, o fim da Campeonato
Francês da temporada 2019/20,
resultado: Paris Saint-Germain
tricampeão francês, o nono tí-
tulo da competição em sua his-
tória.
A última partida aconteceu
no dia 8 de março e depois de
lá foi paralisado o campeona-
to por conta da pandemia do
coronavírus. É o terceiro título
seguido do time de Neymar,
Marquinhos e Thiago Silva, o
nono campeonato da história
do clube, que agora igualou
com seu maior rival, o Olym-
pique de Marseille e está so-
mente um título atrás de Saint-
Étienne, o maior campeão fran-
cês, com dez conquistas. O pre-
sidente do Paris Saint-Germain,
dedicou a conquista aos pro-
fissionais da saúde.
“Gostaríamos de dedicar
este título da Ligue 1 2019/2020
à equipe de saúde e a todos os
heróis da linha de frente, cujo
compromisso e auto-sacrifício
por muitas semanas conquis-
taram nossa mais profunda
admiração. Entendemos, res-
peitamos e apoiamos as deci-
sões tomadas pelo governo
francês para encerrar o cam-
peonato. A saúde, como o go-
verno sempre disse, deve ser a
prioridade de todos”, disse Nas-
ser Al Khelaifi, em comunicado
oficial do clube.
Decretado o Paris Saint-
Germain campeão, assim, o
segundo e terceiro colocados
como de costume garantiram
suas vagas na próxima tem-
porada das Liga dos Cam-
peões. O Marseille, que ter-
minou o campeonato em se-
gundo lugar, se classificou au-
tomaticamente para a fase de
grupos. Já o Rennes, acabou
em terceiro e se garantiu na
preliminar da competição
mais disputada da Europa.
Será a primeira vez dos rubro-
negros na ChampionsLeague.
Em vez de três equipes, so-
mente duas foram rebaixa-
das: o Amiens e o Toulouse.
Se a parte de cima da ta-
bela encontrasse a felicidade
por conta do título e das va-
gas para a Liga dos Cam-
peões, não acontece o mes-
mo na parte de baixo. Os
dois rebaixados Amiens e
Toulouse não gostaram da
decisão e seus presidentes
prometem recorrer.
"Qualquer decisão relativa
às despromoções com base na
classificação será injusta e de-
sigual para o Toulouse e des-
provida de qualquer funda-
mento legal", disse Olivier Sa-
dran, presidente do Toulouse.
Em sua conta oficial no twit-
ter, o Amiens, que terminou a
competição na décima nona co-
locação, também não gostou da
decisão dos membros da LFP e
se pronunciou.
"Após o recente comunica-
do da LFP, o Amiens informa
que publicará um comunicado
o mais rapidamente possível
para informar os seus apoian-
tes, parceiros e acionistas sobre
os procedimentos atuais", es-
creveu o clube.
Na segunda divisão fran-
cesa, o Lorient foi declarado
campeão e vai jogar na elite do
Francês na próxima tempora-
da. Juntamente com ele, Lens
foi vice e também disputará a
Ligue 1 2020/21. (Especial
para O Hoje)
Liga formaliza fim
de campeonato
nacional e declara
Paris Saint-Ger-
main como cam-
peão da tempora-
da 2019/20;
Amiens e Toulou-
se rebaixados
A última partida do Paris Saint-Germain aconteceu ainda em fevereiro, na goleada sobre o Dijon por 4 a 0
Assessoria PSG
PsG CamPEão Francês
CIDADES n 9
ohoje.com
GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 1º DE MAIO DE 2020
Igor Caldas
As portas das agências da
Caixa Econômica Federal têm
sido sinônimo de aglomera-
ção de pessoas há dias. Traba-
lhadores informais, microem-
preendedores individuais
(MEI), autônomos e desem-
pregados que buscam o tão
prometido auxílio emergen-
cial de R$ 600 do Governo Fe-
deral não conseguem receber
o dinheiro sem sair de casa e
formam filas quilométricas em
frente aos bancos. Beneficiá-
rios relatam problemas no apli-
cativo da Caixa que deveria ge-
rar uma senha necessária para
receber o benefício.
Já é o terceiro dia que An-
dré Francisco da Silva, 26 anos,
tenta resgatar o valor do seu
auxílioemergencial na agência
da Caixa Econômica Federal,
localizada na Avenida Man-
galô, Setor Morada do Sol, em
Goiânia. “Todos os dias que eu
vim, o banco fechou antes de
chegar o meu lugar na fila”,
conta. Ele diz que a culpa da
aglomeração é pelo mau fun-
cionamento do aplicativo cria-
do pela Caixa que não gera a
senha necessária para o res-
gate do benefício.
“O aplicativo dá um rolo
muito grande. Quando você
faz o procedimento para que
o código seja gerado, ele não
aparece. Se não vir pessoal-
mente, nunca vai receber o di-
nheiro”. Quem já tinha conta
poupança da Caixa ou é cor-
rentista em outros bancos e
informou os dados bancários
ao se inscrever para receber o
benefício não precisa do có-
digo que o aplicativo deveria
gerar. Dezenas de pessoas
aguardavam na porta da
agência que teve que estender
seu horário de funcionamen-
to para atender um número li-
mitado de pessoas.
Desde o último mês, as ins-
tituições bancárias anuncia-
ram que iriam atender os clien-
tes de suas agências em horá-
rio reduzido. De acordo com a
Febraban (Federação Brasilei-
ra de Bancos) a medida busca
evitar a propagação do coro-
navírus devido à proximidade
das pessoas que frequentam os
locais. Ironicamente, nem a
distância mínima foi respeita-
da pelas dezenas de pessoas
que aguardavam na fila para
receber o benefício dentro da
unidade. Os bancos seguem
funcionando com limite de
pessoas no interior das agên-
cias, das 10h às 14h.
Segundo a Federação, os
bancos funcionarão com limi-
te de pessoas no interior das
agências, das 10h às 14h a par-
tir desta terça (24), de acordo
com orientações estabelecidas
pelo Banco Central. No entan-
to, diante da enorme fila que se
formava em frente à agência
da Avenida Mangalô próximo
ao horário de fechamento, a
unidade estendeu seu horário
de funcionamento. Quem
aguardava na fila recebeu uma
senha para ser atendido.
“Eu me pergunto o porquê
deles não entregarem essa se-
nha antes? Estamos aqui desde
as seis da manhã”, relata Gui-
lherme Braga, o último da fila
a receber a senha pelos fun-
cionários do banco. “Eles li-
mitaram a quantidade de se-
nhas. Todas as pessoas que es-
tiveram depois de mim foram
embora para casa e devem vol-
tar depois”. Guilherme conta
que vai diariamente à agência
da Caixa da Avenida Mangalô
desde que seu benefício foi li-
berado, no último dia 19.
Alisson Talles finalmente
conseguiu receber o dinheiro
do benefício. Aliviado, ele
saiu da agência com o saque
garantido na tarde da última
quarta-feira após passar três
dias seguidos recebendo a
porta fechada do banco. “A
gente chega aqui de manhã e
já tem uma fila enorme. Fi-
camos na esperança de ser-
mos atendidos, mas o banco
fecha antes de chegar a nossa
vez. Graças a Deus hoje foi di-
ferente”, comemora. O jo-
vem confirma que a aglome-
ração é causada pelos defeitos
no aplicativo. “Eu nunca vi
um aplicativo desse banco
que presta”, culpa.
Alívio com a senha
Depois de cinco dias espe-
rando diariamente nas aglo-
merações causadas pelas filas,
Edmilson Teodoro da Silva se
surpreendeu quando conse-
guiu uma senha da funcionária
do banco. “Se eu não conse-
guisse hoje, ia desistir. A gente
precisa do dinheiro, mas ficar
uma semana na fila para con-
seguir um benefício é muita
humilhação. Ele culpa o presi-dente. “Eu nunca mais voto
em Bolsonaro, nunca vi o Bra-
sil tão bagunçado”, afirma. 
Edmilson diz que presen-
ciou aglomerações em frente à
agência da Caixa Econômica
Federal da Avenida Mangalô
nos cinco dias em que ficou
aguardando nas filas. “Até bri-
ga com polícia deu aqui. Quan-
do vai chegando a hora do
banco fechar o povo começa a
desesperar e brigar com os
funcionários, mas eles tam-
bém não têm culpa”.
O trabalhador relata preo-
cupação de contágio da doen-
ça nas aglomerações forma-
das pelas filas. “Se fosse apenas
um dia que a gente viesse aqui,
era menos risco. Agora ficar
vindo todos os dias no meio
desse mundo de gente para
receber um não e ainda pegar
coronavírus é preocupante. A
pandemia não está nos hospi-
tais não. Está aqui mesmo”,
avalia Edmilson.
Por meio de nota, a Caixa
alega queem conjunto com o
Ministério da Cidadania e a
Dataprev, em apenas duas se-
manas foi criada toda estrutu-
ra para cadastro e pagamento
do auxílio emergencial do go-
verno federal, que já contabi-
liza 44,3 milhões de pessoas be-
neficiadas. O banco alega que
teve início nesta semana o ca-
lendário escalonado de saque
em espécie do auxílio emer-
gencial nas agências, casas lo-
téricas e correspondentes Cai-
xa Aqui para os beneficiários
da Poupança Social Digital. O
escalonamento foi pensado jus-
tamente para evitar a busca
massiva às agências, no mo-
mento em que se recomenda
evitar aglomerações.
Entretanto, o banco garan-
te que as agências que regis-
tram grandes filas e aglome-
rações são pessoas que não fa-
zem parte do público alvo do
atendimento presencial, ou
seja, clientes em busca de ser-
viços essenciais (como saque
do seguro desemprego e Bolsa
Família sem cartão, desblo-
queio de senhas, etc) e o pú-
blico beneficiário do saque
em espécie escalonado por
data de nascimento. 
As aglomerações causadas
por filas de pessoas em busca
do auxílio emergencial em
frente às agências da Caixa es-
tão sendo noticiadas desde o
início do mês. Mais uma vez,
defeitos no aplicativo de ca-
dastro para receber o benefí-
cio foram apontados como
causador do tumulto na porta
dos bancos. Pessoas que não
conseguiram se cadastrar
para receber o benefício por
causa das falhas no software,
começaram a buscar as agên-
cias para realizar o cadastro
pessoalmente.
Milhares de trabalhado-
res não conseguiram se ca-
dastrar para receber o bene-
fício porque o aplicativo da
Caixa desenvolvido para ins-
crição de quem deveria rece-
ber o auxílio indicava pro-
blemas com o CPF. A Receita
Federal informou que o apli-
cativo apresentou um volume
excessivo de acessos, que
pode ter provocado o impe-
dimento ao cadastramento.
Amenizar os impactos
O auxílio criado pelo go-
verno federal foi pensado
como uma forma de amenizar
os impactos econômicos para
as famílias brasileiras durante
o período de pandemia causa-
do pelo Coronavírus. O bene-
fício deve ser pago pelo perío-
do de três meses no valor de R$
600 por mês, e cada família
pode acumular, no máximo,
dois pagamentos do auxílio.
Pessoas já tem conta pou-
pança da Caixa ou são cor-
rentistas em outros bancos
com os dados bancários in-
formados na inscrição do
programa não precisam do
aplicativo. Os demais, no en-
tanto, que receberam o be-
nefício pela nova conta pou-
pança digital da instituição,
criada para este programa,
dependem dele para movi-
mentar o dinheiro.
Os saques que dependem
de um código gerado pelo apli-
cativo começaram a ser libe-
rados na tarde da última se-
gunda-feira (27). O app teve
atualização disponível para
ser baixada em celulares tam-
bém a partir do dia 27. A dis-
ponibilidade dos saques deve
seguir um cronograma de
acordo com a data de aniver-
sário do trabalhador. (Espe-
cial para O Hoje)
Problemas no aplicativo da Caixa que deveria gerar senha são apontados como motivo de aglomerações
Aplicativos geram aglomerações desde o início do mês
Trabalhadores que buscam o auxílio não conseguem receber o dinheiro sem sair de casa e formam filas quilométricas em frente aos bancos
População se arrisca por auxílio 
André diz que a culpa da aglomeração é pelo mau funcionamento do aplicativo criado pela Caixa 
Wesley Costa
Igor Caldas
10 n CIDADES
ohoje.com
GOIÂNIA, SEXTA-FEIRA, 1º DE MAIO DE 2020
Pedro Moura
Na manhã de ontem, o Paço
negou ajuda financeira às em-
presas de transporte coletivo da
Capital alegando que o muni-
cípio não tem condição de aju-
dar financeiramente as em-
presas para que mais ônibus
possam rodar. O anúncio foi fei-
to pelo prefeito de Goiânia, Iris
Rezende (MDB). Por conta da
pandemia do Coronavírus, as
companhias alegam que houve
uma queda no número de pas-
sageiros, devido aos decretos de
isolamento social e que não
estão conseguindo arcar com os
custos operacionais. 
No entanto, ao percorrer
pelos terminais de Goiânia e
Região Metropolitana, é possí-
vel ver inúmeros passageiros,
aglomerados. O pedido de au-
xílio financeiro tem o apoio da
Companhia Metropolitana de
Transportes Coletivos (CMTC),
que regula o setor de trans-
porte público, em Goiânia. O
órgão entende que uma con-
tribuição do poder público é es-
sencial para manter o sistema
operando normalmente.
Enquanto inaugurava o
início das obras no trânsito do
Setor Campinas, Iris foi ques-
tionado se haveria condições
de a prefeitura auxiliar as
empresas financeiramente. O
prefeito exaltado, disse que já
fez vários cortes e exonera-
ções na administração e que
não tem condição de fazer
qualquer repasse.
"Eu estou cortando tudo
que você possa imaginar. Por-
que com o meu calejamento-
político, tenho que entender
que estamos vivendo um mo-
mento na questão financeira
e econômica que nunca se
viu neste País. Há mais de
dois meses estou assinando
decreto cortando despesa,
exonerando. Mais de 3 mil
pessoas exoneradas. Então,
falar em contribuição finan-
ceira da prefeitura seria en-
ganar os outros. A prefeitura
não tem condição", afirmou.
Impacto financeiro
O Sindicato das Empresas
de Transporte Coletivo Urba-
no e Passageiros da Região
Metropolitana de Goiânia
(SET) disse que o isolamento
social representou um im-
pacto forte no serviço público
de transporte que teve sua si-
tuação econômico-financeira
agravada pela pandemia.
E ainda destacou que já
realizou demissões e parce-
laram os salários do mês de
março. Informou também
que a solução para os pro-
blemas no transporte público
se dará quando todos se uni-
rem para um caminho con-
junto e que estão otimistas
em relação à interlocução
com o poder público.
O presidente da CMTC, Ben-
jamin Kennedy, fortalece a
opinião de que entes públicos
devem ajudar nas despesas
do setor. Benjamin usou como
exemplo a situação do Distri-
to Federal, onde o governo ar-
cou com valores correspon-
dentes ao pagamento de mo-
toristas e óleo diesel. "Essa é a
busca dos empresários, e a
CMTC até entende que seria o
mais justo até para o usuário
do transporte. Esperamos que
essa decisão venha rápido,
para que o usuário não sofra
mais", afirmou.
Briga na Justiça
Mesmo com um decreto
municipal que recomenda o
escalonamento dos horários
de abertura do comércio, jus-
tamente para evitar aglome-
rações no transporte público,
os terminais de ônibus se-
guem cheios. Isso porque há
um enorme imbróglio jurídico
sobre a obrigação de as em-
presas terem ou não de colo-
car todos os veículos na rua.
Após o decreto publicado
no dia 20 de março, que obri-
ga todos os ônibus a circula-
rem somente com passageiros
sentados, a CMTC determinou
que as concessionárias colo-
cassem todos os veículos à
disposição e operassem de
acordo com a demanda para
que não houvesse problemas.
Porém, as concessionárias
conseguiram uma liminar, na
qual estavam desobrigadas
dessa determinação. A Defen-
soria Pública, então, conse-
guiu uma nova decisão, a qual
determinou que toda a frota
voltasse a circular. Segundo a
CMTC, uma nova decisão, des-
ta vez do Superior Tribunal de
Justiça (STJ), concedeu às em-
presas de transporte a obri-
gação de cumprir seus con-
tratos. Com essa ordem em
vigor, elas não precisam colo-
car todos os ônibus nas

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