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GILMAR FERREIRA DOS SANTOS A AVALIAÇÃO FISICA NO FUTEBOL: TESTES FISICOS E ANTROPOMETRICOS ENTRE CRIANÇAS PRATICANTES DE FUTEBOL, ENTRE 09 E 11ANOS, DO BRASIL E DA ALEMANHA Ribeirão Pires 2006 GILMAR FERREIRA DOS SANTOS A AVALIAÇÃO FISICA NO FUTEBOL: TESTES FISICOS E ANTROPOMETRICOS ENTRE CRIANÇAS PRATICANTES DE FUTEBOL, ENTRE 09 E 11ANOS, DO BRASIL E DA ALEMANHA Monografia de conclusão de curso de Educação Física, apresentada como exigência parcial para obtenção dos títulos de Bacharel e Licenciatura Plena em Educação Física nas Faculdades Integrada de Ribeirão Pires, sob orientação de conteúdos do professor Especialista Douglas Wili Polanowski e co- orientação do professor Especialista Márcio Rogério Souza. Ribeirão Pires 2006 RESUMO Diante da oportunidade de conhecer uma cultura européia, e da realização do projeto Alem-Brasil, onde excursionando pela Alemanha durante o período de 01 de junho a 15 de julho de 2006, realizando jogos amistosos, e clinicas de futebol com crianças de varias idades, tive o insight de desenvolver um estudo de comparação entre crianças alemãs e brasileiras praticantes de futebol, com o intuito de traçar um paralelo nos quesitos antropométricos e das capacidades físicas. O trabalho foi um estudo de caso realizado com 20 crianças praticantes de futebol de 09 a 11 anos, do Brasil e 20 crianças da Alemanha. As crianças foram avaliadas no período de 26 a 30 de junho de 2006, na Alemanha, durante a realização da Copa do Mundo de Futebol, na cidade de Siegen - Gernsdorf, na escolinha do clube, TSV Weisstal (1971) e.v, e as crianças do Brasil no período de 26 a 30 de julho de 2006, na cidade de Ribeirão Pires, na escolinha de futebol do núcleo do AD São Caetano fundado (1989). Os testes Antropométricos utilizados foram (Estatura, Peso e Composição Corporal -% de gordura), e das Capacidades Físicas (Resistência Aeróbia, Resistência Abdominal, Velocidade, Agilidade, Potencia MMII). Os resultados encontrados encontram-se na: VARIAVEIS CORPORAIS Estatura Peso Dobras Cutâneas (mm) (m) (kg) Subescapular Tríceps % gordura Alemães 1,43 +/- 0,07 35,35 +/- 5,87 9,85 +/- 4,78 13,05 +/- 5,27 19,21 +/- 7,09 Brasileiros 1,44 +/- 0,07 34,95 +/- 4,97 7,85 +/- 2,5 11,35 +/- 4,72 16,56 +/- 5,38 CAPACIDADES FÍSICAS Cooper (m) Velocidade (seg) Potencia MMII (m) Res Abdominal Agilidade (seg) Alemães 1359,9 +/- 133,3 3,79 +/- 0,23 1,55 +/- 0,17 26,55 +/- 4,91 11,43 +/- 0,74 Brasileiros 1337,3 +/- 243,35 3,95 +/- 0,27 1,7 +/- 0,17 28,3 +/- 7,91 11,16 +/- 0,68 Analisando os resultados podemos dizer que não existem diferenças significativas ente os grupos estudados, tanto para as variáveis antropometricas quanto para as capacidades físicas. Unitermos: Futebol, Bola, Crianças, Capacidades Físicas, Avaliação Física. SUMÁRIO I – Introdução............................................................................................................ 11 II – Desenvolvimento............................................................................................... 12 1 – Capitulo: História do Futebol Mundial............................................................... 12 1.1 – Origem e Evolução.......................................................................................... 12 2 – Capitulo: Relatos da História do Futebol no Brasil............................................ 20 2.1 – O Futebol Brasileiro........................................................................................ 20 3 – Capitulo: Comissão Técnica as Categorias de Base e Curiosidades do Futebol 28 3.1 – Comissão Técnica............................................................................................ 28 3.2 – Categorias de Base........................................................................................... 28 3.3 – Entidades Internacionais.................................................................................. 29 3.4 – Evolução Tática no Brasil................................................................................ 29 3.5 – Países que Sediaram as Copas e seus Vencedores........................................... 31 4 – Capitulo: Maturação e Desenvolvimento da Criança x Treinamento Desportivo.......................................................................................................... 32 4.1 – Limites para o Treinamento............................................................................. 32 4.2 – Primeira Infância (de um a três anos).............................................................. 33 4.2.1 – Segunda Infância (de três a seis anos).......................................................... 33 4.2.2 – A Idade Escolar (dos seis aos dez anos)....................................................... 34 4.2.3 – Pré-Púbere (dos doze aos quatorze anos)..................................................... 34 4.2.4 – A Adolescência (dos quatorze aos dezoito).................................................. 35 5 – Capitulo: Capacidades Físicas............................................................................ 36 5.1 – Conceito........................................................................................................... 36 5.1.2 – Divisões das Capacidades Físicas................................................................. 37 5.1.3 – Velocidade.................................................................................................... 37 5.1.4 – Resistência.................................................................................................... 39 5.1.5 – Força............................................................................................................. 41 5.1.6 – Flexibilidade................................................................................................. 43 5.1.7 – Equilíbrio...................................................................................................... 44 5.1.8 – Agilidade....................................................................................................... 44 5.1.9 – Coordenação Motora.................................................................................... 45 5.1.10 – Ritmo.......................................................................................................... 46 5.1.11 – Descontração.............................................................................................. 46 6 – Capitulo: A Avaliação........................................................................................ 47 6.1 – A Avaliação..................................................................................................... 47 6.1.2 – A Avaliação nos Desportos.......................................................................... 48 6.2 – Avaliações Antropométricas............................................................................ 51 6.2.1 – Plano de Frankfurt........................................................................................ 51 6.2.2 – Pontos Anatômicos....................................................................................... 52 6.2.3 – Planos e Eixos Antropométricas................................................................... 52 6.2.4 – Definição das Medidas Antropométricas...................................................... 53 6.2.5 – Somatotipo.................................................................................................... 54 6.2.6 – Composição Corporal................................................................................... 55 III – Metodologia......................................................................................................57 IV – Material Utilizado na Pesquisa......................................................................... 57 V – Protocolo dos Testes Antropométricos.............................................................. 58 VI – Protocolo dos Testes Físicos............................................................................ 59 VII – Resultados e Discussões.................................................................................. 61 VIII – Considerações Finais..................................................................................... 66 IX – Referências Bibliográficas................................................................................ 67 5 – Capitulo: Capacidades Físicas 5.1 – Conceitos Segundo Zakharov (1992) no processo de experiência histórica do homem distinguiram-se varias propriedades comuns do organismo permitindo com sucesso resolver determinados tipos de tarefas motoras, assim destacamos cinco tipos de capacidades funcionais, reunidas pela noção de capacidades físicas como a resistência, a forca, a velocidade, a flexibilidade e a coordenação (habilidades). Dassel & Haag (1975) apud Guedes & Guedes (1997) preferiram os termos bases físicas do rendimento para as capacidades de força, velocidade, resistência e suas combinações, e qualidades motoras para habilidade, agilidade, mobilidade e elasticidade, e a coordenação cumpre a função de unir os dois grupos, pois se encontra presente em ambos. “Os parâmetros da forma física seriam, portanto, a força dinâmica, estática e explosiva, a resistência aeróbica, a anaeróbica e a muscular localizada, e a flexibilidade. Os parâmetros da habilidade motora seriam a coordenação, a descontração total e diferencial, a agilidade, a velocidade de reação e de movimento, o equilíbrio dinâmico, o estático e o recuperado” (Dantas, 1998). Segundo Barbanti (1996) na Educação Física e nos esportes a capacidade física seriam as qualidades inatas de uma pessoa, um potencial como a resistência e a força, já as habilidades referem-se às coisas aprendidas como a habilidade de jogar futebol ou tênis, as capacidades são elementos essenciais para o rendimento motor. Segundo Tubino (1984) as qualidades físicas podem ser divididas em tipos especiais que são valências com bastante especificidade como a velocidade, velocidade de reação, de deslocamento, dos membros, força, força dinâmica, estática, explosiva, equilíbrio, equilíbrio dinâmico, estático, recuperado, resistência, resistência aeróbica, anaeróbica, muscular localizada, flexibilidade, coordenação, ritmo, descontração, descontração total, diferencial, agilidade. Segundo Tubino (1984) com a identificação das qualidades físicas do desporto em treinamento e a adequação dessas valências aos objetivos formulados é o passo fundamental para o êxito de uma preparação física. E não é de hoje que a solicitação motora, desde recordes em diversas especialidades esportivas até as exigências do cotidiano em cada pessoa, traduzida em índices de desempenho motor, tem sido objeto de estudo por vários pesquisadores na área da atividade física. Talvez esta preocupação se deva a necessidade de se determinar prováveis indicações que permitam o aprimoramento e a identificação o mais precocemente possível dos atributos relacionados ao comportamento motor na tentativa de assegurá-los até que o processo de maturação complete todo seu potencial de desenvolvimento (Guedes & Guedes, 1997). 5.1.2 – Divisões das capacidades físicas: 5.1.3 – Velocidade Sendo a qualidade física do músculo e das coordenações neuromusculares que permite a execução de uma sucessão rápida de gestos e em seu encadeamento, constituem uma só e mesma ação com intensidade máxima com mínimo tempo (Fauconnier (1978) apud Tubino, 1984). Frisselli & Mantovani (1999) cita que podemos identificar duas grandes manifestações de velocidade à dos movimentos cíclico e à dos movimentos acíclicos, à velocidade cíclica entede-se por encadear movimentos com o mesmo padrão e à velocidade acíclica como a capacidade de encandear movimentos diferentes e isolados com a máxima rapidez. Segundo Weineck (2000) a velocidade do jogador de futebol é uma capacidade verdadeiramente múltipla, as quais pertencem não somente o reagir e agir rápido as corridas rápidas, mas também o reconhecimento e a utilização rápida de certas situações. Zackharov (1992) cita que as capacidades de velocidade se manifestam na possibilidade de o atleta executar as ações motoras, no menor tempo possível em determinado percurso, e deve-se distinguir a noção de capacidade de velocidade, da noção mais estreita de rapidez, pois a rapidez representa apenas um dos componentes determinantes das capacidades de velocidade do atleta. A velocidade é uma característica neuromuscular estando presente em todas as situações nos vários esportes, pode-se dizer que a velocidade é uma capacidade de realizar um movimento no menor espaço de tempo (Barbanti, 1979). Frey (1977) apud Weineck (1989) cita à velocidade como a capacidade, sobre a base da mobilidade dos processos do sistema neuromuscular e da faculdade inerente à musculatura, de desenvolver forca, de executar ações motoras em um mínimo de tempo, colocadas sob condições mínimas. Segundo Leal (2001) a velocidade é qualidade de ser veloz; relação entre uma distancia percorrida pelo jogador e o tempo de percurso, no movimento uniforme, desde um ponto do campo até outro. Barbanti (1999) cita a manifestação da Velocidade nos esportes sendo como: Weineck (2000) cita Velocidade do Futebol como: Velocidade de Percepção Velocidade de Antecipação Velocidade de Decisão Velocidade de Reação Velocidade de Aceleração Velocidade de Resistência Velocidade – Habilidade Velocidade de Reação Velocidade Acíclica Velocidade Cíclica Velocidade de Força 5.1.4 – Resistência Segundo Zakharov (1992) a resistência é a capacidade física, que caracteriza as possibilidades do esportista de realizar durante um tempo prolongado o trabalho muscular, mantendo os parâmetros dados de movimento. Barbanti (1996) cita a resistência sendo uma capacidade física de executar um movimento durante um longo tempo sem perda da efetividade do movimento e é determinada pelo sistema cardiorrespiratorio, pelo metabolismo, pelo sistema nervoso, pelo sistema orgânico e pela coordenação dos movimentos e componentes psíquicos. Podemos definir a resistência de um futebolista como a capacidade de resistir ao cansaço, mantendo o mesmo nível e qualidade de suas ações motoras técnicas e táticas, bem como a velocidade de seus deslocamentos durante toda a partida, se manifestando de forma muito variada dependendo das transformações bioquímicas e da forma que a energia é solicitada (Frisselli & Mantovani, 1999). Segundo Verkhoschansky (1995) a resistência está determinada não somente e nem tanto pela quantidade de oxigênio que se transporta aos músculos em atividade, segundo os critérios tradicionais, senão pela adaptação dos mesmos músculos ao trabalho duradouro e intenso. Segundo Guedes & Guedes (1997) a resistência cardiorespiratoria depende da capacidade do individuo de liberar energia por processos oxidativos, para a sustentação de um trabalho muscular de longa duração. Ao nível de laboratório a referencia universalmente aceita para os níveis de resistência cardiorespiratoria é o Consumo Maximo de Oxigênio, VO2 Máx. Segundo Dantas (1998) o sistema anaeróbio alático é a fonte direta de energia do organismo, sendo fornecida pela quebra da molécula de trifosfato de adenosina (Adenosin Triphosfate – ATP) e quando esta molécula sob a ação da miosina (ATPase) em presença de magnésio se combina com água, num processo chamado hidrolise, o ultimo radicalfosfato se parte dando origem a uma nova substancia com somente dois radicais fosfatos; é por isto chamada de difosfato de adenosina (ADP). Segundo Dantas (1998) o sistema anaeróbio lático é manifestado quando a intensidade, apesar de alta não é máxima e ou há necessidade de realizar a performance por algum tempo o organismo pode reciclar o ATP através deste sistema anaeróbio lático, que tem seu nome por funcionar sem a presença de oxigênio e por ter como produto final o acido lático. A re-síntese do ATP realiza-se em conseqüência de reações bioquímicas baseadas em três mecanismos de asseguramento energético, como o aeróbico por conta da oxidação e com a participação direta de O2 de hidratos de carbono e de gorduras do organismo, o anaeróbico láctico coma dissociação anaeróbica do glicogênio e com formação de lactato, sem a participação de O2, anaeróbico alactato ligado à utilização dos fosfagênios, presentes nos músculos em atividade, principalmente do creatinfosfato (Zakharov, 1992). “A aptidão cardiorrespiratória de qualquer individuo refere-se à capacidade funcional de seus sistemas de absorção, transporte, entrega e utilização de oxigênio pelos tecidos durante os exercícios físicos. No decorrer da prática da atividade física, na medida em que cresce a intensidade, aumenta a necessidade de oxigênio pelos músculos exercitados. Para esforços contínuos e prolongados o sistema energético predominante é o aeróbio que para funcionar adequadamente necessita de um eficiente sistema cardiorrespiratorio, ou seja, ele depende de uma boa capacidade respiratória celular e de um bom fluxo sanguíneo periférico (Fernandes Filho, 2003)”. Leal (2001) cita como uma qualidade que permite a um jogador resistir ao cansaço, com predominância do sistema aeróbio, com equilíbrio entre consumo e gasto de oxigênio. Segundo Tubino (1984) temos à Resistência e a sua manifestação como: Resistência Aeróbia Resistência Muscular Localizada Resistência Anaeróbia Hollmann & Hettinger (2005) citam as manifestações da Resistência como: Resistência Muscular Localizada Resistência Muscular Geral Aeróbia – Dinâmica – Estática Aeróbia – Dinâmica – Estática Anaeróbia – Dinâmica – Estática Anaeróbia – Dinâmica – Estática 5.1.5 – Força Segundo Barbanti (1979) à força é a capacidade do sistema neuromuscular de vencer resistências (oposição), no movimento humano podemos distinguir à Força Interna produzida pelos músculos, tendões e ligamentos e uma Força Externa como a gravidade, o atrito, a oposição de um adversário. A força pode se manifestar de duas formas básicas a dinâmica e estática e pode ser concêntrica ou excêntrica. A força do ser humano como capacidade física se relaciona com a capacidade de superação da resistência externa e de contra-ação a esta resistência por meio dos esforços musculares (Zackharov, 1992). Segundo Zatsiorsky (1999) a força ou força muscular é a habilidade de gerar a maior força máxima, maximorum externa fmm, em mecânica e física a força é definida como a medida instantânea da interação entre dois corpos. A força é um vetor de quantidade, ela é caracterizada pela magnitude, direção e ponto de aplicação. O jogador de futebol necessita da qualidade física força em vários aspectos, pois a força representa no futebol um considerável fator restritivo, especialmente para a elevação da performance especifica do futebol como a força de chute de salto e para a profilaxia de lesões (Weineck, 2000). Segundo Zackharov (1992) as capacidades de força do desportista não podem se reduzir apenas às propriedades contrativas dos músculos, pois a manifestação direta dos esforços musculares é assegurada pela interação de diferentes sistemas funcionais do nosso organismo como, muscular, vegetativo, hormonal, mobilização das qualidades psíquicas. A resistência muscular localizada ou resistência de força surge quando o movimento exige menos de 1/6 a 1/7 do total da musculatura, assim quando utilizamos um grupo muscular pequeno, como no exercício abdominal, e tentamos manter o movimento por tempo prolongado ou fazemos varias repetições necessitam da resistência muscular localizada, ela dependendo do metabolismo energético e pode ser aeróbica ou anaeróbica (Barbanti, 1999). Segundo Guedes & Guedes (1997) as tarefas motoras tendo o próprio peso do corporal dos avaliados como sobrecarga são as mais indicadas para a avaliação das capacidades de força e de resistência muscular das crianças e dos adolescentes. A resistência muscular local é determinada não apenas pela resistência geral, como também pela força especial, pela capacidade anaeróbica e pelas formas de força delimitadas por esta, ou seja, a resistência de velocidade, de força e de explosão (Weineck, 1989). A capacidade motora potência pode ser definida como a capacidade em realizar um esforço máximo no menor espaço de tempo possível e representa a relação entre o índice de força apresentado por um individuo e a velocidade em que o mesmo pode realizar um movimento, essa combinação de força e velocidade pode ser evidenciada mediante atividades que envolvam a realização de saltos e arremessos, e depende basicamente da velocidade com que ocorre a contração e do índice de força apresentado pelos músculos envolvidos (Sharkey (1990) apud Guedes & Guedes, 1997). Segundo Leal (2001) a potência é a qualidade do jogador de vencer determinada força no menor espaço de tempo, força versus velocidade. Segundo Weineck (1989) temos a força muscular manifestando-se como: Força Máxima Força de Explosão Força de Resistência Segundo Tubino (1984) temos a manifestação da força como: 5.1.6 – Flexibilidade Segundo Fernandes (1981) a flexibilidade fica sendo uma característica motriz presente em todas as modalidades desportivas. Força Dinâmica Força Estática Força Explosiva Dantas (1999) cita como a qualidade física responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesão. A mobilidade é uma condição qualitativa e quantitativa elementar para a boa realização de movimento no futebol tem efeito complexo positivo sobre os fatores físicos responsáveis pela performance (Weineck, 2000). Segundo Barbanti (1999) a mobilidade é a capacidade de aproveitar as possibilidades de movimentos articulares o mais amplamente possível em todas as direções, ela possibilita a execução de movimentos com grandes amplitudes de oscilação nas varias articulações participantes. Weineck (2000) Dantas (1999) referem à manifestação da Flexibilidade como: Flexibilidade Ativa Flexibilidade Passiva Flexibilidade Geral Flexibilidade Especifica 5.1.7 – Equilíbrio Segundo Dantas (1998) cita que o equilíbrio consiste na manutenção da projeção do Centro de Gravidade dentro da área da superfície de apoio. Fernandes (1981) cita como a capacidade do corpo em assumir e sustentar qualquer posição contra a lei da gravidade, o equilíbrio tem origem no labirinto do ouvido interno, especialmente no utrículo e canais semicirculares, por isso o sucesso do equilíbrio esta na posição e movimentos da cabeça. As condições mecânicas que regem o equilíbrio do corpo humano são iguais às que regem os outros corpos isto é todo corpo esta em equilíbrio quando não há forças que provoquem movimento de translação ou de rotação ou ainda quando todas as forças atuantes sobre o corpo se anulam. O equilíbrio se aperfeiçoa através do treinamento, sendo o ideal iniciar desde cedo equilibrando objetos e o próprio corpo (Barbanti, 1999). Dantas (1998) cita que o equilíbrio se manifesta como: Equilíbrio Dinâmico Equilíbrio Estático Equilíbrio Recuperado 5.1.8 – Agilidade Tubino (1984) cita a agilidade como a qualidadefísica que permite mudar a posição do corpo no menor tempo possível. Segundo Grosser (1972) apud Barbanti (1996) à agilidade é a rapidez de movimentos acíclicos com mudanças de direção, como num drible do futebol ela depende do mecanismo biomecânico da musculatura, do corte transversal dos músculos da elasticidade muscular da flexibilidade articular da coordenação e do perfeito domínio da técnica do movimento. Guedes & Guedes (1997) refere-se à agilidade como a capacidade de mudar a direção do corpo no espaço, movendo-se de um ponto ao outro mais rapidamente possível. Segundo Leal (2001) a agilidade é a relação entre uma distância percorrida de um jogador com troca de direção e o tempo de percurso. Podemos definir a agilidade como uma variável neuro-motora caracterizada pela capacidade de realizar trocas rápidas de direção, sentido e deslocamento da altura do centro de gravidade de todo o corpo ou parte dele (Matsudo, 1983). 5.1.9 – Coordenação Motora Segundo Fernandes (1981) a coordenação é uma qualidade física que se constitui em condições necessária para o rendimento desportivo e também para a vida cotidiana. Meinel (1960) apud Barbanti (1979) cita à coordenação sendo a harmonização de todos os processos parciais do ato motor, em vista do objetivo e da meta a ser alcançada pela execução do movimento. Segundo Hollmann & Hettinger (1989) apud Barbanti (1999) consideram a coordenação como “ação sinérgica do sistema nervoso central e da musculatura esquelética dentro de uma determinada seqüência de movimentos, distinguindo dois tipos de coordenação motora à coordenação intramuscular e intermuscular”. Barbanti (1996) cita sendo à capacidade de assegurar uma adequada combinação de movimentos que se desenvolvem ao mesmo tempo ou em sucessão, ela permite ligar habilidades motoras como corrida e salto e que os movimentos sejam sincronizados e ajustados entre eles. Segundo Fernandes (1981) à Coordenação pode ser como: Coordenação Extramuscular Coordenação Intramuscular 5.1.10 – Ritmo Segundo Friedrich apud Fernandes (1981) o ritmo como a fluência natural de um movimento ou seqüência de movimentos corporais, estando estreitamente ligada ao sistema nervoso e sendo determinado pela coordenação e relação entre o tronco e comprimento dos membros. Tubino (1984) cita como a qualidade física explicada por um encadeamento de tempo, um encadeamento dinâmico-energetico, uma mudança de tensão e de repouso, enfim, uma variação regular com repetições periódicas. 5.1.11 – Descontração Tubino (1984) refere como a qualidade física compreendida como um fenômeno neuromuscular resultante de uma redução de tensão na musculatura esquelética. Dantas (1998) cita a descontração como a qualidade física eminentemente neuromuscular oriunda da redução da tonicidade da musculatura esquelética. Segundo Tubino (1984) cita a manifestação da Descontração como: Descontração Total Descontração Diferencial IX – Referências Bibliográficas BARBANTI, Valdir J. Treinamento Físico: Bases Cientificas. 3a.Ed. São Paulo: CLR Balieiro, 1996. BARBANTI, Valdir José. Teoria e Pratica do Treinamento Desportivo. São Paulo: Edgard Bluncher, 1979. BARBANTI, Valdir J. Teoria e Pratica do Treinamento Esportivo. 2a.Ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1999. BEE, Helen. 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