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CAPACIDADE FISICA

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GILMAR FERREIRA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A AVALIAÇÃO FISICA NO FUTEBOL: TESTES FISICOS E 
ANTROPOMETRICOS ENTRE CRIANÇAS PRATICANTES DE FUTEBOL, 
ENTRE 09 E 11ANOS, DO BRASIL E DA ALEMANHA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ribeirão Pires 
2006 
GILMAR FERREIRA DOS SANTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A AVALIAÇÃO FISICA NO FUTEBOL: TESTES FISICOS E 
ANTROPOMETRICOS ENTRE CRIANÇAS PRATICANTES DE FUTEBOL, 
ENTRE 09 E 11ANOS, DO BRASIL E DA ALEMANHA 
 
 
Monografia de conclusão de curso de 
Educação Física, apresentada como exigência 
parcial para obtenção dos títulos de Bacharel e 
Licenciatura Plena em Educação Física nas 
Faculdades Integrada de Ribeirão Pires, sob 
orientação de conteúdos do professor 
Especialista Douglas Wili Polanowski e co-
orientação do professor Especialista Márcio 
Rogério Souza. 
 
 
 
Ribeirão Pires 
2006 
RESUMO 
 
Diante da oportunidade de conhecer uma cultura européia, e da realização do 
projeto Alem-Brasil, onde excursionando pela Alemanha durante o período de 01 de 
junho a 15 de julho de 2006, realizando jogos amistosos, e clinicas de futebol com 
crianças de varias idades, tive o insight de desenvolver um estudo de comparação entre 
crianças alemãs e brasileiras praticantes de futebol, com o intuito de traçar um paralelo 
nos quesitos antropométricos e das capacidades físicas. O trabalho foi um estudo de 
caso realizado com 20 crianças praticantes de futebol de 09 a 11 anos, do Brasil e 20 
crianças da Alemanha. As crianças foram avaliadas no período de 26 a 30 de junho de 
2006, na Alemanha, durante a realização da Copa do Mundo de Futebol, na cidade de 
Siegen - Gernsdorf, na escolinha do clube, TSV Weisstal (1971) e.v, e as crianças do 
Brasil no período de 26 a 30 de julho de 2006, na cidade de Ribeirão Pires, na escolinha 
de futebol do núcleo do AD São Caetano fundado (1989). Os testes Antropométricos 
utilizados foram (Estatura, Peso e Composição Corporal -% de gordura), e das 
Capacidades Físicas (Resistência Aeróbia, Resistência Abdominal, Velocidade, 
Agilidade, Potencia MMII). Os resultados encontrados encontram-se na: 
 VARIAVEIS CORPORAIS 
 Estatura Peso Dobras Cutâneas (mm) 
 (m) (kg) Subescapular Tríceps 
% gordura 
Alemães 
1,43 +/- 
0,07 
35,35 +/- 
5,87 9,85 +/- 4,78 
13,05 +/- 
5,27 19,21 +/- 7,09 
Brasileiros 
1,44 +/- 
0,07 
34,95 +/- 
4,97 7,85 +/- 2,5 
11,35 +/- 
4,72 16,56 +/- 5,38 
 CAPACIDADES FÍSICAS 
 
Cooper 
(m) 
Velocidade 
(seg) 
Potencia MMII 
(m) 
Res 
Abdominal 
Agilidade 
(seg) 
Alemães 
1359,9 +/- 
133,3 3,79 +/- 0,23 1,55 +/- 0,17 
26,55 +/- 
4,91 
11,43 +/- 
0,74 
Brasileiros 
1337,3 +/- 
243,35 3,95 +/- 0,27 1,7 +/- 0,17 
28,3 +/- 
7,91 
11,16 +/- 
0,68 
 
Analisando os resultados podemos dizer que não existem diferenças 
significativas ente os grupos estudados, tanto para as variáveis antropometricas quanto 
para as capacidades físicas. 
Unitermos: Futebol, Bola, Crianças, Capacidades Físicas, Avaliação Física. 
 
 
SUMÁRIO 
 
I – Introdução............................................................................................................ 11 
II – Desenvolvimento............................................................................................... 12 
1 – Capitulo: História do Futebol Mundial............................................................... 12 
1.1 – Origem e Evolução.......................................................................................... 12 
2 – Capitulo: Relatos da História do Futebol no Brasil............................................ 20 
2.1 – O Futebol Brasileiro........................................................................................ 20 
3 – Capitulo: Comissão Técnica as Categorias de Base e Curiosidades do Futebol 28 
3.1 – Comissão Técnica............................................................................................ 28 
3.2 – Categorias de Base........................................................................................... 28 
3.3 – Entidades Internacionais.................................................................................. 29 
3.4 – Evolução Tática no Brasil................................................................................ 29 
3.5 – Países que Sediaram as Copas e seus Vencedores........................................... 31 
4 – Capitulo: Maturação e Desenvolvimento da Criança x Treinamento 
 Desportivo.......................................................................................................... 
 
32 
4.1 – Limites para o Treinamento............................................................................. 32 
4.2 – Primeira Infância (de um a três anos).............................................................. 33 
4.2.1 – Segunda Infância (de três a seis anos).......................................................... 33 
4.2.2 – A Idade Escolar (dos seis aos dez anos)....................................................... 34 
4.2.3 – Pré-Púbere (dos doze aos quatorze anos)..................................................... 34 
4.2.4 – A Adolescência (dos quatorze aos dezoito).................................................. 35 
5 – Capitulo: Capacidades Físicas............................................................................ 36 
5.1 – Conceito........................................................................................................... 36 
5.1.2 – Divisões das Capacidades Físicas................................................................. 37 
5.1.3 – Velocidade.................................................................................................... 37 
5.1.4 – Resistência.................................................................................................... 39 
5.1.5 – Força............................................................................................................. 41 
5.1.6 – Flexibilidade................................................................................................. 43 
5.1.7 – Equilíbrio...................................................................................................... 44 
5.1.8 – Agilidade....................................................................................................... 44 
5.1.9 – Coordenação Motora.................................................................................... 45 
5.1.10 – Ritmo.......................................................................................................... 46 
5.1.11 – Descontração.............................................................................................. 46 
6 – Capitulo: A Avaliação........................................................................................ 47 
6.1 – A Avaliação..................................................................................................... 47 
6.1.2 – A Avaliação nos Desportos.......................................................................... 48 
6.2 – Avaliações Antropométricas............................................................................ 51 
6.2.1 – Plano de Frankfurt........................................................................................ 51 
6.2.2 – Pontos Anatômicos....................................................................................... 52 
6.2.3 – Planos e Eixos Antropométricas................................................................... 52 
6.2.4 – Definição das Medidas Antropométricas...................................................... 53 
6.2.5 – Somatotipo.................................................................................................... 54 
6.2.6 – Composição Corporal................................................................................... 55 
III – Metodologia......................................................................................................57 
IV – Material Utilizado na Pesquisa......................................................................... 57 
V – Protocolo dos Testes Antropométricos.............................................................. 58 
VI – Protocolo dos Testes Físicos............................................................................ 59 
VII – Resultados e Discussões.................................................................................. 61 
VIII – Considerações Finais..................................................................................... 66 
IX – Referências Bibliográficas................................................................................ 67 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 – Capitulo: Capacidades Físicas 
 
5.1 – Conceitos 
 
Segundo Zakharov (1992) no processo de experiência histórica do homem 
distinguiram-se varias propriedades comuns do organismo permitindo com sucesso 
resolver determinados tipos de tarefas motoras, assim destacamos cinco tipos de 
capacidades funcionais, reunidas pela noção de capacidades físicas como a resistência, a 
forca, a velocidade, a flexibilidade e a coordenação (habilidades). 
Dassel & Haag (1975) apud Guedes & Guedes (1997) preferiram os termos 
bases físicas do rendimento para as capacidades de força, velocidade, resistência e suas 
combinações, e qualidades motoras para habilidade, agilidade, mobilidade e 
elasticidade, e a coordenação cumpre a função de unir os dois grupos, pois se encontra 
presente em ambos. 
“Os parâmetros da forma física seriam, 
portanto, a força dinâmica, estática e explosiva, 
a resistência aeróbica, a anaeróbica e a 
muscular localizada, e a flexibilidade. Os 
parâmetros da habilidade motora seriam a 
coordenação, a descontração total e diferencial, 
a agilidade, a velocidade de reação e de 
movimento, o equilíbrio dinâmico, o estático e 
o recuperado” (Dantas, 1998). 
 
Segundo Barbanti (1996) na Educação Física e nos esportes a capacidade física 
seriam as qualidades inatas de uma pessoa, um potencial como a resistência e a força, já 
as habilidades referem-se às coisas aprendidas como a habilidade de jogar futebol ou 
tênis, as capacidades são elementos essenciais para o rendimento motor. 
Segundo Tubino (1984) as qualidades físicas podem ser divididas em tipos 
especiais que são valências com bastante especificidade como a velocidade, velocidade 
de reação, de deslocamento, dos membros, força, força dinâmica, estática, explosiva, 
equilíbrio, equilíbrio dinâmico, estático, recuperado, resistência, resistência aeróbica, 
anaeróbica, muscular localizada, flexibilidade, coordenação, ritmo, descontração, 
descontração total, diferencial, agilidade. 
Segundo Tubino (1984) com a identificação das qualidades físicas do desporto 
em treinamento e a adequação dessas valências aos objetivos formulados é o passo 
fundamental para o êxito de uma preparação física. 
E não é de hoje que a solicitação motora, desde recordes em diversas 
especialidades esportivas até as exigências do cotidiano em cada pessoa, traduzida em 
índices de desempenho motor, tem sido objeto de estudo por vários pesquisadores na 
área da atividade física. Talvez esta preocupação se deva a necessidade de se determinar 
prováveis indicações que permitam o aprimoramento e a identificação o mais 
precocemente possível dos atributos relacionados ao comportamento motor na tentativa 
de assegurá-los até que o processo de maturação complete todo seu potencial de 
desenvolvimento (Guedes & Guedes, 1997). 
 
5.1.2 – Divisões das capacidades físicas: 
 
5.1.3 – Velocidade 
 
Sendo a qualidade física do músculo e das coordenações neuromusculares que 
permite a execução de uma sucessão rápida de gestos e em seu encadeamento, 
constituem uma só e mesma ação com intensidade máxima com mínimo tempo 
(Fauconnier (1978) apud Tubino, 1984). 
Frisselli & Mantovani (1999) cita que podemos identificar duas grandes 
manifestações de velocidade à dos movimentos cíclico e à dos movimentos acíclicos, à 
velocidade cíclica entede-se por encadear movimentos com o mesmo padrão e à 
velocidade acíclica como a capacidade de encandear movimentos diferentes e isolados 
com a máxima rapidez. 
Segundo Weineck (2000) a velocidade do jogador de futebol é uma capacidade 
verdadeiramente múltipla, as quais pertencem não somente o reagir e agir rápido as 
corridas rápidas, mas também o reconhecimento e a utilização rápida de certas 
situações. 
Zackharov (1992) cita que as capacidades de velocidade se manifestam na 
possibilidade de o atleta executar as ações motoras, no menor tempo possível em 
determinado percurso, e deve-se distinguir a noção de capacidade de velocidade, da 
noção mais estreita de rapidez, pois a rapidez representa apenas um dos componentes 
determinantes das capacidades de velocidade do atleta. 
A velocidade é uma característica neuromuscular estando presente em todas as 
situações nos vários esportes, pode-se dizer que a velocidade é uma capacidade de 
realizar um movimento no menor espaço de tempo (Barbanti, 1979). 
Frey (1977) apud Weineck (1989) cita à velocidade como a capacidade, sobre a 
base da mobilidade dos processos do sistema neuromuscular e da faculdade inerente à 
musculatura, de desenvolver forca, de executar ações motoras em um mínimo de tempo, 
colocadas sob condições mínimas. 
Segundo Leal (2001) a velocidade é qualidade de ser veloz; relação entre uma 
distancia percorrida pelo jogador e o tempo de percurso, no movimento uniforme, desde 
um ponto do campo até outro. 
Barbanti (1999) cita a manifestação da Velocidade nos esportes sendo como: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Weineck (2000) cita Velocidade do Futebol como: 
 
Velocidade de Percepção 
Velocidade de Antecipação 
Velocidade de Decisão 
Velocidade de Reação 
Velocidade de Aceleração 
Velocidade de Resistência 
Velocidade – Habilidade 
 
 
Velocidade de Reação 
Velocidade Acíclica 
Velocidade Cíclica 
Velocidade de Força 
5.1.4 – Resistência 
 
 Segundo Zakharov (1992) a resistência é a capacidade física, que caracteriza as 
possibilidades do esportista de realizar durante um tempo prolongado o trabalho 
muscular, mantendo os parâmetros dados de movimento. 
Barbanti (1996) cita a resistência sendo uma capacidade física de executar um 
movimento durante um longo tempo sem perda da efetividade do movimento e é 
determinada pelo sistema cardiorrespiratorio, pelo metabolismo, pelo sistema nervoso, 
pelo sistema orgânico e pela coordenação dos movimentos e componentes psíquicos. 
Podemos definir a resistência de um futebolista como a capacidade de resistir ao 
cansaço, mantendo o mesmo nível e qualidade de suas ações motoras técnicas e táticas, 
bem como a velocidade de seus deslocamentos durante toda a partida, se manifestando 
de forma muito variada dependendo das transformações bioquímicas e da forma que a 
energia é solicitada (Frisselli & Mantovani, 1999). 
Segundo Verkhoschansky (1995) a resistência está determinada não somente e 
nem tanto pela quantidade de oxigênio que se transporta aos músculos em atividade, 
segundo os critérios tradicionais, senão pela adaptação dos mesmos músculos ao 
trabalho duradouro e intenso. 
 
 
Segundo Guedes & Guedes (1997) a resistência cardiorespiratoria depende da 
capacidade do individuo de liberar energia por processos oxidativos, para a sustentação 
de um trabalho muscular de longa duração. Ao nível de laboratório a referencia 
universalmente aceita para os níveis de resistência cardiorespiratoria é o Consumo 
Maximo de Oxigênio, VO2 Máx. 
Segundo Dantas (1998) o sistema anaeróbio alático é a fonte direta de energia do 
organismo, sendo fornecida pela quebra da molécula de trifosfato de adenosina 
(Adenosin Triphosfate – ATP) e quando esta molécula sob a ação da miosina (ATPase) 
em presença de magnésio se combina com água, num processo chamado hidrolise, o 
ultimo radicalfosfato se parte dando origem a uma nova substancia com somente dois 
radicais fosfatos; é por isto chamada de difosfato de adenosina (ADP). 
Segundo Dantas (1998) o sistema anaeróbio lático é manifestado quando a 
intensidade, apesar de alta não é máxima e ou há necessidade de realizar a performance 
por algum tempo o organismo pode reciclar o ATP através deste sistema anaeróbio 
lático, que tem seu nome por funcionar sem a presença de oxigênio e por ter como 
produto final o acido lático. 
A re-síntese do ATP realiza-se em conseqüência de reações bioquímicas 
baseadas em três mecanismos de asseguramento energético, como o aeróbico por conta 
da oxidação e com a participação direta de O2 de hidratos de carbono e de gorduras do 
organismo, o anaeróbico láctico coma dissociação anaeróbica do glicogênio e com 
formação de lactato, sem a participação de O2, anaeróbico alactato ligado à utilização 
dos fosfagênios, presentes nos músculos em atividade, principalmente do creatinfosfato 
(Zakharov, 1992). 
 
“A aptidão cardiorrespiratória de 
qualquer individuo refere-se à capacidade 
funcional de seus sistemas de absorção, 
transporte, entrega e utilização de oxigênio 
pelos tecidos durante os exercícios físicos. No 
decorrer da prática da atividade física, na 
medida em que cresce a intensidade, aumenta a 
necessidade de oxigênio pelos músculos 
exercitados. Para esforços contínuos e 
prolongados o sistema energético 
predominante é o aeróbio que para funcionar 
adequadamente necessita de um eficiente 
sistema cardiorrespiratorio, ou seja, ele 
depende de uma boa capacidade respiratória 
celular e de um bom fluxo sanguíneo periférico 
(Fernandes Filho, 2003)”. 
 
Leal (2001) cita como uma qualidade que permite a um jogador resistir ao 
cansaço, com predominância do sistema aeróbio, com equilíbrio entre consumo e gasto 
de oxigênio. 
Segundo Tubino (1984) temos à Resistência e a sua manifestação como: 
Resistência Aeróbia 
Resistência Muscular Localizada 
Resistência Anaeróbia 
 
 Hollmann & Hettinger (2005) citam as manifestações da Resistência como: 
Resistência Muscular Localizada Resistência Muscular Geral 
Aeróbia – Dinâmica – Estática Aeróbia – Dinâmica – Estática 
Anaeróbia – Dinâmica – Estática Anaeróbia – Dinâmica – Estática 
 
 
5.1.5 – Força 
 
Segundo Barbanti (1979) à força é a capacidade do sistema neuromuscular de 
vencer resistências (oposição), no movimento humano podemos distinguir à Força 
Interna produzida pelos músculos, tendões e ligamentos e uma Força Externa como a 
gravidade, o atrito, a oposição de um adversário. A força pode se manifestar de duas 
formas básicas a dinâmica e estática e pode ser concêntrica ou excêntrica. 
A força do ser humano como capacidade física se relaciona com a capacidade de 
superação da resistência externa e de contra-ação a esta resistência por meio dos 
esforços musculares (Zackharov, 1992). 
Segundo Zatsiorsky (1999) a força ou força muscular é a habilidade de gerar a 
maior força máxima, maximorum externa fmm, em mecânica e física a força é definida 
como a medida instantânea da interação entre dois corpos. A força é um vetor de 
quantidade, ela é caracterizada pela magnitude, direção e ponto de aplicação. 
O jogador de futebol necessita da qualidade física força em vários aspectos, pois 
a força representa no futebol um considerável fator restritivo, especialmente para a 
elevação da performance especifica do futebol como a força de chute de salto e para a 
profilaxia de lesões (Weineck, 2000). 
Segundo Zackharov (1992) as capacidades de força do desportista não podem se 
reduzir apenas às propriedades contrativas dos músculos, pois a manifestação direta dos 
esforços musculares é assegurada pela interação de diferentes sistemas funcionais do 
nosso organismo como, muscular, vegetativo, hormonal, mobilização das qualidades 
psíquicas. 
A resistência muscular localizada ou resistência de força surge quando o 
movimento exige menos de 1/6 a 1/7 do total da musculatura, assim quando utilizamos 
um grupo muscular pequeno, como no exercício abdominal, e tentamos manter o 
movimento por tempo prolongado ou fazemos varias repetições necessitam da 
resistência muscular localizada, ela dependendo do metabolismo energético e pode ser 
aeróbica ou anaeróbica (Barbanti, 1999). 
Segundo Guedes & Guedes (1997) as tarefas motoras tendo o próprio peso do 
corporal dos avaliados como sobrecarga são as mais indicadas para a avaliação das 
capacidades de força e de resistência muscular das crianças e dos adolescentes. 
A resistência muscular local é determinada não apenas pela resistência geral, 
como também pela força especial, pela capacidade anaeróbica e pelas formas de força 
delimitadas por esta, ou seja, a resistência de velocidade, de força e de explosão 
(Weineck, 1989). 
A capacidade motora potência pode ser definida como a capacidade em realizar 
um esforço máximo no menor espaço de tempo possível e representa a relação entre o 
índice de força apresentado por um individuo e a velocidade em que o mesmo pode 
realizar um movimento, essa combinação de força e velocidade pode ser evidenciada 
mediante atividades que envolvam a realização de saltos e arremessos, e depende 
basicamente da velocidade com que ocorre a contração e do índice de força apresentado 
pelos músculos envolvidos (Sharkey (1990) apud Guedes & Guedes, 1997). 
Segundo Leal (2001) a potência é a qualidade do jogador de vencer determinada 
força no menor espaço de tempo, força versus velocidade. 
Segundo Weineck (1989) temos a força muscular manifestando-se como: 
Força Máxima 
Força de Explosão 
Força de Resistência 
 
Segundo Tubino (1984) temos a manifestação da força como: 
 
 
 
 
5.1.6 – Flexibilidade 
 
Segundo Fernandes (1981) a flexibilidade fica sendo uma característica motriz 
presente em todas as modalidades desportivas. 
Força Dinâmica 
Força Estática 
Força Explosiva 
Dantas (1999) cita como a qualidade física responsável pela execução voluntária 
de um movimento de amplitude angular máxima, por uma articulação ou conjunto de 
articulações dentro dos limites morfológicos, sem o risco de provocar lesão. 
A mobilidade é uma condição qualitativa e quantitativa elementar para a boa 
realização de movimento no futebol tem efeito complexo positivo sobre os fatores 
físicos responsáveis pela performance (Weineck, 2000). 
Segundo Barbanti (1999) a mobilidade é a capacidade de aproveitar as 
possibilidades de movimentos articulares o mais amplamente possível em todas as 
direções, ela possibilita a execução de movimentos com grandes amplitudes de 
oscilação nas varias articulações participantes. 
Weineck (2000) Dantas (1999) referem à manifestação da Flexibilidade como: 
Flexibilidade Ativa 
Flexibilidade Passiva 
Flexibilidade Geral 
Flexibilidade Especifica 
 
5.1.7 – Equilíbrio 
 
Segundo Dantas (1998) cita que o equilíbrio consiste na manutenção da projeção 
do Centro de Gravidade dentro da área da superfície de apoio. 
Fernandes (1981) cita como a capacidade do corpo em assumir e sustentar 
qualquer posição contra a lei da gravidade, o equilíbrio tem origem no labirinto do 
ouvido interno, especialmente no utrículo e canais semicirculares, por isso o sucesso do 
equilíbrio esta na posição e movimentos da cabeça. 
As condições mecânicas que regem o equilíbrio do corpo humano são iguais às 
que regem os outros corpos isto é todo corpo esta em equilíbrio quando não há forças 
que provoquem movimento de translação ou de rotação ou ainda quando todas as forças 
atuantes sobre o corpo se anulam. O equilíbrio se aperfeiçoa através do treinamento, 
sendo o ideal iniciar desde cedo equilibrando objetos e o próprio corpo (Barbanti, 
1999). 
Dantas (1998) cita que o equilíbrio se manifesta como: 
Equilíbrio Dinâmico 
Equilíbrio Estático 
Equilíbrio Recuperado 
 
 
5.1.8 – Agilidade 
 
Tubino (1984) cita a agilidade como a qualidadefísica que permite mudar a 
posição do corpo no menor tempo possível. 
Segundo Grosser (1972) apud Barbanti (1996) à agilidade é a rapidez de 
movimentos acíclicos com mudanças de direção, como num drible do futebol ela 
depende do mecanismo biomecânico da musculatura, do corte transversal dos músculos 
da elasticidade muscular da flexibilidade articular da coordenação e do perfeito domínio 
da técnica do movimento. 
Guedes & Guedes (1997) refere-se à agilidade como a capacidade de mudar a 
direção do corpo no espaço, movendo-se de um ponto ao outro mais rapidamente 
possível. 
Segundo Leal (2001) a agilidade é a relação entre uma distância percorrida de 
um jogador com troca de direção e o tempo de percurso. 
Podemos definir a agilidade como uma variável neuro-motora caracterizada pela 
capacidade de realizar trocas rápidas de direção, sentido e deslocamento da altura do 
centro de gravidade de todo o corpo ou parte dele (Matsudo, 1983). 
 
5.1.9 – Coordenação Motora 
 
Segundo Fernandes (1981) a coordenação é uma qualidade física que se constitui 
em condições necessária para o rendimento desportivo e também para a vida cotidiana. 
Meinel (1960) apud Barbanti (1979) cita à coordenação sendo a harmonização 
de todos os processos parciais do ato motor, em vista do objetivo e da meta a ser 
alcançada pela execução do movimento. 
 Segundo Hollmann & Hettinger (1989) apud Barbanti (1999) consideram a 
coordenação como “ação sinérgica do sistema nervoso central e da musculatura 
esquelética dentro de uma determinada seqüência de movimentos, distinguindo dois 
tipos de coordenação motora à coordenação intramuscular e intermuscular”. 
Barbanti (1996) cita sendo à capacidade de assegurar uma adequada combinação 
de movimentos que se desenvolvem ao mesmo tempo ou em sucessão, ela permite ligar 
habilidades motoras como corrida e salto e que os movimentos sejam sincronizados e 
ajustados entre eles. 
 
 
Segundo Fernandes (1981) à Coordenação pode ser como: 
Coordenação Extramuscular 
Coordenação Intramuscular 
 
5.1.10 – Ritmo 
 
Segundo Friedrich apud Fernandes (1981) o ritmo como a fluência natural de um 
movimento ou seqüência de movimentos corporais, estando estreitamente ligada ao 
sistema nervoso e sendo determinado pela coordenação e relação entre o tronco e 
comprimento dos membros. 
Tubino (1984) cita como a qualidade física explicada por um encadeamento de 
tempo, um encadeamento dinâmico-energetico, uma mudança de tensão e de repouso, 
enfim, uma variação regular com repetições periódicas. 
 
5.1.11 – Descontração 
 
Tubino (1984) refere como a qualidade física compreendida como um fenômeno 
neuromuscular resultante de uma redução de tensão na musculatura esquelética. 
Dantas (1998) cita a descontração como a qualidade física eminentemente 
neuromuscular oriunda da redução da tonicidade da musculatura esquelética. 
 
Segundo Tubino (1984) cita a manifestação da Descontração como: 
Descontração Total 
Descontração Diferencial 
 
 
 
 
 
IX – Referências Bibliográficas 
 
BARBANTI, Valdir J. Treinamento Físico: Bases Cientificas. 3a.Ed. São Paulo: CLR 
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