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Recurso de Apelação Juliao e Ruth

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA __ VARA CÍVEL DA COMARCA DE LONDRINA, DO ESTADO DO PARANÁ
Processo nº _______________
JULIÃO,Brasileiro,casado, inscrito no RG: _____, CPF: _____, residente a rua _____, na cidade de Londrina – Paraná, e RUTH, Brasileira, casada, inscrito no RG: ____, CPF: _____, residente a rua _____, na cidade de Londrina – Paraná; Devidamente representados por seu advogado (procuração anexa). com endereço onde recebe citações e intimações, com base no artigo 297 e seguintes do CPC, à presença de Vossa Excelência, nos autos nº.____, da AÇÃO DE USUCAPIÃO RURAL já qualificada nos autos, oferecer.
RECURSO DE APELAÇÃO
...à sentença prolatada nos autos em epigrafe de processo movido por, Joao, Brasileiro, em uniao estavel, portador do RG: ____, CPF: ____, residente à rua das Bromelias nº 100. Na cidade de Londrina/PR, Cep nº ____, o que faz pelos fatos e fundamentos a seguir expostos.
Requer que seja o apelado intimado para que apresente suas contrarrazões no prazo legal e que, na sequencia seja, os autos remetidos ao tribunal de justiça para apreciação.
Londrina – Paraná – data __/__/__
OAB – Nº 
ADVOGADO
 
AO EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTICA DO ESTADO DO PARANÁ
RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO
Senhores julgadores,
· Cabimento
Com base no art. 1.009, CPC/15, do qual nos acolhe para o cabimento da apelação sobre o processo nº xxxx contra ação de usucapião rural
· Tempestividade e preparo
Nos termos dos artigos, 219 e 1003, §5º, do CPC, o prazo para interpor o presente recurso é de 15 dias úteis, sendo excluído o dia do começo e incluindo o dia do vencimento nos termos do artigo, 224 do CPC/2015
Desta forma, considerando que a decisão fora publicada no diário oficial na data de 8/10/2020, tem-se por tempestivo o presente recurso, devendo ser acolhido
Informa também que junta em anexo a devida comprovação do recolhimento do preparo recursal.
· Síntese processual
Julião e Ruth possui um imóvel, localizado na Rua das Bromélias, nº 100, na cidade de Londrina/PR e realizaram um contrato verbal de locação com João e Marcos (locatários), por prazo indeterminado, fixando um valor mensal do aluguel em R$ 300,00 (trezentos reais), que nunca foi pago e ficou acordado que o locatário pagaria todos os impostos e as contas de água e luz e por ter dificuldades financeira o locatário deixou de honrar seus compromisso de pagar o aluguel ficando 9 (nove) anos no imóvel e o Sr. Julião e Ruth sabendo de suas condições financeiras consentiram a permanência. Ocorre que os réus não concordam com o pedido de ação da usucapião por parte do locatário João, pois se foi feito um contrato verbal e mesmo não havendo o pagamento dos alugueis por motivos financeiros dos locatários isso não justifica o interesse da usucapião. 
 
O magistrado proferiu sentença em julgamento antecipado do mérito, alegando não haver necessidade de produção de outras provas. A sentença em primeiro lugar trouxe o número do processo, a qualificação das partes e um breve relatório – resumo dos fatos narrados pela parte autora e pelas partes requeridas. Em seguida, o magistrado passou à fundamentação da sentença, momento em que afastou as preliminares de inépcia da inicial por ausência de consentimento do companheiro e de ilegitimidade ad processum por não observância do art. 595, do Código Civil de 2002, e no mérito entendeu pela procedência da ação de usucapião e pela improcedência da reconvenção, tendo o juízo fundamentado sua decisão nos seguintes argumentos: a) não há necessidade de consentimento do companheiro, pois o art. 73, caput, do CPC/15, exige o consentimento apenas dos cônjuges; b) a não observância do art. 595, do Código Civil de 2002, apenas pode ser alegado pelo analfabeto; c) não restou comprovada a existência de contrato verbal de locação entre as partes.
· Razões do pedido
A decisão insurgida, como já exposto anteriormente, não acolheu os pedidos formulados na inicial, afirmando que o juiz proferiu a sentença em julgamento antecipado do mérito, alegando não haver necessidade de produção de outras provas. o Apelante demonstrará as razões pelas quais tal fundamento não merece perdurar.
· Anulação da sentença por violação à ampla defesa
Conforme a clássica lição de a sentença pode se mostrar nula, por cerceamento de defesa. Nesse sentido, oportunamente, leciona Neves (2016, p. 622): 
· Extinção do processo por inépcia da inicial
Com base no art. 485, I, do CPC/15, pois o § 3º do art. 73 do CPC/15 estabelece a exigência de consentimento às uniões estáveis.
Ainda, o juiz afastou a preliminar de ilegitimidade ad processum por não observância do art. 595, do Código Civil de 2002, sob o fundamento de que “a não observância do art. 595 do CC apenas pode ser alegado pelo analfabeto”.
· Extinção do processo por ilegitimidade passiva
Com base no art. 485, VI, do CPC/15, pois a procuração não é apta a transmitir poderes ao patrono signatário da petição inicial, não havendo restrição para tal alegação ser feita apenas pelo analfabeto.
· Mérito da ação de usucapião
Não tenho a posse do imóvel, pois era mero detentor, eis que estava na propriedade em virtude de permissão ou tolerância, e o art. 1.208, do CC/02, preconiza que os detentores não possuem o animus domini (ânimo de dono), um dos requisitos para configurar a usucapião. Amparado também no direito à propriedade consagrado na Constituição Federal de 1988 (art. 5º, caput e inciso XXII), valendo também ressaltar que a posse qualificada, um dos requisitos da usucapião, não está presente no caso.
· Mérito da ação reconvencional
Desta forma sustentando a presença dos requisitos para o despejo com cobrança dos aluguéis, estando os fundamentos jurídicos pertinentes na Lei nº 8.245/91 (Lei do Inquilinato).
· Pedidos
Desta forma e com referência a cada um dos tópicos apresentados na fundamentação, faz-se o pedido para anular ou modificar a sentença que julgou procedente a ação de usucapião e improcedente a ação reconvencional de despejo.
Londrina – Paraná – data __/__/__
Advogado
OAB – Nº __

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