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Resumo de Estratigrafia

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1 
Resumo de Estratigrafia 
 
 Sedimentologia é a ciência que estuda a classificação, origem e 
interpretação dos sedimentos e das rochas sedimentares, em termos das 
propriedades físicas (textura, estrutura e mineralogia), químicas e biológicas e os 
processos que geram essas propriedades. Já Estratigrafia é a ciência que estuda 
os estratos rochosos, sua descrição, interpretação e relações mútuas de tempo, 
sucessão de camadas e localização global. 
 A estratigrafia clássica estuda o empilhamento dos pacotes 
sedimentares, diferenciando-os segundo suas características e ao compará-los aos 
sedimentos atuais reconstrói os paleoambientes. Ela está calcada no 
uniformitarismo, sendo processada de forma contínua e gradual ao longo do 
tempo, e é sintetizada na pura, ou nem sempre, aplicação do Código de 
Nomenclatura Estratigráfica. Já a estratigrafia moderna busca entender as 
mudanças que ocorrem ao longo do tempo nos ambientes e é basicamente uma 
estratigrafia por evento e holística, caracterizada pela sedimentação episódica. 
 
Leis de Steno 
 
 São leis clássicas e feitas com base em estudos realizados na Europa, 
Ásia e África, desconsiderando o resto do planeta. 
 
Horizontalidade original – a deposição sobre a bacia se dá de forma horizontal. 
Dessa forma, os sedimentos devem ter sido depositados horizontalmente sobre 
uma base e sedimentos deformados (dobras) devem ter sido deformados após a 
solidificação; 
 
Continuidade lateral – as camadas sedimentares formam, normalmente, 
contínuos lençóis depositados por toda a Terra. Assim, camadas similares 
descontínuas separadas em diferentes lados de um vale devem ter sido separadas 
por erosão; 
 
Superposição – cada camada deve ter sido depositada sobre uma camada sólida 
e, dessa forma, cada camada é, necessariamente, mais jovem que a camada 
sotaposta; 
 
Hutton – todas as rochas são produtos de processos contínuos, mas do que 
gerados a partir de uma criação isolada; 
 
Uniformitarismo – “O presente é a chave do passado.”. Idéia naturalista que 
admitia uma uniformidade entre os processos antigos e modernos. 
 
Lyell 
 
Atualismo – uniformidade das leis naturais e dos processos. 
Gradualismo – as mudanças de face da Terra se dão de forma lenta e gradual. 
 
William Smith 
 
Princípio da Sucessão Faunística – base da bioestratigrafia moderna. 
 
Catastrofismo – eventos catastróficos explicam o registro rochoso. Assim, 
mudanças súbitas provocam extinções. 
 
Sedimentação episódica – o registro sedimentar será formado por episódios de 
sedimentação alternados por períodos de não deposição ou erosão, estes 
marcados nos planos de estratificação, só se preservando as fácies geradas por 
processos bruscos, de alta energia. As principais evidências sedimentológicas 
dessa sedimentação são: 
 
 Fenômenos ligados a correntes turbulentas – turbiditos, inunditos, 
tempestitos sismitos e tsunamitos; 
 Depósitos ligados a explosões vulcânicas – sedimentos ejecta e cinzas 
vulcânicas que se espalham sobre uma grande área; 
 Depósitos ligados a inundações catastróficas – modelo de sistemas 
deposicionais flúvio-deltáicos; 
 
 O espaço deposicional e o influxo de sedimentos controlam o registro 
sedimentar, estando intimamente ligados, ou seja, o aumento / redução da 
quantidade de sedimentos chegando a uma bacia depende do aumento / redução 
do espaço deposicional da bacia. 
 O espaço deposicional varia por dois meios, subsidência 
(rebaixamento da bacia sedimentar) e eustasia (variação do nível do mar, que 
podem ser glacioeustáticas, tectonoeustáticas, por eustasia do geóide e por 
esforços intraplacas), sendo o somatório das variações positivas e negativas 
desses dois parâmetros que se chama de nível relativo do mar. 
 
Fácies 
 
 Partes de uma determinada unidade estratigráfica com caracteres 
diferentes de outras partes da unidade, como a presença de fósseis, icnofósseis, 
estruturas sedimentares, espessura, geometria e paleocorrentes, que são 
fundamentais para o reconhecimento da sucessão lateral de camadas e para a 
interpretação paleoambiental. 
 São atributos físicos (geometria externa, granulometria e estrutura 
sedimentar), químicos, biológicos e diagenéticos que estão associados a 
processos ativos e que permitem individualizar uma unidade de rocha, buscando 
interpretar a gênese da rocha. 
 
Código de Fácies 
 
Para a rocha: conglomerado – G / arenito – S / finos – F / diamictitos – D 
 
Para estruturas: maciço – M / acanalado – T / planar cruzada – P (Wxb – arenito 
com estratificação cruzada por onda) / laminar – L 
 
Sucessão de fácies (Lei de Walther): as propriedades da fácies mudam 
progressivamente e sistematicamente na vertical e na horizontal. Uma 
determinada sucessão vertical representa a projeção dos ambientes deposicionais 
contíguos existente ao tempo da formação da sucessão. A variação lateral 
permite o empilhamento vertical; 
 
Associação de fácies: grupo de fácies geneticamente relacionado e com 
significado ambiental, ou seja, características de um conjunto de fácies típicas de 
um ambiente; 
 
Modelo de fácies: resumo geral de um ambiente específico de deposição, 
incorporando informações de sedimentos recentes e rochas antigas; 
 
Estruturas Sedimentares 
 
 São produzidas por ação dos processos físicos, químicos e biológicos 
e que podem ser modificadas por processo diagenéticos. 
 
Obs.: As rochas podem ser detríticas (clastos – conglomerado, brecha, siltito, 
arenito, folhelho – rocha de argila com laminação e argilito) e químicas 
(biológicas e inorgânicas – calcáreo, coquina, chalk, dolomito, chert – rocha de 
sílica, rochas de sal, gipsita, carvão); 
 
Elementos Litológicos: São as litologias. 
 
Estruturas Aerodinâmicas: 
 
 Correntes eólicas; 
 Fluxos Gravitacionais subaéreos; 
 
Estruturas Hidrodinâmicas: 
 
 Correntes aquosas; 
 Fluxos gravitacionais subaquosos; 
 Que modelam as camadas: transporte de massa gravitacional 
(camadas com gradação normal ou reversa) e fluxo não coeso 
(laminações plano-paralela e cruzada, estratificação cruzada, clastos 
imbricados, lineação primária por corrente, orientação de fósseis); 
 Erosão das camadas: macroscópica (scours, channels, superfícies de 
erosão de baixo relevo) e microscópicas (brechas intraformacionais, 
hardgrounds, lag concentrates, flute, tool marks, rain prints...); 
 Estruturas de liquefação, carga e escape de fluidos: marca de cargas, 
slumps, falhas deposicionais e de crescimento, fluxo de injeção de 
lama, gretas de ressecamento, escape de fluidos...; 
 
Obs.: As estruturas aerodinâmicas e hidrodinâmicas geradas por corrente são 
formadas pela migração de formas geradas pela ação de correntes sobre a areia 
solta da superfície deposicional. Estas formas são denominadas de formas de 
leito (bedforms) e resultam da interação entre a água ou o vento e o fundo 
arenoso; 
 
camadas planas → ripples → dunas ou megaripples (regime de fluxo inferior) 
camada plana → antidunas (regime de fluxo superior) 
 
Estruturas geradas pelo vento: 
 
 Os processos que atuam na deposição eólica são: 
 
 Queda de grãos – deposição na frete das dunas de grãos provenientes 
por saltação. A acumulação de areia se faz em lâminas muito bem 
selecionadas, obedecendo ao ângulo de repouso da areia seca de 33°. 
Formam-se fácies de laminação plano-paralela inclinada; 
 Fluxo de grãos; 
 Climbing ripples transladantes subcríticos – estratificações 
aparentemente plano-paralelas; 
 
Estruturas geradas por corrente de maré: 
 
 Depósito de maré dominante; 
 Estrutura flaser predominantemente arenosa; 
 Estrutura lenticular predominantemente argilosa; 
 Estratificação ondular do tipo wavy; 
 2 
 Estratificação cruzada espinha-de-peixe; 
 
Estruturas geradas por fluxos gravitacionais: 
 
 Os fluxos gravitacionais e seus respectivos mecanismos de suporte 
são: o fluxo de detritos / força da matriz, a correntede turbidez / turbulência, o 
fluxo granular / tensões dispersivas e o fluxo fluidizado / fluxo de fluido 
ascendente. 
 
Fácies turbidíticas de Mutti: 
 
F1 / F2 / F3 (alta concentração de sedimentos é conglomerática). 
F4 / F5 / F6 (à medida que o fluxo vai diluindo, ele começa a ter a capacidade de 
segregar grãos grossos dos finos, que é conhecida como “carpete de tração”). 
F7 (pacotes mais homogêneos) 
F8 / F9 (início da decantação dos mais finos) 
 
 Estruturas produzidas por fluxo de detritos – gera diamictitos, 
debritos ou lamitos seixosos, sedimento totalmente desorganizado. À 
medida que desce, o fluxo de detritos absorve água, ficando cada vez 
mais diluído, podendo passar para correntes de turbidez; 
 Lobos sigmoidais e Climbing ripples – são estruturas produzidas em 
condições de fluxo homopicnal, requerendo abundante material em 
suspensão que vai depositando à medida que o fluxo decresce em 
velocidade. Contextos deltáicos e planícies de inundação; 
 Estratificação cruzada hummocky – estrutura de fluxo gravitacional 
produzida por uma corrente de gradiente carregada de sedimentos que 
desce ao longo de uma praia ou plataforma, derivada do escoamento 
do setup costeiro após ou durante uma tempestade; 
 Estruturas produzidas por fluxo granular – arranjo de grãos onde os 
mais grossos estão sobre os mais finos. São encontrados em depósitos 
de correntes de turbidez, canais de leques aluviais e sedimentos 
eólicos; 
 Estruturas produzidas por fluidização – a água sustenta a coluna de 
grãos, gerando uma “pressão neutra”, tornando o pacote liquefeito, 
por alguma perturbação a água escapa e deforma os sedimentos. 
Formam-se estruturas como dobras convolutas, dish, pilares e 
chaminés de fluidização; 
 
Estruturas deformacionais: 
 
 Geralmente estão associadas ao escape de fluidos e a uma lubrificação 
das superfícies pelos fluidos durante o deslocamento. São estruturas produzidas 
por processos pós-deposicionais ou quase deposicionais. 
Ex.: dobras de escorregamento e microfalhas 
 
Estruturas Diagenéticas: 
 
 São estruturas formadas após a deposição, incluindo as estruturas 
tepee (antiformas ou pseudo-anticlinais produzidas por processos químicos 
durante a dessecação em sedimentos carbonáticos e evaporíticos), septárias e 
estruturas cone-em-cone. 
 
Estruturas Biogênicas: 
 
 São as geradas por atividade orgânica e são conhecidas como 
bioturbações, perturbações no substrato por ação de organismos que geram as 
icnofácies. 
 
 
 
Tipos de Estruturas: 
 
 Estratificação plano-paralela; 
 Estratificação cruzada planar ou tabular; 
 Estratificação cruzada tangencial à base; 
 Estratificação cruzada de onda simétrica (wave ripples) – cristas 
simétricas, são formadas em ambiente subaquoso; 
 Estratificação cruzada de onda assimétrica – ocorrem em ambiente 
subaquosos em regime de fluxo inferior com baixa energia, 
granulometria de areia média a grossa e cristas retilíneas; 
 Estratificação cruzada acanalada e por acanalamento múltiplo; 
 Estratificação sigmoidal; 
 Climbing ripples transladantes subcríticas; 
 Hummocky – ambiente de alta energia (tempestades), estruturas com 
tamanho superior a 5 m; 
 Climbing ripples; 
 Flaser; 
 Linsen – estratificação lenticular; 
 Wavy – estratificação ondular; 
 
Nomenclatura Estratigráfica e análise de Bacias 
 
 Conjunto de regras que devem ser obedecidas para classificar os 
estratos em categorias materiais e imateriais. 
 
Contemporaneidade (tempo) ≠ Similaridade (litologia) 
 
 Os estratos apresentam relações temporais em suas bases e topos. 
 
Categorias físicas: litoestratigrafia, unidade litodêmica, magnetopolaridade, 
bioestratigrafia, pedoestratigrafia e aloestratigrafia. 
 
Categorias temporais: cronoestratigrafia e geocronologia. 
 
Origem e transporte dos sedimentos 
 
 Os sedimentos são produzidos por intemperismo e erosão, por meio 
de processos de decomposição química e desintegração física, podendo ou não 
ser transportados. O transporte de sedimentos pode ser por fluxo de fluidos, por 
gravidade, por fluxo de grãos e fluxo de debris. 
 Os sedimentos são transportados até que as forças atuantes no 
transporte se igualem ao atrito, e eles são transportados segundo sua 
granulometria ascendente por suspensão, saltação e tração. 
 
Densidade (quantidade de massa por volume de fluido) x Viscosidade 
(capacidade de fluidez de um fluido) 
 
Numero de Reynolds (Re) – Número adimensional que expressa a razão entre as 
forças inerciais relacionadas à escala, à velocidade do fluxo, as quais tenderão a 
promover a turbulência, e às forças viscosas, que tendem a suprimir a 
turbulência. Se Re < 500 o fluxo é laminar, já se Re > 750, o fluxo é turbulento. 
 
Re = Udp 
 w 
 
U = velocidade média da partícula; d = diâmetro da partícula; p = densidade de 
fluido; w = velocidade do fluido. 
 
Número de Froude (Fr) – é dado pela razão entre as forças inerciais e 
gravitacionais, classificando o tipo de escoamento, que pode ser lento (Fr < 1), 
crítico (Fr = 1) ou rápido e torrencial (Fr > 1). 
 
Fr = _U_ 
 √g D 
 
U = velocidade média da corrente; D = profundidade do canal; g = gravidade. 
 
 
Fluxos Gravitacionais: 
 
 
 
 
São aqueles que ocorrem por ação da gravidade e podem ser: 
 
 Fluxo granular – ocorre por colisão entre partículas que geram tensão 
dispersiva, formando fácies de gradação inversa (grãos finos na base 
e grossos no topo). Ocorre deslizamento dos grãos na superfície, 
 3 
podendo ser entendido como suporte dos grãos. Conglomerados 
clasto suportados e conglomerado de matriz arenosa; 
 
 Fluxo de detritos – se forma através da força propulsora da matriz 
lamosa, que carrega sedimentos finos de todos os tamanhos, ou seja, 
pobremente selecionados. Conglomerado de matriz arenosa e 
conglomerados matriz suportado (diamictitos); 
 
 Fluxo Fluidizado – ocorre quando o pacote se encontra saturado e a 
argila que sustenta os grãos exerce pressão neutra. Quando há alguma 
perturbação, a água escapa por fluxo intergranular ascendente, que 
coloca o sedimento em suspensão. Turbiditos proximais e 
conglomerados clasto suportados; 
 
 Corrente de turbidez – gerada por fluxo com alta concentração de 
sedimentos num curto intervalo de tempo. Turbiditos distais e 
proximais; 
 
Sequência de Bouma – fácies de posição mais distal de um fluxo turbulento, 
sendo o elemento definidor de fácies turbidíticas. Unidade turbidíticas completa 
caracterizada por uma sucessão vertical de cinco intervalos, diferenciados por 
litologias e estruturas sedimentares, representadas da base para o topo como: 
 
 
 
 A - divisão maciça ou com estratificação gradacional; 
 B - divisão inferior com laminação paralela; 
 C - divisão com laminação cruzada em marcas onduladas de corrente; 
 D - divisão superior com laminação paralela; 
 E - divisão pelítica. Entre as divisões ocorre uma granodecrescência 
ascendente; 
 
Litoestratigrafia 
 
 Reconhece, estuda, subdivide e correlaciona os conjuntos de rochas 
sedimentares por meio de seus caracteres litológicos, como o tipo de rocha 
(arenitos, calcários, basaltos, etc.), cor, textura, composição mineral e 
granulometria. Os pacotes de rocha assim discernidos são denominados unidades 
litoestratigráficas. 
 As unidades litoestratigráficas são corpos de rochas sedimentares, 
ígneas extrusivas, metassedimentares ou metavulcânicas distinguidas por suas 
características litológicas. Elas são, geralmente, estruturas estratificadas ou 
tabulares. 
 
Grupo - divisível em sub-grupo ou agrupado em super-grupo; 
Formação - unidade litoestratigráfica fundamental; 
Membro - parte de uma formação; 
Camada - parte de uma formação ou de um membro; 
Complexo - para uma associação de rochas de várias classes; 
Suíte - para rochas magmáticas ou metamórficas de alto grau, equivalente ao 
grupo; 
Corpo - subdivisão da suíte, equivalente à formação; 
 
 A litoestratigrafiae semelhante à aloestratigrafia (corresponde a um 
corpo sedimentar estratiforme, mapeável e em escala menor de deposição, 
definido pelo reconhecimento de descontinuidades limitantes, distinguindo 
depósitos de litologia similar superpostos, contínuos ou descontínuos 
geograficamente). 
 
Unidade Litodêmica – consiste predominantemente de rochas intrusivas, muito 
metamorfisadas e deformadas, que geralmente não concordam com a lei da 
Superposição; 
 
 
Relações Estratigráficas: 
 
 Unidades litológicas diferentes são separadas por contatos, que são 
superfícies planares e irregulares entre os diferentes tipos de rocha. 
 
Conformidade: 
 
 Superfície que separa estratos jovens de rochas velhas ao longo da 
qual não há evidências de não-deposição. Esse tipo de contato pode ser tanto 
abrupto como gradacional. 
 
Diastemas – são curtos intervalos de interrupção na deposição, que envolvem 
pequenos hiatos na sedimentação com pouca ou nenhuma erosão antes da 
deposição. 
 
Descontinuidades 
 
 São quebras no registro sedimentar, que podem ser classificadas em 
dois grandes conjuntos, discordâncias (grande intervalo de tempo ausente) e 
hiatos (intervalo pequeno de não deposição). 
 
 
Inconformidade – contato entre uma rocha sedimentar e uma rocha de origem 
diferente (ígnea ou metamórfica); 
 
Paraconformidade – não há diferença de atitude entre unidades sobrepostas ainda 
que, às vezes, faltem diversos conjuntos líticos; é comum faltarem depósitos 
correspondentes a vários milhões de anos; 
 
Discordância – corresponde a uma discordância em que o conjunto superior de 
camadas assenta sobre uma superfície erosiva desenvolvida sobre um pacote de 
camadas não deformado e ainda disposto na posição horizontal; 
 
Discordância angular – contato não-paralelo; 
 
Sequência – unidade de caráter cronoestratigráfico limitada por discordâncias e 
suas concordâncias relativas, formados por estratos contemporâneos, ou 
geneticamente relacionados. 
 
Bioestratigrafia 
 
 Os estudos e interpretações das rochas sedimentares levam em 
consideração os fósseis, visando o reconhecimento e a organização dos estratos 
em unidades baseadas no conteúdo, distribuição, freqüência e/ou associação dos 
fósseis nela contidos, contemporâneos à acumulação. As unidades 
bioestratigráficas são denominadas biozonas. São biohorizontes determinados 
pelo aparecimento e desaparecimento de táxons. 
 Os fósseis utilizados na bioestratigrafia são denominados de fósseis-
guias: 
 
 Ampla distribuição espacial; 
 Pequena amplitude temporal; 
 Abundantes por amostra; 
 Facilmente identificáveis; 
 De ocorrência independente do tipo de rocha. 
 Microfósseis de organismos planctônicos, pólens e esporos são os que 
melhor preenchem esses requisitos. 
 
Cronoestratigrafia 
 
 Visa à organização dos estratos de rocha em unidades que 
correspondem a intervalos de tempo geológico, formando um sistema de 
referência para o registro da história geológica. 
 Os limites das unidades cronoestratigráficas são definidos por fósseis-
guias ou pelas propriedades físicas da rocha (como a polaridade magnética ou 
sua idade absoluta). A princípio, as unidades cronoestratigráficas são isócronas e 
podem ser reconhecidas mundialmente. 
 
Geocronologia 
 
 Divisão temporal das unidades com base em elementos 
geocronológicos. 
 
Unidades Cronoestratigráficas - são camadas reais de rocha selecionadas para 
servir como referência (ou estratótipo) para todas as rochas formadas durante o 
mesmo intervalo de tempo. 
Unidades Geocronológicas - são divisões imateriais do tempo baseadas nas 
unidades cronoestratigráficas. 
 
 
 
Técnicas de Subsuperfície (perfis de poços) 
 
Raio Gama – mede a emissão natural de raio gama dos vários estratos perfurados 
no poço, o qual está relacionado ao conteúdo de K, Th e U presente nesses 
estratos. Os valores estão associados à proporção dos elementos radioativos, que 
pode ser relacionada à argilosidade dos sedimentos. 
 
Potencial espontâneo (SP) – registra o potencial elétrico entre um elemento, que 
está sendo puxado no furo, e um eletrodo de referência na superfície. Este 
 4 
potencial existe em função das diferenças eletroquímicas entre a água de 
formação e a lama de perfuração e, também, pela seletividade iônica existente 
nos folhelhos (as superfícies dos minerais permitem seletivamente a passagem de 
cátions em relação aos ânions). 
 
Resistividade – registra a resistência de um fluido intersticial ao fluxo de uma 
corrente elétrica, transmitida diretamente à rocha por meio de um eletrodo, ou 
magneticamente induzida a partir do fluxo. 
 
Perfil sônico – engloba todos os perfis que investigam as velocidades de 
propagação de ondas de deformação de um meio elástico. O nome “sônico” 
provém do perfil de onda P que corresponde à onda sonora. A velocidade do som 
varia segundo o meio no qual ele se propaga, sendo mais rápida nos sólidos, que 
nos líquidos que nos gases. Velocidade de propagação maior é igual a tempo 
menor. A velocidade de propagação da onda está inversamente relacionada à 
porosidade, sendo menor quanto maior for à porosidade. 
 
Perfil de nêutrons – se baseia no choque de nêutrons artificiais com os núcleos 
dos elementos presentes nas rochas. Os nêutrons se comportam como se 
estivessem “vendo” uma grande quantidade de partículas de vários tamanhos e 
massas. Verifica-se que existe uma grande influência das partículas de 
hidrogêneo, independentemente do local onde elas estejam alojadas, seja nas 
moléculas de óleo, gás, água livre, águas adsorvidas aos argilominerais ou nas 
águas de cristalização. A função deste perfil é identificar o hidrogêneo presente 
nas rochas e determinar a porosidade. 
 
Perfis de imagem – são aqueles que fornecem imagens obtidas a partir do 
mapeamento de uma dada propriedade física (resistividade e perfil sônico) na 
parede do poço. 
 
Dipmeter – é a precursora dos perfis de imagem. Embora o seu produto não seja 
exatamente o que se entende atualmente por perfil de imagem, ela é assim 
classificada porque as ferramentas de imagem que explora o mapeamento da 
resistividade elétrica herdaram a sua filosofia de construção ferramental. É uma 
ferramenta do tipo patim que registra propriedades elétricas das formações, na 
parede do poço, com uma resolução muito alta, de modo que a correlação destas 
propriedades, ao longo do poço, de patim para patim, permite o cálculo da 
direção e mergulho das camadas. 
 
Calipter – aparelho que mede o diâmetro do furo. 
 
 
Depósitos Sedimentares 
 
(Ambientes Continentais) 
 
Ambiente Fluvial: 
 
 São depósitos de natureza tracional com uma estruturação interna que 
segue as variações do regime de fluxo resultante da interação entre a corrente de 
água e o fundo arenoso do leito. As diversas formas de leito resultam da 
granulometria da carga transportada, velocidade da corrente e profundidade do 
local de deposição. 
 
Rio meandrante – razões de largura e profundidade menores 40, em regiões 
planas e com carga em suspensão; 
Rio entrelaçado – altas razões de largura e profundidade, grande inclinação, 
carga de fundo abundante e descarga altamente variável; 
Rio anastomosado – dois ou mais canais estáveis por causa da vegetação e áreas 
entre os canais com planície de inundação; 
 
Os depósitos podem ser: 
 
1) Depósitos de Rios Entrelaçados: 
 
 Regido por um fluxo de alta energia, com grande carga de fundo. Os 
canais são ativos e as barras migram continuamente. 
 Apresentam conglomerados na base com corpos tabulares e pequenas 
lentes, seguidos de arenitos com estratificação cruzada tabular ou acanalada 
(migração das barras em fluxo uniderecional trativo de regime inferior). 
 Em canais abandonados, observa-se erenitos finos intercalando com 
folhelho. 
 Depósitos de transbordamento são raros e não apresentam vegetação. 
 
2) Depósitos de Rios Meandrantes: 
 
 Rio de planície que muda de posição eforma com as variações de 
energia. Possui alta sinuosidade e o material é transportado em suspensão. 
 Apresenta acresção lateral, base plana abrupta com depósitos 
residuais de conglomerados e estratificação cruzada acanalada de médio a grande 
porte (fluxo unidirecional trativo de regime inferior), seguida de arenitos finos 
com estratificação cruzada tabular (aumento da velocidade do fluxo) e topo 
agradacional. 
 Em canais abandonados apresenta folhelhos eventualmente 
intercalados com arenitos, devido à baixa energia do transporte. Com raízes de 
plantas e gretas de ressecamento. 
 
Ambiente de Leque Aluvial: 
 
 São depósitos de material detrítico, mal selecionado e pouco 
trabalhado, em forma de leque ou cone formado no sopé de áreas montanhosas 
onde os talvegues dos vales encontram uma área plana, quase sempre coincidente 
com uma planície aluvionar ou área lacustre. Em geral o clima é semi-árido ou 
árido. Também está relacionado a regiões tectonicamente ativas durante a 
sedimentação. 
 As correntes aluviais, formadas durante as chuvas torrenciais, descem 
pelas vertentes das montanhas e ao desembocarem numa área plana (planície 
aluvionar ou área lacustre) perdem rapidamente sua energia. E assim sedimentos 
de granulometria variável se depositam. 
 Leques dominados por processos gravitacionais, controlados pelo 
clima seco e/ou pelo tectonismo ativo apresentam depósitos de fluxo subaéreos, 
fluxos de detritos e corridas de lama, com fácies de fluxo gravitacional. Já leques 
costeiros que terminam no corpo de água apresentam depósitos subaquosos como 
fácies de correntes de turbidez. 
 Podem ser de clima seco (pequenas e médias dimensões radiais, 
pulsos volumosos e interrompidos e menor proporção de argila) ou úmido 
(pulsos contínos, talude estável e maior proteção de matriz). 
 
 Leque proximal – maior declive, sedimentos mais grossos, fluxo de 
canais com conglomerados clasto suportados, fluxos gravitacionais 
com depósitos de granulometria grossa mal selecionada e sem 
estruturas bem definidas, ou seja, conglomerados matriz suportada. 
Areia muito grossa a conglomeráticas com fácies de gradação inversa 
ou de enxurrada; 
 Leque intermediário – granulometria intermediária com fluxos de 
canal e detritos. Depósitos de areia e cascalho em lençóis, podendo 
exibir estratificações cruzadas acanaladas com seixos e tabulares de 
forma de leito 2D e planares. Fácies de gradação normal sem finos; 
 Leque distal – sedimentos de granulometria mais fina, com ausência 
de canais bem definidos, depósitos em lençol com melhor seleção, 
podendo apresentar cruzadas de baixo ângulo; 
Ambiente Desértico: 
 
 São ambientes controlados pela disponibilidade de areia, cobertura 
vegetal escassa e podem ocorrer em zonas costeiras, ambientes glaciais e fluviais 
e em desertos. 
 Abrasão é o desgaste mecânico de uma superfície através de 
sucessivos impactos de partículas transportadas pelo vento (“jatos de areia”), 
principalmente próximo ao solo. Geram ventifactos. 
 Deflação é uma erosão por transporte de partículas grossas com baixa 
eficiência do vento, concentração de grânulos e seixos por remoção sucessiva de 
partículas finas. Geram “Lags de Deflação”, que são superfícies contínuas de 
sedimentos grossos, geralmente erodidos a níveis levemente inferiores ao terreno 
adjacente. 
 O transporte de partículas pode ser por saltação, rolamento e 
suspensão. 
 São três as formas de leito eólicas em diferentes escalas: marcas de 
onduladas (ripples), dunas e draas. Cada forma de leito se desenvolve segundo 
mudanças nas condições de regime de vento em uma determinada área e 
intervalo de tempo (tempo de reconstituição) e quando há um equilíbrio entre as 
dimensões das formas de leito e a relação entre suprimento sedimentar e deriva 
potencial, elas passam a migrar, e normalmente cavalgam umas sobre as outras. 
 
Ripples - são as formas de leito de menor escala. Desenvolvem-se no dorso ou na 
parte frontal das Dunas, em regiões de interdunas e lençois de areia. Apresentam 
três tipos de ângulo de cavalgamento: crítico, subcrítico e supercrítico. 
 
Dunas - são formas de leito de segunda ordem. Sua ocorrência e geometria das 
dunas dependem da intensidade, direção e regularidade do vento, disponibilidade 
de sedimentos e presença ou ausência de vegetação. 
 
Draas - São as maiores formas de leito, frutos da fusão de dunas (formas de leito 
menores cavalgam sobre formas de leito maiores) e podem ser compostas e 
complexas. 
 
Uedes: 
 
 São rios de ambientes desérticos, que só ficam cheios durante as 
esporádicas e raras chuvas. As chuvas ocorrem próximas das montanhas e assim 
é nesses locais que os uedes melhor se desenvolvem. Essas chuvas produzem 
uma inundação relâmpago (flash flood) de efeitos catastróficos produzem 
grandes e pequenas ondulações que geram estratificações cruzadas. A razão 
água/sedimento é baixa. A deposição é rápida, pela perda da velocidade e 
absorção da água pelo subsolo. Seus canais não são permanentes e podem ser 
preeenchidos por sedimento ou por atividade eólica. Na próxima chuva um novo 
sistema de canais se estabelece sobre o anterior. 
 
 5 
 
Lagos de desertos e sabhkas associados: 
 
 São lagos efêmeros, temporários. Os de menor tamanho são causados 
pela barragem de alguns canais de uede por dunas eólicas, devido à alta 
evaporação esses lagos se salinizam formando as sabkhas. Os depósitos 
apresentam intercalações de sedimentos lacustres, fluviais e eólicos. São planos e 
podem apresentar camadas de evaporitos. 
 
Eólicos de origem fluvial: 
 
 Em clima semi-árido ou árido, os depósitos fluviais podem ficar 
ressecados e sofrer retrabalhamento eólico e assim podem se desenvolver 
campos de dunas eólicas nas margens dos rios. 
 
 O sistema eólico é constituído por associações de fácies de dunas 
(estratificações cruzadas de grande porte truncadas durante a migração da duna 
ou erosão posterior e com mergulhos abruptos no topo e tangenciais em na base e 
estratificações transladantes cavalgantes), interdunas (estratos planos 
interdigitados e que separam sets cruzados de dunas eólicas, estratificações sub-
horizontais e níveis pelíticos nos estratos cruzados) e lençóis de areia (depósitos 
secos com estratos tabulares, horizontais e de baixo ãngulo, alternância de 
laminações transladantes cavalgantes e ripples, depósitos encharcados com 
estruturas de adesão e depósitos subaquáticos com marcas de onda, cruzadas 
acanaladas, arenitos maciços, níveis pelíticos com gretas de ressecamento e 
argilas recurvadas intercalados com estratos curvados). 
 
Ambiente Lacustre: 
 
 Sedimentos lacustres são importantes indicadores climáticos, devido 
sua química e mineralogia. Muitos contem depósitos com importância 
econômica de óleo em folhelhos, minerais evaporíticos, carvão, urânio e ferro. 
 
 Um lago pode ser criado por movimentos tectônicos (falhamentos ou 
rifteamentos), processos glaciais (polimento por gelo ou represamento por gelo 
ou marainas), deslizamentos de massa, atividade vulcânica, deflação por vento e 
atividade fluvial. 
 Podem estar associados a ambientes deposicionais fluvial, glacial, 
eólico e deltáico e podem ser abertos (descarga de água e margem estável) ou 
fechados (sem uma descarga principal e com margens flutuantes). Os processos 
atuantes em um lago podem ser: 
 
 Físicos – ventos, influxo de rios e calor; 
 Químicos – comum em lagos fechados e predominam em lagos 
abertos quando o suprimento de sediemntos e baixo; 
 Biológicos; 
 
Ambiente Glacial: 
 
 Pode ser dividido em fácies continentais (sedimentos/detritos de gelo, 
glaciofluvial, glaciolacustre e periglacial) e marinhas. São produzidos pela ação 
do gelo, direta ou indiretamente. Presença de diamictitos, superfícies estriadas, 
clastos facetados e estriados, clastos caídos, tilitos e varvitos. 
 
 Glaciofluvial – transporta e deposita sedimentos na frente das 
geleiras. Seqüênciascom engrossamento para o topo que refletem avançoes da 
margem das geleiras; 
 
 Glaciolacustre – lagos situados em contato com as geleiras. Depósito 
de varvitos, clástico, fino, rítmico, com alternância de estratos sílticos e 
argilosos; 
 
 Glaciomarinho – depósitos de tilitos e diamictitos. Pode ser dividido 
em subglacial (dinâmica da geleira), proglacial proximal (margem da geleira) e 
proglacial distal (processos marinhos); 
 
Deltas: 
 
 Um delta é um ambiente situado junto à desembocadura de um rio em 
um corpo de água, como um oceano, um mar ou um lago. Em termos gerais, é 
formado quando a deposição dos sedimentos carreados pelo rio ocorre mais 
rapidamente do que o retrabalhamento destes sedimentos pela dinâmica do meio 
que os recebe. 
 Local de sedimentação significativa, onde um rio encontra um lago 
(delta lacustre) ou oceano (delta marinho). Ocorre o avanço da linha de costa 
sobre o corpo de água (progradação). São controlados por processos tanto 
subaéreos quanto subaquosos, de caráter progradante, recebendo sedimentos 
principalmente fluviais, ou seja, sedimentação por transporte fluvial, com 
possível retrabalhamento de energia de ondas ou maré. 
 Segundo Bates, os deltas podem ser submarinos (fluxo hiperpicnal, 
inércia e bypass dos sedimentos), do tipo Gilbert (fluxo homopicnal, fricção com 
lto grau de mistura) ou litorâneo marinho (fluxo hipopicnal, suspensão e pluma 
suspensa). Já segundo Galloway um delta pode ser dominado por rio (alongado 
com influxo de sedimentos), por maré (estuarino com fluxo de energia de maré) 
e por onda (em cúspide com fluxo de energia de ondas). 
 
 
 
Elementos arquiteturais dos deltas: 
 
1) Planície deltáica → subaérea de processos fluviais, com canais distributários 
(iniciam-se no ponto de avulsão, bifurcação e sua quantidade depende da 
interação entre a descarag do rio e os processos marinhos) e planícies 
interdistributárias e é subdividida em superior e inferior. 
 
2) Frente deltáica → é composta pela barra de desembocadura, barra distal, dique 
marginal e cabal distributário submersos e pela face de praia (delta dominado por 
onda). 
 
 Dominada por rio → fácies de canal, de extravasamento e barras; 
 Dominada por onda → ilhas de barreira, faces de praia e de 
tempestade; 
 Dominada por maré → retrabalhamento em maior ou menor grau dos 
elementos anteriores; 
 
3) Prodelta → fácies de folhelho com participação de areia e, subordinadamente, 
intercalações entre folhelho e arenito. Área onde sedimentos finos são 
depositados por suspensão. 
 
Delta dominado por rio 
 
 
 
 Seqüência progradante da barra de desembocadura e pelas areias 
depositadas em baías interdistributárias, conhecidas por lençóis de areia. 
 
 Arenito grosso com estratificação cruzada acanalada; 
 Intercalação de argila e areia fina a média com estrutura de 
carga e geometria sigmoidal; 
 Argila na base; 
 
 
 
 
Delta dominado por onda 
 
 
 
 6 
 Extensos cordões litorâneos formados ao lado da boca do rio por 
fluxos de energia de onda. 
 
 Estratificação cruzada Hummocky; 
 Arenito médio com ripples; 
 Argila; 
Delta dominado por maré 
 
 
 
 Arenito sigmoidal unidirecional e estartificação cruzada acanalada; 
 Siltito com wavy e linsen; 
 Argilito de base plataformal; 
 
Estuário: 
 Um estuário pode ser definido como um embainhamento da costa 
associado a um vale fluvial afogado, gerado durante transgressão marinha. O 
estuário recebe sedimentos fluviais e marinhos, portanto, sofrem influência de 
ambos os ambientes. Em termos de domínio dos processos atuantes em um 
estuário, onda, maré ou rio, este pode ser dividido em três porções. Sua formação 
ocorre quando há transgressão. 
 Os orenitos estuarinos são usualmente limpos e bem selecionados, 
excelentes reservatórios de hidrocarbonetos, com grande extensão lateral e 
sucessão de fácies. Os sedimentos tendem a serem argilosos em direção ao topo, 
servindo como selo para possíveis acumulações de hidrocarbonetos, deposição 
de sedimentos argilosos ricos em matéria orgânica nasporções centrais de baixa 
energia podem ser excelentes rochas geradoras e ótimas selantes quando 
sobrepostas a corpos arenosos. 
 
 
Obs.: Dentre as estruturas sedimentares observadas em ambientes influenciados 
por maré estão: 
Flaser, wavy e linsen; 
Estratificação heterolítica inclinada; 
Litologias heterogêneas; 
Inclinação original dos estratos em torno de 1-36° e espessura de 1-30m; 
Migração lateral no canal; 
Estratificação cruzada espinha-de-peixe; 
 
Planície de Maré: 
 
 Ambiente formado por regiões protegidas ao longo da costa, onde não 
há ação de ondas. É formada por: 
 
 Planície arenosa - porção distal com dunas de estratificação cruzada e 
ripples e drapes de argila, 90% de areia com flaser; 
 Planície mista - sedimentos pelíticos e 50/90% de areia com wavy; 
 Planície argilosa - argilas laminadas com < 50% de lentes de areia; 
 Pântano salobro - argilas bioturbadas, turfas e evaporitos; 
 
 
 
Região de Supramaré – instalação de pântano favorecendo a deposição de 
sedimentos pelíticose orgânicos, favorável à formação de rocha geradora de gás e 
deposição de rochas selantes extremamente argilosas, capeando os depósitos 
arenosos de intermaré. 
 
 Apresentam intercalação entre estratos arenosos e pelíticos; corpos 
arenosos pouco espessos, mensurados verticalmente e com grande continuidade 
lateral. Os sedimentos adjacentes ao canal de maré são arenosos, gradandopara 
argilas em direção à linha de maré alta e as argilas podem apresentar 
características capeadoras sobre os arenitos e gerar uma descontinuidade vertical 
entre reservatórios. 
 
Ambientes Costeiros: 
 
 O sistema deposicional costeiro siliciclástico é constituído por 
ambientes marinho raso (que compreende os subambientes pós-praia, antepraia, 
face da praia e transição praia-plataforma), ilhas-barreira, campos de dunas, 
planícies de cheniêrs e laguna. 
 Há a predominância da atuação de diferentes processos sedimentares, 
como a ação de ondas, correntes ao longo da costa, correntes de retorno, marés, 
ventos e tempestades. 
 
Marinho Raso: 
 Campo de Dunas – suprimento significativo de areia transportado 
pelo vento na direção continental e Estratificações cruzadas com altos 
ângulos; 
 Pós-praia – ripples geradas por grandes ondas de tempestade, 
reorientadas pelos ventos tempestade, ventos e escavações 
promovidas por organismos; 
Acumulações de sedimentos espaçadas em forma crescente, variando no 
tamanho de grãos / Estratificações plano plano-paralelas / Contato erosivo na 
base das cúspides. 
 Antepraia – crista (corpo tabular de areia que se desenvolve no 
terraço de maré baixa durante os períodos construtivos), canais 
(depressões paralelas linha de costa) e ripples e megaripples; 
 
 Face de praia – correntes oscilatórias e unidirecionais, laminação 
cruzada interna mergulhando em uma direção, estratificações 
cruzadas de dunas subaquosas obliteradas por ondas e por ressacas, 
depósitos de tempestade interestratificados com lamitos calcários 
bioturbados calcários bioturbados e marcas de sola indicando fluxo 
perpendicular à linha de costa, corpos de areia com mais de 2 metros 
de espessura, estratificação interna planar a suavemente ondulada, 
depressões circulares ou elípticas (swales) e camadas de carvão e 
raízes in situ; 
 
Planície de Cheniêrs: 
 
 São cordões litorâneos comumente arenosos, mergulhados em 
planícies lamosas (mudflats) e situados acima do nível de maré alta. Podem ser 
compostas por material mais grosso, como cascalhos e conchas de moluscos, 
formando cordões isolados ou unidos entre si e dispostos paralelamente ao 
litoral, sobre sedimentos argilosos e orgânicos de pântanos costeiros (coastal 
marshes). Desenvolvem-se pela alternância da progradação da planície lamosa e 
retrabalhamento por ondas. 
 
Laguna: 
 
 
 
 São áreas de baixa energia com sedimentos finos (silte e argila)depositados por suspensão, o que permite a formação de argilito e folhelho. 
 Leques de tempestade ou leques de lavagem (washoverfans) resultam 
da ação de ventos de tempestade carreando sedimentos da barreira (do lado do 
 7 
mar), cruzando a barreira até o outro lado (para dentro do continente), criando 
depósitos de areia lobados ou laminados que se estendem para dentro da laguna. 
Praias: 
 
 A arquitetura deposicional e a dimensão dos elementos são variáveis e 
dependem do sistema, se Regressivo ou Transgressivo. Ambiente dominado por 
onda. 
Ilhas-barreira: 
 Não é um único ambiente, mas o somatório de três ambientes: cadeias 
arenosas de ilhas-barreiras; lagunas, estuários e pântanos associados; e, canais 
que conectam a lguna ao mar. Ambiente dominado por onda. Podem ser 
regressivas ou transgressivas. 
 A sedimentação se dá por transportes ao longo da costa com 
sedimentos de origem costeira retrabalhados por ação de ondas. 
 
 
 
 
 
Sismoestratigrafia 
 
 É à base da estratigrafia de sequências. Utiliza-se do método sísmico 
de reflexão, que se baseia nas propriedades físicas das ondas, consistindo nas 
fases de aquisição (fonte de energia, registro de sinais e cobertura), 
processamento e interpretação. 
 È a observação do registro sedimentar a partir de linhas sísmicas, com 
refletores sísmicos representando isócronas (mesma idade ao longo de uma 
superfície), os quais indicam superfícies de características de impedância 
acústica distintas (≠ momentos de deposição), ou seja, informações verticais de 
fácies. 
 Os refletores sísmicos são limitados por superfícies isócronas 
marcadas por seqüências de não deposição ou erosão. 
 É um método estratigráfico de interpretação de dados sísmicos, que 
permite uma melhor compreensão da evolução tectono-sediemntar de uma bacia. 
 
 
 
On-lap – terminação de refletores sísmicos, inicialmente horizontais, que se 
tornam progressivamente mais jovem mergulho acima, contra uma superfície 
inclinada; 
 
On-lap costeiro (ambientes costeiro ou fluvial) ≠ On-lap marinho (ambientes de 
talude ou sopé de talude) 
 
Down-lap – terminação de refletores sísmicos, inicialmente inclinados, que se 
tornam progressivamente mais jovem mergulho abaixo, contra uma superfície 
horizontal ou inclinada; 
 
Truncamento erosivo – feição na qual o refletor sísmico trunca uma superfície, 
marcando uma discordância; 
 
Concordância – os refletores sísmicos de duas unidades sísmicas ou seqüências 
adjacentes se apresentam paralelas com a superfície que as delimitam; 
 
Lapout – os refletores sísmicos terminam lateralmente em seu limite 
deposicional original (feição assintótica). Se no limite inferior é denominado de 
baselap, já no limite superior, é denominado de toplap; 
 
Obs.: o topolap evidencia um hiato de não deposição e ocorre quando o nível de 
base é muito baixo, a ponto de impedir a continuidade da deposição mergulho 
acima de um estrato. 
 
Estratigrafia de Sequência 
 
 Técnica que utiliza a interpretação sismoestratigráfica na análise de 
bacias para subdividir, correlacionar e mapear rochas sedimentares. 
 O registro sedimentar é dividido em registros temporais, eventos 
deposicionais limitados por descontinuidades, e, não, por litologias. Ele depende 
do espaço deposicional e do influxo de sedimentos dentro da bacia. 
 O espaço deposicional e o influxo de sedimentos controlam o registro 
sedimentar, estando intimamente ligados, ou seja, o aumento / redução da 
quantidade de sedimentos chegando a uma bacia depende do aumento / redução 
do espaço deposicional da bacia. 
 
 
 
 O espaço deposicional varia por dois meios, subsidência 
(rebaixamento da bacia sedimentar) e eustasia (variação do nível do mar, que 
podem ser glacioeustáticas, tectonoeustáticas, por eustasia do geóide e por 
esforços intraplacas), sendo o somatório das variações positivas e negativas 
desses dois parâmetros que se chama de nível relativo do mar. 
 
Acomodação – todo espaço potencial disponível para acumulação de sedimentos; 
 
Transgressão (deslocamento da linha de costa em direção ao continente com o 
aumento do espaço de acomodação e empilhamento retogradacional) ≠ 
Regressão (deslocamento da linha de costa em direção ao mar com a redução do 
espaço de acomodação e empilhamento progradacional). 
 
Sistema: conjunto de eventos em interação, construídos a partir de relações 
energéticas. 
 
Ciclos de Karogodin: o registro sedimentar é dividido em ciclos baseados na 
composição litológica das rochas, por meio de triângulos que retratam rochas 
mais grossas na base e rochas mais finas no vértice. Na realidade, tal variação 
composicional reflete essencialmente a migração dos sistemas deposicionais, em 
relação à linha de praia. 
Obs.: num conjunto de triângulos unido pelo vértice, este é a superfície de 
inundação máxima. Já unidos pela base indicam a seqüência genética de 
Galloway; 
 Os ciclos sedimentares podem ser definidos como um grupo de 
diferentes litologias ou texturas que apresentam um padrão de repetição regular 
dentro de uma sequência. Eles podem ser rítmicos (quando há alternância de dois 
tipos litológicos) e cíclicos (alternância de três ou mais tipos litológicos). 
 
Tectonosequências – conjunto de estratos limitados por discordências de caráter 
tectônico; 
 
Lâmina d’água ≠ espaço deposicional 
Obs.: no conceito original de Vail, a variação do on-lap costeiro era medida pela 
eustasia, mas isso é errado, poque se deve considerar o crescimento/redução da 
basia por isostasia; 
Curva de variação relativa do nível do mar = eustasia + subsidência 
Obs.: a eustasia depende da separação/junção dos continentes e de períodos de 
glaciação/deglaciação e a subsidência depende de um processo de decapação 
(modelagem) da bacia. 
 A curva relativa do nível do mar controla o espaço deposicional 
(regitro sedimentar), bem como o nível de base de sedimentação e, assim, a taxa 
de denudação. 
Controles do nível de base: 
 
Parassequência – são os ciclos deposicionais propriamete ditos (profundo → 
raso), ou seja, sucessões de camadas conformes marcadas no topo ena base por 
superfícies de inundação marinha, segmentos de fácies de base funda e topo raso; 
 
Ordem de grandeza das seqüências: 
 
 A hierarquia dos ciclos é relativa a mais de 200 Ma e depende da 
escala da bacia. 
Ordem dos ciclos Classificação Idade 
1ª ------ > 100 Ma 
2ª Supersequência 10 – 100 Ma 
3ª Seqüências deposicionais e 
composicionais 
1 – 10 Ma 
4ª Seqüência de alta energia; 
Parasequência; Cycle Set 
0,1 – 1 Ma 
5ª Parasequência; Ciclos de 
alta frequência 
0,01 – 0,1 Ma 
 
Discordância: 
 8 
 
 È uma superfície que separa estratos mais novos de mais antigos, ao 
longo da qual a evidência de truncamento erosivo subaéreo ou então de uma 
exposição subaérea, com a indicação de um hiato significante. 
 
Discordância do tipo I Discordância do tipo II 
Superfície regional caracterizada por 
exposição subaérea e 
concomitantemente erosão subaérea, 
associada com rejuvenescimento de 
correntes, as quais escavam vales e 
canais de plataforma. 
Eustasia > Subsidência 
Superfície regional marcada por uma 
exposição subaérea e deslocamento 
para baixo do onlap costeiro para 
uma posição que não chega a atingir 
o limite deposicional da linha de 
costa. 
Eustasia < Subsidência 
 
Seqüência Deposicional: 
 
 É definida como uma unidade estratigráfica composta por uma 
sucessão de estratos geneticamente relacionados, relativamente concordantes, 
limitados no topo e na base por discordâncias ou por seus equivalentes 
concordantes, criados durante um mesmo evento de criação de espaço 
deposicional, ela é marcada por expansões e reduções da bacia. Cada seqüência 
se forma num ciclo de variação do nível relativo do mar. 
 É o empilhamento etratal. Gerada por: 
 
 Retrogradação – as fácies distais vão ficando cada vez mais 
próximas da área fonte, ou seja, há um deslocamento de fáciesme 
direção ao continente. Ocorre por transgressão ou redução do 
influxo. Empilhamento estratigráfico vertical típico: fácies de 
ambientes parálicos → fácies litorâneas → fácies marinhas; 
 
 Agradação – a criação de espaço e o preenchimento são contínuos, 
ou seja, estão em equilíbrio. Os segmentos apresentam o mesmo 
padrão de empilhamento vertical de fácies, sem migração, e o 
mesmo espaço deposicional; 
 
 Progradação – as fácies avançam para o mar sem que haja mudanças 
no espaço deposicioal. Empilhamento estratigráfico vertical típico: 
fácies marinhas → fácies litorâneas → fácies de ambientes parálicos; 
 
Regressão normal ≠ Regressão forçada 
 Ambos são progradantes. Na regressão normal, a progradação é contínua, sem 
erosão do prisma costeiro, o nível do mar permanece constante ou em lenta 
elevação (influxo >> espaço) e as clinoformas derivam de uma superfície 
horizontal única denominada de toplap. Já na regressão forçada, há uma queda 
acentuada do nível do mar, exposição e erosão de prisma costeiro e de parte da 
plataforma, transporte dos sedimentos para dentro da bacia e redeposição 
progradante a partir da nova linha de costa. 
Obs.: na bacia, os sediemntos são retrabalhados e redistribuídos por dinâmicas 
autóctones; 
 Se o incremento for igual e o influxo diferente, o aporte de 
sedimentos é alto na progradação, contínuo na agradação e baixo na 
retrogradação. 
 Quando completa, uma seqüência deposicional constitui um ciclo 
transgressivo-regressivo de 3ª ordem, materializado por uma cunha de fácies em 
cujo ápice há uma superfície de inundação máxima, tratos de sistema. Assim, um 
limite de seqüência deposicional é dado por: 
1- Discordância na borda da bacia, com evidências de erosão e 
truncamento de estratos; 
2- Conformidade correlata no interior da bacia, sem nenhuma evidência 
de hiato deposicional; 
3- Hiato não-deposicional no centro da bacia; 
 
Limite de Seqüência (LS): 
 Representa uma discordância à montante e uma concordância à 
jusante e é formado durante o intervalo de decida do nível relativo do mar. 
Separa o trato de mar baixo do de mar alto. 
 
Reconhecimento – se dá por uma superfície regional erosiva, com relevo de 
dezenas a centenas de metros. Na região de interflúvio o LS é marcado por 
paleossolos. Mudança abrupta de fácies através da superfície; 
LS do tipo I LS do tipo II 
Limite inferior caracterizado por uma 
discordência erosiva, produzida por 
um considerável rebaixamento do 
nível de base, com formação de vales 
incisos. 
Subsidência < Eustasia (rebaixamento 
na quebra do offlap) 
Caracterizam uma seqüência do tipo I 
(rebaixamento abaixo da linha de 
quebra da plataforma – trato de mar 
baixo). 
Limite inferior caracterizado por 
exposição. 
Subsidência > Eustasia (rebaixamento 
na quebra do offlap) 
Caracterizam uma seqüência do tipo II 
(rebaixamento acima da linha de costa 
da plataforma – trato de margem de 
plataforma). 
 
Superfície Transgressiva (ST): 
 
 É formada quando a taxa do nível do mar começa a aumentar e a 
superfície transgressiva pode coincidir com o limite de seqüências. Separa o trato 
de mar baixo do transgressivo. 
 
Reconhecimento – se dá por um recobrimento de depósitos fluviais por estratos 
marinhos, com a presença de um lag transgressivo. Estabelecimento de um 
padrão retrogradacional de empilhamento faciológico; 
 
Superfície de Máxima Inundação (SIM): 
 
 É formada após o ponto R, quando ocorre uma progressiva 
diminuição da taxa de subida do nível relativo do mar. A posição da SIM na 
curva de variação do nível relativo do mar vai depender do suprimento 
sedimentar. Separa o trato transgressivo do de mar alto. 
 
Reconhecimento – se dá pela passagem de um padrão de empilhamento 
retrogradacional para um padrão progradacional, com o desenvolvimento de uma 
seção condensada (sedimentos finos, minerais autigênicos - glauconita, fosfatos, 
pirita e siderita, camada rica em fósseis, bioturbação intensa); 
 
Obs.: Seções condensadas são unidades marinhas delgadas constituídas por 
sedimentos pelágicos ou hemipelágicos com baixas taxas de sedimentação, 
bioturdadas e com fósseis, sendo os principais geradores de hidrocarbonetos; 
 
Trato de Sistemas: 
 
 São conjuntos de sistemas deposicionais genética e 
contemporaneamente relacionados e geograficamente interligados, que fazem 
parte das subdivisões de uma seqüência, representando segmentos específicos da 
curva relativa do nível do mar. A migração de fácies no tempo compreendido 
entre duas superfícies-chave produz um empilhamento estratigráfico típico. Os 
principais tratos de sistema são: 
 
 Trato de mar baixo - rebaixamento do nível relativo do mar 
(destruição do espaço de acomodação). O nível do mar cai até a 
quebra da plataforma, com exposição e erosão da plataforma e a 
formação de vales incisos (vales escavados por rios). Deposição de 
leques de assoalho de bacia; 
 
 Trato de mar baixo inicial – o rebaixamento do nível relativo mar 
resulta numa incisão fluvial e a planície fluvial/costeira se torna um 
local de não-deposição e uma zona de transpasse sedimentar. Situação 
que só se estende até o primeiro knickpoint; 
 
 Trato de mar baixo tardio - Decréscimo da taxa de queda do nível 
relativo do mar, com estabilização e início da subida. Término da 
deposição dos leques de assoalho de bacia. No início da subida do 
nível do mar ocorre o preenchimento dos vales incisos por depósitos 
de canais fluviais entrelaçados e/ou por depósitos estuarinos. 
Deposição de turbiditos de granulometria fina, formação da cunha de 
mar baixo; 
 
 Trato transgressivo - Aumento progressivo da taxa de subida do nível 
relativo do mar. A taxa de subida do nível relativo do mar é maior 
que a taxa de influxo sedimentar (padrão retrogradacional). Ampla 
deposição de depósitos plataformais (plataforma dominada por onda, 
planície de maré, deltas poucos desenvolvidos). Sistema fluvial passa 
de um sistema entrelaçado para um sistema meandrante 
 
 Trato de mar alto - Diminuição progressiva da taxa de subida do nível 
relativo do mar. Taxa de subida do nível relativo do mar é menor que 
a taxa de influxo sedimentar (padrão progradacional). Acumulação de 
depósitos plataformais (desenvolvimento de complexos deltaicos); 
 
 Trato de margem de plataforma - cunha clástica que recobre um 
limite de seqüência do tipo II. As fácies são progradantes na base e 
agradacionais para o topo. Seu limite superior é a superfície 
transgressiva, trato transgressivo; 
 
Diagrama Cronoestratigráfico de Wheeler: 
 
 Em uma seção sísmica, as fácies sísmicas podem ser visualizadas, 
assim como, suas profundidades em tempo de reflexão e seus equivalentes 
métricos. Já o diagrama croestrtaigráfico, mostra o tempo geológico na vertical e 
a extensão lateral das unidades litológicas no eixo horizontal. 
 
Espessura litológica = Tempo de acumulação 
 
 
 
 
 
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