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Resumo de Estratigrafia parte 2


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~ Resumo de Estratigrafia – Vitória Azevedo ~ 
 
➔ Depósitos Sedimentares ou Registros básicos observados em bacias sedimentares: 
aluvial, marinho raso transicional, marinho profundo e evaporitos e carbonatos. 
– Ambientes Continentais: leque aluvial/aluvial, fluvial, desértico, glacial, delta, planície de 
maré, estuário, lacustre. 
– Ambientes Costeiros: marinho raso, planície de Cheniêrs, laguna, praia e ilha barreira. 
 
 Sistemas dependentes do clima: desértico e glacial. Dependem das condições atmosféricas, 
paleogeográficas ou dos depósitos e tempo de deposição das bacias. 
 
1. Sistema/Ambiente Aluvial é um conjunto de três grandes subgrupos, que possui leques 
aluviais propriamente dito, planície aluvial (onde o sistema pluvial será dominante) e pôr 
fim a zona de desembocadura onde irá soltar a carga de sedimento que saiu do topo do 
sistema ou domínio deltaico que não pertence exatamente ao sistema aluvial, porém é 
intrinsecamente dependente desse sistema. 
– Quanto mais eficiente a geração e transporte de material impactará diretamente no modelo 
deltaico. 
– Primeiramente para que o perfil de equilíbrio fique preservado entre o cume a linha de costa 
deve gerar espaço de acomodação, onde deve ter um espaço para que o sedimento seja 
depositado e preservado. Segundo, deve ter uma fonte ativa de sedimentação ou geração de 
sedimento (as zonas ativas podem ser sistema de falha ativos ou modelos de rebaixamento 
muito importantes no nível de base) que permite que os sedimentos que estão no cume sejam 
mobilizados e sedimentados. O registro final depende dos processos que estarão envolvidos. 
– São depósitos de material detrítico, mal selecionado e pouco trabalhado, em forma de leque 
ou cone formado no sopé de áreas montanhosas onde os talvegues dos vales encontram uma 
área plana, quase sempre coincidente com uma planície aluvionar ou área lacustre. Em geral 
o clima é semiárido ou árido. Também está relacionado a regiões tectonicamente ativas 
durante a sedimentação. 
– As correntes aluviais, formadas durante as chuvas torrenciais, descem pelas vertentes das 
montanhas e ao desembocarem numa área plana (planície aluvionar ou área lacustre) perdem 
rapidamente sua energia. E assim sedimentos de granulometria variável se depositam. 
– Leques dominados por processos gravitacionais, controlados pelo clima seco e/ou pelo 
tectonismo ativo apresentam depósitos de fluxo subaéreos, fluxos de detritos e corridas de 
lama, com fácies de fluxo gravitacional. Já leques costeiros que terminam no corpo de água, 
apresentam depósitos subaquosos como fácies de correntes de turbidez. 
– Podem ser de clima seco (pequenas e médias dimensões radiais, pulsos volumosos e 
interrompidos e menor proporção de argila) ou úmido (pulsos contínuos, talude estável e 
maior proteção de matriz). 
 
→ Domínio dos leques aluviais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Dinâmica do sistema de leque aluvial 
– Frequência de chuvas 
– Disponibilidade de sedimentos 
– Gradiente de relevo 
– Sismicidade 
– Tipo de área fonte 
→ Como diferenciar um leque, rio e delta 
– Leques estão associados a zonas mais altas, de forma convexa e em um perfil longitudinal 
possui ângulo. Os registros dos leques não ocupam grandes partes das bacias. Os sedimentos 
dos leques tendem a estar próximo a sua fonte. Caso não tenha espaço de acomodação, sua 
tendência é erodir e sumir com o registro. Depósitos associados a fluxos gravitacionais, no 
leque pode acontecer de forma subaérea ou subaquosa. 
– Rios quase sempre em somente uma direção, no perfil longitudinal ele é plano e com feição 
de um vale. A depender do sistema ocupara espaços/áreas muito grande, tendo mais chance 
de ficar preservado no registro sedimentar do que os leques. O nível de base deve estar acima 
do canal, para que o sedimento que for depositado no fundo do canal fique preservado. Se o 
nível de base ficar abaixo do canal, não irá preservar nada. 
– Delta de menor extensão em termos radial, da sua dispersão na bacia. Devido estar na área 
de desembocadura (oceano) sempre terá espaço de acomodação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Para que os leques sejam desenvolvidos precisa ter incialmente um relevo positivo, causado 
por um sistema de falha. Quando esse relevo se dá por pulso ou em alguns momentos de 
Domínio dos leques aluviais 
Domínio das planícies aluviais 
Domínio delta 
maior quiescência, começa a ação intempérica e desenvolvimento de geração de sedimentos. 
– Ao gerar os sedimentos começa a ter condição de gerar os leques aluviais. 
– Uma caraterística do sistema que está numa fase juvenil é observar os triângulos/facetas 
triangulares, sendo uma marcação do plano de falha, onde o plano de falha está preservado 
nessas facetas. 
– Na frente do leque pode estar desenvolvendo uma planície aluvial e um sistema deltaico na 
frente. Porém com o tempo, conforme avança para um estágio de maturidade maior, as falhas 
começam a ficar menos importantes e começa a desenvolver uma paisagem associada a 
planície aluvial. 
– No estágio senil, na bacia pode começar a aparecer conglomerados (não necessariamente 
por ter uma reativação tectônica) devido começar a erodir e transportar o próprio leque. 
Quando o sistema está senilidade, quase sem transporte e com baixa sedimentação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Domínio dos leques aluviais 
– Leques não são muito eficientes, pois não conseguem levar os sedimentos da sua fonte para 
uma parte mais distal da bacia, sendo os materiais concentrados próximos a área fonte 
– Feeder channel = zona alimentadora, onde o sistema de agua é de quinta ordem. 
– Os pequenos canais vão se afunilando para um canal principal que irá gerar um leque, que 
é o próprio leque aluvial/alluvial fan. Toda a borda está tendo escorregamento, fluxos 
gravitacionais que irão estar depositando sedimentos. 
– Canais efêmeros ou muito rasos e bastante ativos, geram sedimentos com imbricação. 
– Não gera forma de leitos devido não tem espaço, gera seixos imbricados. 
– Para que a coluna de sedimentos seja preservada precisa ter um espaço de acomodação. Em 
sistemas rifte consegue ver leques aluviais bem preservados. 
– Há três tipos de processos: 
1. O primeiro é no steep slope domina processos gravitacionais tipo fluxo de grão (gera 
gradação inversa) e pode ocorrer fluxo de detritos (com uma matriz gerando diamictito, com 
gradação normal). 
2. O segundo é onde no canal principal a depender da velocidade e do tipo de rocha pode ter 
algum comportamento de processos unidirecionais trativos gerando geometrias 2D e 3D. 
3. No terceiro, a parte do alluvial fan/leque aluvial terá condições de alta velocidade de fluxo 
que irão gerar camadas planas, imbricações de seixos, aqui ocorre enxurradas, há pequenas 
canalizações com areais grossas, conglomerados, essas enxurdas não terão condições de 
transportar matacões e blocos. Terá seixos e grânulos nas zonas planas ou camadas tabulares 
ou imbricações. Sem a possibilidade de gerar forma 2D e 3D. 
 Domínios de processos 
gravitacionais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Perfil de um sistema de leque é proximal, 
mediano/intermediário e distal. A zona mais distal já 
entra na planície distributária no sistema de uma planície 
aluvial. 
– A zona proximal/proximal fan maior declividade, 
bem encaixada, próxima as bordas ativas da falha, 
sedimentos mais grossos, fluxo de canais com 
conglomerados clasto suportados, fluxos gravitacionais 
com depósitos de granulometria grossa mal selecionada e 
sem estruturas bem definidas, ou seja, conglomerados 
matriz suportada. Areia muito grossa a conglomeráticas 
com fácies de gradação inversa ou de enxurrada; 
 
– Zona mediana/mid fan/intermediaria parte onde vai 
quase todo leque. De granulometria intermediária com 
fluxos de canal e detritos. Depósitos de areia e cascalho 
em lençóis, podendo exibir estratificaçõescruzadas 
acanaladas com seixos e tabulares de forma de leito 2D e planares. Fácies de gradação normal 
sem finos; 
 
– Zona distal/distal fan à medida que vai para partes mais distais, até chegar na planície 
aluvial, vai perdendo carga onde os sedimentos mais grossos vão ficando no mid fan/zona 
mediana/intermediária até os sedimentos de granulometria fina das zonas distais, pode ter 
lama (depende da fonte, por exemplo se a montanha tiver folhelho ou gnaisse). Com ausência 
Domínios de alta 
velocidade com 
enxurradas 
Sistema trativo, unidirecional, 
com velocidades compatíveis, 
com formas 2D e 3D. 
de canais bem definidos, depósitos em lençol com melhor seleção, podendo apresentar 
cruzadas de baixo ângulo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Fluxos gravitacionais de sedimentos 
– Em regiões proximais há predomínio de fluxo de grãos e fluxo de detritos. 
– Fluxo de grão é um marcador de borda de falha. 
– Zona mediana tem um transporte efetivo de sedimentos. 
– Zona distal sedimentos mais cascalhosos, barras seixosas. 
 
Clima seco 
→ Modelo de fácies de um leque que está deixando de ser ativo, indo de uma paisagem juvenil 
para uma paisagem senil. 
 
→ Principais processos de um leque 
Sistemas de leques terrígenos 
Processos 
– Enxurradas: em lençol (sheet flood) e 
confinadas (stream flood) 
– Debris flow (fluxo de detritos) 
– Mud flow (fluxo de lama) 
– Fluxo de grão 
– Peneiramento 
– Fluxo de canais entrelaçados 
– Fácies proximais semelhantes às de leques 
aluviais. 
– Fácies distais apresentando retrabalhamento 
por processos subaquoso. 
Leques aluviais costeiros (Fan deltas) 
Processos 
– Fácies proximais semelhantes às de 
leques aluviais. 
– Fácies distais apresentando 
retrabalhamento por processos 
subaquoso. 
 
 
Fácies principais 
– Conglomerado suportado por clasto organizado (Gm) 
– Conglomerado suportado por matriz (Gms) 
– Conglomerado suportado por clasto com estratificação cruzada acanalada (Gt) 
– Conglomerado com estratificação cruzada tabular (Gp) 
 
Fácies secundárias 
– Arenito com estratificação plano paralela (Sh) 
– Arenito com estratificação cruzada acanalada (St) 
– Arenito com estratificação cruzada tabular (Sp) 
– Arenito argiloso (Fm) 
– Areia muito fina. Silte e argila laminada (FI) 
– Concreções carbonáticas pedogênicas (P) 
→ Tipos de leques aluviais 
1. Leques sensu strictu derivados de escarpas 
1.1. Leques dominados por fluxos de detritos 
Transporte por fluxo de detritos 
– Mistura sedimento água – fluido de alta densidade e viscosidade. 
– Fluxo laminar e muito competente. 
– Transporte e deposição episódicos. 
 
1.2. Leques dominados por enchentes em lençol 
Transporte por enchentes em lençol 
– Enchentes episódicas sobre o leque – fluxo rápido desconfinado. 
– Regime de fluxo superior: anti-dunas em conglomerados. 
– Formação de camadas pareadas pelo desmonte das ante-dunas e rara preservação de 
cruzadas. 
 
 Leques dominados por enchentes em lençol e leques dominados por fluxos de detritos podem 
ocorrer lado a lado. 
 
2. Grandes sistemas aluviais distributários 
– Diâmetros de dezenas de km. 
– Dominados por processos de transporte e deposição fluviais. 
– Padrão distributário causado por avulsão. 
– Exemplos: rios Kosi (Índia), Okavango (África meridional), Taquari (Pantanal). 
3. Leques adjacentes a escarpas 
– Diâmetros de poucos km. 
– Dominados por fluxo gravitacional de sedimento ou enchentes em lençol. 
– Canais fluviais apenas retrabalham sedimentos na superfície do leque. 
– Abundantes em bordas de bacias limitadas por falhas. 
 
→ Elementos do sistema de leque aluvial 
– Rápida diminuição da granulometria para jusante 
– Seção transversal convexa e longitudinal côncava 
– Composto por vários lobos ativos em tempos diferentes. 
 
2. Sistema/Ambiente Fluvial são depósitos de natureza tracional com uma estruturação 
interna que segue as variações do regime de fluxo resultante da interação entre a corrente de 
água e o fundo arenoso do leito. 
– As diversas formas de leito resultam da granulometria da carga transportada, velocidade 
da corrente e profundidade do local de deposição. 
– Os sistemas de leques alimentam os sistemas fluviais dentro das planícies aluvial. 
– Leques mais efetivos jogam mais carga de fundo, leques menos efetivos trazem menos carga 
de fundo. Se o rio for meandrante ou entrelaçado depende da eficiência do leque aluvial. Os 
rios e depósitos podem ser: Rio meandrante, entrelaçado, reto e anastomosado. 
 
2.1. Sistema/Rio entrelaçado (braided) quando o leque tiver sua fonte ativa gera muito 
sedimento, pode ser que não tenha fluxo suficiente para transformar sedimento fazendo com 
que gere um sistema de rio entrelaçado, de baixa sinuosidade e muitos canais para transportar 
o sedimento. 
– Associado a paisagem juvenil. 
– Grande carga de fundo de grânulo, conglomerado e seixo. Quase não tem carga de 
sedimento fino, caso tenha eles ficam restritos no interior das barras. 
– A tendência é espalhar a carga gerando canais rasos, que são facilmente entulháveis, logo 
deve gerar um novo canal para pôr a nova carga, até o momento que entulha completamente 
e abandona uma barra e começa outro sistema, podendo variar até dezenas ou centenas de 
quilômetros de distância. 
– Regido por um fluxo de alta energia. 
– Apresentam conglomerados na base com corpos tabulares e pequenas lentes, seguidos de 
arenitos com estratificação cruzada tabular ou acanalada (migração das barras em fluxo 
unidirecional trativo de regime inferior). 
– Em canais abandonados, observa-se arenitos finos intercalando com folhelho. 
– Depósitos de transbordamento são raros e não apresentam vegetação. 
– Altas razões de largura e profundidade, grande inclinação, carga de fundo abundante e 
descarga altamente variável. 
Processos 
– Migração de barras longitudinais e transversais. 
– Migração de dunas e sandwaves (são barras). 
– Fluxos torrenciais (alta taxa de fluxo intenso para conseguir transportar uma grande 
quantidade de carga de fundo, que possui uma grande quantidade de material disponível). 
– Fácies descritas por Miall (1977): Gm, Gt, Gp, St, Sp, Sr, Fl e Fm. 
 
2.2. Sistema/Rio anastomosado dois ou mais canais estáveis por causa da vegetação. 
– Predomínio de planícies de inundação. 
– Dinâmica de rios anastomosados: Pouca avulsão e Tendência a empilhamento vertical de 
fácies pela estabilidade dos elementos fisiográficos. 
Fácies de barra longitudinal e barra transversal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2.3. Sistema/Rio meandrante associado a paisagem senil. 
– Carga de fundo abundante como areia, silte, lama e fino. 
– Não precisa de velocidade para transportar o sedimento, pois eles estão sobre carga em 
suspensão. 
– Não gera forma de leito. 
– Devido ter uma baixa declividade, escava canais para gerar talvegues, para que seja possível 
transportar os sedimentos e formar um sistema meandriforme. 
– Rio de planície que muda de posição e forma com as variações de energia. 
– Possui alta sinuosidade. 
– Apresenta acresção lateral, base plana abrupta com depósitos residuais de conglomerados 
e estratificação cruzada acanalada de médio a grande porte (fluxo unidirecional trativo de 
regime inferior), seguida de arenitos finos com estratificação cruzada tabular (aumento da 
velocidade do fluxo) e topo agradacional. 
– Em canais abandonados apresenta folhelhos eventualmente intercalados com arenitos, 
devido à baixa energia do transporte. 
– Com raízes de plantas e gretas de ressecamento. 
Processos 
– Acreção lateral de barra em pontal. 
– Migração de dunas no fundo do canal. 
– Inundações periódicas. 
– Arrombamento de dique marginal. 
– Abandono de canais. 
– Razão largura/profundidade menor que 40. 
– Regiões planas. 
– Carga em suspensão. 
Fácies 
– Depósitos de lag.– Sucessões arenosas com afinamento para o topo. 
– Pacotes de folhelhos com marcas de raízes. 
– Superfície de acreção lateral das barras em pontal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Feições caraterísticas do sistema meandrante 
– Barra em pontal (LA), zona de crevasse (CS), planície aluvial e alguma forma de leito nos 
canais. O que fica preservado no registro sedimentar é as barras em pontal, barra de acreção 
lateral e as planícies de inundação ou as zonas de extravasamento dos canais que podem ter 
areia ou folhelho. 
– Areias que estão presentes nas barras estão envelopadas por lama. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Registro sedimentar de canais meandrantes 
Elementos arquiteturais externos ao canal 
– Dique marginal (LV), é um arenito que pode ter uma cruzadas em direção a planície aluvial. 
– Zona de canal de Crevasse (CR) grandes escavações. 
– Canal abandonado (CH) (FF)) com acreção lateral e o canal propriamente dito. 
– Espraiamento de Crevasse (CS). 
– Finos de planície de inundação (FF). 
 
2.4. Sistema Fluvial Efêmero 
Elementos fisiográficos 
– Predomínio carga de fundo (areia e cascalho) em canais entrelaçados. 
– Canais geralmente distributários. 
– Planícies de inundação distais, relacionadas a lagos rasos salinos. 
Dinâmica de rios efêmeros 
– Grande variação de vazão, muitas vezes sazonal. 
– Perda de vazão ao longo da tarajetória (por infiltração e evaporação). 
 
Características dos depósito 
– Ciclos granodecrescentes de base erosiva. 
– Abundantes fácies de regime de fluxo superior em camadas lateralmente contínuas (até ce
ntenas de metros) e pouco espessas (centímetros até poucos metros) – enchentes em lençol. 
 
→ Geometria dos corpos 
Sinuosidade Entrelaçamento Canais simples 
(parâmetros braiding <1) 
Canais múltiplos 
(parâmetros braiding >1) 
Baixa sinuosidade (p <1,5) Reto Entrelaçado 
Alta sinuosidade (p >1,5) Meandrante Anastomosado 
 
→ Formas de leito 
 
→ Domínio das planícies aluviais 
O que faz o sedimento sair da fonte até chegar na desembocadura, é a eficiência do transporte 
ao longo da planície aluvial. A eficiência depende de três fatores: 
1. Tipo de carga quanto maior a carga (conglomerados, seixos, blocos) deve ter maior tipo 
de arrasto e um volume de água maior, processos trativos muito mais efetivos. 
2. Capacidade entre um ponto e o ponto de desembocadura com isso terá o perfil de 
equilíbrio no sistema da planície aluvial. Se o perfil de equilíbrio tem pouco espaço de 
acomodação, o sedimento vai passar e com pouca eficiência de transporte e não terá 
deposição. No processo de equilíbrio do perfil permite um espaço de acomodação grande, 
acumulando uma grande quantidade de sedimentos na planície aluvial e sem muita eficiência 
de levar o sedimento até a desembocadura. O perfil de equilibro é causado por um balanço 
que é a variação eustática e grau de subsidência ou soerguimento da área. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Para acumular na planície aluvial, o nível relativo do mar sobe (não desce). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Geometria de corpos arenosos de canais fluviais 
– Controle da geometria dos canais, a medição é feita em função da longitude e comprimento 
e espessura. 
– Quanto maior a espessura maior o canal. Quanto menor a espessura, menor longitude e 
maior largura, tendo menos canalizações. 
– Arenito em Fita: acumulação em canais estáveis, preenchimento por agradação vertical. 
Associados geralmente a rios anastomosados. 
– Arenito em Lençol: migração lateral de canais Individuais. Amalgamação de barras e 
canais menores do canal principal. Associados geralmente a rios entrelaçados e meandrante. 
Barra lateral 
Barra longitudinal 
Barra transversal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Elementos arquiteturais de canais 
– É possível dividir o canal em algumas 
arquiteturas. O sistema aluvial em zonas 
de canal propriamente dita, zona de 
acreção lateral (LA), zona de acreção 
frontal (DA), barra leitosa (GB) e forma 
de leito arenosa (SB), hollow (HO) 
(acontece no Amazonas, deve ser 
profundo), depósitos de fluxos 
gravitacionais (SG) (próximo de leques 
aluviais). 
– Numa planície aluvial é comum que 
tenha canal, acreção lateral, acreção 
frontal (DA), barra longitudinal (forma 
de leito e barra cascalhosa) e forma de 
leito arenosa e areia laminada 
horizontalmente (LS) ocorrem de forma 
subordinada. A planície aluvial não é 
homogênea, ela possui diferentes 
elementos arquiteturais. Com massa de 
rocha e alguma característica 
deposicional específica. 
– Estratificação cruzada acanalada ocorre dentro do canal. 
Depósito de canal 
– Elemento CH: preenchimento de canais menores internos ao cinturão de canais. 
Macroforma de acresção frontal 
– Elemento DA: Barras de meio de canal. Migração de dunas superpostas no dorso e face 
frontal da forma de leito principal. 
– Elemento LA: diferença de velocidade de fluxo em canais sinuosos origina os depósitos. 
– Barras Cascalhosas GB e Fluxos Gravitacionais SG. 
 
 
Sistema 
entrelaçado 
Sistema 
meandriforme 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Hollow (concavidade) 
– Elemento HO: processos de escavação pela correnteza nos pontos de convergência dos 
canais. 
Formas de leito arenosas 
– Elemento SB: migração e cavalgamento de dunas subaquosas. 
– Sandwaves. 
– Barras transversas. 
– SB = dunas. 
– Ocupam as porções ativas dos canais onde o substrato é predominantemente arenoso. 
→ Elemento arquitetural externo ao canal 
– Canais meandriforme 
– Diques marginais (LV) agradação vertical de sedimentos arenosos na margem do canal. 
– Barras em pontal 
– Planície de inundação 
– Crevasse splay (CS) e Canal de crevasse/Espraiamento de crevasse (CR) rompimento do 
canal principal e desconfinamento dos fluxos por lobos na planície de inundação. 
– Finos de planície de inundação (FF) acumulação de finos em corpos lacustres ou pântanos 
da planícies de inundação. 
– Chute bar 
– Oxbow 
– Canal abandonado (CH(FF)) Formados pela avulsão do canal principal: aumento do 
gradiente de avulsão em relação ao gradiente do canal. Obstrução do canal por aumento de 
carga, troncos, gelo, fluxo de massa, processos eólicos, etc. Trilhas de animais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Modelo de fácies para o sistema entrelaçado 
– Areia, quase sem fino, começa com conglomerado nas barras seixosas, seguido com 
depósitos de canal com forma de leito 3D e 2D. Acima é algo mais plano (planar strata) e 
com lama acima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Modelo de fácies do sistema meandriforme/meandrante 
– Não é contínuo de deposição do sistema meandriforme, desenvolve a barra e o canal é 
abandonado, começa a ter extravasamento de quebra do dique (dique marginal), crevasse 
splay, preenchimento da planície de inundação, preenchimento do canal abandonado, 
desenvolvimento de uma zona de inundação com lama ou raiz. 
– De ~ 7 m de altura. 
– Fluxo helicoidal 
– Barra em pontal 
– Granodecrescência ascendente 
– Meandros abandonados com feições de barra em pontal, possivelmente 
com decantação de finos (eventos de inundação) 
– Espraiamento (crevasse) com sedimentos mal selecionados 
(rompimento da ombreira); possível granocrescência ascendente 
 
 
→ Modelo de fácies do sistema anastomosado 
– Vegetação densa ⇒ estabilidade dos canais ⇒ ⇒ pouca ou nenhuma 
migração ⇒ associações de barra em pontal muito discretas ou ausentes. 
Barra em pontal bem desenvolvida Menor desenvolvimento da barra em 
pontal 
 
– Acresção vertical ⇒ contato vertical direto. 
– Dificuldade de reconhecimento em subsuperfície. 
 
→ Modelos Faciológicos 
Nome Ambiente de deposição Fácies princiapais Fácies secundárias 
Tipo Trollheim Rios proximais 
(predominantemente leques 
aluviais) sujeitosa fluxo de 
detritos 
Gmm, Gci, Gcm St, Sp, Fl, Fm 
Tipo Scott Rios proximais (incluindo 
leques aluviais) com fluxos 
coesos 
Gci, Gcm Gp, Gt, Sp, St, Sr, 
Fl, Fm 
Tipo Donjek Rios seixosos distais 
(depósitos cíclicos) 
Gci, Gcm, Gt, St Gp, Sh, Sr, Sp, Fl, 
Fm 
Tipo Saskatchewan 
Sul 
Rios entrelaçados arenosos 
(depósitos cíclicos) 
St Sp, Sr, SS, Gci, 
Gcm, Fl, Fm 
Tipo Platte Rios entrelaçados arenosos 
(virtualmente não cíclicos) 
St, Sp Sh, Sr, Ss, Gci, 
Gcm, Fl, Fm 
Tipo Bijou Creek Rios efêmeros ou perenes 
sujeitos a fluxos episódios 
Sh, Sl Sp, Sr 
 
→ Código de Fácies de Miall (1977) para entrelaçado e meandrante 
– Sistema entrelaçado de Sp até Shg, que são areias. 
– Sistema meandriforme de SLm até Fl. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Tipo de sedimentação 
1. Carga em suspensão 
– Sedimentos de tamanho silte e argila depositados em planícies de inundação. 
– Rios meandrantes e anastomosados de baixa energia. 
– Barra em pontal: fácies arenosas discretas. 
– Marcas onduladas, ripples, estruturas planas de regime de fluxo inferior. 
– Decantação de finos. 
– Marcas de raízes. 
 
2. Carga de fundo 
– Transporte de grãos grosseiros por rolamento, arrasto e saltação. 
– Areia, cascalho ou ambos. 
– Mais importante do ambiente fluvial. 
– Rios entrelaçados, meandrantes seixo-arenosos ou retos. 
– Fluxo de detritos ⇒ cascalhos a arenito grosso, camadas maciças. 
– Fluxos de alta energia ⇒ estruturas planas, Dunas 2D e 3D. 
– Estratificações cruzadas planares. 
 
3. Carga mista 
– Rios meandrantes e anastomosados. 
– Sedimentação e estruturas muito variáveis (desde cascalhos até argila). 
– Granodecrescência ascendente. 
– Marcas onduladas e dunas 2D. 
– Estruturas planas de regime de fluxo inferior. 
– Barra em pontal ⇒ Ripples. 
 
→ Superfícies Limítrofes, (Miall 1988) 
“Ordens de superfícies nos depósitos fluviais, que separam litossomas de diferentes escalas 
físicas e temporais” 
1º ordem: Migração de formas de leito, separam sets de cruzadas. 
2º ordem: Mudanças nas condições de fluxo ou na fácies, separam cosets. 
3º ordem: Superfícies erosivas nas macroformas. 
4º ordem: Limite superior das macroformas ou inferior dos elementos externos. 
5º ordem: Delimitam os canais. 
6º ordem: Delimitam grupos de canais e paleovales, grande extensão lateral (são 
correlacionáveis, marcam variações no nível estratigráfico). 
 
→ Estratigrafia de Sequências para Sistema Fluvial 
– Regiões costeiras: Nível relativo do mar. 
– Regiões mais afastadas da costa: Clima e Processos tectônicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Sistema Fluvial Costeiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Sistema Fluvial Distante da Costa 
– Flutuações no nível de base podem causar um reajuste no perfil de equilíbrio e um aumento 
ou diminuição da acomodação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Sistema/Ambiente Desértico/Eólico de grande importância exploratória e reconstrução 
paleogeográfica (indica se o depósito pode ter alguma inclinação climática). 
– É constituído por associações de fácies de dunas (estratificações cruzadas de grande porte 
truncadas durante a migração da duna ou erosão posterior e com mergulhos abruptos no topo 
e tangenciais em na base e estratificações transladantes cavalgantes), interdunas (estratos 
planos interdigitados e que separam sets cruzados de dunas eólicas, estratificações sub 
horizontais e níveis pelíticos nos estratos cruzados) e lençóis de areia (depósitos secos com 
estratos tabulares, horizontais e de baixo ângulo, alternância de laminações transladantes 
cavalgantes e ripples, depósitos encharcados com estruturas de adesão e depósitos 
subaquáticos com marcas de onda, cruzadas acanaladas, arenitos maciços, níveis pelíticos 
com gretas de ressecamento e argilas recurvadas intercalados com estratos curvados). 
– O principal aquífero brasileiro, o aquífero Guarani, está ligado a esse sistema desértico. 
– Associado a zonas equatoriais, tropicais ou subtropicais. 
– O sistema desértico é uma região da crosta que possui mais evaporação que precipitação. 
– Evaporação controlada pela ação do regime de vento e aridez. Quando evapora mais do que 
precipita, há condição de manter os grãos disponíveis e esses grãos serão transportados por 
um sistema por ação subárea ou ação eólica ou vento. Com a evaporação há retirada da 
umidade e deixa os grãos mais desagregados e disponíveis para serem transportados. 
– São ambientes controlados pela disponibilidade de areia, cobertura vegetal escassa e podem 
ocorrer em zonas costeiras, ambientes glaciais e fluviais e em desertos. 
 
Erosão eólica 
1. Abrasão é o desgaste mecânico de uma superfície através de sucessivos impactos de 
partículas transportadas pelo vento (“jatos de areia”), próximo ao solo. 
– Geram ventifactos (seixos com duas ou mais faces polidas) e Yardangs (forma cascos de 
barco virado em rochas sedimentares pouco consolidadas). 
– Superfícies polidas. 
– Feições morfológicas maiores, arenito Vila Velha =chuva + vento 
2. Deflação é uma erosão por transporte de partículas grossas com baixa eficiência do vento, 
concentração de grânulos e seixos por remoção sucessiva de partículas finas. 
– Geram “Lags de Deflação”, que são superfícies contínuas de sedimentos grossos, 
geralmente erodidos a níveis levemente inferiores ao terreno adjacente. 
– Bacias de deflação 
– Pavimento desértico 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Oásis abaixo do nível de saturação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Formas do transporte eólico 
1. Suspensão 
– Depósito de suspensão: Loess 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Saltação 
Depósitos de saltação e arrasto 
– Predominantemente areia fina a média 
– Mecanismo predominante saltação 
– Ripples eólicas 
– Granule ripples 
– Dunas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Arrasto 
 
 
 
 
 
 
Deposição eólica 
1. Ambiente desértico 
Sub ambientes 
1. Duna 
1.1. Dunas transversais 
– Ventos frequentes e direção constante. 
– Suprimento contínuo e abundante de areia. 
– Conjunto destas dunas formam os mares de 
areia nos desertos. 
– Formam estratificação cruzada planar de 
crista reta. 
– Marcas onduladas formadas por arrasto e 
saltação. 
1.2. Dunas barcanas 
– Vento moderado e aporte de areia limitado. 
– Formam estratificação cruzada acanalada 
com mergulho íngreme. 
 
1.3. Dunas longitudinais ou seif 
– Formam quando há duas direções de vento a aproximadamente 90°. 
– Formam estratificação cruzada espinha de peixe “herringbone". 
1.4. Dunas estrela 
– Formam em áreas com múltiplas direções de vento e abundante suprimento de areia. 
– Estratificação cruzada com grande variedade de direções. 
– Típicas de desertos. 
 
1.5. Dunas parabólica 
– Semelhante a barcana, porém mais fechada e com suas extremidades voltadas no sentido 
contrário do vento. 
– Ventos fortes e constantes e alto suprimento de areia. 
– Limitam-se a zona litorânea. 
 
Formação de estratificação cruzada 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Interduna 
– Ondulações de aderência (adhesion ripples), feições de ressecação, bioturbação, crostas 
salinas. 
– Fácies de interduna onde areias eólicas avançam sobre fácies de pântano intermitente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Leques aluviais ou Wadi 
– Rios de deserto, secos, exceto durante as chuvas, de atividade abrupta e esporádica, taxa 
sedimento/água baixa. 
– Comuns nas bordas dos desertos. 
– Alternância de depósitos eólicos com fluviais. 
– Granodecrescência grosseira, gretas de ressecação, flocos de lama enrolados (curledmud 
flakes). 
 
Wadi 
– Depósitos de cascalho geralmente interdigitados com lamas de interduna e depósitos 
eólicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Sabkha 
– Área plana de lama ou areia, com crostas salinas, moldesde cristais. 
– Dois tipos: costeiros e continentais. 
 
5. Playa lake 
– Lagos temporários, salinizados devido à alta taxa de evaporação. 
 
6. Mares de areia (sand sheets) 
– Este termo é empregado em deserto para denominar grandes áreas cobertas por areia. 
– No norte da África estas áreas são conhecidas como ergs. 
 
2. Ambiente de dunas costeiras 
Paleocorrentes unimodal 
– Transversal (crista sinuosa ou retilínea), barcana, parabólica 
Paleocorrentes bimodal 
– Longitudinal ou seif 
Paleocorrentes polimodal 
– Piramidal ou estrela 
 
Fatores determinantes da efetividade eólica em áreas costeiras 
1. Frequência dos ventos 
2. Velocidade dos ventos 
3. Orientação dos ventos em relação à costa 
4. Frequência e energia das tempestades 
5. Suprimento de areia 
6. Vegetação 
 
Principais tipos 
1. Dunas frontais/embrionárias (foredunes): 
incipientes e desenvolvidas. 
– São pequenas acumulações de areia no meio da 
vegetação da pós-praia. 
– As dunas frontais estabelecidas se desenvolvem a 
partir das incipientes, geralmente são recobertas por 
arbustos, maiores, morfologicamente mais 
complexas e mais antigas. 
1.1. Dunas frontais estabelecidas 
– Se desenvolvem a partir de dunas frontais 
incipientes, frequentemente com plantas arbustivas ou arbóreas, morfologia mais complexa, 
maior atura, largura e idade. 
2. Blowouts é uma depressão formada pelo vento 
num depósito de areia pré-existente. 
– Se caracterizam por: paredes erosivas laterais, 
bacias de deflação e lobo deposicional. 
– Pode ser formado por erosão eólica em áreas 
com baixa densidade de vegetação; ocorrem em 
praias progradantes, estáveis ou erosivas. 
– Erosão eólica pode ocorrer em qualquer rampa 
da duna frontal dependendo da direção do vento 
dominante. 
 
3. Dunas parabólicas tem forma de U ou V. 
Se caracterizam por: 
– Caudas curtas ou longas 
– Lobos deposicionais que terminam, a sotavento, em forma de U ou V. 
– Bacias de deflação entre as caudas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Campo de dunas transgressivo. 
 
O fluxo do vento na vegetação depende da 
1. Forma da vegetação 
2. Altura da vegetação 
3. Densidade da vegetação 
4. Distribuição da vegetação 
5. Velocidade do vento 
 
Nebkha, a nabkha ou produne 
– As nebkhas formam uma zona de dunas frontais incipientes. 
– A largura entre dois cordões depende da taxa de progradação, do aporte de sedimentos da 
velocidade do vento e da densidade da vegetação, etc. 
 
Três as formas de leito eólicas em diferentes escalas 
– Marcas de onduladas (ripples), dunas e draas. 
– Cada forma de leito se desenvolve segundo mudanças nas condições de regime de vento 
em uma determinada área e intervalo de tempo (tempo de reconstituição) e quando há um 
equilíbrio entre as dimensões das formas de leito e a relação entre suprimento sedimentar e 
deriva potencial, elas passam a migrar, e normalmente cavalgam umas sobre as outras. 
1. Ripples/marcas onduladas são as formas de leito de menor escala. Desenvolvem-se no 
dorso ou na parte frontal das dunas, em regiões de interdunas e lençóis de areia. Apresentam 
três tipos de ângulo de cavalgamento: crítico, subcrítico e supercrítico. 
2. Dunas são formas de leito de segunda ordem. Sua ocorrência e geometria das dunas 
dependem da intensidade, direção e regularidade do vento, disponibilidade de sedimentos e 
presença ou ausência de vegetação. 
3. Draas são as maiores formas de leito, frutos da fusão de dunas (formas de leito menores 
cavalgam sobre formas de leito maiores) e podem ser compostas e complexas. 
– Uedes são rios de ambientes desérticos, que só ficam cheios durante as esporádicas e raras 
chuvas. As chuvas ocorrem próximas das montanhas e assim é nesses locais que os uedes 
melhor se desenvolvem. Essas chuvas produzem uma inundação relâmpago (flash flood) de 
efeitos catastróficos produzem grandes e pequenas ondulações que geram estratificações 
cruzadas. A razão água/sedimento é baixa. A deposição é rápida, pela perda da velocidade e 
absorção da água pelo subsolo. Seus canais não são permanentes e podem ser preenchidos 
por sedimento ou por atividade eólica. Na próxima chuva um novo sistema de canais se 
estabelece sobre o anterior. 
– Ventos prevalecentes (mais tempo) 
– Ventos predominantes (mais fortes) 
– Lagos de desertos e sabkhas associados são lagos efêmeros, temporários. Os de menor 
tamanho são causados pela barragem de alguns canais de uedes por dunas eólicas, devido à 
alta evaporação esses lagos se salinizam formando as sabkhas. Os depósitos apresentam 
intercalações de sedimentos lacustres, fluviais e eólicos. São planos e podem apresentar 
camadas de evaporitos. 
– Eólicos de origem fluvial Em clima semiárido ou árido, os depósitos fluviais podem ficar 
ressecados e sofrer retrabalhamento eólico e assim podem se desenvolver campos de dunas 
eólicas nas margens dos rios. 
– Distribuição de regiões áridas: hiper áridas, áridas e semi áridas. 
 
 
 
 
 
 
 
→ Regime de vento super eficiente faz com que tenha baixa umidade e grande possiblidade de 
campos de duna. Evaporação: aridez + regime de ventos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Exemplo de sistema hiper árido. 
 
→ Planície de deflação 
– Possui ventifacto. 
 
 
 
→ Domínio de campo de dunas 
– No sistema desértico para ficar preservado no registro 
sedimentar podem ser de campo de dunas, sendo complexas 
ou compostas, do tipo em que várias delas ocorrem 
amalgamadas ou dunas de tipos diferentes amalgamadas. 
– Raramente chove, quando chove a chuva é torrencial, 
retirando os sedimentos das encostas gerando leques, 
deixando os sedimentos disponibilizados que serão 
retrabalhados pelo vento gerando uma planície de deflação 
e o material mais fino vai ser carreado e em algum ligar ele 
vai perder a competência de ser transportado em suspensão 
e irá começar a soltar a carga e será depositado na forma de 
leito das dunas. 
– Gerando o domínio de campo de duna. 
– Pode ter dois tipos de campo de duna, como na primeira imagem o campo de duna 
propriamente dito com interdunas que é seco. Na segunda imagem a interduna é úmida, 
devido está perto do litoral e conter lençol freático, está associado a um momento de aridez 
ou hiper aridez. 
 
→ Fatores que controlam a formação de dunas: quanto tem de vegetação (que dificulta a 
formação e migração de dunas), a velocidade do vento (capacidade do vento em transportar) 
e o suprimento de areia (sem areia não funciona) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Tipos de dunas dependem dos fatores que controlam a formação das dunas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Dunas Draa podendo ser composta ou complexa. 
– Composta pelo mesmo tipo de duna sendo barcanoide e longitudinal. 
– Complexa quando há tipos de dunas diferentes formando uma grande geometria (200-300 
m de sedimento). 
 
 
 
 
 
 
→ Estruturas transladantes 
Ripples 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Interduna úmido significa condições de menor aridez, clima árido a semi árido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Playa lake lençol freático sobe, criando um corpo aquoso mais perene que uma interduna. 
Esse corpo aquoso mais perene terá uma caraterística de sazonalidade, durante os períodos de 
maior aridez irá evaporar, gerando depósitos de sal (salmoura, sal gema). No período de 
degelo a neve em altos planos derrete e vai gerar um lago, durante o período de inverno ou 
verão não chove e começa a evaporar, tendo depósitos de sal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Feições deposicionais 
1. Hiper áridas 
– Os playas lakes serão muito restritos, os leques serão muito próximo a borda das partes 
altas. Tendo campo de duna e interduna seco. 
– Para que fique haja registro sedimentar, deve ter espaço de acomodação e quem gera nesse 
sistema são as falhas. 
– Leques próximos a falhas ativas. 
– Lakes pouco desenvolvidos. 
– Campo de dunabem desenvolvido. 
– Planície de deflação bem desenvolvido e interduna seco. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Clima árido 
– Playa lake bem desenvolvido. 
– Sistema de rios efêmeros mais efetivos. 
– Campos de dunas são menores e pode existir campos de interduna úmido. 
– Contínua com bom reservatórios, porém algumas barreiras podem aparecer. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Clima semi árido 
– Lakes bem desenvolvidos. 
– Interduna úmido é grande. Pode ter níveis de lagos associados. 
– Leques podem avançar mais na planície. 
– Campo de dunas são restritos. 
– Não é ideal para reservatório ou aquífero. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Quanto mais árido maior campo de duna, quanto menos árido menos campo de duna. 
 
→ Preservação de registro 
Positivo: Qe > Qs. Acumulação. 
Neutro: Qe = Qs. Superfície de bypass – estabilização. 
Negativo: Qe < Qs. Erosão – superfícies de deflação. 
– Para que tenha acumulação deve ter uma entrada de areia importante e uma saída de areia 
menos importante. Deve ter uma situação positiva e criação de espaço. A criação de espaço 
depende da subsidência. 
– Se sai mais do que entra tem erosão, que é negativo. Se entra mais do que sai é acumulação, 
que é positivo. Se tiver em equilíbrio terá uma paisagem stand. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ No sistema eólico o espaço de acumulação é diferente do espaço de preservação. 
– No espaço de acumulação é onde há o ponto de equilíbrio da estrutura da ação do vento. 
– O espaço de acumulação é dado pelo consegue preservar com a linha de base de erosão. 
Para que tenha um registro preservado no registro geológico, a linha de erosão deve estar 
sempre mudando, ou seja deve ter subsidência ou o nível freático deve subir. 
– O nível freático quando sobe preserva maior quantidade, porém pode ser só naquele 
momento. O padrão ideal é a subsidência e o freático atuando juntos, gerando espaço e terá o 
freático. 
 
→ No sistema marinho, o espaço de acomodação e o de preservação é igual, que é o nível do 
mar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ À medida que tem uma subsidência, o espaço de acomodação aumenta e com isso consegue 
acomodar as areias eólicas no registro para que seja preservado depósito eólico, onde sobe o 
nível de base por afogamento, ou uma situação tectônica ativa onde gera rifte e acumula, 
como por exemplo o Recôncavo. 
– Ou através da ação de uma subsidência mecânica, como a entrada de rochas ígneas, como 
na bacia do Paraná, formação Botucatu, sistema Botucatu-Serra Geral. 
 
→ Registro sedimentar produtos 
– Produtos principais: conglomerados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Interduna preservado 
 
4. Sistema/Ambiente Glacial 
– Pode ser dividido em fácies continentais (sedimentos/detritos de gelo, glacio fluvial, glacio 
lacustre e periglacial) e marinhas. São produzidos pela ação do gelo, direta ou indiretamente. 
Presença de diamictitos, superfícies estriadas, clastos facetados e estriados, clastos caídos, 
tilitos e varvitos. 
– Ambientes glaciais são locais onde o gelo e as águas derivadas do degelo são os principais 
agentes de transporte e deposição de sedimentos. 
– Englobam tanto os ambientes em contato direto com a geleira (glaciogênicos), quanto os 
adjacentes e influenciados por elas (proglaciais) 
– Podem ser divididos em dois tratos de sistemas distintos: glacio continental 
(glacioterrestrial),glacio marinho (glaciomarine), Glacio fluvial e Glacio lacustre. 
– Associado a zonas temperadas e polares. 
– Áreas de alta latitude e altitude. 
– Quando tem neve há um tempo precipitando, forma uma calota de gelo. 
– Periglacial, de temperaturas mais baixas. 
– Interglacial, de temperaturas maiores e mais úmido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Tipos de geleira 
Geleiras 
– Geleiras são massas continentais de gelo de limite definido que se movimentam pela ação 
da gravidade. 
– Originam-se pela acumulação de neve e sua compacta compactação por pressão 
transformando-a em gelo. 
– A primeira transformação ocorre com a neve acumulada remanescente que formam o firn 
ou nevéé – campos de neve. 
– As geleiras movem-se lentamente por deformação plástica ou, no caso de geleiras a 
temperaturas próximas do ponto de fusão, por deslizamento basal sobre um nível rico em 
água. 
– Quanto mais baixa a latitude, maior a altitude mínima para a formação de geleiras. Essa 
altitude mínima é denominada linha de neve, varia do nível do mar em áreas polares até 
mais de 5000 m próximo ao Equador. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– As condições necessárias para a formação de geleiras são temperaturas baixas e 
precipitação de neve. Em áreas onde a temperatura não permite o derretimento do gelo em 
nenhuma época do ano, mesmo pequenas precipitações de neve resultam em acumulação 
progressiva. Já em áreas em que a oscilação de temperatura resulta em derretimento de parte 
da neve acumulada na estação anterior, a formação de geleiras depende de altos valores de 
precipitação. 
– Geleiras são de altitude, de vale/alpinas, continentais e de circo. 
1. Geleira de altitude 
2. Geleiras alpinas ocorrem em vales elevados em cadeias de montanhas. Também 
denominadas geleiras de vale, caracterizam-se por formar ou ocupar vales pré-existentes 
nas encostas de montanhas, constituindo fluxos estreitos e alongados, com profundidade 
de até algumas centenas de metros. Apresentam fluxo mais rápido que as continentais, 
da ordem de dezenas de metros por ano, condicionado pela declividade elevada das 
encostas onde se formam. 
– Em regiões de baixas e médias latitudes, geleiras do tipo alpino são restritas às porções 
superiores dos vales, porém, em latitudes mais elevadas, tais geleiras podem alcançar o sopé 
das cadeias de montanhas, onde se espalham formando as chamadas geleiras de Piemonte. 
3. Geleira de latitude ou calotas polares ou Continental. 
– São massas de gelo típicas de áreas montanhosas e apresentam padrão dendrítico similar ao 
de um sistema de drenagem. 
– Cobrem extensas áreas e independem do relevo. 
3.1. Geleiras continentais são calotas, com espessuras de até 3500 m, que recobrem grandes 
áreas em regiões polares. Grandes massas de gelo sobre áreas continentais em altas 
latitudes, caracterizadas por ocupar grandes áreas, com o caso extremo da geleira 
continental da Antártica que chega a mais de 12.500.000 km2. 
– As velocidade de fluxo do gelo em geleiras continentais são menores que em geleiras 
alpinas, da ordem de alguns metros por ano, pois o fluxo é causado principalmente por 
diferenças de espessura entre a área central e as bordas da geleira, com interferência apenas 
local da declividade do fundo. O padrão defluxo característico de geleiras continentais é de 
dispersão radial. 
 
 
 
 
 
 
 
4. Geleiras em circo ocorrem nas cabeceiras dos vales glaciais ocorrem geleiras menores, 
com até 1km de diâmetro, de forma semicircular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. Iceberg Além das geleiras, plataformas de gelo sobre o mar, resultantes do aporte de 
geleiras na costa, podem constituir grandes acumulações de gelo em altas latitudes. Essas 
plataformas são formadas por gelo flutuante com centenas de metros de espessura, de forma 
diversa dos icebergs que delas se desprendem, estão ligadas a geleiras continentais. 
6. Permafrost acumulação de gelo em altas latitudes dá-se pelo congelamento 
permanente da água presente no solo. 
Vale Continental 
 
→ Ablação onde apesar do movimento constante, a posição da frente da geleira varia pouco, 
pois a acumulação nas regiões de origem é compensada pelos processos de ablação,principalmente o derretimento, nas regiões terminais da geleira, a altitudes ou latitudes mais 
baixas. 
– Assim, geleiras movem-se de áreas em que predomina a acumulação para áreas em que 
predomina a ablação. 
– A linha que separa essas duas áreas a chamada linha de equilíbrio, definida a partir da 
média de precipitação e ablação em todas as estações do ano. 
– A frente da geleira, onde a ablação é completa, é denominada de terminus. 
 
Pavimento estriado 
– À medida que a geleira movimenta-se, ela erode o substrato, arrancando blocos de 
diversos tamanhos e promovendo abrasão pela raspagem de blocos contra o fundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vale em U 
Continental 
– Os vales escavados por geleiras têm tipicamente fundo plano e laterais íngremes, com 
seção transversal em forma de “U” , diferentemente de vales fluviais que apresentam 
geralmente seção transversal em forma de “V”. 
 
Vales suspensos 
– Após o degelo, o fundo dos vales de geleiras tributárias encontra-se em cotas mais elevadas 
que o fundo do vale principal, caracterizando os vales suspensos, e os rios que ocupam esses 
vales após o degelo passam por corredeiras e cachoeiras para encontrar o rio do vale principal. 
→ Balanço de massa/mass balance 
– A manutenção da geleira depende do equilibro ou 
balanço entre a acumulação de neve e a perda de 
gelo por ablação. 
– O balanço pode ser positivo (o pode ser positivo 
(growth), negativo (net melting) ou neutro. 
– Zona de acúmulo (ganho de massa) 
– Zona de equilíbrio (massa constante) 
– Zona de ablação (perda de massa) 
– Acúmulo < ablação – margem da geleira em 
recuo. 
– Acúmulo > ablação – margem da geleira em 
avanço. 
– O limite entre as duas zonas denomina-se se linha 
de linha de neve ou linha de equilíbrio. 
– A estruturação de uma geleira se dá através de 
uma zona de acumulação ou zona de ablação. 
– Quanto mais frio ou maior precipitação tiver, mais 
baixa a linha de equilíbrio será. 
– Quanto menor a precipitação, sendo atmosfericamente mais fresco, a linha de equilíbrio 
subirá até o momento em que não terá mais geleira. 
– O ideal é que precipite muito no período glacial, para que a linha desça. No período 
interglacial a linha sobe. 
 
 
 
 
 
 
 
Zona de acumulação Zona de ablação 
Em vermelho = linha 
de equilíbrio 
 
 
– Se a massa de gelo acumula muito material, a tendência é que o material desça. Se a linha 
de crevasse subir, a geleira começa a diminuir e terá menos abrangência nos depósitos. 
– Se a linha de acumulação aumentar, a linha de crevasse irá avançar, tendo uma maior área 
coberta por depósitos de gelo. 
– Quando acumula mais, terá maior ação da gravidade, de forma que lentamente o material 
desça e seja erodido e avança. 
– Se precipita menos a linha de crevasse irá subir, tendo um menor volume de gelo e com isso 
um menor movimento e a área de baixo fica sem a ação do gelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Regime térmico 
– Influência do regime térmico na erosão e sedimentação e uma geleira. 
Base seca ou polar (fria) 
– Abaixo do ponto de degelo sob pressão 
– Deformação interna (fluxo plástico) 
Base úmida ou temperada (quente) 
– Acima do ponto de degelo sob pressão 
– Deslizamento basal 
Regime misto (subpolar) 
– Base seca em algumas porções e úmida em outras 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Fluxo glacial 
– Regime de fluxo em geleiras de base seca e de base úmida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Feições de erosão glacial 
– A erosão glacial dá origem a partículas de diversos tamanhos, e o movimento da geleira 
transporta essas partículas sem nenhuma seleção. 
– Assim, o transporte pelo gelo leva desde fragmentos na fração silte, gerados pela abrasão 
de rochas do substrato e dos próprios clastos transportados, até grandes blocos arrancados do 
substrato. 
Três processos principais 
1. Abrasão; 
2. Remoção de blocos; 
3. Ação da água de degelo. 
 
– Feições geradas pela erosão: 
A. Rocha moutonnée: Abrasão a montante (menor inclinação). Remoção de blocos a jusante 
(maior inclinação). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
B. Vale escavada e em formato de “U”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
C 
 
 
 
C. Estrias glaciais 
– Formas indicativas de direção de fluxo em superfícies de abrasão glacial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Processos dominantes 
– Outwash onde água do degelo pega o sedimento acumulado e lava a zona, ao final da 
geleira há sedimentos que estão no meio dela, envolvidos com gelo. A geleira pode subliminar 
ou ter o próprio degelo que vai acumular na frente do sedimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Transporte glacial 
Sedimentos podem acumular, nas bordas, base, no meio e dentro da geleira. 
Sedimentos transportados por geleiras são provenientes de duas fontes principais: 
1. Do substrato da geleira, quando incorporados por erosão subglacial 
2. A partir de encostas adjacentes no caso das geleiras de vale. 
– Quando englobadas pelo gelo, as partículas podem ser transportadas na 
zona sub-, supra- ou englacial. 
– Não há seleção granulométrica/mineralógica e os clastos são facetados, 
estriados e polidos. 
– Material basal: estriado e arredondado. 
– Material supraglacial: anguloso. 
Modelo de transporte de material glacial e tipos de cargas sedimentares 
1. Transporte supraglacial depósitos que ocorrem em cima da geleira. 
2. Transporte englacial depósitos que ocorrem no meio da 
glaciação/geleira. Os detritos supraglaciais podem derivar também das 
zonas sotopostas, sendo carreados para cima através de planos de 
cisalhamento formados por esforços compressivos nas margens 
estagnadas de geleiras. 
3. Transporte subglacial transporte e depósito que ocorre por baixo da geleira. Por estar em 
contato direto com o substrato, a zona subglacial é a que transporta maior quantidade de 
partículas. 
 
→ Ambientes e depósitos de morenas 
– Os depósitos de morenas englaciais e morenas da base à medida que fragmenta, crevasse e 
sublimando ao longo do gelo irá formar as morenas na frente da geleira e os sedimentos que 
estão dentro irão forma depósitos de outwash (a água que sai do gelo que está friccionando 
com a base, pega o sedimento transformando-o em jato e que será jogado na frente da geleira. 
– Se estiver junto da água irá jogar dentro do mar ou de algum corpo de água). 
– Os fragmentos transportados no fundo da geleira são denominados detritos subglaciais 
e as acumulações desses detritos formam as morenas basais. 
– Os detritos contidos no corpo da geleira são chamados englaciais e o material adicionado 
à superfície da geleira por deslizamento, queda ou fluxo de detritos das encostas adjacentes 
de um vale glacial compõe os detritos supraglaciais que formam as morenas laterais e 
centrais. As morenas laterais são formadas no contato entre a geleira e a encosta do vale, e 
as morenas centrais pela junção de morenas laterais quando uma geleira tributária aporta 
em uma principal. 
– Depósitos formados por ação direta de geleiras configuram feições conhecidas 
genericamente como morenas (moraines). 
– As morenas ocupam diferentes posições em relação à geleira e podem ser classificadas 
em terminais, laterais e medianas. 
– As morenas terminais formam-se pelo acúmulo de detritos nas margens estagnadas 
de geleiras à medida que há o degelo. Com o recuo da geleira, formam-se cristas que registram 
o limite máximo atingido pelas últimas fases de avanço glacial. 
– As morenas laterais e medianas são formas alongadas típicas de geleiras de vale. 
– As laterais formam-se pelo acúmulo de detritos junto às paredes dos vales. As morenas 
medianas desenvolvem-se ao longo da confluência entre duas ou maisgeleiras de vale através 
junção de suas morenas laterais. 
– Morenas são constituídas por sedimentos clásticos (till), comumente grossos, que na 
maioria das vezes apresentam baixa seleção granulométrica, aspecto maciço e abundância de 
clastos facetados e/ou estriados. 
 
Geoformas de deposição glacial 
 
 
 
2. Tipos de depósitos de Till 
– A produção das partículas que compõem o Till envolve a combinação de dois processos, 
abrasão e fragmentação, o que tende a gerar bimodalidade textural. Por isso, o aspecto mais 
comum do till é a presença de clastos de diferentes formas e tamanhos (de grânulos a 
matacões), dispersos numa matriz fina. 
– Till são clastos facetados e/o estriados de diferentes formas e tamanhos (grânulos a 
matacões) dispersos numa matriz fina. 
– Till – definição genética – diagênese = tilito. 
– Diamicto – definição descritiva – diagênese = diamictitos. 
2. 1. Till primários 
2.1.1. Till de alojamento deposita-se abaixo da geleira em movimento, submetido a 
deformação resultante do fraturamento imposto pelo gelo. 
– Detritos transportados na parte basal que alojam-se em irregularidades do substrato, pouco 
se deslocando apesar da geleira continuar em movimento, são corpos individuais pouco 
espessos (comumente < 3 m) e altamente compactados. 
– São geralmente maciços, mas devido às pressões cisalhantes exercidas pelo gelo podem 
apresentar fraturas e foliações cuja vergência indica o sentido do fluxo 
2.1.2. Till de sublimação formado sobre a geleira, em ambientes muito frios e secos, onde o 
gelo é perdido por sublimação. 
2.1.3. Till de derretimento ou till de ablação deposita-se pelo 
degelo lento do gelo enterrado estagnado, podendo assim preservar 
restos de estruturas englacias, gerando depósitos estratificados. 
– Formados pelo degelo, quando grande parte do material 
transportado na base da geleira é lentamente liberado com a fusão 
do gelo intersticial, são depósitos pouco compactados e 
frequentemente sem nenhuma orientação preferencial dos clastos. 
– Mesmo sendo mais espessos que os de alojamento, sua 
espessura é geralmente inferior a 10 m. 
2.1.4. Tilito de deformação é utilizado para designar tilitos que 
apresentam modificações estruturais provocadas por esforços 
cisalhantes causados pela geleira em movimento. 
 
2. 2. Till secundários 
– Till de fluxo formados pelo desprendimento de sedimento em porções supraglaciais a partir 
do escoamento de água do topo da geleira. 
– Till de defromaçao é formado a partir da deformação substancial de sedimentos subglaciais 
produzidos pelo arrasto da sola da geleira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Modelo glácio terrestre 
1. Subglacial 
– Deposição ocorre tanto no avanço quanto no recuo do gelo. 
– Tendem a se alojar em irregularidades do substrato, ficando protegidas da remobilização 
por outros processos, especialmente quando são recobertos por outros depósitos. 
– Altos gradientes na velocidade da corrente, feições de deslizamento e de deformação, 
contato entre grãos e dos com a base da geleira e abrasão muito eficiente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Glácio lacustre 
– Lagos situados em contato com as geleiras. 
– Depósito de varvitos, clástico, fino, rítmico, com alternância de estratos sílticos e argilosos 
– Fração grossa é transportada pela fundo na forma de sistemas de outwash subaquosos. 
– Fração fina entra em suspensão e decanta lentamente. 
– Fluxos hiperpicnais de fundo correntes de turbidez. 
– Registros mais importantes: seixos e matacões 
– Taxas de sedimentação são reduzidas. 
– Processos deposicionais: direcionados pelas descargas sazonais de água de degelo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. Flúvio Glacial/Glacio fluvial 
– Transporta e deposita sedimentos na frente das geleiras. 
– Sequências com engrossamento para o topo que refletem avanços da margem das geleiras. 
– Os sedimentos retrabalhados por água corrente não apresentam a má seleção 
granulométrica característica dos tilitos e diamictitos de fluxo gravitacional, pois o transporte 
das partículas pela água faz com que as partículas de silte e argila mantenham-se em 
suspensão, não sendo depositadas enquanto a corrente não encontrar um corpo de água 
estagnada. 
– Assim, depósitos de correntes aquosas são arenosos ou areno-conglomeráticos. 
– Além disso, apresentam estruturas sedimentares indicativas da ação da corrente no leito 
sedimentar, principalmente estratificação plano paralela e estratificações e laminações 
cruzadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Modelo glácio marinho 
– Chuva de detritos são icebergs e corpos de gelo que vão para dentro dos oceanos que ficam 
soltam uma carga de sedimento. Gera um turbidito e um fluxo turbidítico ou fluxo de detritos 
com seixos e grânulos com uma matriz arenosa. 
– Depósitos de tilitos e diamictitos. 
– Pode ser dividido em subglacial (dinâmica da geleira), proglacial proximal (margem da 
geleira) e proglacial distal (processos marinhos). 
– A água de degelo infiltra-se por fraturas e galerias, acumulando-se em lagos subglaciais 
ou reservatórios englaciais e estabelecendo correntes em túneis escavados no gelo. Esses 
túneis tendem a ser retilíneos, pois a sinuosidade é impedida pelas paredes de gelo, e 
alinhados de acordo com a direção de fluxo da geleira. Abaixo do terminus da geleira, 
as drenagens supra, sub e englaciais alimentam sistemas fluviais que remobilizam parte 
do sedimento depositado pelo gelo na região proglacial 
– Correntes de tração 
– Ressedimentação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– No contesto de contato do corpo de água terá uma zona subglacial, proximal e distal do 
sedimento. No modelo glácio marinho. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Fiordes 
– Fácies típicas: lamas e lamas pebbly 
– Descarga de água de degelo, fluxo de marés e a produção de ondas. 
– Pares finamente laminados de sedimentos grossos e finos derivados da pluma de sedimentos 
em suspensão. 
– Sedimentos fluviais grossos finos em direção ao mar. 
– Ressedimentação; C.T ativação de canais por slumps e talude influenciados pela ação 
glacial. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Plataforma continental gelo proximal ou Glacio continental 
– Fácies heterógenas com rápidas variações laterais e verticais, com 
geometrias de camadas irregulares. 
Intenso fluxo de água de degelo, complexa dinâmica estrutural 
causada pelo avanço da margem da geleira e do percurso de icebergs 
e pela liberação de grandes volumes de lama associados a água de 
degelo. 
– Sedimentos estão sujeitos a dinâmicas litorâneas e marinho raso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
– Na zona proximal as plataformas de gelo avançam durante o inverno. 
– Encontra sedimentos retrabalhados pelo oceano ou maré, como diamictito associados a 
chuva de grãos e fluxos subaquosos e subglaciais que geram o fluxo turbulento e 
ressedimentação. 
 
3. Talude Continental e Planície Abissal 
– Principais receptores de sedimentos glaciais e são preferencialmente preservados no registro 
geológico. 
– Slope = talude. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Fácies glaciais 
 
→ Diamictitos 
– Dentre os depósitos sedimentares produzidos, os diamictitos constituem litologia 
característica, podendo ser maciços ou estratificados. 
– Porém, diamictitos não são litotipos exclusivos de ambientes glaciais e podem ser 
produzidos também por processos sem nenhuma relação com geleiras. 
– A análise de fácies deve ser feita com cuidado, procurando-se sempre analisar as fácies 
em conjunto (associações de fácies) e buscar a identificação de elementos diagnósticos 
da presença de geleiras, tais como clastos estriados, pavimentosglaciais e seixos caídos 
(dropstones). 
– Os sedimentos depositados diretamente a partir do gelo são denominados depósitos 
glaciogênicos primários e são caracterizados por má seleção granulométrica, pois todos os 
fragmentos carregados pela geleira são depositados em conjunto. 
– O termo descritivo para sedimentos mal selecionados, contendo fragmentos da fração 
silte ou argila até seixos ou clastos ainda maiores, é diamicton, e a rocha formada pela 
litificação do diamicton é denominada diamictito. 
 
Critérios para distinção entre diamictitos subglaciais e subaquosos 
Propriedades Diamictitos subglaciais Diamictitos subaquosos 
Espessura Corpos individuais com 
espessura no geral 
inferior a 10m 
Corpos com espessura 
muito variável 
Estrutura interna Maciços, mas podem 
apresentar planos de 
cisalhamento e foliações 
Maciços, mas podem 
apresentar sutil 
estratificação 
Continuidade Baixa Variável 
Deformações 
Penecontemporâneas 
Estruturas 
glaciotectônicas ou de 
colapso 
Dobras de natureza 
gravitacional associadas a 
deslizamentos 
Contatos Bruscos Bruscos ou transicionais 
Fósseis Ausentes Macro microfósseis 
Fácies associadas Fácies de eskers e de 
leques de outwash 
Diversas: turbiditos, 
folhelhos, ritmitos com 
clastos caídos etc 
Orientação dos 
clastos 
Eixo maior: pode se 
orientar paralelamente ao 
fluxo glacial 
Geralmente sem 
orientação preferencial 
 
– Folhelhos, lamitos e ritmitos contendo clastos caídos são fácies diagnósticas de ambientes 
glaciais. 
– Formam-se por decantação de finos em ambiente marinho ou lacustre, com a presença de 
icebergs ou plataformas de gelo flutuante ricos em clastos transportados (ice-rafteddebris). 
– Ritmitos podem ser formados por correntes de turbidez de baixa densidade em ambiente 
glácio-marinho ou glácio-lacustre (turbiditos) ou por sedimentação sazonal em lagos glaciais 
(varvitos). 
– Entretanto, embora os processos que os formem sejam diferentes, a distinção entre 
turbiditos distais e varvitos nem sempre é fácil. 
– A principal diferença entre varvitos e turbiditos é a relação de espessura entre as camadas 
de cada par. 
– Nos turbiditos, ambas as frações granulométricas são transportadas para o sítio deposicional 
ao mesmo tempo, o que significa que as espessuras das duas camadas devem variar 
proporcionalmente. 
– Nos varvitos, por outro lado, a camada argilosa possui espessura constante pois depende 
somente do tempo de decantação e da profundidade da bacia, enquanto que a de silte/areia 
varia de acordo com duração e energia dos fluxos de fundo. 
– Embora o critério seja interessante, nem sempre é válido, pois a proporção de argilas 
depende da posição em relação aos lobos turbidíticos, que mudam de posição com o tempo. 
 
→ Modelo evolutivo 
– Depósitos glaciais são importantes para paleoclima e não é importante em termos 
econômicos ou de reservatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Associações de fácies glaciais no continente 
 
 
→ Associações de fácies glaciais marinhas 
 
5. Sistema/Ambiente Deltaico/Delta 
– Controlado por processo tanto subaéreo quanto subaquoso. 
– Caráter progradante. Recebe sedimento principalmente de fluviais. 
– Sedimentação por transporte fluvial, com possível retrabalhamento de energia 
de ondas ou maré. 
– Delta é um ambiente situado junto a desembocadura de um rio em um corpo 
de água, como oceano, mar ou lago. 
– É formado quando a deposição de sedimentos carreados pelo rio ocorre mais 
rapidamente do que o retrabalhamento destes sedimentos pela dinâmica do meu que os recebe. 
– Local de sedimentação significativa, onde um rio encontra um lago (delta lacustre) ou 
oceano (delta marinho). Ocorre o avanço da linha de costa sobre o corpo de água 
(progradação). São controlados por processos tanto subaéreos quanto subaquosos, de caráter 
progradante, recebendo sedimentos principalmente fluviais, ou seja, sedimentação por 
transporte fluvial, com possível retrabalhamento de energia de ondas ou maré. 
– Segundo Bates, os deltas podem ser submarinos (fluxo hiperpicnal, inércia e bypass dos 
sedimentos), do tipo Gilbert (fluxo homopicnal, fricção com alto grau de mistura) ou 
litorâneo marinho (fluxo hipopicnal, suspensão e pluma suspensa). Já segundo Galloway um 
delta pode ser dominado por rio (alongado com influxo de sedimentos), por maré (estuarino 
com fluxo de energia de maré) e por onda (em cúspide com fluxo de energia de ondas). 
– Exemplo de delta: Nilo. 
– Feição de um delta é de engrossamento para o topo. 
– O delta só existe se o fluxo de sedimento ganhar do processo de retrabalhamento. 
– Linha da baía é quando o distribuidor deixa de ser unitário e passa a ser múltiplo. O que 
marca essa linha é quando o canal principal passa a ter vários canais distributários. 
– Quando há vários distributários, a planície deltaica inferior (com o limite de baía e a linha 
de costa) e a planície deltaica superior é até a linha de baía. 
– A linha de costa é uma linha imaginária. Onde o sedimento sai da planície e vai para a 
condição litorânea propriamente dita. Solta a carga no oceano. 
– Na zona deltaica inferior terá: 
1. Canal distributário = zona de extravasamento. 
2. Barra de desembocadura = canal propriamente dito. 
3. Dique marginal = bordas do canal. 
 
→ Diferença entre delta e outros ambientes deposicionais 
– Leques aluviais: ambiente subaéreo. Fan deltas ambiente subaquoso. 
– Leque submarino: ambiente subaquoso. 
– Estuário: caráter transgressivo. Recebe sedimentos principalmente marinho. 
– Ilha barreira: sedimentação por transporte ao longo da costa (energia de ondas). 
Sedimentos oriundos da área costeira. 
 
→ Delta e seus subambientes 
Subdivisão baseada no processo autuante: 
– Planície deltaica: processos fluviais. Subaérea de processos fluviais, com canais 
distributários (iniciam-se no ponto de avulsão, bifurcação e sua quantidade depende da 
interação entre a descarga do rio e os processos marinhos) e planícies inter distributárias e é 
subdividida em superior e inferior. 
– Frente deltaica: processos fluviais e de bacia. Composta pela barra de desembocadura, 
barra distal, dique marginal e cabal distributário submersos e pela face de praia (delta 
dominado por onda). 
– Pro delta: partes finas que vem em suspensão, a partir da frente deltaica ou do próprio 
sistema marinho que está depositando. Fácies de folhelho com participação de areia e 
intercalações entre folhelho e arenito. Área onde sedimentos finos são depositados por 
suspensão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Fatores e processos controladores de deltas: resultam da atuação do clima e tectônica, 
aliados às características da bacia receptora e da área fonte. 
1. Fluxo/delta homopicnal: dominado por fricção. Alto grau de mistura. Densidade do meio 
transportador (rio) é praticamente igual à do meio receptor. 
2. Fluxo/delta hiperpicnal ou submarinos: dominado por inercia. Bypass dos sedimentos. 
Densidade do meio transportador é maior que a do meio receptor e, desse modo, os 
sedimentos são carreados junto ao substrato por correntes de turbidez. Neste caso, não se 
formam verdadeiros deltas, mas sim leques submarinos que se depositam ao sopé dos taludes 
continentais, nas desembocaduras de canhões submarinos 
3. Fluxo/delta hipopicnal ou marinhos litorâneos: dominado por suspensão. Pluma 
suspensa. Densidade do meio transportador é menor que a do meio receptor e, dessa maneira, 
os sedimentos movem-se pela superfície do meio mais denso. Esta situação é mais 
característica dos deltas originados por rios que deságuam em mares e oceano. 
– Delta geralmente é homopicnal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Classificação de deltas por (Galloway,1975) 
– O resultado final é o tipo de bacia receptora. 
1. Dominado por onda sedimento que chega é retrabalhado por onda.– Pode ser isolado por ilha de barreira resultado em lagunas. Na porção mais próxima do 
continente é preenchido pela progradação de deltas de baía. 
– Porção próxima a barreira é preenchido por depósito de leque de lavagem associado a 
tempestade. 
– Ao lado da desembocadura do rio forma-se cordões litorâneos, que em essência são 
depósitos de praia. 
– Exemplo São Francisco. 
– Estratificação cruzada Hummocky. 
– Arenito médio com ripples. 
– Argila. 
– Ilhas de barreira, faces de praia e de tempestade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Dominado por maré sem ação de onda e o sistema fluvial não tem capacidade de transpor 
a ação da maré. 
– Maré acima de 2 - 4m (macro maré). 
– Sedimento é trazido do continente pelo rio. 
– Pode encontrar feldspato vindo do continente, que pode ficar preservado na 
barra. 
– Estuário com pouca ligação com o continente. 
– O sedimento que chega é da deriva litorânea. 
– Sedimentos maduros, mais arredondados de segundo ciclo, não acha 
feldspato e sim sedimentos pesados. 
– A planície deltaica é uma planície de maré, as barra são planície de maré e 
a estratificação cruzada possui duas direções (espinha de peixe) com direções 
de corrente são diferentes. 
 – Fluxo a montante e a jusante associado a variação de maré. 
– Com muita lama entre as barras de maré, intercalação entre areia e lama de 
maré ativa e maré passiva. 
– Retrabalhamento em maior ou menor grau dos elementos anteriores. 
– Arenito sigmoidal unidirecional e estratificação cruzada acanalada. 
– Siltito com wavy e linsen. 
– Argilito de base plataformal. 
 
3. Dominado por rio sem grande ação de onda ou maré, o sedimento 
preenche o espaço. 
– Depósito de inundação. 
– Depósito de rompimento de dique marginal (crevasse splay). 
– Depósito de canal de rompimento. 
– Fácies de canal, de extravasamento e barras 
– Exemplo Mississipi. 
– Arenito grosso com estratificação cruzada acanalada. 
– Intercalação de argila e areia fina a média com estrutura de carga e 
geometria sigmoidal. 
– Argila na base. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Intercalação de siltito, arenito e lamito 
com climbing ripples e ripples de onda. 
 
Lamitos ou siltitos laminados. Maciço ou 
gradação normal. 
 
Delta dominado por rio 
 
Delta dominado por onda 
 
Típica sucessão: 
Lamitos offshore passando para 
depósitos de faces de praia 
(shoreface), podendo ser 
capeador por depósitos de 
laguna. 
Arenito grosso, maciço ou com estratificação 
cruzada do tipo festão em grande escala, 
estratificação sigmoidal, estratificação plano-
paralela e ripples por onda. HCS (hummocky) 
relacionada a tempestade. 
 
Delta dominado por maré 
 
 
 
 
 
 
 
→ Contribuição de Coleman e Wright (1975) 
 
 
. 
 
 
 
 
 
 
 
→ Modelo de Fisher et al. (1969) 
1. Delta destrutivo: Delta feições negativas e positivas ou deltas construtivos e retrabalhadas. 
– Fácies de influência marinha. 
– Pode ser dividido em Cúspide ou cuspidado, predominância de ondas e Franja ou franjado 
que é dominado por marés. 
 
2. Delta construtivo: sistema dominado por rio, onde a carga de sedimento forma a letra 
delta. 
– Devido a linha de costa avançar para o oceano. 
– Terá progradação e regressão. 
– Fácies fluviais: lobados e alongados. 
 
3. Sistema deltaico dominado por onda terá regressão e o sistema de delta será fortemente 
impactado pela a ação da maré ou das ondas. 
O que diferencia um delta dominado por onda ou 
influenciado maré é a direção da paleocorrente oposta, 
associada a maré e drap de lama nos depósitos. 
 
Delta dominado por maré, intercalação entre areia e lama. 
Com bimodalidade e duas direções de corrente. 
 
Delta dominado por onda, quase não tem lama e é 
dominado por retrabalhamento por onda e cordão litorâneo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Classificação de Orton e Reading (1993) 
– A maré não tem capacidade de retrabalhar cascalho, nunca existirá um delta de maré 
cascalhosa. Delta com cascalho pode ter delta por ondas ou rio. 
– Não existe delta dominado por onda com argila e silte. Devido este material ser retirado 
pela ação da onda. 
 
→ Litologia inferida de um delta – previsão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Modelo progradacional é o que caracteriza um delta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Superfície de bypass, o sedimento passa e desacelera, a planície deltaica está vindo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Delta em rampa é raso, devido não conseguir depositar muito sedimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Deformação sin deposicional 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Deslizamento rotacional 
– Movimentação de grandes volumes de sedimentos segundo planos de inclinação variável. 
– Gera mudança no relevo do delta, na forma de degraus irregulares. 
 
→ Importância dos diápiros de lama: são feições associadas a falhas, tanto na zona proximal 
quanto na distal. 
– Causam variação na espessura das camadas superiores, influenciando potenciais 
reservatórios. 
– Comum em deltas são as mini bacias, onde as areias pesam tanto que a lama sobe e gera um 
buraco que a areia começa a preencher, gerando um ótimo reservatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Dobra por sobre carga de sedimentos (não é tectônica). Em alguns lugares pode gerar zona 
de extensão, que pode ser chamado de mini bacia ou diapirismo de folhelho ou empurrão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. Sistema/Ambiente Planície de Maré 
– influência de marés. 
– Sem que conexão com o sistema fluviais. 
– É sem nenhum sistema fluvial alimentando. 
– Ambiente formado por regiões protegidas ao longo da costa, 
onde não há ação de ondas. 
– Comunicação entre o oceano e a zona continental é através 
de um canal estuarino, que é pouco significativo e dominado 
pela maré. 
– Na planície de maré os folhelhos são mais rasos e as areias 
mais profundas. A lama que fica exposta. 
– Processos: Força que é centrípeta/gravitacional. Fenômeno 
gravitacional que faz com que as massas de água se movimentem. 
1. Maré de sizígia (spring tide), com duas forças interagindo. 
2. Maré de quadratura (neap tide), com menores marés ou sem marés. 
– Quanto mais próximo estiver da zona equatorial maiores serão os vetores, tendo macro 
maré (em vermelho e amarelo) fica tudo alinhado. 
– Quanto mais próximo dos polos os vetores ficam menores ou nulos, tendo micro maré, 
tudo está desalinhado, como se uma força anulasse a outra, levando as marés a diminuírem. 
– No centro tem as mesomarés. 
– Exemplo Europa tem de macro maré a mesomaré. 
– A energia faz com que a massa de água suba muito, 
tanto redução do espaço e gravidade influenciam na 
macro maré. Como os locais perto do canal da Mancha, 
que tem macro maré. 
– Apresentam intercalação entre estratos arenosos e 
pelíticos; corpos arenosos pouco espessos, mensurados 
verticalmente e com grande continuidade lateral. 
– Os sedimentos adjacentes ao canal de maré são 
arenosos, gradando para argilas em direção à linha de 
maré alta e as argilas podem apresentar características 
capeadoras sobre os arenitos e gerar uma 
descontinuidade vertical entre reservatórios. 
 
→ Sistemas deposicionais influenciados pela maré 
– Maré depende da condição da posição latitudinal do local, depende de constrição no espaço 
para que a força da maré possa se concentrar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Influência fluvial quase chegando ao fim ou não tem 
– Onda e maré para que fique preservado e tenha uma característica específica deve abandonar 
o delta. 
– Estuário dominado por onda e por maré a influência fluvial é pequena, os sedimentos são 
provenientes da deriva litorânea. Pouco sedimento proveniente de rio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Processos e fácies de planície de maré 
– Estruturas