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202031_174029_Aula 6 - Sistema Cardiovascular I

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Prof. Renato Sathler Avelar
Sistema Cardiovascular Parte I: 
Hemodinâmica
INTRODUÇÃO
Funções do Sistema Cardiovascular
Ø Transporte de O2 (Pulmões → Tecidos) e CO2 ( Tecidos → 
Pulmões) 
Ø Transporte de nutrientes
Ø Distribuição de hormônios (coordenação)
Ø Termorregulação 
Ø Manutenção da pressão arterial 
Ø Transporte de células do sistema imune 
INTRODUÇÃO
Revendo a anatomia
Ø Constituído por uma bomba muscular (coração), tubos 
condutores para a distribuição e coleta (artérias, arteríolas, 
metarteríolas e veias) e uma rede de vasos finos para as 
trocas (microcirculação). 
Ø O coração apresenta 4 câmaras: 2 átrios e 2 ventrículos 
(esquerdos e direitos) → 2 bombas distintas (coração direito 
e esquerdo) 
- Coração direito: transporta sangue venoso para a 
pequena circulação (Circulação pulmonar)
- Coração Esquerdo: transporta sangue arterial para a 
grande circulação (Circulação sistêmica)
HEMODINÂMICA
O circuito do sangue
Circulação Pulmonar 
(Pequena Circulação)
Circulação Sistêmica
(Grande Circulação)
HEMODINÂMICA
Microcirculação
HEMODINÂMICA
Velocidade do sangue
Ø É a razão entre o deslocamento de uma dada partícula 
sanguínea e o intervalo de tempo (cm/s). 
Ø Quanto maior a área de secção maior o fluxo sanguíneo. 
(Fluxo ≠ Velocidade, mas diretamente relacionados) 
Velocidade na 
artéria
Velocidade na 
microcirculação>
V = Q/A
Arteríolas 
(Ação do SNA simpático e 
substâncias vaso ativas)
[V = velocidade (cm/s); Q = Fluxo (mL/min); A = Área (cm2)] 
HEMODINÂMICA
Velocidade do sangue
Maior 
complacência
Fluxo 
constante
HEMODINÂMICA
Velocidade do sangue
Ø As características histológicas dos vasos influenciam a 
velocidade do sanguíneo. 
HEMODINÂMICA
Ø Fluxo sanguíneo laminar: Em condições normais o fluxo 
sanguíneo é laminar (maior velocidade nas lamelas centrais e 
menor velocidade nas lamelas próximas do parede do vaso). 
Ø Fluxo sanguíneo turbilhonar: Alteração no fluxo laminar
Ø Fatores que interferem no fluxo laminar:
- Velocidade (velocidade crítica)
- Vasodilatação
- Vasoconstrição
- Trombose
- Aterosclerose
- Aneurisma
- Bifurcações
Velocidade do sangue
HEMODINÂMICA
Ø Fatores que influenciam a velocidade
ü Resistência periférica (RP): Atrito do sangue que toca 
a parede do vaso.
ü Resistência em série
üResistência paralela
Velocidade do sangue
A velocidade na qual o sangue flui através dos vasos 
depende da velocidade inicial (Pressão sistólica) e da 
“perda” de energia cinética em calor ao longo do percurso 
(resistência).
- Resistência periférica total (sistêmica)
- Resistência do órgão
Q = ∆P/R
Q = Fluxo (mL/min)
∆P = Diferença de pressão (mmHg)
R = Resistência (mmHg/mL/min)
HEMODINÂMICA
Resistência em série: 
- Circulação sistêmica e 
pulmonar.
- Aorta, artéria muscular, 
arteríola, metarteríola
Resistência em paralelo: 
- Circulação dos diferentes 
órgãos
Rtotal= R1 + R2 +…..Rn
1/Rtotal= 1/R1 + 1/R2 +…..1/Rn
HEMODINÂMICA
Pressões no sistema 
cardiovascular
PS: Pressão Sistólica (Máxima) = 
Pressão exercida na artéria no final 
da sístole.
PD: Pressão diastólica (Mínima) = 
Pressão exercida na artéria no final 
da diástole. 
PAM = PD + 40% (PS-PD)
Alterações na PAM
Estreitamento da 
vávula aórtica
Espessamento e 
endurecimento da 
parede arterial
HEMODINÂMICA
Diferença de pressão durante a circulação do sangue
HEMODINÂMICA
HEMODINÂMICA
Capacitância dos vasosComplacência
Volume de sangue nos diferentes compartimentos 
vasculares (Volemia)
O CICLO CARDÍACO
Ø Frequência cardíaca = 72 batimentos por minuto (BPM) 
 (3 bilhões de batimento na vida)
Ø Ambos os ventrículos, esquedo e direito, são igualmente 
importantes na fisiologia do sistema cardiovascular. 
Ø Apesar de terem espessuras diferentes, ambos possuem o 
mesmo débito cardíaco (pressão diferentes).
DC direito maior que o DC esquerdo → EDEMA PULMONAR
DC esquerdo maior que o DC direito → EDEMA SISTÊMICO
Ø Débito cardíaco (DC) corresponde ao volume de sangue, em 
l i t ro, que o coração bombeia por minuto (5 l i t ros) → 
Normalmente é igual ao retorno venoso
DC = FC x VS
Obs: O significado fisiológico dos átrios, como bombas, é muito menor que o dos 
ventrículos. Doenças em que os átrios fibrilam podem ser compatíveis com a vida. 
O CICLO CARDÍACO
Permitem que o coração crie 
ambientes de alta e baixa pressão.
Ø Duas válvulas estão presentes em cada câmara cardíaca 
(Trabalham alternadamente, ora as duas estão fechadas ora 
uma encontra-se aberta e a outra fechada.)
Ø A abertura e o fechamento das válvulas são influenciados 
pela diferença de pressão criada dentro das câmaras cardíacas. 
Ø A di ferença de pressão se dá pelos movimentos de 
contração (SÍSTOLE) e relaxamento (DIÁSTOLE) da 
musculatura cardíaca. 
As vávulas cardíacas são fundamentais para o 
funcionamento do coração.
O CICLO CARDÍACO
SÍSTOLE
Ø Contração isovolumétrica: A contração já começou mas as 
válvulas permanecem fechadas → Aumento da pressão no 
interior do ventrículo sem alteração do volume
Ø Ejeção ventricular máxima: Abertura das válvulas aortica e 
pulmonar → Ejeção de sangue pela grande e pequena 
circulação (a contração continua elevando a pressão para 
25mmHg no VD e 120 mmHg no VE). 
Ø Ejeção ventricular reduzida: O fluxo sanguíneo se mantém 
em direção às artérias, mas com pressão e fluxo reduzidos 
(inertância) → Queda na pressão ventricular e fechamento da 
válvula.
Obs: O aumento da frequência cardíaca reduz/elimina a fase de ejeção 
ventricular reduzida → Redução no volume diastólico final → Redução do 
débito cardíaco.
O CICLO CARDÍACO
DIÁSTOLE
Ø Relaxamento isovolumétrico: Relaxamento progressivo do 
ventrículo com todas as válvulas fechadas → Queda na 
pressão ventricular (0 mmHg)
Ø Enchimento diastólico rápido: Aberturas das válvulas 
atr ioventr iculares → Sangue f lui rapidamente para os 
ventrículos devido ao ambiente de baixa pressão. 
Ø Enchimento diastólico lento: Sangue no interior dos 
ventrículos aumenta a pressão e o fluxo fica mais lento.
Ø Contração atrial: Num último reforço os átrios se contraem, 
terminando o enchimento dos ventrículos.
O CICLO CARDÍACO
O CICLO CARDÍACO
Representação gráfica da alteração da pressão e do 
volume ventricular durante a sístole e a diástole
Relaxamento 
isovolumétrico
Contração 
isovolumétrica
Ejeção ventricular
Enchimento 
ventricular
O CICLO CARDÍACO
Representação gráfica da alteração da pressão e do 
volume ventricular durante a sístole e a diástole
Retorno venoso aumentado 
resultado em elevação do 
volume diastólico final 
(Pré-carga)
AUMENTO PRÉ-CARGA → 
AUMENTO DO DÉBITO 
SISTÓLICO 
Aumento da pressão aórtica 
(Pós-carga)
AUMENTO PÓS-CARGA → 
REDUÇÃO DO DÉBITO 
SISTÓLICO
Aumento da contratilidade 
durante atividade física com 
diminuição da pré-carga 
AUMENTO DO DÉBITO 
CARDÍACO → 
DIMINUIÇÃO DO VOLUME 
SISTÓLICO FINAL

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