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BIOPSIA NA ODONTOLOGIA

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3
Curso EAD
Estomatologia
BIÓPSIA E EXAME HISTOPATOLÓGICO 
Conceitualmente, biópsia é o procedimento cirúrgico a partir do qual se remove um 
fragmento do tecido de uma lesão para análise. Indica-se este procedimento em determinadas 
situações em que não foi possível a obtenção do diagnóstico apenas pela avaliação clínica, sendo a 
biópsia necessária para o diagnóstico definitivo e fundamental para o início do tratamento.
INDICAÇÕES: 
A biópsia deve ser realizada após o minucioso exame clínico em casos onde:
1. a avaliação clínica não dá apoio para diagnóstico definitivo;
2. há suspeita de neoplasia maligna (câncer);
3. o curso clínico1 é incoerente com diagnóstico inicial;
4. lesões persistentes por mais de 2 semanas (lesões ulceradas), lesões inflamatórias que 
não regridam após 10-14 dias posteriores à remoção da causa;
5. lesões que interfiram na função local;
6. lesões ósseas ou intraósseas.
CONTRA INDICAÇÕES: 
1. Quando o diagnóstico definitivo pode ser obtido apenas com o exame clínico (ex: herpes, 
afta, candidíase). Na afta, em particular, o exame microscópico vai mostrar um processo 
inflamatório que em nada difere do que seria visto em um caso de úlcera traumática, 
sendo observado apenas um processo inflamatório crônico sem nenhuma característica 
que permita a distinção entre essas situações, ou seja, processo inflamatório inespecífico.
2. Em pacientes sem oportunidade ou condições de se submeter a procedimentos cirúrgicos. 
3. Lesões vasculares (hemangioma2). Frente a suspeita de lesão vascular deve ser avaliada a 
extensão da lesão e, caso seja realmente necessária a realização da biópsia, o profissional 
deve lembrar que esses casos requerem maior cuidado devido ao risco de sangramento 
descontrolado.
4. Quando o diagnóstico definitivo depende de exames hematológicos. Um exemplo para 
esta situação é a sífilis, cujo diagnóstico é estabelecido a partir de exames de sangue como 
o VDRL e FTA-ABS.
1 Comportamento da lesão, a forma como ela vai se modificando ao longo do tempo.
2 Tumor benigno que apresenta proliferação de vasos sanguíneos e que será abordado no modulo de lesões proliferativas. 
4
Curso EAD
Estomatologia
TIPOS DE BIÓPSIA: 
INCISIONAL/PARCIAL: 
Caracteriza-se pela remoção de 
um fragmento da lesão, o qual será 
submetido ao exame histopatológico 
(avaliação microscópica). Indicada em 
lesões múltiplas, lesões extensas e lesões 
com suspeita de neoplasia maligna. Neste 
último exemplo, a opção por este tipo de 
procedimento se justifica pelo fato de o 
paciente precisar de um tratamento subsequente, que será realizado por algum profissional da área 
médica, sendo importante uma avaliação da lesão por esse profissional. 
Sugere-se que a área de eleição da região a ser biopsiada e a extensão (quantidade de tecido 
removido) envolvam tecido sadio da margem da lesão, permitindo a visualização da relação da lesão 
com os tecidos vizinhos e evitando áreas de necrose. Em casos de lesões friáveis (lesões em que o 
tecido se rompe com facilidade), deve-se tomar cuidado para não lesar o espécime e lança-se mão de 
sutura na borda de tecido normal, facilitando o controle de sangramento local e melhor fechamento 
da área. 
ORIENTAÇÕES GERAIS
Fragmento de tecido indesejável: incisão rasa, remoção muito superficial da lesão sem 
poder verificar a relação com tecido vizinho sadio (neoplasias malignas invadem tecido vizinho, 
neoplasias benignas não invadem). 
Fragmento de tecido desejável: incisão estreita e profunda, removendo uma margem de 
tecido sadio.
Figura 1. Desenho esquemático demonstrando fragmento de tecido obtido em uma 
biópsia parcial. Fonte: Pippi et al. (2006)
Figura 2. Exemplos de casos em que as lesões têm indicação de biópsia incisional (parcial). A) Nota-se extensas placas brancas entremeadas com áreas 
atróficas em bordo lingual. As hipóteses de diagnóstico foram de leucoeritroplasia (desordem potencialmente maligna que será discutida nos módulos 3 e 9) x 
carcinoma espinocelular (lesão maligna que será abordada nos módulos 4 e 10). B) Múltiplos nódulos com aspecto moriforme (aspecto superficial que lembra 
uma amora) localizados em palato, cuja hipótese foi de lesão granulomatosa (infecciosa) x carcinoma espinocelular. Em ambos os casos a biópsia incisional foi 
indicada tanto pela extensão da lesão quanto pela presença do carcinoma espinocelular no diagnóstico diferencial. 
5
Curso EAD
Estomatologia
BIÓPSIA EXCISIONAL:
Exame complementar com finalidade de 
obtenção do diagnóstico onde se retira toda a lesão 
para exame histopatológico. Cabe ressaltar que o 
objetivo é estabelecer o diagnóstico, mas acaba-
se tratando a lesão concomitantemente, pois ela é 
removida. Indicada para lesões isoladas, pequenas, 
sem suspeita de malignidade (neoplasias benignas e 
lesões inflamatórias). Para lesões reacionais (causadas 
por agente irritativo3 como trauma) deve-se remover o 
agente causal evitando a recidiva da lesão. 
ORIENTAÇÕES GERAIS
Biópsia indesejável: bordas laterais e/ou profundas comprometidas, deixando lesão residual.
Biópsia desejável: remoção total da lesão, bordas laterais e profundidade adequadas. 
Incisões elípticas, profundidade suficiente removendo a lesão como um todo.
INSTRUMENTAL E MATERIAIS UTILIZADOS NA BIÓPSIA DE TECIDO MOLE:
Abaixo, listamos o material e o instrumental necessário a realização de uma biópsia simples 
de uma lesão de tecidos moles. Além destes itens, é interessante utilizarmos anestésico local, 
de preferência com vasoconstritor (cuidar contraindicação a vasoconstritores4 adrenérgicos – 
pacientes cardiopatas).
Figura 3. Desenho esquemático demonstrando fragmento de 
tecido obtido em uma biópsia total. Fonte: Pippi et al. (2006)
3Agente irritativo: o hábito de morder repetidamente a bochecha, um dente ou prótese fraturados que fiquem machucando bochecha, língua ou outra parte 
da boca podem ser considerados fatores irritativos, ou seja, agentes que produzem lesão na boca.
4Vasoconstritores: substâncias que atuam promovendo o fechamento dos vasos sanguíneos de forma a aumentar o efeito anestésico e auxiliar no controle do 
sangramento (hemostasia). Diferentes substâncias podem ser incluídas no anestésico para obter esse efeito. A adrenalina (epinefrina) é uma das substâncias 
mais utilizadas, sendo indicadas pelo nome vasoconstritor adrenérgico.
Figura 4. Exemplos de lesões com indicação de biópsia excisional (total). Em ambas as imagens nota-se lesão nodular, única, de limites bem definidos, cujas 
hipóteses de diagnóstico são de lesões de natureza benigna, como fibroma, hiperplasia fibrosa e granuloma piogênico, assuntos do módulo 6.
6
Curso EAD
Estomatologia
Instrumental para biópsia
• Odontoscópio
• Pinça
• Sonda exploradora
• Seringa carpule
• Descolador (sindesmótomo) - Pode ser espátula de cera nº7
• Cabo de bisturi 
• Pinça hemostática (curva e reta)
• Pinça Allis
• Pinça de Adson (com dente e sem dente) mais delicada
• Pinça Backhaus
• Porta agulha delicado (com videia)
• Tesoura Metzembaum (ponta romba)
• Tesoura (ponta fina)
• Cureta de Lucas
• Cubeta metálica
PUNÇÃO ASPIRATIVA POR AGULHA FINA (PAAF): 
A PAAF é também conhecida por biópsia aspirativa e representa a obtenção de material 
através de uma punção, com agulha e seringa, para aspirar o conteúdo. Método simples, rápido 
e seguro, que permite a retirada de células de nódulos ou lesões em diversos órgãos e tecidos 
superficiais ou profundos, através de uma agulha fina, não sendo necessária anestesia ou qualquer 
preparo prévio na maioria dos casos. Em Estomatologia, é mais indicada em lesões sólidas em 
glândulas salivares e em linfonodos aumentados com características neoplásicas. O material obtido 
pode ser líquido caso o nódulo tenha componente cístico, ou tecido proveniente da lesão, caso 
o nódulo seja totalmente sólido. A coleta do material se dá através da introdução de uma agulha 
fina diretamente no nódulo ou tumor a ser examinado. O desconforto gerado é semelhante ao da 
introduçãode uma agulha anestésica. Nos casos de nódulos profundos, a ultrassonografia pode 
guiar a localização exata da lesão.
Resultados: muitas vezes norteia a conduta clínica e as decisões terapêuticas, como descartar 
ou confirmar a presença de malignidade. 
Indicação: lesões submucosas, subcutâneas e profundas em que o procedimento de biópsia, 
muitas vezes, representa uma grande cirurgia sem diagnóstico definitivo e consequentemente sem 
subsídios, além das informações clínicas e dos exames de imagem.
Embora não permita a avaliação morfológica dos tecidos, pode ser a responsável 
por definições e decisões terapêuticas decisivas no prognóstico dos pacientes. Não é 
muito utilizada na rotina de Estomatologia, tendo indicação bem específica.
7
Curso EAD
Estomatologia
MÉTODOS ASSOCIADOS COM A BIÓPSIA: 
• Bisturi com lâmina 15 (“bisturi a frio”): 
é o instrumento convencional (Figura 
6A).
• Eletrocirurgia (bisturi elétrico): 
favorece a remoção e é útil para 
se obter hemostasia. Geralmente 
utilizado em lesões de palato, onde 
a sutura é dificultada, deixando uma 
margem cruenta e consequentemente 
uma cicatrização por segunda intenção. 
• Punch: dispositivo com ponta ativa 
com lâmina circular que possibilita a remoção de um fragmento da lesão com formato 
cilíndrico (Figura 6B).
• Curetagem, para lesões intraósseas. 
• Saca bocado, utilizado para palato mole e região posterior da boca com difícil acesso 
(Figura 6C).
• Biópsia aspirativa por agulha fina.
BIOSSEGURANÇA EM BIÓPSIA: 
Respeitar os princípios de biossegurança é fundamental. O cirurgião deve fazer uso de 
todos os recursos e de todos os procedimentos que forem necessários à diminuição do risco de 
contaminação do campo e da ferida cirúrgica. 
Dentre eles destacamos:
• utilizar Equipamento de proteção individual (EPI): gorro, máscara, luvas estéreis, avental, 
propés, óculos;
• realizar antissepsia extrabucal com clorexidina 2% ou iodopovidona (PVPI), e intrabucal 
com clorexidina 0,12%;
• utilizar campo cirúrgico estéril sobre a mesa operatória e sobre o paciente;
• instrumentos utilizados devem estar estéreis.
PASSOS CIRÚRGICOS: 
1. Anestesia: bloqueio da inervação regional. Infiltração terminal perilesional5. Cuidar para 
não infiltrar anestésico no tecido avaliado, pois esse pode distender e modificar o tecido, 
prejudicando a avaliação histopatológica.
2. Estabilização dos tecidos: realizada pelo assistente com os dedos, ou através de suturas 
de tração com fio grosso ou clipes de toalha. Favorece exposição da lesão, facilitando o 
trabalho do cirurgião.
3. Incisão: deve ser realizada com lâmina nova, com fio apropriado, através de duas incisões 
elípticas em V conectando as incisões na base da lesão. Deve ser realizada paralela às 
fibras musculares, minimizando lesões em nervos, artérias e veias. Secção na base da 
lesão com tesoura delicada de ponta fina, removendo a peça.
5Perilesional: em torno da lesão.
Figura 6. Diferentes recursos auxiliares que podem ser utilizados para 
auxiliar a realização de biópsias: cabo de bisturi com lâmina (A), punch de 
biópsia, demonstrando o seu método de utilização (B) e pinça saca-bocado 
(C).
A
B C
8
Curso EAD
Estomatologia
6Divulsão: descolamento do tecido dos planos subjacentes, o que favorece o procedimento da sutura (“dar pontos”) e o fechamento da ferida sem criar tensão 
excessiva nos tecidos vizinhos.
7Cicatrização por segunda intenção: processo de reparo onde não se consegue aproximar as bordas da ferida, ficando um espaço que terá que “fechar de dentro 
pra fora”.
8 Artefatos de técnica: são distorções provocadas no tecido que podem influenciar na análise microscópica, levando a uma interpretação errada do material 
estudado.
1. Hemostasia: gazes estéreis e aspiradores de sucção.
2. Manipulação do tecido: deve-se coletar quantidade significativa de tecido para análise 
posterior, cuidando para não danificar, romper ou dilacerar o tecido. Não usar pinças de 
apreensão, podendo criar artefatos de técnica6.
3. Identificação das margens na peça removida: marcação das margens com fio de seda, 
utilizada em lesões tumorais, indicando ao patologista o limite de tecido saudável.
4. Fechamento cirúrgico: divulsão7 dos tecidos da margem (insere-se a tesoura de ponta 
romba paralelamente à superfície da mucosa, abrindo-a quando estiver dentro da lesão. 
Após, traciona-se para a retirada, soltando as bordas da ferida cirúrgica do plano muscular 
subjacente, permitindo uma sutura sem tensionamento e ação muscular). A coaptação 
(aproximação) dos bordos cirúrgicos possibilita o fechamento primário da ferida elíptica, 
sendo possível ou não dependendo da localização e do tamanho da ferida. Gengiva e palato 
duro são locais em que, normalmente, não se coapta os bordos cirúrgicos de maneira que 
se tenha uma cicatrização por segunda intenção8.
5. Sutura: pode ser feita com fio de seda ou nylon com pontos individualizados.
6. Cuidados com o espécime: deve ser fixado em solução de formalina 10% tamponada. 
O volume de líquido deve ser 20 vezes o tamanho da peça, que deve ficar totalmente 
imersa. A boca do frasco deve ser duas vezes o maior diâmetro da peça, pois após contato 
com formol a peça se torna borrachóide, tornando difícil a retirada em um frasco de boca 
estreita. Frasco deve ser identificado para ser enviado ao laboratório juntamente com a 
ficha de solicitação de exame anatomopatológico.
Cuidado com o manuseio da peça. Pinçamento excessivo pode causar modificações 
morfológicas na peça e dificultar o exame histopatológico.
Cuidado: o formol é tóxico, inflamável e nocivo. Extremamente volátil provocando 
irritação dos olhos e vias respiratórias. Manipule sempre com luvas e máscara (EPI).
AVALIAÇÃO PÓS-OPERATÓRIA:
Dependem da extensão e local da ferida. Fazer bolsa de gelo externamente, para controlar 
dor e edema, evitar manipulação da área são recomendações úteis. Analgésicos geralmente são 
prescritos pro 2 dias e antibióticos, em casos específicos. A alimentação deve ser fria, pastosa e 
líquida. O paciente deve ser orientado a evitar esforço físico e exposição solar, pois estas atividades 
podem favorecer hemorragias.
Após 7 a 14 dias da realização do procedimento de biópsia, devemos proceder a remoção 
de suturas, sendo esperada a observação de sinais de reparação tecidual. Além disso, devemos 
providenciar a entrega do laudo histopatológico (diagnóstico final), o qual deve ser explicado para 
o paciente, além de orientá-lo com relação aos passos subsequentes. Dentre os tópicos abordados, 
sugerimos:
• Qual é o resultado do exame e o seu significado?
9
Curso EAD
Estomatologia
• Trata-se de um problema grave?
• Será necessário algum procedimento ou tratamento adicional?
• O paciente deverá retornar para consultas de revisão/acompanhamento?
• É fundamental que o profissional se mantenha calmo, não demonstrando espanto ou desalento, 
independentemente do resultado observado no exame histopatológico.
CUIDADOS COM A PEÇA CIRÚRGICA: 
1. Escolha um frasco com gargalo (“boca”) largo. Lembre-se que após ser fixado o material fica mais 
rígido, e se o frasco tiver o gargalo pequeno será difícil de removê-lo, podendo deformar a peça. 
O frasco deve conter líquido fixador e ter uma etiqueta de identificação. Providencie todo esse 
material antes de iniciar a biópsia. O ideal é que o material seja colocado no frasco com fixador 
logo após a sua retirada.
2. O fixador universal é o formol (solução de formalina tamponada 10%). O ideal é que o volume 
do fixador no interior do frasco represente pelo menos 20 vezes o volume do material. Não deve 
ser utilizado álcool, água, gasolina ou outro tipo de líquido. Os profissionais podem solicitar aos 
laboratórios de anatomia patológica a solução de formol.
3. É de extrema importância a identificação do material imediatamente após a sua retirada, ainda 
no centro cirúrgico ou no ambulatório. A etiqueta em torno do frasco deve conter o nome do 
paciente, nome do profissional e a data do procedimento.4. O profissional deve preencher a ficha de solicitação do exame histopatológico ou 
anatomopatológico, a qual será detalhada em seguida.
5. Enviar o material devidamente preenchido e assinado para o laboratório de Anatomia 
patológica/Patologia.
EXAME HISTOPATOLÓGICO
O exame histopatológico consiste em se examinar macroscopicamente e ao microscópio um 
fragmento de tecido, de um órgão qualquer do paciente, removido cirurgicamente, com a finalidade 
de se firmar, confirmar ou afastar uma ou mais hipóteses diagnósticas. Neste material, os termos 
“exame histopatológico”, “exame anatomopatológico” e “exame microscópico” serão considerados 
como sinônimos. Vale ressaltar que o exame histopatológico de tecidos removidos cirurgicamente 
dos pacientes não é a única fonte de informação para se chegar ao diagnóstico, deve-se fazer a 
biópsia apenas em casos indicados, não recorrendo a ela pelo simples fato de não saber o que lhe é 
apresentado clinicamente. 
Após o procedimento, o profissional responsável pela realização da biópsia deve preencher 
a ficha de solicitação do exame histopatológico (chamada de ficha de biópsia na rotina diária), 
disparando o processo para o exame histopatológico. Então, o material é encaminhado ao 
Laboratório de Anatomia patológica/Patologia, onde o patologista responsável realizará a análise 
e elaboração do laudo, que posteriormente é enviado ao profissional solicitante. Após recebimento 
do laudo, é importante correlacionar a informação presente nele com o aspecto clínico que fora 
observado, para que se possa realizar o diagnóstico definitivo, tomando posteriormente as devidas 
atitudes quanto ao tratamento. 
Equivale dizer que, na maioria dos casos, a informação do exame histopatológico isoladamente 
não diz muita coisa, sendo fundamental a comunicação eficiente entre o clínico, que realizou 
o procedimento de biópsia, e o patologista, que vai analisar o material. Como essa comunicação 
ocorre, em geral, de forma escrita (ficha de solicitação do exame histopatológico e laudo do exame 
10
Curso EAD
Estomatologia
Ficha de solicitação do exame histopatológico 
(Figura 7): 
Seu preenchimento é um passo fundamental. 
Este procedimento requer calma e cuidado e deve 
incluir a maior quantidade de dados possíveis. Ao 
contrário do que pode parecer, não é uma etapa 
“menos importante” e que pode ser deixada sob 
responsabilidade do pessoal auxiliar ou de pessoas 
que não tenham participado da biópsia. A produção 
de uma ficha bem preenchida dará ao patologista 
uma descrição rica do caso e as informações 
oferecidas permitirão que este profissional faça 
a correlação clínico/patológica, que é essencial 
para a definição do diagnóstico histopatológico. 
Identificação, nome do profissional, história médica 
atual e pregressa, histórico familiar, hábitos, 
utilização de próteses e suas condições e a descrição 
do aspecto clínico da lesão são aspectos que devem 
ser valorizados neste momento. Na ficha utilizada 
na Faculdade de Odontologia da UFRGS (imagem 
ao lado) disponibilizamos um desenho esquemático, 
que busca facilitar a representação da localização e 
tamanho da lesão por parte do clínico. Figura 7. Imagem da ficha utilizada para fazer solicitação do 
exame histopatológico na Faculdade de Odontologia da UFRGS. A 
identificação do profissional responsável pelo caso é essencial para 
que o laudo retorne ao solicitante.
Motivos de amostras ou encaminhamento inadequados:
• Fixação inadequada: (a) quantidade insuficiente de formol em relação ao volume da 
amostra, ou (b) utilização de fixador inadequado.
• Falta de identificação do profissional. 
• Fichas com dados clínicos faltantes ou incompletos: neste caso, o laboratório não deve 
aceitar o material, pois pode haver comprometimento da capacidade de estabelecer o 
diagnóstico histopatológico.
Preparo da lâmica histológica:
Embora o dentista não se envolva com essa etapa, é conveniente que ele conheça os passos:
1. macroscopia: momento em que há descrição do aspecto macroscópico do material 
recebido, relatando sobre tamanho da lesão, superfície, consistência e cor tecidual, 
auxiliando no estabelecimento do diagnóstico definitivo.
2. inclusão em parafina: blocos de parafina.
3. cortes histológicos: cortes finos.
4. coloração e montagem das lâminas.
histopatológico), os profissionais envolvidos devem se dedicar ao preenchimento completo 
destes documentos.
11
Curso EAD
Estomatologia
TelessaúdeRS-UFRGS 
Coordenação Geral
Marcelo Rodrigues Gonçalves
Roberto Nunes Umpierre
Coordenação do curso
Vinicius Coelho Carrard
Coordenação da Teleducação
Ana Paula Borngräber Corrêa
Conteudistas
Manoela Domingues Martins
Marco Antonio Trevizani Martins
Vinícius Coelho Carrard
Vivian Petersen Wagner
Revisores
Bianca Dutra Guzenski
Fernanda Friedrich
Otávio Pereira D’Avila
Michelle Roxo Gonçalves
Thiago Tomazetti Casotti
Projeto Gráfico
Iasmine Paim Nique da Silva
Lorenzo Costa Kupstaitis 
Diagramação
Angélica Dias Pinheiro
Iasmine Paim Nique da Silva
Lorenzo Costa Kupstaitis 
A Equipe de coordenação, suporte e acompanhamento do Curso é formada por integrantes do 
Núcleo de TelessaúdeRS do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS/UFRGS) e do Programa Nacional de 
Telessaúde Brasil Redes.
Ilustração
Carolyne Vasques Cabral
Luiz Felipe Telles 
Edição/Filmagem/Animação
Diego Santos Madia
Rafael Martins Alves
Divulgação
Camila Hofstetter Camini
Guilherme Fonseca Ribeiro
Vitória de Oliveira Pacheco
Equipe de Teleducação
Andreza de Oliveira Vasconcelos
Angélica Dias Pinheiro
Cynthia Goulart Molina Bastos
Francine de Souza Borba
Luís Gustavo Ruwer
Rosely de Andrade Vargas
Ylana Elias Rodrigues
Equipe Responsável:
Dúvidas e informações sobre o curso
Site: www.telessauders.ufrgs.br
E-mail: ead@telessauders.ufrgs.br 
Telefone: 51 33082098

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