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CONTROLE DA ANSIEDADE—------------------------- Paciente com ansiedade aguda: inquieto na cadeira odontológica, dilatação das pupilas, pele pálida, transpiração excessiva, aumento da frequência respiratória, sensação de formigamento e tremores das extremidades e palpitações. Caso não seja possível controlar a ansiedade verbalmente ⇒ Utiliza-se métodos farmacológicos para o controle da ansiedade ● Sedação mínima (discreta depressão do nível de consciência mas o paciente segue capaz de respirar automaticamente e responder estímulo físico e verbal) BENZODIAZEPÍNICOS → ansiolíticos mais empregados para obter sedação mínima por VO na odontologia e possuem boa margem de segurança clínica. Mecanismo de ação: Atua no sistema límbico SNC Modulação alostérica positiva do receptor GABAa (depressor do SNC) o bdz se liga ao receptor e aumenta ligação GABA-com seu receptor e potencializa a entrada de cloreto no neurônio → causando depressão do SNC, sem propagar impulso excitatório → Efeito ansiolítico sedativo. Sua ação é de potencializar os efeitos inibitórios do neurotransmissor (GABA) Vantagens: - Reduz reflexo do vômito, relaxa musculatura esquelética, mantém pressão arterial e glicemia e induz amnésia anterógrada. Poucos efeitos colaterais: - + comum é a sonolência e - < 1% dos pacientes apresentam efeito paradoxal (+ excitação, irritação e agitação, é mais comum em idosos e crianças) → Obs: Pelo fato de ter menos chances de induzir ef. paradoxal, o Lorazepam é o mais usado neste grupo (crianças e idosos) - Amnésia anterógrada (+ comum com Midazolam e Lorazepam) - Podem diminuir a PA e o esforço cardíaco (levemente) - Podem diminuir o volume de ar corrente e a FR BDZ uso com precaução em pacientes: lactantes, grávidas no 2º trimestre da gestação, pac com insuficiência respiratória leve, insuficiência cardíaca congestiva, pacientes que já fazem uso de depressores do SNC (anti-histamínicos, anticonvulsivantes..) BDZ é contraindicado em: pac c/ insuficiência resp grave, glaucoma, miastenia grave, apneia do sono, etilistas, crianças com comprometimento físico ou mental severo e gestantes (1º trimestre ao final da gravidez) ESCOLHA DOS BDZs —------------------------------------------ Idade, estado físico do pac, tipo e duração do procedimento. ADULTOS e JOVENS: ● Midazolam (30min) ● Alprazolam (1h) - Ambos com início de ação rápido ⇒ duração de ação 1-2h (menor duração de ef. ansiolítico) (menor tempo de meia vida) CRIANÇAS: ● Midazolam (30min) ● Diazepam (1h) - Para procedimentos curtos IDOSOS: ● Lorazepam (2h) ● Triazolam * (30min* não vende no BR) - O lorazepam tem início de ação longo (1-2h) porém, menor incidência de ef. paradoxais e tempo de ½ vida intermed., o triazolam tem início e duração mais curtos mas não vende no BR. ADM PARA CONSULTA: ● Midazolam e Triazolam: 30 a 45 min antes ● Alprazolam e Diazepam: 1h antes ● Lorazepam: 2h antes DESORDEM NEUROLÓGICA CONVULSIVA—------ ● Todo sal anestésico excita o SNC mas posteriormente provoca a depressão do SNC com maior intensidade ⇒ Sal anestésico tem característica bifásica. O primeiro estímulo causa convulsão tônico-clônica e depois uma depressão de mesma intensidade → caso não seja corrigido evolui para uma depressão bulbar e depois parada respiratória → parada cardíaca e óbito Terapia: Oxigenação Monitorar os sinais vitais e evitar os anticonvulsivantes (causam depressão do SNC), diazepam 5 mg IM ou IV intensifica a depressão → tem que reforçar a ventilação. ● Em pacientes controlados: - Anestesia com menor dose possível de sal anestésico - Lido 2%, Mepi 2%, Prilocaína 3% ⇒ ideal que estejam associadas à um vasoconstritor para reduzir a quantidade de sal anestésico (pode ser epinefrina ou felipressina) ⇒ Limite de 2 TUBETES em injeção lenta. PACIENTE GESTANTE—----------------------------------- ● Alterações física, psicológicas ● Tendência à granuloma gravídico (pode ser removido durante a gestação ou após o parto) ● Tendência à diabetes subclínica assintomática se tornar diabetes gestacional (exigência maior de insulina na grávida) ● Enjôos são atribuídos à elevação de gonadotrofina coriônica e hipoglicemia 1º Trimestre = organogênese, fendas em lábio ou palato se manifestam entre a 5ª e 7ª semana de gestação - maioria dos defeitos do desenvolvimento ocorrem nesse período; Dentes decíduos do feto manchados pelo uso de tetraciclina pela mãe durante o 3º e 4º mês. 2º Trimestre = Melhor momento para atendimento de grávidas no consultório odontológico pois a organogênese do feto já está completa SOLUÇÕES ANESTÉSICAS LOCAIS ANSIOLÍTICOS - Tranquilizar pela conversa - Uso de BDZ é questionável (Diazepam relacionado à lábio leporino (1º e 2º trimestre)) SOL. ANESTÉSICA LOCAL - Deve ser aquela que proporcione melhor anestesia à gestante - Deve TER VASOCONSTRITOR para retardar a absorção do sal anestésico para corrente sanguínea, diminuindo a toxicidade e aumentando tempo de duração - Todos os anestésicos, por serem lipossolúveis, atravessam facilmente a placenta. QUANTIDADE E VELOCIDADE DE TRANSFERÊNCIA PARA PLACENTA, É DEFINIDA PELO: 1. Tamanho da molécula: PRILO atravessa mais rápido que Lido, mepi e bupi, (Em excesso causa metemoglobinemia) mulheres grávidas podem desenvolver anemia na gravidez → são mais suscetíveis à metemoglobinemia. 2. Grau de ligação do anestésico às proteínas plasmáticas: O anestésico só atravessa a placenta na forma livre, então quanto maior o grau de LP melhor proteção pro feto GRÁVIDA - AL: ● PRILOCAÍNA - Risco de Metemoglobinemia Dose máxima segura de Prilocaína é de 6mg/kg Não pode ultrapassar 400mg (3%-3g/100ml de solução⇒ 30mg/ml) Em um tubete temos 54mg de prilocaína. Ex: grávida de 60kg ⇒ vai ter uma Dmáx absoluta de 360mg → 6,6 tubetes anestésicos no máximo. Injeção intravascular acidental de prilocaína é extremamente perigoso em gestantes - metemog. Obs: É preferível evitar anestésicos com felipressina para grávidas pois ele estimula contração uterina (em doses altas) GRÁVIDA COM HIPERTENSÃO/DIABETES CONTROLADA, HISTÓRICO DE ANEMIA, GESTAÇÃO NORMAL: ● LIDOCAÍNA COM EPINEFRINA 1:100.000 (também para grávida com história de anemia) - 2 tubetes Motivo: Lido tem LP média (+ proteção ao feto) e metabolização mais rápida. GRÁVIDA COM A HIPERTENSÃO NÃO CONTROLADA: Avaliar com médico se o atendimento vai ser ambulatorial ou hospitalar quando a pressão não estiver controlada: ● PRILOCAÍNA 3% com FELIPRESSINA ● MEPIVACAÍNA 3% sem VASO PACIENTE PEDIÁTRICO—-------------------------------- CÁLCULO DE DOSAGEM PARA CRIANÇA CONTROLE COMPORTAMENTAL DA CRIANÇA: ● Hidrato de Cloral: 20 a 40mg/kg de peso ⇒ a dosagem de 40mg/kg oferece melhor sedação Dosagem máxima 1500mg Ef. adv: 2% dos casos - depressão excessiva, efeito paradoxal do SNC, reações cutâneas. Sabor amargo Essa droga foi testada positivamente como agente mutagênico ou carcinogênico potencial em humano ● Diazepam - 0,2-0,5mg/kg de peso - crianças em idade escolar⇒ Em torno de 0,3mg/kg VO Efeito após 45-60min Desvantagem do diazepam: longa duração (6-8h) ● Midazolam - 0,2 a 0,6mg/kg de peso - efeito dura 2-4horas - Início de ação em 30 minutos - mais usado e aprovado. ANESTÉSICOS LOCAIS ASA I - CRIANÇAS: ● LIDOCAÍNA ou MEPIVACAÍNA 2% COM EPINEFRINA 1:100.000 OU 1:200.000 (preferível) Lidocaína possui rápida excreção e metabolização (menos risco de toxicidade sistêmica) e a meia vida plasmática é curta (menos risco de trauma por mordedura em tecido mole) ● ARTICAÍNA 4% COM EPINEFRINA 1:100.000 ou 1:200.000 => Não pode em crianças <4 anos (incidência de trauma labial maior do que na Lido, porque o tempo de anestesia em tec. mole é maior) CRIANÇAS COM ALERGIA À SULFITOS Soluções anestésicas com vaso adrenérgicos estão contraindicadas ● PRILOCAÍNA 3% COM FELIPRESSINA (cuidado com o risco de metemoglobinemia) → Não pode usar em pacientes anêmicos. ● MEPIVACAÍNA 3% SEM VASO GERAL: - Maior risco de injeção intravascular acidental em crianças → mais indicada a técnica infiltrativa do que a de bloqueio regional -P/ evitar reações adv em crianças: ● usar anestésico com vaso ● usar menor volume e menor [ ] ● reduzir a dose em ⅓ quando a criança estiver sedada ou muito debilitada DOSE MÁXIMA DE TUBETES EM FUNÇÃO DO PESO: ORDEM DE ESCOLHA DOS ANESTÉSICOS LOCAIS PARA CRIANÇAS: 1. Lido 2% com epinefrina 1:100.000 2. Mepi 2% com epinefrina 1:100.000 3. Prilocaína 3% com felipressina 0,03UI/ml (caso a criança tenha alergia à sulfitos, porém, não pode usar na criança anêmica) 4. Mepivacaína 3% sem vaso (quando houver contraindicação de vasoconstritor, mas deve-se reduzir a dose máxima em 30%) 5. Articaína 4% com epinefrina 1:100.000 não é recomendada para criança com menos de 4 anos. Dose máxima de 7,7mg/kg. Peso da criança X Dose Recomendada da sol. por kg ___________________________________________ Quantidade do sal anestésico escolhido em um tubete PACIENTE GERIÁTRICO —------------------------------- ● Esses pacientes possuem um maior acúmulo de gordura → e os fármacos lipossolúveis podem se acumular nos tecidos promovendo uma ação mais prolongada e tóxica ● Possuem redução do débito cardíaco e hepático, com menos ação do sistema enzimático ● Diminuição do débito sanguíneo renal e filtração glomerular AL: LIDOCAÍNA 2% COM EPINEFRINA 1:100.000 OU 1:200.000 MEPIVACAÍNA 2% COM EPINEFRINA 1:100.000 U 1:200.000 Ambas são metabolizadas no fígado e excretadas pelos rins → pacientes com atividade hepática ou filtração glomerular reduzida ⇒ DOSE MÁX DE 3 TUBETES MEPIVACAÍNA 3% - em casos de contraindicação absoluta de vasoconstritores (pacientes hipertensos) - em procedimentos de 30 minutos Obs: a prilocaína pode causar metemoglobinemia - cianose e menor tada de LP .Pac idoso tem redução de proteína plasmática - logo, a prilocaína seria mais tóxica. PRILOCAÍNA quando necessária não deve ultrapassar 2 TUBETES ARTICAÍNA - também pode causar metemoglobinemia e deve ser evitada em pac com histórico de anemia ou IC ou IR BUPIVACAÍNA - anestesia longa 6-7h procedimentos mais invasivos e tem baixa concentração de vaso 1:200.000 ⇒ máx de 2 TUBETES
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