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Estudo de caso: Foxconn Technology Group (A)

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM LOGÍSTICA EMPRESARIAL
Resenha Crítica de Caso
Elói Carlos Rodrigues Brasiliense
Trabalho da disciplina: Cadeia de Suprimentos, Armazenagem e Movimentação
Tutor: Eduardo de Moura
Queimados-RJ
2020
Cadeia de Suprimentos, Armazenagem e Movimentação
Estudo de caso: Foxconn Technology Group (A)
Referências: Eccles, R. G.; Serafeim, G,; Cheng, B. Foxconn Technology Group. Harverd Business School, 112-P10, fev. 2012. P. 1-22. Disponível em Universidade Estácio de Sá, Biblioteca virtual da Disciplina Cadeia de Suprimentos, Armazenagem e Movimentação. Acesso em 18 mar. 2020
Fundada em 1974 por Terry Gou como Hon Hai Precision Industry Company Ltd, a Foxconn Technology Group, era a maior empresa do setor de EMS e a de mais rápido crescimento. A Foxconn prestava serviços de projeto conjunto, desenvolvimento conjunto, fabricação, montagem e pós-venda a parceiros como a Apple, Nintendo, Hp, Motorola, Nokia, Sony, Dell e também produzia telefones celulares. Em 2005, a Foxconn tomou o primeiro lugar no setor de Flextronics de Singapura, suas receitas em 2009 superaram os $60 bilhões. No entanto seu crescimento perdeu folego no ano de 2009, tendo alcançado apenas 0,5% de crescimento, contra 14,5% em 2008. Em contra partida, seu custo com mão de obra cresceu, trazendo com isso uma dificuldade competitiva em relação ao mercado. Apesar de ser uma empresa de Taiwan, a Foxconn operava na China, onde seu fundador montou um Parque de Ciência e Tecnologia de Longhua, praticamente uma Cidade-empresa, composta de linhas de montagem, dormitórios, restaurantes, bancos, hospital, um supermercado entre outros. No Parque de Longhua, o Sr. Gou alimentava uma cultura focada na própria personalidade e liderança, onde se buscava liderar por meio do exemplo, o mesmo trabalhava cerca de 16 horas por dia, e costumava patrulhar o campus durante a noite. Os funcionários duplicavam e ate triplicavam a jornada legal de horas de trabalho, jornadas estas que eram entre 10 a 12 horas, e mesmo assim os funcionários realizavam horas extras, com a finalidade de aumentar seus ganhos, o salário em 2007 era de aproximadamente $90, em 2010 chegou a $132, estabelecendo assim um padrão de vida extremamente baixo. Através de levantamentos realizados por algumas universidades da China continental, Hong Kong e Taiwan, constataram que a idade media dos trabalhadores, era em torno de 21,1 anos sendo o mais jovem com apenas 15 anos.
A situação levantada pelos estudos realizados pelas universidades mostrou o reflexo enfrentado por boa parte da população da China, a geração de emprego não acompanhava o crescimento populacional. Com a necessidade de gerar emprego, e de se manter um polo atrativo para as empresas, a China continuou a apostar em sua mão de obra barata, e abrindo mão de muitas praticas trabalhistas. Antes da década de 1990, as leis trabalhistas eram pouco desenvolvidas e raramente aplicadas. Em 2006 o congresso Popular Nacional da China propôs uma nova lei Trabalhista, que entrou em vigor em 2008. A lei dificultava demissões e aumentava benefícios, estabelecia jornada máxima de 8 horas de trabalho por dia e previa aposentadoria. Mesmo com algumas conquistas alcançadas, as pessoas começaram e sentir dificuldades financeiras causadas pelo alto custo de vida nas áreas urbanas, acompanhado pela alta inflação. Visto que a maioria dos trabalhadores era migrante de baixa qualificação e que recebiam baixa remuneração.
A descriminação contra trabalhadores migrantes era constante, os mesmos se sentiam diminuídos perante os moradores de áreas urbanas e como prova disso, gozavam de privilégios que não eram concedidos aos migrantes como o Sistema de Registro de Moradia da China “Hukou”, sistema criado para apoiar o crescimento urbano. Mesmo quando tinha um emprego estável, os trabalhadores migrante viviam sob medo, ansiedade e insegurança constante, como apontam nove acadêmicos em uma carta aberta exigindo mais atenção e cuidados para este grupo marginalizado. 
Os casos de suicídios que ocorreram na Foxconn chamou a atenção de todos para as condições dos trabalhadores de baixa qualificação e migrantes. Em relatos, foram identificados casos onde se trabalhavam sobre forte pressão, barulhos e ate mesmo punições. Surgiram denuncia de maus tratos, feitas por jornalistas. Os artigos jornalísticos descreviam os baixos salários os longos turnos e as difíceis condições de trabalho nas fabricas da Foxconn. Os suicídios que ate 2010 eram 4 sendo 2 em 2007 e 2 em 2009, dispararam em 2010, em março três pessoas saltaram de seus edifícios-dormitórios , em abril foram mais duas e uma sobrevivente testemunhou que o motivo foi o “Excesso de pressão no trabalho”. Em maio ouve mais seis casos, chegando ao final de 2010 com um total de 17 casos onde apenas três sobreviveram. 
Rapidamente os casos ganharam repercussão, foram feitos levantamentos e estudos, onde em sua maioria, as pessoas criticavam a Foxconn de abuso e maus-tratos aos seus trabalhadores, acompanhados de longos turnos de trabalho e o estilo gerencial militar. Com isso a foxconn se pronunciou através de seu fundador, o Sr. Gou onde o mesmo demonstrou disposição para interromper os acontecimentos recentes de suicídios. Medidas foram adotadas, a empresa aumentou os salários, contratou sociólogos e psiquiatras. As dificuldades da Foxconn continuaram, a empresa perdeu credibilidade no mercado e sua competitividade foi abalada. Já não dava mais para contar com mão de obra tão barata quanto anteriormente, e a incerteza da continuidade dos clientes como a Apple foram fatores que atingiram a Empresa.
LOCAL: Biblioteca Virtual da Universidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Eccles, R. G.; Serafeim, G,; Cheng, B. Foxconn Technology Group. Harverd Business School, 112-P10, fev. 2012. P. 1-22. Disponível em Universidade Estácio de Sá, Biblioteca virtual da Disciplina Cadeia de Suprimentos, Armazenagem e Movimentação. Acesso em 18 mar. 2020

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