Buscar

APOSTILA_08

Prévia do material em texto

Meio Ambiente e Sustentabilidade
SMQs | 143
Objetivos
Ao final desta unidade de aprendizagem, você será capaz de:
• Conceituar o termo meio ambiente e a sua abrangência;
• Definir as vertentes da sustentabilidade;
• Distinguir os temas que abordam governança corporativa, 
responsabilidade social, além das questões ambientais e a 
influência nas leis brasileiras.
SMQs | 145
1. Meio Ambiente
Após a Revolução Industrial, passamos a desfrutar de maiores 
oportunidades de trabalho, além de termos acesso a bens de maior 
qualidade. Cada vez mais os centros urbanos foram significativamente 
ampliados, e a economia passou a crescer em uma velocidade 
impressionante. Grandes corporações surgiram e os setores industriais 
passaram a definir o contexto econômico e social.
O aumento do comércio deu-se com a ampliação do mercado 
consumidor, com as mudanças do processo produtivo e o ritmo de 
produção, resultando em um crescimento expressivo do setor industrial.
A expansão da indústria alterou profundamente as condições 
de vida dos trabalhadores, transformando a configuração dos 
centros urbanos. Além disso, o crescimento da indústria aumentou 
demasiadamente a poluição do ambiente.
A queima do carvão mineral passou a despejar toneladas de 
poluentes na atmosfera das cidades industrializadas e, a partir deste 
período, as pessoas já conviviam com o ar poluído e outros efeitos 
oriundos deste progresso.
A industrialização trouxe um reconhecido avanço econômico 
mundial, apesar que, desde seu apogeu ela tem sido o principal 
canal de destruição dos recursos naturais. Desde o seu surgimento, 
a industrialização tem promovido desmatamentos, erosões, emissões 
146 | SMQs
de poluentes, resíduos de materiais nucleares, extinção de espécies de 
plantas e animais, além de deflagrar outros fenômenos indiretos, tais 
como o efeito estufa, e as súbitas alterações climáticas, que colocam em 
risco ou reduzem a qualidade de vida dos indivíduos.
No meio do século XX, começou-se a falar em consciência 
ecológica e desenvolvimento sustentável, destacando um importante 
papel por parte das corporações em gerar riqueza e ter um compromisso 
com o meio ambiente.
A sociedade passou a exigir uma nova postura das 
indústrias, restando aos gestores a responsabilidade em continuar 
oferecendo produtos com qualidade, sem que comprometesse a 
natureza. As indústrias começaram a investir significativamente em 
novos sistemas de produção, tecnologia e políticas, a fim de que 
mudassem a sua imagem, mantivessem a qualidade de seus produtos 
e informassem satisfatoriamente não somente seus consumidores, 
como também sua ampla gama de stakeholders.
Então, as organizações passaram a adotar o conceito de “empresa 
verde”, ou seja, uma empresa comprometida com o meio ambiente.
2. Sustentabilidade
Mas afinal, o que é sustentabilidade? Este tema está 
em pleno processo de discussão nas esferas social, econômica e 
acadêmica. Várias concepções ao longo dos últimos anos foram 
refinadas por importantes pesquisadores, que fomentaram cobranças 
para a sociedade com mais rigor e uma postura mais responsável por 
parte das empresas.
Cada vez mais a sustentabilidade vem sendo aplicada 
na sociedade e no mercado, de forma a ser considerada como 
“politicamente correto”. Devemos pensar no impacto que essas 
atividades causarão no meio ambiente como um todo.
SMQs | 147
Pilares da Sustentabilidade
Neste universo, podemos perceber que neste grupo de 
conceitos, a sustentabilidade representa um conjunto universal, 
associado à governança corporativa. Esta última, por sua vez, está 
conectada à esfera das empresas, trazendo práticas de governabilidade, 
gestão e total transparência ao mercado. E a responsabilidade social 
está ligada à sociedade e envolve práticas que contribuem para o 
aprimoramento das relações sociais. 
Por fim, a responsabilidade ambiental está conectada 
às práticas de preservação ambiental, de proteção à fauna e flora, 
minimizando as mais variadas formas de poluição.
Através destes conceitos, vejamos a seguir o esquema sobre 
sustentabilidade:
Este tripé foi nomeado pelo consultor da SustainAbility, 
John Elkington.
Desempenho 
Social
Desempenho 
Econômico
Desempenho 
Ambiental
Sustentabilidade
Responsabilidade
Social
Responsabilidade
Ambiental
Governança 
Corportativa
Sustentabilidade
148 | SMQs
3. Governança Corporativa
Como a intenção de toda corporação consiste em continuar 
gerando resultados positivos, alavancar os investimentos é uma 
ótima oportunidade para dar andamento ao desenvolvimento. E esta 
alavancagem não é destinada apenas ao capital próprio, mas também ao 
capital de terceiros, proveniente de fontes que visam estimular a criação 
de meios sustentáveis. 
A abertura de capital das empresas foi um importante passo 
econômico, porém, isso traz uma maior cobrança para a organização 
acerca da responsabilidade, em consequência da multiplicação de 
seus financiadores. 
De acordo com o Instituto Brasileiro de Governança 
Corporativa (IBGC), a governança corporativa baseia-se nos 
princípios de transparência, equidade, prestação de contas 
(accountability) e ética. 
O IBGC (2009) ainda afirma que a governança corporativa 
é um sistema pelo qual as sociedades são dirigidas e monitoradas, 
envolvendo os relacionamentos entre acionistas, conselho e 
administração, diretoria, auditoria independente e conselho fiscal. 
As boas práticas de governança corporativa têm a finalidade de 
aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e 
contribuir para a sua perenidade.
Os conceitos de governança corporativa são oriundos de 
contextos de expansão, busca de recursos e conflitos de agência. Não 
obstante, a evolução desse assunto adornou o papel da governança em 
prospectar e otimizar a relação entre a corporação e seus fornecedores, 
empregados, clientes, governo e concorrentes, além dos investidores.
Esse comportamento denota uma melhora da imagem da 
empresa, trazendo credibilidade e reduzindo os riscos de investimento. 
Se uma empresa investe nas esferas sociais e ambientais e faz uso 
das melhores práticas de gestão e divulgação, ela possui uma menor 
probabilidade de apresentar problemas de continuidade.
SMQs | 149
4. Sustentabilidade e as Empresas
Uma empresa pode ser definida como um sistema, 
pois representa um conjunto de elementos inter-relacionados no 
desempenho de determinadas funções. Há interdependência e 
interligação entre os elementos internos e externos ao sistema empresa, 
e a relação entre eles pode influenciar o funcionamento da empresa e 
atingir a sociedade. 
Visualizar a empresa como um sistema aberto permite 
uma análise geral do negócio e proporciona reflexão sobre sua 
responsabilidade social, pois há interação com outros sistemas, 
formando um todo. Diante disso, nota-se a importância de as empresas 
caminharem para a sustentabilidade, pois, se elas desejam continuar no 
mercado, é necessáriocuidar de certos elementos externos ao negócio.
As empresas são interdependentes e interligadas à economia, 
à sociedade e aos ecossistemas, então, a qualidade de suas relações 
com todos os elementos ao redor influencia na continuidade de seus 
negócios. E isso tudo estimula as empresas a repensarem sobre suas 
responsabilidades perante a sociedade, com a finalidade de manterem-se 
no mercado, gerando valor ao acionista. As firmas estão descobrindo 
que ser responsável socialmente pode resultar em benefícios ao negócio. 
Podemos definir desenvolvimento sustentável como o 
desenvolvimento que satisfaz as necessidades do presente sem 
comprometer a capacidade das futuras gerações em satisfazerem suas 
próprias necessidades.
Desenvolver sustentavelmente significa promover o 
desenvolvimento econômico concomitantemente à preservação do meio 
ambiente e relações justas de trabalho.
Devemos ter bastante cuidado em não confundirmos 
desenvolvimento sustentável com responsabilidade social corporativa 
e sustentabilidadeempresarial. Esses últimos são destinados às 
empresas, e o desenvolvimento sustentável é destinado aos sistemas 
econômicos de países. 
150 | SMQs
Os três conceitos possuem as dimensões econômica, social 
e ambiental. Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e 
Sustentabilidade Empresarial são sinônimas e representam a integração 
do desempenho econômico, social e ambiental das empresas. 
5. Responsabilidade Social Corporativa
Responsabilidade Social Corporativa é o setor privado que 
consiste em integrar as variáveis econômica, social e ecológica. Essas 
três dimensões são conhecidas pelo mercado e podem convergir entre 
os segmentos que possuem o mesmo objetivo.
Ao mesmo tempo que a empresa proporciona valor aos 
seus acionistas, ela também pode fornecer educação, cultura, lazer 
e justiça social à comunidade, além da proteção da diversidade 
e dos ecossistemas. Então, na busca por sustentabilidade, as 
empresas programam ações a fim de obterem desempenho social, 
ecológico e econômico.
6. Recursos
São recursos providos pelo ambiente e consumidos 
especialmente pelo homem, elemento essencial do meio. E este 
consumo é necessário para que haja a manutenção da vida, ou seja, a 
sobrevivência das espécies. Embora os recursos sejam, em sua maioria, 
providos em grande escala, há características que diferenciam estes 
recursos em grupos de igual importância. Vamos conhecer a seguir 
esses grupos com suas respectivas definições:
• Recursos não renováveis 
Este grupo reúne recursos que não são reproduzidos 
eternamente após seu consumo e, portanto, chegam à 
finitude. Podemos citar como exemplo os minerais , tais 
como o ferro, petróleo, gás etc.
Importante
SMQs | 151
• Recursos renováveis
São os recursos disponíveis no meio ambiente e que são 
naturalmente repostos. Podemos citar como exemplo a 
energia eólica, as ondas do mar, a flora, a água etc.
Apesar de possuírem características renováveis, em virtude do 
consumo descontrolado e desmedido, alguns recursos podem fazer falta 
de modo a produzir desequilíbrio. É o caso da água.
Devemos saber gerenciar estes recursos, pois mesmo sendo 
renováveis ou não renováveis, podem ser geridos de forma sustentável 
para que seja possível a sua recomposição e regeneração no meio 
ambiente. A intensa exploração pode contribuir com a exaustão deste 
recursos e outros efeitos que possam causar danos a biodiversidade.
A exploração desenfreada a curto prazo dos recursos naturais 
pelas empresas pode ter uma gigante perda biológica a longo prazo para 
o ecossistema. O petróleo, por exemplo, não é renovável e caso não 
haja racionalidade em sua exploração, a grande lucratividade gerada em 
sua exploração a curto prazo deixará de ser atingida no futuro, quando 
ocorrer a escassez do recurso.
Ao perceberem essa tendência, as empresas planejam ações 
ecológicas e sociais para atender às necessidades de seus acionistas e 
demais colaboradores.
Usar os recursos naturais de forma sustentável e investir 
na proteção dos ecossistemas, podem reduzir riscos e aumentar a 
probabilidade de a empresa honrar seus compromissos. Portanto, 
manter ações ecológicas empresariais pode ser um indicador da 
capacidade de retorno de um investimento.
Outros benefícios podem ser obtidos com a manutenção 
de atividades sociais. Por exemplo: uma empresa que trata bem seus 
funcionários e consegue alta produtividade em relação ao seu setor. Porém, 
muitas vezes, a manutenção de ações ecológicas e sociais empresariais não 
gera benefícios econômico-financeiros para a empresa e, mesmo assim, não 
são abandonados, pois podem servir para atender à legislação ambiental.
152 | SMQs
E este conceito está cada dia mais presente no planejamento 
estratégico das companhias, haja vista as ações empreendidas e 
fartamente divulgadas por meio da grande mídia e da expressiva 
quantidade de relatórios de sustentabilidade publicados. As empresas 
podem transformar seus relatórios anuais em verdadeiros relatórios 
de sustentabilidade. 
O relatório anual pode ser utilizado pelas empresas para 
fornecer informações aos diversos públicos da sociedade sobre a 
evolução e atuação de seus negócios em determinado período.
7. A Questão Ambiental
O planeta Terra vive um momento crítico em relação ao 
aumento do consumo e seus impactos ecológicos globais. E criar 
políticas para promover a limitação deste consumo é uma questão 
bastante complexa e abrangente.
A exploração sem precedentes dos recursos naturais, desde 
a primeira Revolução Industrial (iniciada no final do século XVIII) 
até os dias atuais, tem colocado em sinal de alerta as condições físicas 
de vida na Terra, uma vez que a exigência da produção e do consumo 
impulsionada pela economia capitalista é considerada insustentável, do 
ponto de vista ambiental.
É importante salientar que nos últimos anos tivemos alguns 
avanços no modo de pensar e de agir das pessoas. Porém, a ação ainda 
mais desafiadora influencia e modifica o que a sociedade, de maneira 
geral, pensa em relação ao consumo.
De forma geral, o consumo na sociedade desde o início do 
século XXI tem sido bastante estimulado pela mídia e também pelo 
governo, que está interessado em incentivar o crescimento econômico, 
possibilitando assim a geração de empregos e impostos.
Embora uma considerável parcela da população mundial sinta-
se satisfeita com o maior acesso a bens e serviços ofertados no mercado 
SMQs | 153
de consumo, é importante ressaltarmos que o ato de consumir não 
significa necessariamente melhorar a qualidade de vida.
8. Balanço Social
O balanço social consiste em uma demonstração que 
contempla uma gama de informações acerca de projetos, ações sociais, 
benefícios concedidos aos empregados, analistas, investidores e 
comunidade. O balanço é publicado anualmente por livre iniciativa de 
uma corporação, sendo um instrumento estratégico de divulgação da 
responsabilidade social.
Neste demonstrativo, a empresa evidencia o que faz em prol de 
seus profissionais, colaboradores e comunidade, conotando transparência 
em relação às ações que buscam melhorar a vida das pessoas. A 
principal função do balanço é tornar pública a responsabilidade social 
empresarial a todos os stakeholders, aproximando a empresa da 
sociedade e do meio ambiente.
Sinteticamente, o balanço salarial é uma importante 
ferramenta que pode ser utilizada pelos gestores no sentido de divulgar 
boas práticas, além de agregar valor à companhia.
Segundo o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e 
Econômicas (Ibase), o balanço social favorece a todos os grupos que 
interagem com a empresa. Aos dirigentes, esta ferramenta fornece 
informações úteis à tomada de decisão, em relação aos programas 
sociais que a empresa desenvolve. Seu processo de realização estimula 
a participação dos funcionários na escolha das ações e projetos sociais, 
gerando um grau mais elevado de comunicação interna e integração nas 
relações entre dirigentes e o corpo funcional.
Aos stakeholders, de modo geral, o balanço social informa os 
valores da responsabilidade social na filosofia da corporação e evidencia 
como a empresa é administrada. Em tese, promove-se a ideia do perfil 
dos gestores e o caminho escolhido pela corporação para dialogar com a 
sociedade e construir sua marca.
154 | SMQs
O balanço social trata basicamente de um modelo padrão 
de informações que deve ser rigorosamente seguido pelas empresas 
que optam pela divulgação de informações sociais. A simplicidade do 
modelo já garante um maior envolvimento por parte das corporações.
9. Ótica Econômica
Para alguns, parece ser um conceito utópico; para outros, 
é uma questão difícil, porém possível de ser aplicada ao meio 
ambiente. Sem colocar em risco a estabilidade dos ecossistemas, toda 
a humanidade e as gerações futuras demonstram a necessidade de um 
novo paradigma como alternativa ao modelo atual de desenvolvimento 
econômico, o que chamamos de desenvolvimento sustentável.
Nos dois últimos séculos,a qualidade do ambiente em 
que vivemos tem sido um dos maiores desafios da humanidade. 
Gradativamente, o mundo empresarial tem utilizado modelos de 
gestão econômica criteriosos quanto ao meio ambiente, assim como 
a preocupação maior com as comunidades envolvidas direta ou 
indiretamente com a empresa tem sido dispensada.
Um dos fatores que conduz esse comportamento empresarial 
está relacionado à própria mudança de postura do consumidor. O novo 
contexto econômico tem como característica consumidores exigentes 
e mais conscientes de seus direitos. A educação ambiental e social 
promovida nos últimos anos por escolas, meios de comunicação e 
campanhas sociais institucionais vem expandindo essa consciência, na 
maioria dos países do mundo. 
No Brasil, país predominantemente católico, a própria campanha 
da fraternidade, organizada anualmente pela Igreja Católica, promove debates, 
divulgação de informações e conscientização relacionados a um tema social de 
grande abrangência nacional. O seu objetivo é promover a reflexão em busca 
de melhorias na qualidade de vida e na convivência coletiva.
Muito mais do que uma onda politicamente correta, 
a questão ambiental e ecológica não pode ser entendida como 
SMQs | 155
mero surto de preocupações passageiras. As transformações 
econômicas ocorridas nos últimos tempos, desde o período inicial da 
industrialização, levaram ao aumento e à aceleração da produtividade 
em todo o mundo.
Portanto, vimos que a história não retrocede. Os avanços 
são evidentes e esse comportamento das empresas não está vinculado 
apenas a questões legislativas. Há também um retorno efetivo dessas 
empresas à percepção de que o consumidor pode orientar os negócios 
empresariais, na medida em que o prejuízo institucional de uma 
organização mal vista é avassalador.
10. A Poluição 
O consumo da energia oriunda do vapor deu lugar ao 
carvão mineral, e com isso, houve um aumento na liberação de gás 
carbônico na atmosfera. Após o descobrimento do petróleo, isso 
ficou mais evidente, e com a liberação do gás carbônico originado 
pela queima deste combustível e seus derivados, como por 
exemplo, a gasolina, houve um aumento considerado na poluição 
do meio ambiente.
Até hoje persiste o aquecimento climático, conforme vimos na 
mídia. Este fenômeno tem provocado alterações na temperatura média 
global do ar e oceano, gerando o derretimento das calotas polares e 
transformando a configuração natural e climática do planeta.
Atualmente, são lançados deliberadamente na atmosfera mais 
de 35,5 bilhões de toneladas de gás carbônico por ano. Este gás é o 
principal causador do aquecimento global. 
As estações climáticas do ano sofrem grandes modificações: 
os verões passam a ser mais intensos; os invernos são mais secos 
e intensos; as enchentes passam a ser frequentes; há furacões e 
tempestades; derretimento de calotas e geleiras; e elevação do nível do 
mar. Tudo isso é consequência da emissão de gás carbônico, além de 
outros gases do efeito estufa.
156 | SMQs
Os gases do efeito estufa (GEE) são gases que dificultam o 
escape da luz solar (radiação) para o espaço. Esse impedimento 
gera um acúmulo dos efeitos da luz solar na superfície terrestre, 
resultando em um aquecimento do planeta. Esse processo é 
chamado de efeito estufa e, sem ele, a temperatura média da 
Terra seria potencialmente inferior, prejudicando a manutenção 
da vida no planeta. O problema é que a liberação em demasia 
desses gases alteram o processo natural deste efeito estufa, 
gerando resultados danosos ao planeta.
No intento de minimizar riscos e seus impactos, em decorrência 
da liberação de gases de efeitos danosos na atmosfera, e com o intuito de 
minimizar riscos e seus impactos, foram elaborados projetos de redução 
de emissões de gases do efeito estufa. Estes projetos podem contribuir 
com a geração de “créditos de carbono”. Esses créditos podem ser 
utilizados por países desenvolvidos integrantes do Protocolo de Kyoto, 
através de metas de redução de emissão de gases de efeito estufa.
11. Protocolo de Kyoto
O Protocolo de Kyoto gerou polêmica mundialmente em 
razão da adesão de alguns países e críticas de céticos, acerca das metas 
estabelecidas no acordo para redução de emissão de gases do efeito 
estufa entre os países membros do protocolo.
O Protocolo de Kyoto tem o principal objetivo de reduzir a 
temperatura do planeta, por meio da diminuição da emissão de gases do 
efeito estufa, em especial o gás carbônico, gerado através da queima de 
combustíveis fósseis. 
O Protocolo de Kyoto foi discutido no Japão, em 1997, e 
ratificado em 1999. Para que o protocolo pudesse entrar em vigor, seria 
necessária a adesão de 55% dos países que, somados, produzissem 55% 
das emissões de gases de efeito estufa. Em 2004, a Rússia fez a adesão, e 
somente em 2005, o protocolo entrou em vigor.
Saiba mais
SMQs | 157
12. Leis Brasileiras sobre Meio Ambiente
Vejamos a seguir algumas leis ambientes brasileiras: 
Lei dos Agrotóxicos — nº 7.802 de 10/07/1989
Esta lei regulamenta desde a pesquisa e fabricação dos 
agrotóxicos, até a sua comercialização, aplicação, controle, fiscalização, 
inclusive o destino da embalagem.
Lei da Área de Proteção Ambiental — nº6.902 de 27/04/1981
Esta lei criou as “Estações Ecológicas”, áreas representativas 
de ecossistemas brasileiros. Nela, 90% das áreas devem permanecer 
intocadas, e os 10% restantes podem sofrer alterações para fins 
científicos. Foram criadas também as “Áreas de Proteção Ambiental 
(APAS)”, áreas que podem conter propriedades privadas e onde o 
poder público limita as atividades econômicas para fins de 
proteção ambiental.
Lei de Crimes Ambientais — nº 9.605 de 12/02/1998
Reordena a legislação ambiental brasileira no que se refere 
às infrações e punições. A pessoa jurídica, autora ou coautora da 
infração ambiental, pode ser penalizada, chegando à liquidação da 
empresa, caso ela tenha sido criada ou usada para facilitar ou ocultar 
crime ambiental. A punição pode ser extinta, caso comprove a 
recuperação do dano ambiental. As multas variam de R$ 50,00 a R$ 
50 milhões de reais. 
Lei da Criação do IBAMA — nº 7.735 de 22/02/1989
Esta lei criou o Ibama, incorporando a Secretaria Especial 
do Meio Ambiente e as agências federais na área de pesca, 
desenvolvimento florestal e borracha. Compete ao Ibama executar 
a política nacional do meio ambiente, conservando, fiscalizando, 
controlando e fomentando o uso racional dos recursos naturais.
158 | SMQs
Lei da Política Nacional do Meio Ambiente — nº 6.938 de 
17/01/1981
É a lei ambiental mais importante. Nela, o poluidor é obrigado a 
compensar os danos ambientais que causar, independentemente da culpa. 
O Ministério Público pode propor ações de responsabilidade civil por 
danos ao meio ambiente, impondo ao poluidor a obrigação de recuperar 
e/ou indenizar os prejuízos causados. Esta lei criou a obrigatoriedade dos 
estudos e os seus respectivos relatórios de Impacto Ambiental.
SMQs | 159
Síntese
Chegamos ao final desta unidade que abordou o tema mais 
discutido nos dias atuais: a sustentabilidade nos negócios. Quando 
falamos em meio ambiente, não podemos deixar de falar sobre a sua 
importância para a sociedade em geral.
Atualmente, devemos ter em mente que a sustentabilidade é 
algo muito importante para o crescimento da consciência, principalmente 
dos empresários que são os maiores responsáveis pela poluição.
Esperamos que com este conteúdo, você possa ter tido a noção 
de como é importante pensar no meio ambiente como um todo, já que 
isso impactará na sua vida em sociedade.
SMQs | 161
Referências Bibliográficas
BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial, Conceitos, 
Modelos e Instrumentos. 2a. ed. Atual e Ampliada. São Paulo: Saraiva, 2007.
DIAS, Reinaldo. Gestão Ambiental. 2a. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
OLIVEIRA, José Antônio Puppim de. Empresas na Sociedade. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2008.
PORTILHO, Fatima. SustentabilidadeAmbiental, Consumo e 
Cidadania. São Paulo: Cortez, 2005. 
TACHIAZAWA, Takeshy. Gestão ambiental e responsabilidade social 
corporativa. São Paulo: Atlas, 2009.

Continue navegando

Outros materiais