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Representações sociais(psico social)

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Representações Sociais
No Brasil , o interesse pela teoria das RS iniciou no final da década de 1970, lembrando sua estreita relação com o desenvolvimento da própria psicologia social.
 	
 A Psicologia  Social ao encontrar em Moscovici um 
 estudioso que tenta compatibilizar o enfoque individual ao social , chama a si a  Teoria  das Representações Sociais, reconhece as
contribuições substanciais fornecidas pela Antropologia  e Sociologia, mas arroga como sendo
do domínio da Psicologia Social  os estudos desta ordem. 
O conceito de representação vai ser desenvolvido por Serge Moscovici, que fundamentou teoria da representação social no inicio da década de 60. Em que publicou, em 1961, A psicanálise, a sua imagem e o seu público, que analisa a forma como esta teoria se adequa ao público em geral.
 	
Em suas próprias palavras, interessou-se no “poder das idéias” de senso comum, isto é, no “estudo de como, e por que as pessoas partilham o conhecimento e desse modo constituem sua realidade comum, de como eles transformam idéias em práticas .
Em síntese, preocupou-se em compreender como o tripé grupos/atos/idéias constitui e transforma a sociedade.
 	
4
O ato de representar não é um processo simples. Além da imagem, ele carrega sempre um sentido simbólico 	
 	
 Isto torna-se evidente no trabalho de  Moscovici  (1984)  quando  o  mesmo  atribui  à   Psicologia  Social  a  tarefa  de  estudar  as
representações  sociais,  suas  propriedades, origens  e seu impacto. Na sua visão, nenhuma
outra disciplina dedica-se a essa tarefa e nem está melhor equipada para isto
 					
			Representações Sociais
As Representações Sociais são teorias sobre saberes populares e do senso comum, elaboradas e partilhadas coletivamente, com a finalidade de construir e interpretar o real. Estudos em Representações Sociais são conhecimentos construídos pelas relações do homem com o seu ambiente
Segundo Malrieu, "a representação social se constrói no processo de comunicação, no qual o sujeito põe à prova, através de suas ações, o valor , vantagens e desvantagens do posicionamento dos que se comunicam com ele, objetivando e selecionando seus comportamentos e coordenando-os em função de uma procura de personalização". 
					
	
Por outro lado, as práticas, as percepções, os conhecimentos se transformam quando são falados e a própria representação de si mesmo só ocorre através da linguagem interiorizada das recordações e dos projetos.
 					
Uma análise concreta das representações que um indivíduo tem do mundo que o rodeia, só é possível se as considerarmos inseridas num discurso bastante amplo, onde as lacunas, as contradições e conseqüentemente, a ideologia possam ser detectadas. Este discurso amplo, para muitos autores, seria a visão de mundo que o indivíduo tem, porém permanece a questão do que vem a ser, no plano individual, esta visão de mundo.
 					
Para Moscovici (1984) as explicações, as  afirmações conceitos emitidos, pelas
pessoas, sobre certos temas correspondem a "teorias"  do senso comum.
Os indivíduos  na
condição de pensadores ativos reelaboram as informações  fruto de "n" episódios ao nível  das
interações  sociais  e  ao  estabelecerem  um  diálogo   do  individual  com  o  social,  tratam  de
construir  as  suas  próprias  representações  e  de   comunicá-las  para  os  demais  indivíduos,
fomentando assim um ciclo que se retroalimenta  constantemente. Para o referido autor, as
pessoas leigas que não dispõem  de um arsenal de instrumentos científicos tendem a analisar o
mundo de forma semelhante, 
 Isto porque, o mundo  em que  vivem é eminentemente social.
Portanto, as representações não são criadas  por um indivíduo de forma isolada, pessoas e
grupos criam representações ao longo da  comunicação e da cooperação. 
 
 As representações, ao serem  criadas,  acabam  ganhando  uma  vida  pró-pria, circulam,  encontram-se,  atraem-se, repelem-se e abrem espaço para o surgimento  de novas representações, 
enquanto outras, mais antigas, acabam desaparecendo. 
As representações sociais seriam teorias de senso comum  que ao serem internalizadas
permitem a organização da realidade. 
 A representação social  tem por objetivo tornar familiar o que é  estranho, e isto é obtido, segundo a teoria de  Moscovici.  			
  
  As representações sociais dão sentido ao que pensamos, em que orientam e regulam o nosso comportamento. 
É dentro da perspectiva de Moscovici, que Farr (1995)  entende o indivíduo como fruto do social e ao mesmo tempo agente passível de  provocar mudanças neste contexto social. Nas suas  palavras:  "...a  Psicologia  Social  está  especificamente interessada  na  relação  entre  o 
indivíduo e a sociedade, ela perde sua vitalidade se um  dos dois pólos dominar o outro".
 					
 
Um dos elementos fundamentais da teoria das RS é a interligação possível entre, cognição, afeto e ação no processo de representação. 
Uma das principais vantagens desta teoria é sua capacidade de descrever, mostrar uma realidade, um fenômeno que existe, do qual muitas vezes não nos damos conta, mas que possui grande poder mobilizador e explicativo.
 					
Torna-se necessário, estudá-lo para que se possa compreender e identificar como ela atua na motivação das pessoas ao fazer determinado tipo de escolha (comprar, votar, agir...)
É fundamental percebermos que praticamos determinadas ações, não por razões lógicas, racionais ou cognitivas, mas por razões afetivas, simbólicas, míticas, religiosas. 					
Existem dois processos formadores das representações sociais, sendo estes o processo de ancoragem e o processo de objetificação.
Estes dois processos servem para familiarizar o desconhecido.
Além disso, ancorar também , significa classificar e rotular pois, implica em juízo de valor pois, ao ancorarmos, classificamos pessoas, ideias e objetos, situando-os dentro de uma categoria, procurando assim, um lugar para encaixar o não familiar. 					
 O segundo processo de formação das representações sociais acontece com a objetificação, ou seja, uma transformação do abstrato em algo quase físico, traduzindo algo que existe no pensamento em algo que existe na natureza.
Segundo Moscovici (1981, p.64), “objetificar significa descobrir o aspecto icônico de uma ideia ou ser mal entendido, isto é, fazer equivaler o conceito com a imagem”. 					
 
 Os métodos e as técnicas de pesquisa na investigação com Representações Sociais
 Uma vez definido o problema a ser estudado e as populações envolvidas, há que se decidir qual aspecto de RS será investigado para, em seguida, elaborar o instrumento e/ou procedimentos de pesquisa.
 					
 
 Na pesquisa em Representação Social, Spink (1995a) e Souza Filho (1995) apresentam alguns aspectos relativos às metodologias comumente empregadas em estudos de RS: 
1 - Observação – Souza Filho (1995) afirma que o método de observação sistemática serve de pré- requisito para qualquer passo à frente no campo, é mais adotado pela maioria de estudiosos no mundo.
 					
 
 Segundo Spink (1995b), a coleta dedados exige longas:
2- Entrevistas semiestruturadas acopladas aos levantamentos do contexto social e dos conteúdos históricos dos grupos estudados..
 					
 O trabalho de interpretação do discurso segue os seguintes passos: 
Transcrição da entrevista; 
2 Leitura/escuta, intercalando a escuta de material gravado com a leitura do material transcrito. Nessa etapa, é necessário ficar atento às características do discurso: a variação (versões contraditórias); a detalhes sutis, como silêncios, hesitações, lapsos (investimento afetivo presente); retórica, ou organização do discurso de modo a argumentar contra ou a favor de uma versão dos fatos;
 					
 
3- Tendo apreendido os aspectos mais gerais da construção do discurso, é preciso, em um terceiro momento, retornar aos objetivos da pesquisa e, especialmente, definir claramente o objeto da representação. 
 					
Spink (1995a) e Souza Filho (1995) apresentam outras formas para coletas de dados na pesquisa das Representações Sociais.
 Entre estas temos: 
a) Associação Livre ou Evocação Livre (EVOC)’ - a partir de um pequeno número de palavras-estímulo, podemos estabelecer associações livres. A técnica de coleta evocação livre foi proposta por Vergés (1992, apud NASCIMENTO-SCHULZE, 2000) que utilizou essa técnica para estudos de Representações Sociais por parte dos respondentes associadas aos conceitos de meio ambiente e natureza.
 					
 Essa técnica consiste em apresentar uma palavra geradora às pessoas e solicitar que produzam expressões ou adjetivos que lhe venham à cabeça.
 					
 
 Técnica dos grupos focais’ - Spinelli (2002) utilizou essa técnica para conhecer o conteúdo das Representações Sociais de Educação Ambiental dos alunos de Licenciatura Plena em Pedagogia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). 
 					
 Oliveira e Werba (2003) consideram essa técnica como um dos instrumentos mais usados e desenvolvidos na investigação das Representações Sociais. Os grupos focais podem ser descritos, basicamente, como entrevistas que se fundamentam na interação desenvolvida dentro do grupo.. 
 					
 
 					
O ponto-chave dos grupos focais é o uso explícito da interação entre as pessoas para produzir dados e insights que seriam difíceis de conseguir fora desta situação. Isso constitui uma vantagem da pesquisa com os grupos focais, ou seja, a oportunidade que estes oferecem para a troca de ideias de determinado tema, em um período limitado de tempo. 
 
 					
O emprego dessa técnica tem como objetivo focalizar melhor o objeto de uma pesquisa; obter dados sobre atitudes, crenças e valores de um grupo ou de uma comunidade. Além disso, auxilia o pesquisador a apreender o vocabulário ou o universo nacional dos sujeitos para poder desenvolver os estudos posteriores

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