AULA 06 - GESTÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

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Gestão na Construção Civil
Aula 6: Gestão de Máquinas e Equipamentos
Apresentação
A gestão de máquinas e equipamentos é fundamental para o desempenho de uma obra de construção civil, seja ela de
qualquer porte.
Nesse sentido, garantir a con�abilidade das máquinas, reduzir suas falhas, evitando-se paradas e riscos para os
operadores através de medidas preventivas é, sem dúvida alguma, um dos procedimentos que proporcionará o resultado
esperado de um empreendimento.
Objetivo
Reconhecer a importância de uma boa gestão quanto ao uso de máquinas e equipamentos por parte de uma
empresa do ramo da construção civil;
Apresentar as melhores práticas preventivas e preditivas no uso de máquinas num canteiro de obras para aumentar
seu rendimento;
Tratar das questões relacionadas à Norma Regulamentadora Nr 12, que aborda segurança para os trabalhadores que
atuam diretamente com equipamentos na construção civil.
A importância da gestão de máquinas e equipamentos
Iniciamos nossa aula tratando da importância da gestão de máquinas e equipamentos na indústria da construção civil,
especialmente nos canteiros de obra. Vejam que, muitas das vezes, a forma como uma empresa administra seus
equipamentos re�etirá de forma decisiva em sua produtividade e no próprio negócio. Nesse sentido, a de�nição do tipo de
equipamento que será utilizado numa determinada obra será preponderante para seu sucesso. É importante considerar:
Na gestão de máquinas e equipamentos, �ca-nos evidenciado que no
segmento da construção civil, muitas perdas poderiam ser evitadas com
uma melhor gestão. De forma geral, todas as obras necessitam de máquinas
ou mesmo de equipamentos, incluindo os de pequeno porte.
Existem muitos problemas que poderiam ser evitados,
como por exemplo, a falta de treinamento para os
trabalhadores, que além de colocar em risco sua integridade
física, prejudica o desempenho do equipamento.
A ausência de práticas preventivas quanto à manutenção
das máquinas e equipamentos é, com certeza, outro fator
fundamental na gestão de perdas, com paradas constantes
de operações e, consequentemente, o não cumprimento de
um cronograma físico – �nanceiro, acarretando prejuízos de
todas as ordens.
O segmento da construção civil é muito especí�co e, com
certeza, se diferencia dos demais por diversas questões e a
falta de uma logística para a gestão de máquinas e
equipamentos não é diferente.
Ampliamos esta análise, considerando que as aquisições
inadequadas de determinado equipamento podem re�etir
esse cenário, ou seja, se um equipamento será utilizado por
curto período, não seria o caso de alugá-lo, ou ainda, se uma
empresa tem maior expertise em sua operação, não seria
mais viável uma operação em conjunto?
 Fonte: shutterstock / Kzenon
 Orientações e sugestões
 Clique no botão acima.
Algumas orientações ou sugestões são realmente importantes:
1. De�na bons fornecedores das máquinas e equipamentos que serão utilizados na obra. Avalie o custo x benefício
deste processo, pois o valor considerado deverá estar atrelado também a sua qualidade. Não deixe de pesquisar antes
de de�nir este parceiro comercial;
2. Veja se realmente você terá a necessidade de adquirir de forma de�nitiva, ou se um contrato de locação por tempo
determinado seria o su�ciente. Em muitas das vezes a alocação de um equipamento por tempo determinado permite
que o próprio locador garanta sua manutenção preventiva;
3. Não deixe de capacitar seus funcionários. O bom rendimento de um equipamento está muito relacionado ao
treinamento de quem irá operá-lo. Sem dúvida alguma, veri�camos que muitas das paradas não programadas, estão
relacionadas à utilização de determinados equipamentos sem a devida capacitação e, elas relacionam-se à quebras ou
acidentes, inclusive com perdas humanas. Logo, a capacitação técnica para a correta utilização de máquinas e
equipamentos, exatamente como orienta a Norma Regulamentadora – NR 12, é um item que consideramos
mandatório neste processo;
4. Manutenções preventivas e preditivas são fundamentais para aumentar o tempo de vida útil de um equipamento. O
cálculo da chamada taxa de falhas, aquela relacionada à curva da banheira, com a equação C = 1 – TF, re�etirá o
quanto sua empresa atua na prevenção de perdas;
5. A questão tecnológica é fundamental para um bom rendimento de uma obra e sua execução dentro do programado,
logo, alguns softwares, e até mesmo aplicativos de celular, prometem facilitar o gerenciamento das obras. Identi�car
as falhas e os desvios em tempo real é fundamental para que as soluções sejam realizadas num curto período,
evitando-se paradas desnecessárias e que irão comprometer o resultado �nal de uma obra. Gerenciar máquinas e
equipamentos com softwares especí�cos, que poderão inclusive nos informar o momento correto de realizar uma
devida manutenção preventiva, ou ainda, se o mesmo passou pelo checklist devido, é outro item que deve ser
amplamente considerado na gestão de uma obra.
6. Algumas empresas recorrem ao sistema de consórcios para manter seu maquinário sempre moderno. Este modelo
é amplamente utilizado no Brasil, visto que o sistema de consórcio de máquinas e equipamentos, poderá garantir a
uma empresa, conforme suas demandas e contratações de obras e serviços, a disponibilidade imediata para garantir a
continuidade de uma contratação. Além disso, o sistema de consórcios de máquinas, garantirá, à médio e longo prazo,
um excelente resultado �nanceiro, onde, a própria contratação de uma obra poderá garantir o custeio deste consórcio
com equilíbrio �nanceiro.
É fundamental que �quemos atentos as orientações acima, para que uma determinada obra cumpra com os prazos
de�nidos em contrato e, garanta ao empreendedor o resultado �nanceiro tão esperado.
Outro fator realmente fundamental no contexto da gestão de máquinas e equipamentos está relacionado a proteção dos
trabalhadores. Os trabalhadores da construção civil têm um ritmo intenso de trabalho e muitas das suas atividades envolvem a
operação de máquinas e equipamentos. Naturalmente, se estes estiverem em más condições, aumentam sensivelmente o
risco de acidentes.
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Saiba mais
Estimativas da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que mais de dois milhões de trabalhadores brasileiros
morrem por ano em virtude de acidentes e doenças decorrentes do trabalho. Quedas, soterramentos e eletrocussão são causas
frequentes de acidentes de trabalho na construção civil. Equipamentos e máquinas com as manutenções em dia colaboram com
a redução de acidentes, trazendo mais segurança para os trabalhadores da construção civil.
 Fonte: shutterstock / Andre Marcelo Santa Maria
Para a proteção dos trabalhadores deste segmento, no Brasil existe a
Norma Regulamentadora NR 12: Segurança no Trabalho em
Máquinas e Equipamentos, devidamente estabelecida pela Portaria
3.214 de 8 de junho de 1978, publicada pelo Ministério do Trabalho e
Emprego.
A NR 12 estabelece as medidas de proteção para garantir a integridade física dos trabalhadores e prevenção de acidentes nas
fases de projeto e utilização de máquinas e equipamentos desde a sua fabricação, importação, comercialização, exposição e
cessão a qualquer título. Porém, não são todas as máquinas e equipamentos a que se aplicam esta norma regulamentadora
(movidos ou impulsionados por força humana ou animal, eletrodomésticos ou expostos em museus, feiras e eventos, desde
que não estejam funcionando).
As medidas de proteção para garantir a segurança na jornada de trabalho devem ser adotadas pelos empregadores, sob pena
de multa para empresa, caso não esteja de acordo com a norma de segurança. Para isso, é preciso aplicar medidas de
proteção coletiva, medidas administrativas ou de organização de trabalho e medidas de proteção individual.
Atenção
Sabemos que a utilização dos EPIs é essencial para o manuseio de algumas máquinas e equipamentos. Por isso, para escolher o
correto equipamento de proteção individual, precisamos analisaro tipo de risco de que devemos proteger o trabalhador. A
identi�cação dos riscos para cada local de trabalho é essencial para garantir a segurança, produtividade e tranquilidade para o
colaborador exercer as tarefas e atividades pro�ssionais.
A NR 12 dispõe as medidas de segurança que devem ser empregadas para a segurança no trabalho em máquinas e
equipamentos. Portanto, para assegurar a proteção à integridade física dos trabalhadores você deve empregar as medidas de
proteção para:
Arranjo físico e instalações;
Instalações e dispositivos elétricos;
Dispositivos de partida, acionamento e parada;
Sistema de segurança;
Dispositivos de parada de emergência;
Meios de acesso permanentes;
Componentes pressurizados;
Transportadores de materiais;
Aspectos ergonômicos;
Riscos Adicionais;
Manutenção, inspeção, preparação, ajustes e reparos;
Sinalização;
Manuais;
Procedimentos de trabalho e segurança;
Capacitação;
Projeto, fabricação, importação, venda, locação, leilão, cessão, exposição e utilização.
 Fonte: shutterstock / Bannafarsai_Stock
Para evitar acidentes de trabalho, as normas de segurança devem ser praticadas e supervisionadas por um pro�ssional
quali�cado e devidamente treinado.
Assim, concluímos esta aula, considerando que, de uma forma ou de outra, para facilitar a vida de uma construtora, e torná-la
mais competitiva, não basta contar com máquinas e equipamentos modernos e produtivos. É necessário que eles estejam
em bom estado de funcionamento. Ao repensar sua rotina de manutenção, você verá que quanto mais planejada e antecipada,
mais ganhos sua empresa pode obter. São vantagens econômicas e sociais que fazem toda a diferença em seu negócio.
Estes ganhos geram melhorias na execução das obras, com redução de impactos de prazo e custo por conta de paradas não
programadas. Protegem o patrimônio da sua construtora ou incorporadora e geram economia.
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Ser uma empresa mais sustentável e colaborar para a redução de acidentes
de trabalho em suas obras, por meio de equipamentos sempre em bom
estado de funcionamento, também são grandes ganhos. A utilização de uma
solução tecnológica especializada em manutenção de ativos tornará a
gestão deste processo fácil e e�ciente.
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Atividades
1. Em relação ao uso correto de máquinas e equipamentos num canteiro de obras, para se aumentar o seu tempo de vida útil é
importante:
a) Garantir que em sua aquisição seja verificado o menor preço dos equipamentos.
b) Assegurar medidas preventivas e preditivas durante sua operação.
c) Substituí-las periodicamente sempre que houver quebras.
d) Não considerar as questões relacionadas a taxa de falhas.
e) Aumentar os desvios numa obra.
2. Marque abaixo a opção que não representa um fator determinante em relação ao bom desempenho de um equipamento
num canteiro de obras.
a) Espaço físico da obra.
b) Sucessivas multas e embargos da obra.
c) Viabilidade técnica e econômica da obra.
d) A capacidade e espaço para locomoção.
e) O cronograma e o processo executivo.
3. Os avanços tecnológicos podem ser decisivos na questão da melhoria dos resultados numa obra. Marque abaixo um fator
decisivo quanto ao uso de metodologias tecnológicas ativas para o bom desempenho de uma obra num canteiro.
a) Possibilidade de punir trabalhadores.
b) Identificar a presença de fiscais.
c) Aumentar os resíduos das obras.
d) Identificar e eliminar os desvios de uma obra.
e) Todas as opções acima estão corretas.
4. Os riscos da indústria da construção civil são diversos e, por este motivo, algumas Normas Regulamentadoras são de
extrema importância para que o ambiente de trabalho, especialmente em canteiros de obras, esteja seguro. Podemos citar as
NR 6, 11, 12, 18 e 35. Marque, neste sentido, a legislação que enquadra as referidas Normas Regulamentadoras no campo da
prevenção de acidentes para os trabalhadores no Brasil.
a) RDC 306 da ANVISA.
b) Lei 6.216 do Ministério do Meio Ambiente.
c) Parecer19 do Ministério da Educação.
d) Portaria 3.214 do Ministério do Trabalho.
e) Nenhuma das opções acima.
5. Na indústria da construção civil, a proteção para os trabalhadores é fundamental. Logo, a Portaria 3.214 de 8 de junho de
1978, de�niu uma Norma especí�ca para proteção e riscos de máquinas em máquinas e equipamentos, extremamente
pertinente nos canteiros de obra. Marque abaixo a Norma Regulamentadora que estamos tratando:
a) NR 7.
b) NR 12.
c) NR 15.
d) NR 9.
e) NR 26.
Notas
Referências
ABIKO, A. K.; MARQUES, F. S.; CARDOSO, F. F.; TIGRE, P. B. Setor de Construção Civil: segmento de edi�cações. Brasília:
SENAI/DN, 2005.
ALVES, T. C. L. Buffering practices in HVAC Ductwork Supply Chains. 286 f. Ph.D. Dissertation. Department of Civil and
Environmental Engineering, University of California, Berkeley, 2005.
ARBULU, R. Improving construction supply chain performance: case study on pipe supports used in power plants. Berkeley,
CA. 2002. 108 f. Master of Engineering Thesis, Department of Civil and Environmental Engineering, University of California,
Berkeley, 2002.
AZAMBUJA, M. M. B. Processo de projeto, aquisição e instalação de elevadores em edifícios: diagnóstico e propostas de
melhoria. 2002. 149 f., il. Dissertação (Pós-Graduação em Engenharia Civil) - Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio
Grande do Sul, Porto Alegre, 2002.
CARDOSO, F. F. Importância dos estudos de preparação e da logística na organização dos sistemas de produção de edifícios:
alguns aprendizados a partir da experiência francesa. São Paulo, 1996.
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Normas Regulamentadoras conforme determina a Portaria 3.214 de 8 de junho de 1978 do Ministério do Trabalho e
Emprego;
Norma Regulamentadora – NR 18 que aborda o PCMAT, documento fundamental em todas as obras;
Principais considerações para aplicação das Normas Regulamentadoras.
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