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RESUMÃO OAB CIVIL - CADERNO DA BIA - CURSO FORUM

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OAB – 2 FASE : CIVIL 
CADERNO DE BEATRIZ JABOUR DE FARIA – APROVADA NO XI 
EXAME DA OAB 
- 10 aulas de direito civil (Prof: Haroldo Lourenço) e 10 aulas de processo civil 
(Prof: Rafael Motta), cada uma de 4 horas. 
- Caderno de questões. 
- Manual de Processo Civil (pblivros. Ed Forense.) – Haroldo Lourenço 
- Enviar peças para o email da II fase 
 -> Aula de Identificação de Peças (Test Drive) 
. Petitória X Possessória: 
Atributos inerentes ao direito de propriedade: Usar, Gozar (ou fruir), Dispor e 
Reaver. 
Reaver o que? A coisa, de quem injustamente a possua ou a detenha, dependendo da 
hipótese. 
Ex: Haroldo e Rafael dizem ser proprietário de um imóvel. Haroldo tem um título de 
propriedade e Rafael o comprou de algm e tb tem um título. É comum algum 
estelionatário vender um imóvel q n é dele. No caso , os dois se dizem proprietário, 
qual a ação cabível? É petitória, pq tem fundamentação na propriedade, ngm está 
falando de posse. A petitória tem causa de pedir com fundamentação na 
propriedade, em um atributo inerente à propriedade, que é o direito a reaver. 
A petitória é a famosa ação reivindicatória, eu ajuizo uma acao reivindicatória 
contra o Rafel reinvindicando o meu direito de propriedade. 
Agora vamos supor que eu, Haroldo, estou no imóvel mas Rafael me notifica 
mandando eu desocupá-lo pq a minha posse seria injusta e ele tem um título de 
propriedade melhor do que o meu. Ao me notificar ele está ameaçando o exercício 
da minha posse, ou seja, o que ele está reivindicando neste momento é a posse, e eu , 
como estou sendo molestado no exercício da minha posse devo ajuizar uma 
ação possessória contra Rafael. São três tipos: manutenção da posse, reintegração 
de posse e interdito proibitório . 
A. Reintegração de posse: fui esbulhado, isto é, perdi a posse completamente 
B. Manutenção da posse: fui turbado, ou seja, eu perdi parcialmente a posse 
C. Interdito Proibitório: Eu sofro uma justa ameaça à posse 
No caso o Rafael se diz proprietário e está ameaçando a minha posse, como eu tenho 
a posse posso manejar contra Rafael uma ação de interdito proibitório. 
Ex: Pedro Barreto ajuiza ação de cobrança contra Rafael. Rafael alienou, por meio de 
promessa de compra e venda, um imóvel para mim, Haroldo mas eu ainda n o levei a 
registro. Ou seja, eu já adquiri o dir real à aquisição do imóvel, sou um promitente 
comprador, mas a minha promessa ainda n foi levada p/o RGI. Dirs reais são 
constituídos a partir do seu registro. O q eu tenho é um instrumento particular n 
registrado de promessa de compra e venda. Pedro penhora o imóvel q está em nome 
do Rafael, neste caso, Haroldo, q tem a posse do imóvel, está sofrendo uma agressão 
a sua posse. Eu só ajuizo ação possessória qd há uma agressão FÁTICA! Mas se a 
agressão é oriunda de um fato judicial vc n ajuiza possessória, pois vc n pode se opôr 
contra uma outra ação por um ato judicial. Sendo assim, eu, que sou um terceiro ao 
processo e sofri uma agressão oriunda do ato judicial, apresento embargos de 
terceiro me defendendo desta agressão judicial, seja uma penhora, um arresto, um 
arrolamento ou etc ( hipóteses do art 1046 do CPC- rol exemplificativo). Sempre que 
eu vier a sofrer uma agressão judicial, isto é, agressão oriunda de um ato judicial. 
RECAPITULANDO: 
- Petitória(Reivindicatória): Agressão Jurídica. Ex: Algm q tem um título 
diz ter um título melhor do q o meu de propriedade. São brigas entre 
proprietários. A petitória tem causa de pedir com fundamentação na 
propriedade (e n na posse), em um atributo inerente à propriedade, que 
é o direito a reaver. 
- Possessórias: Agressão de Fato, agressão fática. Algm invadiu meu imóvel, 
esbulhou (reintegração) ou turbou (manutenção) a minha posse , ou está 
ameaçando a minha posse(Interdito). Estou sendo molestado no exercício 
da minha posse. 
- Embargos de Terceiro: Agressão oriunda de um ato judicial, seja aresto, 
penhora ou outro. (Súmula 84 do STJ). 
“ STJ Súmula nº 84 - Embargos de Terceiro - Alegação de Posse - Compromisso de Compra e 
Venda de Imóvel – Registro 
É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de 
compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro. ” 
Dica: 
Está ocorrendo muitas manifestações-> Vc é advogado do Sérgio Cabral e tem um 
bando de gente em frente ao Prédio do seu cliente e ameaçando invadir a casa dele, 
limitando o exercício da propriedade e da posse dele. O que Sérgio Cabral deve 
ajuizar? A posse dele está sendo ameaçada, sofrendo ameaça ao seu imóvel dele ser 
invadido. Também ocorreu o mesmo com a ALERJ. Então deve ser ajuizada uma 
ação possessória de interdito proibitório p/q o juiz determine uma ordem que 
impeça a invasão daquele imóvel. N interessa se o bem é público ou particular. 
 
. Petição Inicial 
Você precisa identificar a petição inicial, isto é, a ação q vc vai manejar. 
Primeiro passo é descobrir o rito da ação. O processo Civil tem 3 ritos 
basicamente: Ordinário, Sumário e Sumaríssimo. Quando eu falo que uma ação 
tramita pelo rito ordinário é o comum. 
Qd q sua ação tramita pelo sumário? Art 275 do CPC, inc I e II, ou seja, são só 
dois casos(p.411 do livro): a ação proposta envolve até 60 salários mínimos (Inc 
I) ou trata-se de algum das hipóteses de competência do sumário em razão da 
matéria (Inc II). Ex: Acidente de Trânsito, vc ajuiza uma ação indenizatória em 
virtude da ocorrência de acidente de trânsito, com Procedimento Sumário, em razão 
da matéria (275,II, d). 
“ Art. 275 - Observar-se-á o procedimento sumário: 
I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo; 
 
II - nas causas, qualquer que seja o valor: 
a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; 
b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; 
c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; 
d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; 
e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo 
ressalvados os casos de processo de execução; 
f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação 
especial; 
g) que versem sobre revogação de doação; 
h) nos demais casos previstos em lei. (Acrescentado pela L-012.122-2009)” 
 
Ex : Felipe, q tem uma Mercedes avaliada em 300mil, bateu no carro do Rodrigo, que 
está avaliado em 400 mil. Deu perda total em ambos e o valor da causa é de 700 mil, 
pode tramitar no rito sumário? Sim, pq é o que o 275, II d diz. Ou seja, o SUMARIO 
SO TEM LIMITE ATE 60 SALARIOS SE N FOR COMPETENCIA EM RAZAO DA 
MATERIA. Qd a competência é em razão da matéria, como acidente de trânsito, n 
tem limites de valor. Mas aí se vc foi pro sumário só em virtude do valor aí tem q ser 
limitado a 60 salários mínimos. 
A Alínea H diz “ os demais casos na lei”, ou seja, o 275 é exemplificativo, isto quer 
dizer que pode ser cobrado tb os casos de processo sumário previstos nas Leis 
Especiais -> Ações que tramitam no rito sumário em Leis Especiais (será dito 
futuramente em outra aula). 
Ex: Nome Negativado- 
Sérgio recebeu uma carta de cobrança de uma empresa, ele foi até a empresa com 
um comprovante de que aquele valor já estava pago, mas ainda assim, a empresa 
negativou o nome do Sérgio. Qual a ação cabível? Ação Declaratória c/c Obrigação 
de Fazer c/c Indenização por Danos Morais c/c Antecipação de Tutela. 
Declaratória pq tem q declarar que o débito n existe, a obrigação de fazer é tirar o 
nome do Sérgio e cabe danos morais pq o nome foi negativado erroneamente. E 
qual o rito? Há várias opções: rito sumaríssimo (do juizado), rito sumário ou rito 
ordinário, ou seja, n haveria como errar. 
 O rito ordinário é sempre a regra, vc vai utilizá-lo qd n couber o 
sumário e nem o sumaríssimo. O sumário é em causa de até 60 salários 
mínimos ou competência em razão da matéria. O sumaríssimo é 
principalmente em causa de até 40 salários mínimos.Ou seja, isso 
depende do valor da indenização q vc vai pedir, o que pode ser 
representado por “ …” , o que precisa é manter a coerência. Por ex, se vc 
escolher o rito sumárissimo vc n vai pedir honorários e nem condenação em 
ônus sucumbências pq n há honorários no Juizado. 
Ex: Plano de Saúde (Explicação completa na aula seguinte, do prof Rafael) 
Sérgio estava internado no hospital p/tratamento médico e n tinha como se 
manifestar pq estava em coma. O médico diz p/o filho de Sérgio que a situação dele 
é estável e q n há nda p/ser feito no hospital, além disso, o plano de saúde do Sérgio 
é top , entao o medico diz p/o filho do Sérgio requerer Home Care ao plano de saúde 
dizendo que a melhor condição p/o pleno restabelecimento do pai dele era o 
tratamento em casa. O plano n autorizou o home care. Qual a medida judicial 
cabível? Petição inicial de obrigação de fazer (instalação do Home Care) com 
pedido de tutela antecipada. Se o plano era top e cobria tdo, é direito do Sérgio, o 
contrato prevê isso, além do mais, é situação urgente. No momento em que a 
questão diz que o plano cobre tudo é pq há fumus boni iuris, isto é, há 
verossimilhança do direito. Se o plano cobre até remoção com helicóptero é pq tb 
vai cobrir o home care. Vc ja tem prova inequívoca e a verossimilhança já q tem o 
contrato q cobre tudo. E o periculum in mora? O médico disse q a melhor situação 
é o paciente ficar em casa, ficar no hospital poderia afetar sua auto estima, ele 
poderia ficar mais doente e etc, ou seja, há urgência. 
Neste caso vc usa o 273 do CPC, 461 do CPC ou 84 do CDC. Pode usar um deles ou 
todos na questão. 
“ Art. 273 CPC - O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os 
efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se 
convença da verossimilhança da alegação e: 
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou 
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do 
réu.” 
 
“ Art. 461 CPC - Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não 
fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, 
determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do 
adimplemento” 
“ Art. 84 CDC - Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não 
fazer, o Juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que 
assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.” 
Também foi aceita pela banca (além dessa petição inicial de uma ação de obrigação 
de fazer c/pedido de tutela antecipada), uma cautelar inominada para só 
determinar que fosse instalado o Home Care, vc tem os dois requisitos p/isso: 
Fumus Boni Iuris e Periculum in Mora. Tb era possível ajuizar uma cautelar 
preparatória ( 796 e 798 do CPC) onde vc diz q em 30 dias da efetivação da cautelar 
vc ajuizará uma ação principal ( S 482 STJ). Estas duas são ações cautelares. 
“ Art. 796 CPC - O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo 
principal e deste é sempre dependente.” 
“ Art. 798 CPC - Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no 
Capítulo II deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, 
quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito 
da outra lesão grave e de difícil reparação.” 
“ Súmula 482 STJ : “A falta de ajuizamento da ação principal no prazo do art. 806 do CPC 
acarreta a perda da eficácia da liminar deferida e a extinção do processo cautelar.” 
. Recursos 
Foi ajuizada ação e teve sentença condenatória no valor de 300 mil. Iniciou-se a fase 
executiva, que é o cumprimento de sentença. Qual a defesa cabível por parte do 
devedor? Impugnação ao cumprimento de sentença (475-J e 475 L). Ao apresentar 
impugnação ao cumprimento de sentença o juiz acolheu a impugnação extinguindo 
a execução, ou seja, o processo acabou a partir de uma sentença de um juiz. O q cabe 
contra a sentença? Apelação. Agora se o juiz rejeitasse a impugnação é sinal de que a 
execução vai continuar, então o q há é uma decisão interlocutória, cabendo então 
agravo de instrumento (475- M §3). 
“ Art. 475-L. A impugnação somente poderá versar sobre: (Acrescentado pela L-011.232-2005) 
I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; 
II – inexigibilidade do título; 
III – penhora incorreta ou avaliação errônea; 
IV – ilegitimidade das partes; 
V – excesso de execução; 
VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, 
novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença.” 
 
“ Art. 475-M. A impugnação não terá efeito suspensivo, podendo o juiz atribuir-lhe tal efeito 
desde que relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da execução seja manifestamente 
suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação. 
§ 3º A decisão que resolver a impugnação é recorrível mediante agravo de instrumento, salvo 
quando importar extinção da execução, caso em que caberá apelação.” 
 Aula de Peça Processual (Test-Drive) 
 “ José Afonso, engenheiro, solteiro, adquiriu de Lúcia Maria, enfermeira, 
solteira, residente na Avenida dos Bandeirantes 555, São Paulo/SP, pelo valor 
de 100.000 (cem mil reais), uma casa para sua moradia, situada na cidade de 
Mucurici/ES, Rua Central, n 123, bairro Funcionários. O instrumento particular 
de compromisso de compra e venda, sem cláusula de arrependimento, foi 
assinado pelas partes em 02/05/2011. O valor ajustado foi quitado por meio de 
depósito bancário em uma única parcela. 
Dez meses após a aquisição do imóvel onde passou a residir, ao fazer o 
levantamento de certidões necessárias à lavratura de escritura pública de 
compra evenda e respectivo registro, José Afonso toma ciência da existência de 
penhora sobre o imóvel, determinada pelo Juízo da 4 Vara Cível de 
Itaperuna/Rj, nos autos da execução de título extrajudicial n 6002/2011, 
ajuizada por Carlos Batista, contador, solteiro, residente à Rua Rio Branco, 600, 
Itaperuna/RJ, em face de Lúcia Maria, visando receber valor representado por 
cheque emitido e vencido quatro meses após a venda do imóvel. 
A determinação de penhora do imóvel ocorreu em razão de expresso 
requerimento formulado na inicial da execução por Carlos Batista, tendo o 
credor desprezado a existência de outros imóveis livres e desimpedidos de 
titularidade Lúcia Maria, cidadã de posses na cidade onde reside. Elabore a peça 
processual prevista pela legislação processual, apta a afastar a constrição 
judicial invasiva sobre o imóvel adquirido por José Afonso.” 
Passou a residir= posse 
Penhora= Agressão Judicial ao imóvel 
Sempre que um terceiro sofrer uma agressão judicial na sua posse só há um 
caminho: Embargos de Terceiro. 
Se a agressão à sua posse for jurídica: ação petitória, geralmente é uma ação 
reivindicatória com fundamento no direito de reaver a coisa. 
Se a agressão à sua posse for com base em uma fato: Ex- algm invadiu o seu imóvel. 
Cabe uma ação possessória: reintegração de posse (No caso de esbulho – perda total 
da posse), manutenção da posse (No caso de turbação – agressão parcial da posse) 
ou interdito proibitório (Nos casos de ameaça). 
Se a agressão for judicial (ex: juiz determinou uma agressão a sua posse – 1046 do 
CPC): Cabe Embargos de Terceiro. 
“ Art. 1.046 - Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse de seus 
bens por ato de apreensão judicial, em casos como o de penhora, depósito, arresto, seqüestro, 
alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário, partilha, poderá requerer lhe sejam 
manutenidos ou restituídos por meio de embargos.” 
No caso da questão Carlos Batista está fazendo uma execução extra judicial em face 
da Lúcia Maria, a qual está com o imóvel registrado no RGI. Esta ação é só entre 
Carlose Lúcia, e está tramitando na 4 Vara Cível de Itaperuna/RJ. Neste processo, a 
requerimento de Carlos, foi feito uma penhora no imóvel adquirido por José Afonso, 
que é o seu cliente. José Afonso é um terceiro que está sofrendo uma agressão em 
virtude do processo da 4 Vara Cível, então só cabe a ele ajuizar embargos de 
terceiro. 
Qual o Juízo competente? José Afonso quer apresentar embargos ao processo da 4 
Vara Cível. Então os embargos terão que ser distribuídos por dependência ao 
processo principal que já está tramitando na 4 Vara Cível de Itaperuna. O 1049 diz 
que a distribuição é por dependência, então vc tem que indicar isto na sua inicial. 
“ Art. 1.049 - Os embargos serão distribuídos por dependência e correrão em autos distintos 
perante o mesmo juiz que ordenou a apreensão.” 
Obs: N abreviar mto na hora da prova. 
Se n disse a Comarca na questão n é para inventar. 
Cabeçalho: Direcionar ao juízo correto. 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 4 Vara Cível de Itaperuna/Rj 
 
Processo n: 6002/2011 
 
 
Quantas linhas eu pulo? Pode pular 2 linhas, mas isso n vale ponto. O embargante é o 
seu cliente, o José Afonso. 
Qualificação 
 
José Afonso, Nacionalidade (n tem, então é bom colocar … pq vc n pode inventar), 
Engenheiro, Solteiro, Portador da Identidade N … , inscrito no CPF N … , Residente 
na Rua Central 123 Bairro dos Funcionários) , CEP … , vem , por meio do seu 
advogado , 39 I CPC,, com endereço profissional na Rua tal, apresentar 
 
Embargos de Terceiros , no termo dos artigos 1046 do CPC e da Súmula 84 do STJ. 
 
 
“ STJ Súmula nº 84 - Embargos de Terceiro - Alegação de Posse - Compromisso de Compra e 
Venda de Imóvel – Registro 
É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de 
compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro. ” 
 
Quem tem legitimidade passiva? Carlos Batista, pois foi ele quem indicou os bens à 
execução (652 §2 do CPC – credor é quem indica). 
“ Art. 652 - O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da 
dívida 
§ 2º - O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens a serem penhorados (art. 655).” 
 Estrutura Básica da Peça: Competência, Processo, Partes (qualif.), Fatos, 
Fundam Juríd e Pedidos. 
“ Art. 282 CPC - A petição inicial indicará: 
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida; 
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do 
réu; N esquecer da Nacionalidade, ID, CPF 
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; 
IV - o pedido, com as suas especificações; 
V - o valor da causa; 
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; 
VII - o requerimento para a citação do réu.” 
Nós já fizemos competência,, processo e partes. Agora iremos fazer a narrativa, que 
já está pronta, pois foi toda dada pelo problema: adquiriu mediante compromisso de 
compra e venda anterior a dívida da vendedora, que ele tinha posse(morava no 
imóvel), que houve a penhora (turbação q ele está sofrendo na posse) e a Maria 
Lúcia tem outros imóveis. Tudo isso colocamos na narrativa dos fatos, tudo isso é a 
famosa causa de pedir (282, III do CPC) que é formada por fatos (q estão no 
problema)e os Fundamentos Jurídicos (q estão na Lei- DICA: OLHE O ÍNDICE 
REMISSIVO). Em relação aos embargos há o 1046 do CPC, o 1210 do CC e STJ 84). 
 “ Art. 1.046 - Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse de seus 
bens por ato de apreensão judicial, em casos como o de penhora, depósito, arresto, seqüestro, 
alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário, partilha, poderá requerer lhe sejam 
manutenidos ou restituídos por meio de embargos. “ 
Rol é exemplificativo(“ Como”) . 
“ Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no 
de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.” 
“ Art. 1.048 - Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento 
enquanto não transitada em julgado a sentença, e, no processo de execução, até 5 (cinco) dias 
depois da arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura da 
respectiva carta. 
No nosso caso n é processo de conhecimento e sim execução extrajudicial, sendo q 
só houve penhora, isto é, nem chegou a arrematação, adjudicação ou remição, entao 
vc está bem antes do prazo. 
Aqui há a necessidade de distribuição por dependência. 
Ao ler o artigo 1050 do CPC vc percebe q a lei exige que vc faça uma prova sumária 
da posse 
“Art. 1.050 - O embargante, em petição elaborada com observância do disposto no Art. 282, 
fará a prova sumária de sua posse e a qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de 
testemunhas. “ 
A lei exige prova sumária da sua posse e a qualidade de terceiro (José Afonso). É 
só colocar “ José Afonso tem posse, conforme documentos e rol em anexo”. Se vc 
quiser ainda pode colocar : “ Caso n esteja suficientemente provada a posse, requer 
a designação de uma audiência de conciliação, conforme §1 do artigo 1050”. 
“§ 3º A citação será pessoal, se o embargado não tiver procurador constituído nos autos da 
ação principal.” 
O Carlos Alberto, que é o réu, será citado p/receber os embargos, é só colocar “ 
requer seja citado na pessoa do seu advogado mediante diário oficial” 
“ Art. 1.053 - Os embargos poderão ser contestados no prazo de 10 (dez) dias, findo o qual 
proceder-se-á de acordo com o disposto no Art. 803.” 
Percebemos então q está tudo na lei, o importante é assim que definir a peça olhar o 
índice remissivo e ler os artigos referentes a ela. 
Pedido: 
 
A. citação do réu 
 
B. condenação do réu nas custas e sucumbencias: quem dá causa a agressão 
arca com os ônus sucumbenciais-princípio da causalidade. 
 
C. Protesta por todos os meios de prova, principalmente documentais e, se 
necessário, testemunhais, conforme rol em anexo 
 
Local … , Dia … , mês … , ano… 
Advogado … OAB n … 
 
 
O código permite que vc requeira liminarmente a suspensão do processo, pois isso 
evita que ocorra a penhora. Vc prova sumariamente a sua posse e pede a suspensão. 
Pedir que o juiz dê efeito suspensivo aos seus embargos, é uma tutela de urgência 
que pede que seja suspenso o processo de execucao extrajudicial feito pelo Carlos, 
evitando a agressão à sua posse. Isso n foi exigido pela banca. 
 Aula de Peça Processual 2 (Test Drive) 
Peça de Plano de Saúde (complementa exemplo dado na aula passada) 
“ Em 19 de março de 2005, Agenor da Silva Gomes, brasileiro, natural do Rio de 
Janeiro, bibliotecário, viúvo, aposentado, residente na Rua São João Batista, n. 
24, apartamento 125, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, contrata o Plano de 
Saúde Bem Estar para prestação de serviços de assistência médica com 
cobertura total em casos de acidentes, cirurgias, emergências, exames, 
consultas ambulatoriais, resgate em ambulâncias e até mesmo com uso de 
helicópteros, enfim, tudo o que se espera de um dos melhores planos de saúde 
existentes no país. Em 4 de julho de 2010, foi internado na Clínica São Marcelino 
Champagnat, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, vítima de grave acidente 
vascular cerebral (AVC). Seu estado de saúde piora a cada dia, e seu único fiho 
Arnaldo da Silva Gomes, brasileiro, natural do RJ, divorciado , dentista, que 
reside em companhia do pai, está seriamente preocupado. 
Ao visitar o pai, no dia 16 de julho do mesmo ano, é levado a direção da clínica e 
informado pelo médico responsável, Dr Marcos Vinicius Pereira, que o quadro 
comatoso do Sr Agenor é de fato mt grave, mas n há motivo p/que ele 
permaneça internado na UTI (Unidade de Tratament Intensivo) da clínica, e sim 
em casa com a instalação de home care com os equipamentos necessários à 
manutenção de sua vida com conforto e dignidade. 
Avisa ainda que, em 48 hrs, n restará outra saída senão dar alta ao sr Agenor 
p/q ele continue com o tratamentoem casa, pois certamente é a melhor opção 
de tratamento.Em estado de choque com a notícia, vendo a impossibilidade do 
pai de manifestar-se sobre o seu próprio estado de saúde, Arnaldo entra em 
contato imediatamente existe com o plano de saúde, e este informa que nada 
pode fazer, pois n a possibilidade de instalar home care p/garantir o 
tratamento do paciente. 
Desesperado, Arnaldo procurar você, advogado (a), em busca de uma solução. 
Redija a peça processual adequada, fundamentando-a apropriadamente. 
Relação contratual (contrato de seguro de saúde), qlqr descumprimento, seja por 
parte de agenor ou da Bem Estar gera responsabilidade contratual, no entanto, isso 
é irrelevante pq estamos falando de uma relação de consumo, entao qlqr 
inadimplemento contratual o q se aplica é o CDC. Agenor e o plano tem uma relação 
contratual constituída. O plano, como dito na questão, cobre qlqr problema, e é um 
dos melhores planos de saúde do país, então, ao negar a instalacão do home care a 
empresa torna-se inadimplente, gerando responsabilidade civil, neste caso, é uma 
responsabilidade civil na relação de consumo. 
Trata-se de uma ação de conhecimento, que deve seguir o rito ordinário, pois n 
temos aqui o valor do Home Care p/encaminhar pro rito sumário em razão daqueles 
60 salários. Rito ordinário: aplica-se o art 282 do CPC. 
Qual a competência? Como se trata de relação de consumo devemos olhar o artigo 
101 , I do CDC que permite a propositura da ação no domicílio do consumidor 
(autor). Agenor é o autor da ação, pois é o contratante, daí a legitimidade ativa, mas 
como ele está em coma, o seu filho irá representá-lo. 
“ Art. 101 - Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem 
prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste Título, serão observadas as seguintes normas: 
I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;” 
 
Qualificação: 
 
Agenor, neste ato representado por seu filho Arnaldo, maior e capaz, vem propôr a 
presente ação de responsabilidade civil nas relações de consumo em face da Bem 
Estar. 
 
Precisa qualificar os dois. Agenor reside na Rua São João Batista, na barra da tijuca, 
q é foro regional. 
=> Ordem: Foro Regional – Comarca - Estado 
Cabeçalho: 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direto da … Vara Civel do Foro Regional da 
Barra da Tijuca da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
Para questão de competência vc pode aplicar de forma subsidiária o CPC , que 
permite propôr a ação no local do fato , ou no domicílio do réu qd este é pessoa 
jurídica. 
Seguindo o 282 do CPC vc vai expôr os fatos e entrar na fundamentação jurídica 
(causa de pedir). A fundamentação jurídica, inicialmente, vc precisa fazer uso de 
uma tutela antecipada, além de antecipada ela tem um caráter repressivo , e não 
inibitório, pois a lesão já ocorreu ( negação da Home Care). Sendo assim, você 
precisa preencher requisitos do 273 do CPC e do 84 CDC (trata da execucao 
especifica decorrente da obrigação de fazer, decorrente de relação de consumo), 
requerendo a instalação do home care, que é a obrigação de fazer. Requisitos: fumus 
boni iuris e periculum in mora. 
“ Art. 273 - O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos 
da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da 
verossimilhança da alegação e: (Alterado pela L-008.952-1994) 
 
I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou 
II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do 
réu.” 
 
“ Art. 84 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o 
Juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o 
resultado prático equivalente ao do adimplemento. 
Agora é a hora de fundamentar todo o embasamento na responsabilidade contratual existente 
com base no CDC.” 
Note que estamos diante de um vício do serviço e dpois de um fato do serviço. 
Vício do Serviço (art 12 do CDC): Serviço n está sendo prestado da forma 
contratada, pois vc contratou uma cobertura completa mas estão te negando o home 
care. 
 “ Art. 12 - O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador 
respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos 
causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, 
montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem 
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos “ 
Fato do Serviço : a negativa do home care atinge a integridade psicofísica do 
consumidor, que s/o home care n poderá ir pra casa, podendo a vir morrer. 
 “ Art. 14 - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela 
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos 
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
§ 1º - O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode 
esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: 
I - o modo de seu fornecimento; 
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
III - a época em que foi fornecido.” 
 
Você tb pode sustentar a existência de dano moral dado ao inadimplemento, além de 
toda lesão à integridade psíquica que Agenor venha a sofrer com a negativa do home 
care. 
Nesta fundamentação jurídica tb podemos utilizar o preceito do art 6, inc VIII do 
CDC, requerendo a inversão do ônus da prova ao juiz. Neste caso a inversão é ope 
judicis, isto é, depende de decisão judicial, onde temos que apresentar a 
verossimilhança nas alegações (a simples apresentação do contrato já demonstra 
isso) ou a hipossuficiência (consumidor tem hipossuficiência a frente da seguradora 
de saude). No caso estão os dois requisitos presentes, mas pode ser um ou outro. 
“ Art. 6º São direitos básicos do consumidor: 
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu 
favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele 
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;” 
Resumindo fundamentação jurídica (que vem após os fatos): Antecipação de Tutela 
( 273 CPC, 461 CPC e 84 do CDC), vício do serviço, fato do serviço, inversão do ônus 
da prova, dano moral. 
Agora falaremos do pedido, que é condenatório: 
1) Requer a citação do réu 
2) Requer a inversão do ônus da prova 
3) À título de Antec. De Tutela: Obrigar a empresa ré a realizar a instalação do 
home care. É um pedido condenatório de obrigação de fazer, sob pena de 
multa diária. 
4) Condenação na obrigação de fazer, em caráter definitivo, p/confirmar a 
antecipação de tutela que foi realizada. 
5) Condenação pelos danos morais sofridos 
6) Condenação em custas e honorários advocatícios 
7) Requer a produção de todos os meios de provas admitidos em direito, uma 
vez q o rito é o ordinário, permitindo portanto este requerimento 
generalizado. 
N esquecer de cumprir o 39, I : endereço e nome do advogado, além de dar um valor 
à causa! 
“ Art. 39 - Compete ao advogado, ou à parte quando postular em causa própria: 
I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em que receberá intimação;” 
 
Diante do exposto requer: 
A) A condenação do réu, à título de ant de tutela, na obrigação de instalar o 
Home Care na casa do autor, sob pena de multa diária a ser arbitrada por este 
juízo, nos termos do artigo 461 do CPC e 84 do CDC. 
B) A confirmação, em caráter definitivo, da condenação do réu nos termos 
pretendidos na antecipação de tutela. 
C) Condenação do réu ao pagamento dos danos morais sofridos. 
 
 
 Simuladão (Test Drive) 
 
Questão 1) Ascânio, em fevereiro de 2010, firmou documento destinando todos 
os seus órgãos paradoação post mortem para fins terapêuticos. Em março de 
2013, Ascânio morre em acidente automobilístico. Seu corpo é examinado pelos 
médicos responsáveis pelos transplantes, que concluem pela possibilidade do 
aproveitamento de rins, córneas, fígado e coração. Para eficácia dos 
transplantes, é imperioso que a retirada dos órgãos seja feita imediatamente, 
mas Maria da Piedade, esposa de Ascânio, transida de dor pela perda de seu 
marido, opõe-se ao procedimento, exigindo o pronto sepultamento. Os médicos, 
embora imbuídos da missão pública de promover saúde da população, temem 
ser responsabilizados civilmente caso Maria da Piedade venha a ser 
contrariada. Dada a urgência da situação, você como advogado (a) do hospital é 
consultado. Aponte o melhor caminho a tomar. 
A questão trata de atos de disposição do próprio corpo, tema dentre os direitos 
da personalidade. O corpo é talvez um dos principais dirs da personalidade e ele 
está disciplinado nos arts 13 a 15 do CC. Pela leitura do 13 percebemos que é 
possível dispôr do próprio corpo, desde que esta disposiçao n cause diminuição 
permanente da integridade física e n viole os bons costumes, como por ex: Fazer 
tatoo, lutar no UFC, cortar cabelo e etc. Então eu não posso dispôr do meu corpo qd 
causa diminuição permanente da integridade física ou contraria os bons costumes, 
como por ex, arrancar o meu próprio braço. “ Bons Costumes” é um conceito 
indeterminado e que sofre mutações, como por ex, antigamente tatuar todo o corpo 
era contra os bons costumes, atualmente isto é mais aceito. 
O artigo 13 tb diz que mesmo causando diminuição permanente da integridade 
física e contrariando os bons costumes é possível dispôr do próprio corpo desde que 
seja por exigência médica. Ex: Amputar o braço. 
E a disposição do próprio corpo depois da morte? O 13 § un fala da disposição do 
próprio corpo ainda em vida mas no q desrespeita a doação de órgãos, o que nos 
remete a Lei Especial de Transplante de Órgãos(9434/97). A disposição do 
próprio corpo pós mortis está exclusivamente no artigo 14, que n faz menção a qlqr 
lei complementar, portanto é ele que iremos aplicar. O artigo 14 permite a 
disposição do próprio corpo no todo ou em parte p/dpois da morte, desde que 
p/fins altruísticos ou estudo. Ex: destinar meu corpo p/ uma universidade ou doar 
meus órgão após a minha morte. 
“ Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando 
importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. 
Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma 
estabelecida em lei especial.” 
“ Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio 
corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. 
Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.” 
Sendo assim, o artigo 14 permite a doação de órgãos após a morte, desde que em 
vida a pessoa tenha manifestado vontade inequívoca nesse sentido. 
Mas qual o problema da questão? O artigo 9 da Lei 9434/97 (Lei Especial de 
Transplante de Órgãos) diz que a doacão pós mortem depende de autorização dos 
parentes do morto, ou seja, ela ignora o artigo 14. Temos então uma lei de 97 q exige 
permissão dos parentes do morto e o CC de 2002 q permite a doação desde q em 
vida o individuo tenha manifestado vontade inequívoca neste sentido. Orientação 
da doutrina e da jurisprudência: deve ser aplicado o Código de 2002, que 
disciplina especificamente a doação de órgão pós mortem e n faz menção a 
qlqr lei específica, portanto, a vontade manifestada de forma inequívoca em 
vida tem que permanecer em face da vontade dos familiares após a morte, 
pois eu posso dispôr do meu próprio corpo em vida para dpois da morte (art 
13 e 14). 
A única hipótese em que os familiares tem dir a manifestar sua vontade acerca da 
doação de órgãos daquele morto é qd este n se manifestou sobre isto em vida. 
“ Art. 9 da Lei 9434/97: É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de 
tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em 
cônjuge ou parentes consangüíneos até o quarto grau, inclusive, na forma do § 4o deste artigo, 
ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à 
medula óssea.” 
Questão 2) João e Maria, companheiros, vivendo sob o mesmo teto desde janeiro 
de 2007, têm dois filhos e ocupam imóvel público que invadiram no início da 
convivência. O imóvel está situado em área urbana da Cidade do Rio de Janeiro e 
mede 232m2. João e Maria não são titulares de outro imóvel urbano ou rural. O 
poder público notifica-os estabelecendo prazo de sessenta dias para a 
desocupação do referido bem. Pergunta-se: quais os direitos de João e Maria? 
 
O que é usucapião? É uma modalidade de aquisição originária da propriedade móvel 
ou imóvel pelo exercício de uma posse qualificada (ad usucapionem). É a posse 
qualificada que gera a propriedade. Quais são os requisitos dessa posse qualificada? 
A) Posse Mansa e Pacífica, ou seja, sem oposição 
B)Ininterrupta 
C)Por período de tempo previsto em lei 
D)Sob um bem apropriável, ou seja, bem público n pode ser usucapido (CC,102) 
E) Tem que ser uma posse com animus, isto é, com intenção de ser proprietário. É 
justamente por conta deste animus que o usufrutuário e locatário n podem usucapir. 
João e Maria n podem usucapir este bem pq o imóvel é público(CC, art 102). O 
objetivo da banca é q vc responda q é possível usucapir com base no artigo 1240 do 
CC, que trata da usucapião especial urbana, modalidade tb presente no art 183 do 
CC. Nesta usucapião é preciso q o bem fique em área urbana, com limite de até 250 
m, os ocupantes n podem ter outro imóvel rural ou urbano e é preciso que eles 
estejam no local há mais de 5 anos, ou seja, é fácil se confundir achando que tal 
usucapião está caracterizada. Contudo, há o requisito do bem ser apropriável, o q n é 
cumprido aqui. 
“Art. 102 CC. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.” 
“ Art. 1.240 CC. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros 
quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia 
ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel 
urbano ou rural.” 
Obs: No artigo 1238 temos a usucapião extraordinária; no 1239 temos a usucapião 
especial rural; no 1240 a usucapião especial urbana; 1240-A a usucapião por 
abandono do lar ; e 1243 a usucapião ordinária que precisa de justo título e boa fé. 
Então quais seriam os dirs de João e Maria? Primeiramente respondemos que eles n 
tem direito a usucapião. Se eles forem possuidores de boa fé, aplicaremos o artigo 
1219 do CC que nos diz que os possuidores de boa fé podem ser indenizados pelas 
benfeitorias necessárias e úteis realizadas no bem, e ainda podem levantar as 
voluptuárias se n danificarem o bem. Enquanto n forem indenizados pelas 
necessárias e úteis eles podem reter a coisa até a indenização ser paga. 
“ Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e 
úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o 
puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das 
benfeitorias necessárias e úteis.” 
Mas eles são possuidores de boa fé? A questão fala de invasão, então se eles 
invadiram um imóvel público e o poder público n ficou inerte, já q os notificou, n há 
dúvida de que a posse deles n é de boa fé e sim de má fé. 
Tem q explicar q n pode usucapir e nem indenizar. 
Apesar disso, possuidor de má fé, de acordo com art 1220 pode ser indenizado por 
eventuais benfeitorias necesárias que realizou no bem. A questão n fala nda sobe 
benfeitorias, mas isso pode ser citado. O mais importante é dizer q n pode usucapir. 
“ Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serãoressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não 
lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.” 
Questão 3) A arquiteta Veronise comprou um espremedor de frutas da marca 
Bom Suco. Quarenta dias após Veronise iniciar sua utilização, o produto 
quebrou. Veronise procurou uma autorizada e foi informada de que o aparelho 
era fabricado na China e não havia peças de reposição no mercado. No mesmo 
dia, ela ligou para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa. A 
orientação foi completamente diferente: o produto deveria ser levado para o 
conserto. Passados 30 dias da ocasião em que o espremedor foi encaminhado à 
autorizada, o fabricante informou que ainda não havia recebido a peça para 
realizar o conserto, mas que ela chegaria em três dias. Como o problema 
persistiu, o fabricante determinou que a consumidora recebesse um espremedor 
novo do mesmo modelo. 
 
Diante da situação apresentada, responda aos itens a seguir, empregando os 
argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. 
 
a) O caso narrado caracteriza a ocorrência de qual instituto jurídico, no que se 
refere ao defeito apresentado pelo espremedor de frutas? 
 
b) Como advogado (a) de Veronise, analise a conduta do fornecedor, indicando 
se procedeu de maneira correta ao deixar de realizar o reparo por falta de peça 
e determinar a substituição do produto por um novo espremedor de frutas. 
 
O espremedor de frutas que quebra frusta a expectativa do consumidor, portanto 
gera resp civil nas relações de consumo. Numa relação de consumo a 
responsabilidade pode ser dividade em : responsabilidade pelo vício do produto (ou 
serviço) ou responsabilidade pelo fato do produto (ou serviço). 
 
A. Vício do Produto (Ou serviço): É instrínseco, isto é, desrespeita ao produto 
ou serviço e n atinge a integridade psicofísica do consumidor. Ele frustra a 
expectativa do consumidor, pois o serviço (ou produto) n alcança ao fim ao q 
se destina. Ex: TV q n liga, Tranporte aereo p/sair as 08 da manha e só sai as 
24h. 
B. Fato do Produto (Ou serviço): É a repercurssão externa do vício, ele é 
extrínseco. Ele atinge a integridade psicofísica do consumidor. Ex: O 
espremedor de frutas espreme mal, ou seja, tem um vício e em razao deste 
vício meu dedo é arrancado. Ex 2: Contrato transporte aéreo, há um atraso e 
eu perdi uma reunião de trabalho. 
O espremedor q n funciona é vício do produto pq ele simplesmente quebrou. 
 
Quem responde pelo vício do produto (art 18 do CDC)? É de todos que 
participaram da cadeia produtiva, é uma responsabilização solidária, ou seja, 
eu posso reclamar o vício do comerciante, do transportador, do importador e etc. 
 
A vítima de um vício do produto pode fazer o que? Requerer a substituição das 
partes viciadas, e só! E somente isso, n pode requerer um novo. 
Mas o prazo do fornecedor p/ substituir essas partes viciadas é de 30 dias( §1) 
, se ele n o faz neste prazo aí o consumidor pode exigir um outro produto de 
mesma espécie, o dinheiro de volta c/perdas e danos ou o abatimento de 
preço. 
 
“ Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem 
solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou 
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles 
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, 
rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, 
podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. 
 
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha: 
 I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; 
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço.” 
 
Não se pode esquecer que os prazos p/reclamar vício são decadenciais e eles 
estão no artigo 26 do CDC. Quais são eles? Para os produtos e serviços n duraveis 
são 30 dias e para os duráveis são 90 dias. 
 
“ Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: 
 
 I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; 
II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. 
 
§ 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do 
término da execução dos serviços. 
 
§ 2° Obstam a decadência: 
I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de 
produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma 
inequívoca; 
II - (Vetado). 
III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. 
 
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar 
evidenciado o defeito. “ 
 
Atenção ao § 1 e §3: o primeiro diz que para os vícios aparentes ou de fácil 
constatação o prazo tem início na data da entrega do produto; enquanto o 
terceiro diz q para os vícios ocultos o prazo tem início na data em q vc toma 
conhecimento do vício. 
 
No caso da questão o vício é oculto ou aparente? Eu posso sustentar que o vício é 
oculto, pq ele funcionou bem e só dpois de 40 dias é que quebrou, então, a Veronice 
tem 90 dias a partir da data da quebra para reclamar do vício. São 90 dias pq o 
produto é durável. O primeiro passo da Veronice é levar o espremedor de fruta até o 
fornecedor e exigir a substituição da parte viciada, e este fornecedor tem 30 dias p/ 
substituir tal parte. Só após esses 30 dias é que Veronice pode tomar as 
providências do § 1 do artigo 18. 
 
N podemos esquecer de prestar atenção no artigo 26 §2, I :enquanto o fornecedor 
estiver com esse aparelho o prazo decadencial de 90 dias fica suspenso, e qd o 
produto retorna é que o prazo volta a correr. Se o problema persistir eu reclamo 
judicialmente exigindo uma das providências do §1 do art 18. 
 
Vamos analisar os prazos da Veronice: passou 30 dias da ocasião em q o espremedor 
foi encaminhado à autorizada e ele n foi consertado, ou seja, como o problema 
persistiu o fabricante determinou que a consumidora recebesse um esmpremedor 
de mesmo modelo, no entanto, n é o fabricante que escolhe e sim o consumidor, que 
resolve quais das providências que ele quer. Após a entrega, Veronice ainda pode 
ajuizar ação pq está dentro do prazo. 
 
Respostas: 
A) Vício do Produto (art 18). 
B) A postura do fornecedor n foi adequada pq cabe a Veronice, e n ao 
fornecedor, escolher o quer quer, dentro do § 1 do art 18, em face do prazo 
de 30 dias expirado. 
Questão 4) Carlos, arquiteto famoso e extremamente talentoso, assina um 
contrato de prestação de serviços com Marcelo, comprometendo-se a elaborar 
e executar um projeto de obra de arquitetura no prazo de 06 (seis) meses. 
Destaque-se, ainda, que Marcelo procurou os serviços de Carlos em virtude do 
respeito e da reputação que este possui em seu ramo de atividade. Entretanto, 
passado o prazo estipulado e, após tentativas frustradas de contato, Carlos 
não realiza o serviço contratado, não restando alternativa para Marcelo a não 
ser a propositura de uma ação judicial. 
 
Diante do caso concreto, responda fundamentadamente: 
 
A) Tendo em vista tratar-se de obrigação de fazer infungível (personalíssima), 
de que maneira a questão poderá ser solucionada pelo Poder Judiciário? 
 
B) Considere que em uma das cláusulas contratuais estipuladas, Carlos e 
Marcelo, em vez de adotarem o prazo legal previsto no Código Civil, estipulam 
um prazo contratual de prescrição de 10 anos para postular eventuais danos 
causados. Isso é possível? 
 
Estamos trabalhando com contrato de prestação de serviços , que tem como objeto 
uma obrigação de fazer. Marcelo contratou Carlos devido a expertise deste neste 
assunto, então n há dúvidas de quea obrigação de fazer é personalíssima. 
 
A obrigação de fazer tem duas espécies: 
A. Fungível: Pode ser realizada por um terceiro. Ex: Contrato um pintor 
p/pintar minha casa de branco, pode ser realizado por vários pintores. 
B. Infungível: É a personalíssima, que só pode ser realizada pelo devedor. Ex: 
Eu contrato o pintor X p/pintar minha parede com um desenho que só ele 
sabe fazer, dessa forma, só ele pode realizar. 
A obrigação de fazer n foi cumprida, ou seja, há um inadimplemento. O 
inadimplemento pode ser: 
A. Absoluto: Credor n tem mais interesse no cumprimento da obrigação. Ex: Eu 
contrato serviços de X p/fotografar meu casamento mas X n apareceu, então 
ele perdeu o dia e eu, a contratante, n tenho mais interesse no adimplemento 
daquela obrigação. Resta ao credor exigir do inadimplemente perdas e 
danos. 
B. Relativo: Credor ainda tem interesse no cumprimento da obrigação, então é 
possível exigir do devedor a execução específica da obrigação cumulada 
com perdas e danos. Ex: Eu empresto meu carro p/ vc me devolvê-lo no dia 
10, já é dia 15 e vc n o devolveu mas eu ainda tenho interesse na entrega do 
carro, então o inadimplemento é relativo, assim eu posso exigir a execução 
específica, q é a entrega (através busca e apreensão, reintegração de posse e 
etc) junto a perdas e danos. 
A obrigação fungível admite execução específica, que é cumprida como? 249 do cc 
diz q é contratando um terceiro p/realizar a obrigação e cobrando o q vc gastou do 
verdadeiro devedor. 
“ Art. 249 CC. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo 
executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização 
cabível.” 
Como devemos lidar com o inadimplemento de uma obrigação de fazer infungível? 
Este inadimplemento admite execução específica? Não admite, pq n há como 
contratar um terceiro, então a obrigação automaticamente se converte em perdas e 
danos ( 247 do CC). O inadimplemento de uma obrigação infungível é sempre 
absoluto(247 CC). 
“ Art. 247 CC. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a 
prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.” 
Respostas: 
A) Conversão da obrigação em perdas e danos (247 CC) 
B) Não, pois o artigo 192 do CC diz que os prazos prescricionais estão em lei, então n 
é possivel modificar por contrato. Tais prazos estão no artigo 205 e 206 do CC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AULAS REGULARES – 2 FASE OAB - 
 PROCESSO CIVIL - Prof Haroldo Lourenço 
 oab2civil@cursoforum.com.br - Mandar as peças p/este email 
Monitora: Joice Oliveira 
haroldoaldasilva@hotmail.com 
 
AULA 1: 20/08 
Enviar até 2 feira. Entrar no site da OAB FGV e imprimir as folhas de rascunho, 
é p/fazer as peças à mão nesta folha oficial, aí scaneia e envia até segunda 
feira. 
Questão 1) 2- Mario dos Santos (brasileiro, solteiro, engenheiro, domiciliado e 
residente, na cidade do Rio de Janeiro, na Avenida Nossa Senhora de 
Copacabana, n.º 1000, apto. 608, inscrito no CPF sob o n.º 000.000.001-00), 
adquiriu em estabelecimento comercial da Vende Tudo Ltda. (sociedade 
estabelecida, na cidade de Petrópolis, RJ, na Rua Imperial, n.º 10 e inscrita no 
CNPJ sob o n.º 123/0001-00) um aquecedor elétrico, fabricado por ABC Produtos 
Elétricos e Eletrônicos S/A (sociedade estabelecida na cidade de Campos dos 
Goytacazes, RJ, na Avenida Desembargador Amaro Martins de Almeida, n.º 271, 
e inscrita no CNPJ sob o n.º 456/0001-00). Em virtude de um defeito de 
fabricação, o aquecedor elétrico explodiu, provocando incêndio em pequena 
casa que Mário tem na cidade de Petrópolis (RJ). Em decorrência da explosão, 
além dos danos causados ao imóvel, Mário sofreu ferimentos nas mãos e no 
rosto, ficando parcialmente desfigurado e impossibilitado de desenvolver suas 
atividades profissionais pelo prazo de 6(seis) meses. Você, como advogado, foi 
procurado por Mário, que lhe expõe os fatos, acrescentando que não tem, neste 
momento, como saber qual o exato montante dos prejuízos sofridos em razão da 
parcial destruição do imóvel de Petrópolis, e que tão pouco pode precisar, de 
antemão, o que deixou de ganhar no período de cessação de suas atividades 
profissionais, por ser engenheiro que trabalha como profissional liberal. 
Redija a petição inicial da ação que, a seu ver, deve ser proposta, nas 
circunstâncias descritas. A petição - a ser assinada pelo advogado José Pinheiro 
(OAB/RJ 002), com escritório, na cidade do Rio de Janeiro, na Rua da Ajuda, n.º 
20, Sala 801 – deverá justificar, explicitamente, a escolha do foro a seu ver 
competente. 
 
Dica da FGV: Nesta questão, q é bem antiga, aplicada antes da prova ser realizada 
pela OAB, é dado inúmeras qualificações, o q n é comum atualmente. Vc tem uma 
mailto:oab2civil@cursoforum.com.br
mailto:haroldoaldasilva@hotmail.com
folha de rascunho e a peça tem 150 linhas, na folha de rascunho é pra fazer uma 
estrutura meinima do q vc n pode esquecer na folha oficial. Sempre é bom colocar 
artigos , pq a correção vai mto pelos artigos escritos. Na hora de fundamentar vc n 
precisa ser extenso pq vc só tem 150 linhas na sua peça , é bom ser conciso 
 
 
 
Se o fabricante está perfeitamente indicado, o comerciante responde imediatamente 
pelos prejuízos? A relação estabelecida entre o comprador, comerciante e fabricante 
é de consumo, então aplicamos o CDC. No CDC a responsabilidade civil, em regra, 
é objetiva e solidária entre todos que participam da relação de consumo. Ex: 
Comprei no site do shoptime e paguei com meu cartão de crédito, ambos são 
conveniados e consequentemente respondem solidariamente. 
 
Porém, o comerciante tem uma responsabilidade, que é uma exceção: 
subsidiaria, portanto ele só responde se o fabricante n for identificado. Se a 
peça identificou os dois, a legitimidade passiva é do fabricante, ou seja, ele é o réu. 
Nestes casos relvantes é bom abrir um tópico explicando o pq dessa escolha na 
legitimidade passiva. 
 
A sua peça basicamente é: 
 Competência 
 Qualificação do autor e réu 
 Nome da Ação 
 Subitems, entre eles pode haver o “ Da Legitimidade Passiva” 
Seria algo assim: “ Está sendo perfeitamente indicado o fabricante , n colocando o 
comerciante, pois se trata de caso de responsabilidade subsidiária, de acordo com 
artigo 13 do CDC.” 
Já identificamos a legitimidade ativa (obviamente é o Mário) e passiva (fabricante). 
Agora temos que analisar se houve fato ou vício: houve fato do produto, pois é 
externo, trouxe sequelas psicofísicas. 
Em decorrência da explosão houve: 
 Danos materiais: Danos causados ao imóvel. Danos materiais n se presumem, 
dependem sempre de comprovação, daí ser necessário colocar no pedido “ 
Requer danos materiais, comprovados conforme docs em anexo”. Mário n 
teve como quantificar, entao o pedido terá que ser feito de maneira genérica 
p/ser apurado em posterior liquidação de sentença. 
 Danos estéticos: O Mário ficou desconfigurado. 
 Dano Moral 
 Lucros Cessantes: deixou de ganhar pq n pode trabalhar. Como ele n soube 
qualificar o qt deixou de ganhar o pedido é genérico p/posteriormente ser 
liquidado. 
Dica FGV: Toda vez q vc tiver obrigado a fazer um item na peça por exigência 
legal, p/ n se identificar a banca adotou a ideia de reticências. O dano estético e 
moral n são genéricos, eles precisam se manifestar de forma certa e determinado, 
então é p/ escrever: “ Vem a requerer dano moral no valor de R$ … “ ). N é p/ pedir 
um valor q vc inventa pq isto pode ser visto pela banca como se vc estivesse se 
identificando. É para usar as reticências tb na qualificação qd vc n tiver todos os 
dados. 
Por fim, tb foi pedido na questão p/ q fosse justificado, explicitamente, a escolha do 
foro competente. Qual o juízo competente p/ajuizar esta ação? No caso há o 
domicílio do autor em copacabana e o domicílio do réu (fabricante) é em Campos do 
Goytacazes. 
CRITÉRIOS DE COMPETÊNCIA: 
1) Pessoa: A pessoa no processo é que vai estabelecer o juízo competente.Ex: A pessoa é militar e recebe td mês um desconto indevido no contra-cheque, tal 
ação tem q ser proposta contra a União (o exército é órgão e por isso é 
despersonalizado e n pode haver nenhuma ação contra ele, entao a ação é contra o 
ente a que pertence este órgão, no caso, a União. Se eu tiver uma ação contra União, 
Autarq Federal ou Empr Pública Fed. a competência é da Justiça Federal – 109, I. 
Lembrando que Juiz Estadual é Juiz de Direito, enquanto que Juiz Federal é 
simplesmente Juiz Federal e n há comarca e sim Seção Judiciária). 
 
2) Matéria: A matéria determina a competência. Ex: Família, Cível, Órfãos e 
Sucessões. Se a banca n explicar que a vara é de família ou vc n souber se há 
varas especializadas naquela Comarca é pra vc indicar qlqr uma que tenha a 
ver com a situação. Ou seja, se o assunto for de família é bom vc indicar a 
vara de família mas se vc indicar a cível a FGV n tirará ponto por isso. 
 
3) Valor: O valor da demanda vai fixar a competência. Se a ação for 
direcionada pro rito sumário é pq ela envolve até 60 salários mínimos; se for 
direcionada pro Juizado Especial Cível (Onde n pode pedir honorários!!!), em 
regra, vai até 40 salários mínimos ( art 3, I da Lei 9099/95). 
Ex: Em relação ao exemplo do militar contra União, se a ação envolver menos de 
60 salários mínimos ela será ajuizada no Juizado Especial Federal ( Art 3 da Lei 
10259/01. É para sublinhar com marca texto). 
Ex 2:Funcionário é professor do município e quer ajuizar ação p/revisar o valor do q 
ele recebe do município. Essa ação tem que ser contra o Município e se envolver 
menos de 60 salários mínimos ela terá q ser ajuizada no Juizado Especial de Fazenda 
Pública. ( Art 2 § 4 da Lei 12153/09. É para sublinhar com marca texto) 
Tanto o JEF como o JEFP têm competências absolutas, isto é, a ação 
obrigatoriamente terá que tramitar pelo rito do Juizado. Diferentemente do 
JEC q tem competência relativa, ou seja, eu n sou obrigada a a ajuizar minha ação 
no JEC, eu posso, por ex ajuizar minha ação na vara cível pelo rito sumário. 
4) Territorial (Competência de Foro): É fixada com base no território. No 
processo civil a regra geral é do 94 CPC: devem ser propostas no domicílio do 
réu., desde que envolvam direitos pessoais (contratual) ou direitos reais 
sobre bens móveis. Lembrando que dirs reais são aqueles que recaiem sobre 
a coisa. Se for uma ação discutindo dirs reais sobre bens imóveis a 
competência é o foro do local de imóvel (95 CPC. É para sublinhar as palavras 
móveis e imóveis com lapis.). Se for ação de separação e divórcio o foro é da 
residência da mulher ( 100, I CPC). Ação envolvendo alimentos tem como 
juízo competente o domicílio do alimentando, isto é, a pessoa q está 
recebendo a prestação de alimentos ( 100, IICPC. Fazer remissão à S 1 do 
STJ). Ação de acidente de trânsito e ação civil “ ex delito ” ( vc foi agredido 
fisicamente e está rolando uma ação penal pelas práticas de lesões corporais, 
eu tb posso ajuizar uma ação indenizatória contra o agressor) seguem a 
competência do artigo 100 que é de domicílio do autor ou local do 
dano(acidente) (Fazer remissão ao art 94 do CPC, onde a jurisprudência 
admite tb o domicílio do réu). Sempre que envolver relação de consumo ( 
101, I do CDC. Fazer remissão ao 94 do CPC) o consumidor, para facilitar sua 
defesa, pode ajuizar a ação no domicílio do autor mas tb é permitido no 
domicílio do réu. 
 
Essas novas opções objetivam facilitar a vida do autor+isso n quer dizer q vc 
n possa continuar com a regra geral, que é ajuizar no foro do réu. 
 
Quando vc tem vários foros a sua escolha é pq vc tem foros 
concorrentes.FORO Um exemplo disso é o 100 § un c/c 94 CPC, ou seja, o 
autor pode escolher qualquer foro que ele quer demandar, qlqr um q ele 
escolher é competente. Nestes casos n cabe ,por parte do réu, exceção de 
incompetência, pois qlqr um dos três tem competência. 
Ex: Ajuizo uma ação reivindicatória do meu carro, é uma ação sobre a coisa 
discutindo o direito de propriedade de um bem móvel, então é competência do 
domicíio do réu. 
Ex 2: Ajuiza uma açao reivindicatória do imóvel, é uma ação q recai sobre coisa 
imóvel, então a competência é do foro do local do imóvel. 
Ex 3: Quero ajuizar uma ação de divórcio, o juízo competente é de foro de 
prerrogativa da mulher, ou seja, será o foro da residência da mulher. 
Ex 4: Se eu estou ajuizando uma ação de investigação de parternidade, qual o 
juízo competente? Vai pela regra , q está no art 94 + se for cumulada com 
alimentos aí utiliza-se o 100, II, isto é, foro do domicílio do alimentando ( S 1 
STJ). 
5) Funcional: Trata de distribuir funçoes entre os órgãos jurisdicionais. Tem 
dois tipos, o funcional horizontal (N há uma hierarquia entre os órgãos, todos 
estão no mesmo plano) e funcional vertical (Ou critério hierárquico – Tem 
uma hierarquia entre os órgãos jurisdicionais. Competência Recursal, só é 
utilizado em recurso). 
 Ex: O juízo onde está tramitando a ação principal (ex: 31 V.C) tem competência 
p/conhecer as ações acessórias. Eventual reconvenção (109 CPC) tem que ser 
proposta perante o juízo principal, isto é, perante a 31 V.C. Eventual cautelar 
(800 CPC) tb é distribuída ao juízo da ação principal. Isto é o q costumamos 
chamar de distribuição por dependência. 
 Ex 2: José ajuizou ação contra Maria, que fez promessa de compra e venda com 
Pedro, ocorre que no curso do processo o juiz mandou penhorar o imóvel que 
estava com Pedro . Se Pedro está sofrendo penhora resultante de uma ação na 
qual ele n faz parte ele deve ajuizar embargos de terceiros, que tem que ser 
distribuida por dependência ao juízo competente da ação prinicipal (1050 CPC). 
N há uma hierarquia entre os órgãos, todos estão no mesmo plano, daí ser 
horizontal. Quando tem distribuição por dependência é preciso que isto seja 
informado, deve-se fazer um item explicando isto. 
 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito 
 
Processo N … ( É o processo principal) 
 
Qualificação 
 
Nome da Ação 
 
I- Da Distribuição por dependência: 
 “ Trata-se de hipóteses embargos de terceiro e o art 1050 determina distribuição 
por dependencia ao processo principal, portanto está sendo ajuizado junto ao 
processo n …) 
 
 
Ex 3: Juiz Estadual deu uma sentença e quem tem competência p/revisar esta 
sentença é o TJ Estadual. Qd a sentença é dada pelo TRF quem tem competência 
p/revisá-la é o Juiz Federal. Há uma hierarquia entre os órgãos jurisdicionais. 
Tem casos em que o Juiz Estadual dá uma sentença e o TRF julga eventual 
apelação? Se eu ajuizo uma ação contra o INSS e na minha comarca (domicilio do 
autor) n há Justiça Federal eu posso ajuizar na Justiça Estadual mas eventual 
apelação será julgada no TRF, mesmo que a sentença tenha sido papa por juiz 
estadual ( CF 109 § 4 e § 5) mas isto só ocorre qd na questão é dito q n há justiça 
federal. 
Territorial é o mais frequente! 
No caso da questão trata-se de relação de consumo, onde pode ser aplicado o 101, I 
do CDC ou o 94 do CPC, isto é, a competência pode ser do foro do domicílio do autor 
ou do réu, ou seja, há foros concorrentes. Como o autor mora em Copacabana e o réu 
(fabricante) é de Campos, é mais conveniente que seja ajuizada a ação na comarca 
da capital (Copacabana n tem foro regional, entao é ajuizado na comarca da capital) 
mas vc poderia escolher o foro de campo dos goytacazes, o que importa é que seja 
justificada a escolha do foro. Vc deve justificar pelos artigos, dizendo q é 
concorrente e falando q a escolha é a mais cômoda pro autor. 
Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito Da … Vara Cível da Comarca da Capital 
do Rio de Janeiro/ RJ. Colocamos a comarca pq o enunciado diz que é Rio de Janeiro, se n estivesse 
no enunciado era pra utilizar reticências. 
 
(X) Pular duas linhas 
 
 Mário dos Santos, brasileiro, solteiro, engenheiro, portador da ID n … , inscrito 
no CPF n ooo.ooo.oo1-oo, residentee domiciliado na Avenidade Nossa Senhora de 
Copacabana, n 100, apartamento 608, CEP n … , vem, por seu advogado José 
Pinheiro, com escritório na Rua da Ajuda n 20, sala 801, Rio de Janeiro/RJ, onde 
receberá as futuras intimações, na forma do artigo 39, I do CPC, propor a ação 
indenizatória por danos materiais, morais, estéticos e lucros cessantes pelo rito 
ordinário, em face de ABC Produtos Elétricos e Eletrônicos S/A, pessoa jurídica de 
direito privado inscrita no CNPJ n 456/0001-00, localizada na Avenida 
Desembargador Amaro Martins de Almeida n 271, Campos dos Goytacazes, Rio de 
Janeiro, CEP n … , pelas razões de fato e de direito que passa a expor. 
 
Se n tivesse, por ex, nacionalidade, iriamos escrever “ Mário dos Santos, Nacionalidade … “. O 
cpf foi dado pela questão, n é p/inventar senão vc é eliminado. Se n tivesse dado o nome do 
advogado era p/colocar reticências. 
É praxe colocar o 39,I no início, mas se vc esquecer n tem problema, vc coloca no final, só n 
pode faltar. 
O Nome da ação precisa ser o mais completo possível, ele pode ser colocado em outra linha ou 
na mesma, lembrando sempre que só há 150 linhas p/tda peça. 
 
A) Da Gratuidade de Justiça 
 Declara o autor, nos termos da Lei N 1060/50 e art 5, lXXIV da CF/88, n ter 
condições de arcar com as custas sem prejuízo do seu sustento. 
Isto n é obrigatório, mas como pela questão o autor está desempregado pode-se colocar isto. 
 
B) Da Competência 
 Trata-se de relação de consumo, nos termos da Lei n 8078/90 (CDC), portanto, 
se aplica o art 101, I CDC que determina a competência pelo domicílio do 
consumidor, localizado em Copacabana. 
 Ademais, trata-se de hipótese de foros concorrentes, onde a presente demanda 
também poderia ser proposta no domicílio do réu, nos termos do art 94 da CPC. 
 
Como vc colocou entre parenteses q aquela lei é o CDC, vc poderá utilizar no resto da peça 
somente o termo “ CDC”. 
 
C) Da Legitimidade Passiva 
 A presente demanda está sendo manejada somente contra o fabricante, pois esse 
está perfeitamente identificado. 
 Na forma do art. 13 do CDC o comerciante responde de forma subsidiária, ou 
seja, somente se o fabricante não for identificado. 
 
D) Dos Fatos e dos Fundamentos Jurídicos 
Dos fatos é o q está na questão, n pode acrescentar nenhum fato novo. Se vc achar q está se 
estendendo mto vc pode escrever “ Dos Fatos e Dos Fundamentos jurídicos”. 
 O autor adquiriu um aquecedor elétrico fabricado pela ré e , em virtude de um 
defeito de fabricação, o mesmo explodiu provocando um incêndio na casa do autor, 
localizada em Petrópolis/RJ. 
 Em decorrência de tal evento, além dos danos ao imóvel, o autor sofreu 
ferimentos nas mãos e nos rostos, ficando parcialmente desfigurado e 
impossibilitado de trabalhar pelo prazo de seis meses. 
 Trata-se de relação de consumo, pois o autor é destinatário final do produto e a 
ré a fabricante, como determina o art. 3 e 4 do CDC. 
 Nessa linha, há uma responsabilidade civil objetiva pelo fato do produto na 
forma do art 12 do CDC. 
 Devido a explosão houve parcial destruição do imóvel do autor, fazendo jus, 
portanto, aos respectivos danos materiais, que serão apurados em liquidação de 
sentença (art 286, I c/c 475-A CPC). 
 Por ser profissional liberal, n há como precisar, de antemão, o que está deixando 
de ganhar, o que novamente será apurado em liquidação de sentença (art 286,I c/c 
475-A CPC). 
 Houve , ainda, danos na mão e no rosto do autor, gerando abalo de ordem moral 
e estético ( art 6, VI CDC). 
 
E) Dos Pedidos: 
 A conta do exposto, requer: 
1. O deferimento da Gratuidade de Justiça 
2. A condenação do réu a indenizar o autor a título de danos morais no valor de R$... 
e danos estéticos no valor de R$... 
Estes dois danos podem ser precisados, nda foi dito sobre o autor n poder mensurar esses dois 
danos 
3. A condenação do réu, a título de danos materiais de forma genérica, prolatando-se 
uma sentença ilíquida, pois tais valores não podem ser fixados de imediato. (286,I 
c/c 475-A do CPC) 
4. A condenação do réu, a título de lucros cessantes de forma genérica, prolatando-
se uma sentença ilíquida, pois tais valores n podem ser fixados de imediato 
5.A inversão do ônus da prova na forma do art 6, VIII CDC, para facilitar a defesa do 
autor em juízo, diante da sua hipossuficiência técnica 
6.A citação do réu para apresentar resposta no prazo de 15 dias, sob pena de revelia 
(297 c/c 319 CPC) 
7.A condenação do réu nas custas e honorários advocatícios, na forma do art 20 CPC 
 
 Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial prova 
documental e pericial. 
 Dá-se a causa o valor de R$ … , na forma do artigo 258 do CPC 
 
 Município … Data … 
 
 José Pinheiro 
 OAB /RJ 002 
 
 
Eventualmente há o pedido de tutela antecipada, que se fundamenta no 84 do CDC ou 273 do 
CPC).A inversão do ônus da prova foi pedida+ como nda foi dito sobre Mário ter dificuldade de 
provar e etc, n é obrigatório. 
 
Ex: Maria comprou um vinho sem rótulo no mercado do seu Manoel e o vinho 
explodiu no rosto dela e a machucou. Maria poderia processar seu Manoel? Sim, pq o 
fabricante n está identificado, entao Manoel responde (Subsidiário). 
 
__________________ //__________________________ // ______________________________ //____________ 
 
PROCEDIMENTO OU RITO: 
1) Ordinário: É o procedimento comum à todos os outros ritos ( 272 CPC). 
 
2) Sumário: 272 § ún CPC. O Sumário é um rito especial em relação ao 
ordinário, mesmo que o artigo 272 diga q o procedimento comum é ordinário 
e sumário. Então só podemos utilizar o termo “ Rito Comum Ordinário” mas 
nunca “ Rito Comum Sumário”. 
 
3) Sumaríssimo: É o do juizado ( Art 3 da Lei 9099/95). 
Como vc sabe em qual rito a sua ação vai tramitar? De trás pra frente, isto é, a ação 
tramita no rito ordinário se ela n for do juizado e se ela n for sumário, ou seja, a 
ação só tramita no rito ordinário por exclusão. Resumindo: O rito comum 
ordinário tem aplicação subsidiária a todos os demais. Por isso temos que saber 
o que diferencia cada um dos ritos 
 RITO SUMÁRIO: 
- Competências do Rito Sumário: 
A) Em razão do valor: Toda ação que for até 60 salários mínimos ( 275 CPC, inc 
I). 
B) Em razão da matéria: A matéria discutida na ação é que gera competência 
do Sumário (275 CPC, inc II). 
Alínea d: Acidente de Transito sempre tramita pelo rito sumário, independente do 
valor da causa, ou seja, pode bater duas Ferraris , assim como dois golzinhos 
usados., pois a competencia q te jogou p/sumário é a matéria e n o valor. Sublinhar a 
expressão “ Qlqr q seja o valor”. Ou seja, se cair uma hipótese desta eu sou obrigada 
a ajuizar uma ação pelo rito sumário, mas se for em razão do valor eu posso jogar 
pro ordinário e até mesmo p/o Sumaríssimo se tiver valor de menos de 40 salários 
mínimos. Se a competência for em razão da matéria é obrigatoriamente rito 
sumário! 
Alínea e: Ação de cobrança de seguro de acidente de trânsito. 
Alínea b: Ação de Cobrança de condomínio(Em face do condômino). Fazer 
remissão ao 585, V do CPC, que traz o rol dos títulos executivos extrajudiciais. 
“ Art. 585 - São títulos executivos extrajudiciais: 
V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de 
encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;” 
 
É uma ação de conhecimento pelo rito sumário (ação de cobrança) ou uma 
execução extrajudicial p/cobrança de condomínio? A lei exige prova documental 
da locação , independente se o contrato for verbal ou n, isto é, pode ser uma locação 
verbal mas com recibos, com confissão de dívida, um doc assinado pelo devedor e 
etc. Se houvesse contrato escrito de locação com duas testemunhas aí n utiliza-se o 
inciso V e sim o II. Então p/entrar, por meio da execução extrajudicial, tem que 
ter uma relação de locação, isto é, um locador cobrando o locatário(pode 
cobrar aluguel, luz e condomínio). Mas se n tiver relação locatícia (ex: quem 
está ocupando a unidade é o proprietário e este q está sendo cobrado pelo 
condomínio) a ação a ser ajuizada é a ação de cobrança pelo rito comum 
ordinário. Ou seja, a locação está cada vez mais protegida pelo legislador. 
 
 Resumindo: O 275, II b do CPC é p/hipótese de cobrança de condomínio 
qd n há locação , pq se existir locação vai p/execuçao extrajudicial!!!! 
Alínea h: “demais casos previstos em lei” de rito sumário, ou seja, as hipóteses 
de rito sumário é um rol aberto, havendo outros casos previstos em leis específicas, 
como por ex: 
. ação de usucapião de imóveis urbanos: Artigo 14 da Lei 10257/01 ( Estatuto da 
Cidade). Fazer remissão desta lei na alínea h. 
. ação revisional de aluguéis, que encontra-se no artigo 68 da Lei 8245/91. Fazer 
remissão. 
- Características Essenciais do Rito Sumário: 
A) Petição Inicial (276 CPC): Não vale o protesto genérico das provas, que 
vale no rito ordinário. Se for pedida prova testemunhal é preciso colocar “ 
conforme rol em anexo”. Se for pedida perícia é preciso colocar “ Conforme 
indicação de assitente técnico e quesitos em anexo”. Se vc n indicar as provas 
de imediato na inicial haverá preclusão, isto é, vc perderá suas provas. 
 
B) Perícia: Se o juiz entender que a perícia é complexa e por isso vai retardar 
o processo o juiz poderá converter a ação do rito sumário p/o rito 
ordinário, pois o objetivo do rito sumário é a celeridade. A conversão será 
feita através de decisão interlocutória, que é recorrível por agravo de 
instrumento. 
 
C) Prazo de citação e resposta: A Resposta ocorre na audiência de 
conciliação do 277 do CPC. O primeiro passo do sumário é marcar 
audiência de conciliação e, se nesta audiência n se chegar em acordo, aí faz-se 
a contestação nela. 
CUIDADO: No ordinário o prazo de resposta é de 15 dias , mas em petição de rito 
sumário n se pede a citação do réu p/contestar em 15 dias! 
Como a pessoa já vai p/audiencia com a possibilidade de contestar, a lei 
exigiu um prazo mínimo de 10 dias a contar da citação do réu para que haja 
a audiëncia; e se um dos réus for a Fazenda Pública o prazo é de no mínimo 
20 dias a contar da citação para que ocorra a audiência. Ocorre que, o 277 
utiliza o início da contagem pela citação, mas temos que combinar com o 
artigo 241 CPC que diz que o prazo n se inicia da citação e sim da juntada do 
mandado de citação aos autos. 
Além disso, a contagem é feita de trás pra frente, isto é, da audiência p/trás. 
Sendo assim, se a audiênia for marcada para segunda feira o primeiro dia dos 
10 dias é contado na sexta. 
 
D) Intervenção de Terceiros(280 CPC): 
Há 6 tipos de intervenção de terceiros: Assistência ( q n está no capítulo de 
intervenção, e sim no CPC 50, + q mesmo assim é uma) , oposição, nomeação a 
autoria, denunciação da lide, chamamento ao processo e recurso de terceiro ( q 
está no capitulo de recursos) . 
O Artigo 280 está com a redação modificada pela Lei 10444/02, acertado o erro 
do código de q assistência e recursos n seria intervenção. 
Cabe intervenção de terceiros no rito sumário? Sim, mas somente três 
tipos: assistência ( 50 CPC), recurso de terceiro (49 CPC) e qualquer 
intervenção de terceiros que se fundamentem no contrato de seguro . 
Quais são as intervenções de 3ros q se fundamentam no contrato de 
seguro? Denunciação da Lide (nem toda denuncição da lide se dá com base em 
contrato de seguro, algumas vezes se dá com base em evicção, ai n é cabível no 
sumário) – art 70,III do CPC. E o chamamento ao processo com base no 
contrato de seguro na relação de consumo . Dentro da relação de consumo é 
vedada denunciação da lide, mas admite-se o chamamento ao processo. 
Fazer remissão no 280 do 70, III e do 101,II do CDC. 
E) Não cabe no sumário ações de Estado ou Capacidade da Partes (275 § 
un do CPC). Ações de Estado são aquelas q envolvem o estado civil das 
pessoas, como divórcio, interdição e etc. 
 
F) Não cabe reconvenção, e sim pedido contraposto (278 §1 CPC), isto é, 
dentro da contestação vc abre um item onde faz um contrataque. Na ação 
ordinária se o réu quiser contra atacar o autor ele faz o que ? Reconvenção. O 
pedido contraposto é cabível no sumário; JEC; Possessórias e Revisional do 
Aluguel. 
 
 RITO SUMARÍSSIMO ( art 3 Lei 9099/95. Marcar essa lei e colocar post it 
s/nda escrito) 
- Competências do Rito Sumaríssimo: São várias, vc pode inclusive facultar 
por ajuizar uma ação no juizado. 
A) Ações com valor de até 40 salários mínimos. Tem uma competência 
concorrente com o sumário, ou seja, eu posso n ajuizar a minha ação no 
juizado e ajuizar na vara cível, aí cairá no sumário. 
Atenção: Se vc ajuizar pelo sumário vc pede gratuidade de justiça, se vc ajuizar pelo 
sumaríssimo n pode pedir pq já é de graça. O melhor é n utilizar o sumaríssimo. 
B) Hipóteses do 275 II do CPC: São as hipóteses do sumário, em razão da 
matéria, como por ex, ação de acidente de trânsito. Ou seja, todas as 
hipóteses do sumário são cabíveis. 
Atenção: Se eu ajuizo ação de acidente de trânsito no sumário ela pode valer até um 
milhão, pq o q importa é a matéria. Agora no caso do juizado é polêmico se a ação 
pode valer mais do que 40 salários mínimos, mesmo que a metéria seja uma 
das hipóteses do 275 II. Por isso o melhor é evitar. Além disso, ação de acidente de 
trânsito requer perícia, que no juizado só é cabível se n for complexa. 
Atenção 2: Outra hipótese é cobrança de cota condominial. O condomínio, que é 
ente despersonalizado, pode ajuizar ação mas serea q pode demandar em juizado? 
Ou seja, há sempre dúvidas, é melhor sair do juizado. 
Ex: Mulher bateu no carro de outra, foi ajuizada ação indenizatória, em qual rito 
tramitará aquela ação? Rito Sumário em razão da matéria ( 275, II). Tal ação poderia 
ser proposta no juizado? Sim, em tese, em razão do artigo 3, inc II da Lei 9099/95. 
Caberia denunciação da lide? Sim, pq 280 permite denunciação da lide com base em 
contrato de seguro. 
C) Despejo para uso próprio 
 
D) Possessórias limitadas até 40 salários mínimos: Reintegração de posse, 
Manutenção na Posse e Interdito Proibitório. 
 
- Características Essenciais do Rito Sumaríssimo: 
A) Autor: Só pode ser autor no juizado pessoas físicas, maiores e capazes 
em liberdade; micro- empresas; e empresas de pequeno porte. Um 
menor de idade n pode ajuizar nenhuma ação no juizado, mesmo que com 
representante. 
 
B) Prazo de Resposta: Na AIJ 
 
C) N cabe reconvenção: Só cabe pedido contraposto. 
 
D) N cabe nenhuma intervenção de terceiros 
 
E) Não tem custas e nem honorários do primeiro grau de jurisdição: se for 
recorrer p/turma recursal o preparo e honorários são cobrados. 
 
F) Perícias: Somente de menor complexidade ( art 31 c/c 35 da Lei 
9099/95) 
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Questão 2) Sergio, domiciliado em Volta Redonda/RJ, foi comunicado pela 
empresa de telefonia ALFA, com sede em São Paulo/SP, que sua fatura, vencida 
no mês de julho de 2011, constava em aberto e, caso não pagasse o valor 
correspondente, no total de R$749,00, no prazo de 15 dias após o recebimento 
da comunicação, seu nome seria lançado nos cadastros dos órgãos de proteção 
ao crédito. 
Consultando a documentação pertinente ao serviço utilizado, encontrou o 
comprovante de pagamento da fatura supostamente em aberto, enviando-o via 
fax para a empresa ALFA a fim de dirimir o problema. 
 
Sucede, entretanto, que, ao tentar concretizar a compra de um veículo mediante 
financiamento alguns dias depois, viu frustrado o negócio, ante a informação de 
que o crédito lhe fora negado, uma vez que seu nome estava inscrito nos 
cadastros de maus pagadores pela empresa ALFA, em virtude de débito vencido 
em julho de 2011, no valor de R$749,00. Constrangido, Sérgio deixou a 
concessionária e dirigiu-se a um escritório de advocacia a fim de que fosse

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