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OAB – 2 FASE : CIVIL CADERNO DE BEATRIZ JABOUR DE FARIA – APROVADA NO XI EXAME DA OAB - 10 aulas de direito civil (Prof: Haroldo Lourenço) e 10 aulas de processo civil (Prof: Rafael Motta), cada uma de 4 horas. - Caderno de questões. - Manual de Processo Civil (pblivros. Ed Forense.) – Haroldo Lourenço - Enviar peças para o email da II fase -> Aula de Identificação de Peças (Test Drive) . Petitória X Possessória: Atributos inerentes ao direito de propriedade: Usar, Gozar (ou fruir), Dispor e Reaver. Reaver o que? A coisa, de quem injustamente a possua ou a detenha, dependendo da hipótese. Ex: Haroldo e Rafael dizem ser proprietário de um imóvel. Haroldo tem um título de propriedade e Rafael o comprou de algm e tb tem um título. É comum algum estelionatário vender um imóvel q n é dele. No caso , os dois se dizem proprietário, qual a ação cabível? É petitória, pq tem fundamentação na propriedade, ngm está falando de posse. A petitória tem causa de pedir com fundamentação na propriedade, em um atributo inerente à propriedade, que é o direito a reaver. A petitória é a famosa ação reivindicatória, eu ajuizo uma acao reivindicatória contra o Rafel reinvindicando o meu direito de propriedade. Agora vamos supor que eu, Haroldo, estou no imóvel mas Rafael me notifica mandando eu desocupá-lo pq a minha posse seria injusta e ele tem um título de propriedade melhor do que o meu. Ao me notificar ele está ameaçando o exercício da minha posse, ou seja, o que ele está reivindicando neste momento é a posse, e eu , como estou sendo molestado no exercício da minha posse devo ajuizar uma ação possessória contra Rafael. São três tipos: manutenção da posse, reintegração de posse e interdito proibitório . A. Reintegração de posse: fui esbulhado, isto é, perdi a posse completamente B. Manutenção da posse: fui turbado, ou seja, eu perdi parcialmente a posse C. Interdito Proibitório: Eu sofro uma justa ameaça à posse No caso o Rafael se diz proprietário e está ameaçando a minha posse, como eu tenho a posse posso manejar contra Rafael uma ação de interdito proibitório. Ex: Pedro Barreto ajuiza ação de cobrança contra Rafael. Rafael alienou, por meio de promessa de compra e venda, um imóvel para mim, Haroldo mas eu ainda n o levei a registro. Ou seja, eu já adquiri o dir real à aquisição do imóvel, sou um promitente comprador, mas a minha promessa ainda n foi levada p/o RGI. Dirs reais são constituídos a partir do seu registro. O q eu tenho é um instrumento particular n registrado de promessa de compra e venda. Pedro penhora o imóvel q está em nome do Rafael, neste caso, Haroldo, q tem a posse do imóvel, está sofrendo uma agressão a sua posse. Eu só ajuizo ação possessória qd há uma agressão FÁTICA! Mas se a agressão é oriunda de um fato judicial vc n ajuiza possessória, pois vc n pode se opôr contra uma outra ação por um ato judicial. Sendo assim, eu, que sou um terceiro ao processo e sofri uma agressão oriunda do ato judicial, apresento embargos de terceiro me defendendo desta agressão judicial, seja uma penhora, um arresto, um arrolamento ou etc ( hipóteses do art 1046 do CPC- rol exemplificativo). Sempre que eu vier a sofrer uma agressão judicial, isto é, agressão oriunda de um ato judicial. RECAPITULANDO: - Petitória(Reivindicatória): Agressão Jurídica. Ex: Algm q tem um título diz ter um título melhor do q o meu de propriedade. São brigas entre proprietários. A petitória tem causa de pedir com fundamentação na propriedade (e n na posse), em um atributo inerente à propriedade, que é o direito a reaver. - Possessórias: Agressão de Fato, agressão fática. Algm invadiu meu imóvel, esbulhou (reintegração) ou turbou (manutenção) a minha posse , ou está ameaçando a minha posse(Interdito). Estou sendo molestado no exercício da minha posse. - Embargos de Terceiro: Agressão oriunda de um ato judicial, seja aresto, penhora ou outro. (Súmula 84 do STJ). “ STJ Súmula nº 84 - Embargos de Terceiro - Alegação de Posse - Compromisso de Compra e Venda de Imóvel – Registro É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro. ” Dica: Está ocorrendo muitas manifestações-> Vc é advogado do Sérgio Cabral e tem um bando de gente em frente ao Prédio do seu cliente e ameaçando invadir a casa dele, limitando o exercício da propriedade e da posse dele. O que Sérgio Cabral deve ajuizar? A posse dele está sendo ameaçada, sofrendo ameaça ao seu imóvel dele ser invadido. Também ocorreu o mesmo com a ALERJ. Então deve ser ajuizada uma ação possessória de interdito proibitório p/q o juiz determine uma ordem que impeça a invasão daquele imóvel. N interessa se o bem é público ou particular. . Petição Inicial Você precisa identificar a petição inicial, isto é, a ação q vc vai manejar. Primeiro passo é descobrir o rito da ação. O processo Civil tem 3 ritos basicamente: Ordinário, Sumário e Sumaríssimo. Quando eu falo que uma ação tramita pelo rito ordinário é o comum. Qd q sua ação tramita pelo sumário? Art 275 do CPC, inc I e II, ou seja, são só dois casos(p.411 do livro): a ação proposta envolve até 60 salários mínimos (Inc I) ou trata-se de algum das hipóteses de competência do sumário em razão da matéria (Inc II). Ex: Acidente de Trânsito, vc ajuiza uma ação indenizatória em virtude da ocorrência de acidente de trânsito, com Procedimento Sumário, em razão da matéria (275,II, d). “ Art. 275 - Observar-se-á o procedimento sumário: I - nas causas cujo valor não exceda a 60 (sessenta) vezes o valor do salário mínimo; II - nas causas, qualquer que seja o valor: a) de arrendamento rural e de parceria agrícola; b) de cobrança ao condômino de quaisquer quantias devidas ao condomínio; c) de ressarcimento por danos em prédio urbano ou rústico; d) de ressarcimento por danos causados em acidente de veículo de via terrestre; e) de cobrança de seguro, relativamente aos danos causados em acidente de veículo ressalvados os casos de processo de execução; f) de cobrança de honorários dos profissionais liberais, ressalvado o disposto em legislação especial; g) que versem sobre revogação de doação; h) nos demais casos previstos em lei. (Acrescentado pela L-012.122-2009)” Ex : Felipe, q tem uma Mercedes avaliada em 300mil, bateu no carro do Rodrigo, que está avaliado em 400 mil. Deu perda total em ambos e o valor da causa é de 700 mil, pode tramitar no rito sumário? Sim, pq é o que o 275, II d diz. Ou seja, o SUMARIO SO TEM LIMITE ATE 60 SALARIOS SE N FOR COMPETENCIA EM RAZAO DA MATERIA. Qd a competência é em razão da matéria, como acidente de trânsito, n tem limites de valor. Mas aí se vc foi pro sumário só em virtude do valor aí tem q ser limitado a 60 salários mínimos. A Alínea H diz “ os demais casos na lei”, ou seja, o 275 é exemplificativo, isto quer dizer que pode ser cobrado tb os casos de processo sumário previstos nas Leis Especiais -> Ações que tramitam no rito sumário em Leis Especiais (será dito futuramente em outra aula). Ex: Nome Negativado- Sérgio recebeu uma carta de cobrança de uma empresa, ele foi até a empresa com um comprovante de que aquele valor já estava pago, mas ainda assim, a empresa negativou o nome do Sérgio. Qual a ação cabível? Ação Declaratória c/c Obrigação de Fazer c/c Indenização por Danos Morais c/c Antecipação de Tutela. Declaratória pq tem q declarar que o débito n existe, a obrigação de fazer é tirar o nome do Sérgio e cabe danos morais pq o nome foi negativado erroneamente. E qual o rito? Há várias opções: rito sumaríssimo (do juizado), rito sumário ou rito ordinário, ou seja, n haveria como errar. O rito ordinário é sempre a regra, vc vai utilizá-lo qd n couber o sumário e nem o sumaríssimo. O sumário é em causa de até 60 salários mínimos ou competência em razão da matéria. O sumaríssimo é principalmente em causa de até 40 salários mínimos.Ou seja, isso depende do valor da indenização q vc vai pedir, o que pode ser representado por “ …” , o que precisa é manter a coerência. Por ex, se vc escolher o rito sumárissimo vc n vai pedir honorários e nem condenação em ônus sucumbências pq n há honorários no Juizado. Ex: Plano de Saúde (Explicação completa na aula seguinte, do prof Rafael) Sérgio estava internado no hospital p/tratamento médico e n tinha como se manifestar pq estava em coma. O médico diz p/o filho de Sérgio que a situação dele é estável e q n há nda p/ser feito no hospital, além disso, o plano de saúde do Sérgio é top , entao o medico diz p/o filho do Sérgio requerer Home Care ao plano de saúde dizendo que a melhor condição p/o pleno restabelecimento do pai dele era o tratamento em casa. O plano n autorizou o home care. Qual a medida judicial cabível? Petição inicial de obrigação de fazer (instalação do Home Care) com pedido de tutela antecipada. Se o plano era top e cobria tdo, é direito do Sérgio, o contrato prevê isso, além do mais, é situação urgente. No momento em que a questão diz que o plano cobre tudo é pq há fumus boni iuris, isto é, há verossimilhança do direito. Se o plano cobre até remoção com helicóptero é pq tb vai cobrir o home care. Vc ja tem prova inequívoca e a verossimilhança já q tem o contrato q cobre tudo. E o periculum in mora? O médico disse q a melhor situação é o paciente ficar em casa, ficar no hospital poderia afetar sua auto estima, ele poderia ficar mais doente e etc, ou seja, há urgência. Neste caso vc usa o 273 do CPC, 461 do CPC ou 84 do CDC. Pode usar um deles ou todos na questão. “ Art. 273 CPC - O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.” “ Art. 461 CPC - Na ação que tenha por objeto o cumprimento de obrigação de fazer ou não fazer, o juiz concederá a tutela específica da obrigação ou, se procedente o pedido, determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento” “ Art. 84 CDC - Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o Juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento.” Também foi aceita pela banca (além dessa petição inicial de uma ação de obrigação de fazer c/pedido de tutela antecipada), uma cautelar inominada para só determinar que fosse instalado o Home Care, vc tem os dois requisitos p/isso: Fumus Boni Iuris e Periculum in Mora. Tb era possível ajuizar uma cautelar preparatória ( 796 e 798 do CPC) onde vc diz q em 30 dias da efetivação da cautelar vc ajuizará uma ação principal ( S 482 STJ). Estas duas são ações cautelares. “ Art. 796 CPC - O procedimento cautelar pode ser instaurado antes ou no curso do processo principal e deste é sempre dependente.” “ Art. 798 CPC - Além dos procedimentos cautelares específicos, que este Código regula no Capítulo II deste Livro, poderá o juiz determinar as medidas provisórias que julgar adequadas, quando houver fundado receio de que uma parte, antes do julgamento da lide, cause ao direito da outra lesão grave e de difícil reparação.” “ Súmula 482 STJ : “A falta de ajuizamento da ação principal no prazo do art. 806 do CPC acarreta a perda da eficácia da liminar deferida e a extinção do processo cautelar.” . Recursos Foi ajuizada ação e teve sentença condenatória no valor de 300 mil. Iniciou-se a fase executiva, que é o cumprimento de sentença. Qual a defesa cabível por parte do devedor? Impugnação ao cumprimento de sentença (475-J e 475 L). Ao apresentar impugnação ao cumprimento de sentença o juiz acolheu a impugnação extinguindo a execução, ou seja, o processo acabou a partir de uma sentença de um juiz. O q cabe contra a sentença? Apelação. Agora se o juiz rejeitasse a impugnação é sinal de que a execução vai continuar, então o q há é uma decisão interlocutória, cabendo então agravo de instrumento (475- M §3). “ Art. 475-L. A impugnação somente poderá versar sobre: (Acrescentado pela L-011.232-2005) I – falta ou nulidade da citação, se o processo correu à revelia; II – inexigibilidade do título; III – penhora incorreta ou avaliação errônea; IV – ilegitimidade das partes; V – excesso de execução; VI – qualquer causa impeditiva, modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, novação, compensação, transação ou prescrição, desde que superveniente à sentença.” “ Art. 475-M. A impugnação não terá efeito suspensivo, podendo o juiz atribuir-lhe tal efeito desde que relevantes seus fundamentos e o prosseguimento da execução seja manifestamente suscetível de causar ao executado grave dano de difícil ou incerta reparação. § 3º A decisão que resolver a impugnação é recorrível mediante agravo de instrumento, salvo quando importar extinção da execução, caso em que caberá apelação.” Aula de Peça Processual (Test-Drive) “ José Afonso, engenheiro, solteiro, adquiriu de Lúcia Maria, enfermeira, solteira, residente na Avenida dos Bandeirantes 555, São Paulo/SP, pelo valor de 100.000 (cem mil reais), uma casa para sua moradia, situada na cidade de Mucurici/ES, Rua Central, n 123, bairro Funcionários. O instrumento particular de compromisso de compra e venda, sem cláusula de arrependimento, foi assinado pelas partes em 02/05/2011. O valor ajustado foi quitado por meio de depósito bancário em uma única parcela. Dez meses após a aquisição do imóvel onde passou a residir, ao fazer o levantamento de certidões necessárias à lavratura de escritura pública de compra evenda e respectivo registro, José Afonso toma ciência da existência de penhora sobre o imóvel, determinada pelo Juízo da 4 Vara Cível de Itaperuna/Rj, nos autos da execução de título extrajudicial n 6002/2011, ajuizada por Carlos Batista, contador, solteiro, residente à Rua Rio Branco, 600, Itaperuna/RJ, em face de Lúcia Maria, visando receber valor representado por cheque emitido e vencido quatro meses após a venda do imóvel. A determinação de penhora do imóvel ocorreu em razão de expresso requerimento formulado na inicial da execução por Carlos Batista, tendo o credor desprezado a existência de outros imóveis livres e desimpedidos de titularidade Lúcia Maria, cidadã de posses na cidade onde reside. Elabore a peça processual prevista pela legislação processual, apta a afastar a constrição judicial invasiva sobre o imóvel adquirido por José Afonso.” Passou a residir= posse Penhora= Agressão Judicial ao imóvel Sempre que um terceiro sofrer uma agressão judicial na sua posse só há um caminho: Embargos de Terceiro. Se a agressão à sua posse for jurídica: ação petitória, geralmente é uma ação reivindicatória com fundamento no direito de reaver a coisa. Se a agressão à sua posse for com base em uma fato: Ex- algm invadiu o seu imóvel. Cabe uma ação possessória: reintegração de posse (No caso de esbulho – perda total da posse), manutenção da posse (No caso de turbação – agressão parcial da posse) ou interdito proibitório (Nos casos de ameaça). Se a agressão for judicial (ex: juiz determinou uma agressão a sua posse – 1046 do CPC): Cabe Embargos de Terceiro. “ Art. 1.046 - Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão judicial, em casos como o de penhora, depósito, arresto, seqüestro, alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário, partilha, poderá requerer lhe sejam manutenidos ou restituídos por meio de embargos.” No caso da questão Carlos Batista está fazendo uma execução extra judicial em face da Lúcia Maria, a qual está com o imóvel registrado no RGI. Esta ação é só entre Carlose Lúcia, e está tramitando na 4 Vara Cível de Itaperuna/RJ. Neste processo, a requerimento de Carlos, foi feito uma penhora no imóvel adquirido por José Afonso, que é o seu cliente. José Afonso é um terceiro que está sofrendo uma agressão em virtude do processo da 4 Vara Cível, então só cabe a ele ajuizar embargos de terceiro. Qual o Juízo competente? José Afonso quer apresentar embargos ao processo da 4 Vara Cível. Então os embargos terão que ser distribuídos por dependência ao processo principal que já está tramitando na 4 Vara Cível de Itaperuna. O 1049 diz que a distribuição é por dependência, então vc tem que indicar isto na sua inicial. “ Art. 1.049 - Os embargos serão distribuídos por dependência e correrão em autos distintos perante o mesmo juiz que ordenou a apreensão.” Obs: N abreviar mto na hora da prova. Se n disse a Comarca na questão n é para inventar. Cabeçalho: Direcionar ao juízo correto. Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito da 4 Vara Cível de Itaperuna/Rj Processo n: 6002/2011 Quantas linhas eu pulo? Pode pular 2 linhas, mas isso n vale ponto. O embargante é o seu cliente, o José Afonso. Qualificação José Afonso, Nacionalidade (n tem, então é bom colocar … pq vc n pode inventar), Engenheiro, Solteiro, Portador da Identidade N … , inscrito no CPF N … , Residente na Rua Central 123 Bairro dos Funcionários) , CEP … , vem , por meio do seu advogado , 39 I CPC,, com endereço profissional na Rua tal, apresentar Embargos de Terceiros , no termo dos artigos 1046 do CPC e da Súmula 84 do STJ. “ STJ Súmula nº 84 - Embargos de Terceiro - Alegação de Posse - Compromisso de Compra e Venda de Imóvel – Registro É admissível a oposição de embargos de terceiro fundados em alegação de posse advinda de compromisso de compra e venda de imóvel, ainda que desprovido do registro. ” Quem tem legitimidade passiva? Carlos Batista, pois foi ele quem indicou os bens à execução (652 §2 do CPC – credor é quem indica). “ Art. 652 - O executado será citado para, no prazo de 3 (três) dias, efetuar o pagamento da dívida § 2º - O credor poderá, na inicial da execução, indicar bens a serem penhorados (art. 655).” Estrutura Básica da Peça: Competência, Processo, Partes (qualif.), Fatos, Fundam Juríd e Pedidos. “ Art. 282 CPC - A petição inicial indicará: I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida; II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu; N esquecer da Nacionalidade, ID, CPF III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido; IV - o pedido, com as suas especificações; V - o valor da causa; VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados; VII - o requerimento para a citação do réu.” Nós já fizemos competência,, processo e partes. Agora iremos fazer a narrativa, que já está pronta, pois foi toda dada pelo problema: adquiriu mediante compromisso de compra e venda anterior a dívida da vendedora, que ele tinha posse(morava no imóvel), que houve a penhora (turbação q ele está sofrendo na posse) e a Maria Lúcia tem outros imóveis. Tudo isso colocamos na narrativa dos fatos, tudo isso é a famosa causa de pedir (282, III do CPC) que é formada por fatos (q estão no problema)e os Fundamentos Jurídicos (q estão na Lei- DICA: OLHE O ÍNDICE REMISSIVO). Em relação aos embargos há o 1046 do CPC, o 1210 do CC e STJ 84). “ Art. 1.046 - Quem, não sendo parte no processo, sofrer turbação ou esbulho na posse de seus bens por ato de apreensão judicial, em casos como o de penhora, depósito, arresto, seqüestro, alienação judicial, arrecadação, arrolamento, inventário, partilha, poderá requerer lhe sejam manutenidos ou restituídos por meio de embargos. “ Rol é exemplificativo(“ Como”) . “ Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.” “ Art. 1.048 - Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença, e, no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. No nosso caso n é processo de conhecimento e sim execução extrajudicial, sendo q só houve penhora, isto é, nem chegou a arrematação, adjudicação ou remição, entao vc está bem antes do prazo. Aqui há a necessidade de distribuição por dependência. Ao ler o artigo 1050 do CPC vc percebe q a lei exige que vc faça uma prova sumária da posse “Art. 1.050 - O embargante, em petição elaborada com observância do disposto no Art. 282, fará a prova sumária de sua posse e a qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas. “ A lei exige prova sumária da sua posse e a qualidade de terceiro (José Afonso). É só colocar “ José Afonso tem posse, conforme documentos e rol em anexo”. Se vc quiser ainda pode colocar : “ Caso n esteja suficientemente provada a posse, requer a designação de uma audiência de conciliação, conforme §1 do artigo 1050”. “§ 3º A citação será pessoal, se o embargado não tiver procurador constituído nos autos da ação principal.” O Carlos Alberto, que é o réu, será citado p/receber os embargos, é só colocar “ requer seja citado na pessoa do seu advogado mediante diário oficial” “ Art. 1.053 - Os embargos poderão ser contestados no prazo de 10 (dez) dias, findo o qual proceder-se-á de acordo com o disposto no Art. 803.” Percebemos então q está tudo na lei, o importante é assim que definir a peça olhar o índice remissivo e ler os artigos referentes a ela. Pedido: A. citação do réu B. condenação do réu nas custas e sucumbencias: quem dá causa a agressão arca com os ônus sucumbenciais-princípio da causalidade. C. Protesta por todos os meios de prova, principalmente documentais e, se necessário, testemunhais, conforme rol em anexo Local … , Dia … , mês … , ano… Advogado … OAB n … O código permite que vc requeira liminarmente a suspensão do processo, pois isso evita que ocorra a penhora. Vc prova sumariamente a sua posse e pede a suspensão. Pedir que o juiz dê efeito suspensivo aos seus embargos, é uma tutela de urgência que pede que seja suspenso o processo de execucao extrajudicial feito pelo Carlos, evitando a agressão à sua posse. Isso n foi exigido pela banca. Aula de Peça Processual 2 (Test Drive) Peça de Plano de Saúde (complementa exemplo dado na aula passada) “ Em 19 de março de 2005, Agenor da Silva Gomes, brasileiro, natural do Rio de Janeiro, bibliotecário, viúvo, aposentado, residente na Rua São João Batista, n. 24, apartamento 125, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, RJ, contrata o Plano de Saúde Bem Estar para prestação de serviços de assistência médica com cobertura total em casos de acidentes, cirurgias, emergências, exames, consultas ambulatoriais, resgate em ambulâncias e até mesmo com uso de helicópteros, enfim, tudo o que se espera de um dos melhores planos de saúde existentes no país. Em 4 de julho de 2010, foi internado na Clínica São Marcelino Champagnat, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, vítima de grave acidente vascular cerebral (AVC). Seu estado de saúde piora a cada dia, e seu único fiho Arnaldo da Silva Gomes, brasileiro, natural do RJ, divorciado , dentista, que reside em companhia do pai, está seriamente preocupado. Ao visitar o pai, no dia 16 de julho do mesmo ano, é levado a direção da clínica e informado pelo médico responsável, Dr Marcos Vinicius Pereira, que o quadro comatoso do Sr Agenor é de fato mt grave, mas n há motivo p/que ele permaneça internado na UTI (Unidade de Tratament Intensivo) da clínica, e sim em casa com a instalação de home care com os equipamentos necessários à manutenção de sua vida com conforto e dignidade. Avisa ainda que, em 48 hrs, n restará outra saída senão dar alta ao sr Agenor p/q ele continue com o tratamentoem casa, pois certamente é a melhor opção de tratamento.Em estado de choque com a notícia, vendo a impossibilidade do pai de manifestar-se sobre o seu próprio estado de saúde, Arnaldo entra em contato imediatamente existe com o plano de saúde, e este informa que nada pode fazer, pois n a possibilidade de instalar home care p/garantir o tratamento do paciente. Desesperado, Arnaldo procurar você, advogado (a), em busca de uma solução. Redija a peça processual adequada, fundamentando-a apropriadamente. Relação contratual (contrato de seguro de saúde), qlqr descumprimento, seja por parte de agenor ou da Bem Estar gera responsabilidade contratual, no entanto, isso é irrelevante pq estamos falando de uma relação de consumo, entao qlqr inadimplemento contratual o q se aplica é o CDC. Agenor e o plano tem uma relação contratual constituída. O plano, como dito na questão, cobre qlqr problema, e é um dos melhores planos de saúde do país, então, ao negar a instalacão do home care a empresa torna-se inadimplente, gerando responsabilidade civil, neste caso, é uma responsabilidade civil na relação de consumo. Trata-se de uma ação de conhecimento, que deve seguir o rito ordinário, pois n temos aqui o valor do Home Care p/encaminhar pro rito sumário em razão daqueles 60 salários. Rito ordinário: aplica-se o art 282 do CPC. Qual a competência? Como se trata de relação de consumo devemos olhar o artigo 101 , I do CDC que permite a propositura da ação no domicílio do consumidor (autor). Agenor é o autor da ação, pois é o contratante, daí a legitimidade ativa, mas como ele está em coma, o seu filho irá representá-lo. “ Art. 101 - Na ação de responsabilidade civil do fornecedor de produtos e serviços, sem prejuízo do disposto nos Capítulos I e II deste Título, serão observadas as seguintes normas: I - a ação pode ser proposta no domicílio do autor;” Qualificação: Agenor, neste ato representado por seu filho Arnaldo, maior e capaz, vem propôr a presente ação de responsabilidade civil nas relações de consumo em face da Bem Estar. Precisa qualificar os dois. Agenor reside na Rua São João Batista, na barra da tijuca, q é foro regional. => Ordem: Foro Regional – Comarca - Estado Cabeçalho: Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direto da … Vara Civel do Foro Regional da Barra da Tijuca da Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro Para questão de competência vc pode aplicar de forma subsidiária o CPC , que permite propôr a ação no local do fato , ou no domicílio do réu qd este é pessoa jurídica. Seguindo o 282 do CPC vc vai expôr os fatos e entrar na fundamentação jurídica (causa de pedir). A fundamentação jurídica, inicialmente, vc precisa fazer uso de uma tutela antecipada, além de antecipada ela tem um caráter repressivo , e não inibitório, pois a lesão já ocorreu ( negação da Home Care). Sendo assim, você precisa preencher requisitos do 273 do CPC e do 84 CDC (trata da execucao especifica decorrente da obrigação de fazer, decorrente de relação de consumo), requerendo a instalação do home care, que é a obrigação de fazer. Requisitos: fumus boni iuris e periculum in mora. “ Art. 273 - O juiz poderá, a requerimento da parte, antecipar, total ou parcialmente, os efeitos da tutela pretendida no pedido inicial, desde que, existindo prova inequívoca, se convença da verossimilhança da alegação e: (Alterado pela L-008.952-1994) I - haja fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação; ou II - fique caracterizado o abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu.” “ Art. 84 - Na ação que tenha por objeto o cumprimento da obrigação de fazer ou não fazer, o Juiz concederá a tutela específica da obrigação ou determinará providências que assegurem o resultado prático equivalente ao do adimplemento. Agora é a hora de fundamentar todo o embasamento na responsabilidade contratual existente com base no CDC.” Note que estamos diante de um vício do serviço e dpois de um fato do serviço. Vício do Serviço (art 12 do CDC): Serviço n está sendo prestado da forma contratada, pois vc contratou uma cobertura completa mas estão te negando o home care. “ Art. 12 - O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos “ Fato do Serviço : a negativa do home care atinge a integridade psicofísica do consumidor, que s/o home care n poderá ir pra casa, podendo a vir morrer. “ Art. 14 - O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. § 1º - O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: I - o modo de seu fornecimento; II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; III - a época em que foi fornecido.” Você tb pode sustentar a existência de dano moral dado ao inadimplemento, além de toda lesão à integridade psíquica que Agenor venha a sofrer com a negativa do home care. Nesta fundamentação jurídica tb podemos utilizar o preceito do art 6, inc VIII do CDC, requerendo a inversão do ônus da prova ao juiz. Neste caso a inversão é ope judicis, isto é, depende de decisão judicial, onde temos que apresentar a verossimilhança nas alegações (a simples apresentação do contrato já demonstra isso) ou a hipossuficiência (consumidor tem hipossuficiência a frente da seguradora de saude). No caso estão os dois requisitos presentes, mas pode ser um ou outro. “ Art. 6º São direitos básicos do consumidor: VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;” Resumindo fundamentação jurídica (que vem após os fatos): Antecipação de Tutela ( 273 CPC, 461 CPC e 84 do CDC), vício do serviço, fato do serviço, inversão do ônus da prova, dano moral. Agora falaremos do pedido, que é condenatório: 1) Requer a citação do réu 2) Requer a inversão do ônus da prova 3) À título de Antec. De Tutela: Obrigar a empresa ré a realizar a instalação do home care. É um pedido condenatório de obrigação de fazer, sob pena de multa diária. 4) Condenação na obrigação de fazer, em caráter definitivo, p/confirmar a antecipação de tutela que foi realizada. 5) Condenação pelos danos morais sofridos 6) Condenação em custas e honorários advocatícios 7) Requer a produção de todos os meios de provas admitidos em direito, uma vez q o rito é o ordinário, permitindo portanto este requerimento generalizado. N esquecer de cumprir o 39, I : endereço e nome do advogado, além de dar um valor à causa! “ Art. 39 - Compete ao advogado, ou à parte quando postular em causa própria: I - declarar, na petição inicial ou na contestação, o endereço em que receberá intimação;” Diante do exposto requer: A) A condenação do réu, à título de ant de tutela, na obrigação de instalar o Home Care na casa do autor, sob pena de multa diária a ser arbitrada por este juízo, nos termos do artigo 461 do CPC e 84 do CDC. B) A confirmação, em caráter definitivo, da condenação do réu nos termos pretendidos na antecipação de tutela. C) Condenação do réu ao pagamento dos danos morais sofridos. Simuladão (Test Drive) Questão 1) Ascânio, em fevereiro de 2010, firmou documento destinando todos os seus órgãos paradoação post mortem para fins terapêuticos. Em março de 2013, Ascânio morre em acidente automobilístico. Seu corpo é examinado pelos médicos responsáveis pelos transplantes, que concluem pela possibilidade do aproveitamento de rins, córneas, fígado e coração. Para eficácia dos transplantes, é imperioso que a retirada dos órgãos seja feita imediatamente, mas Maria da Piedade, esposa de Ascânio, transida de dor pela perda de seu marido, opõe-se ao procedimento, exigindo o pronto sepultamento. Os médicos, embora imbuídos da missão pública de promover saúde da população, temem ser responsabilizados civilmente caso Maria da Piedade venha a ser contrariada. Dada a urgência da situação, você como advogado (a) do hospital é consultado. Aponte o melhor caminho a tomar. A questão trata de atos de disposição do próprio corpo, tema dentre os direitos da personalidade. O corpo é talvez um dos principais dirs da personalidade e ele está disciplinado nos arts 13 a 15 do CC. Pela leitura do 13 percebemos que é possível dispôr do próprio corpo, desde que esta disposiçao n cause diminuição permanente da integridade física e n viole os bons costumes, como por ex: Fazer tatoo, lutar no UFC, cortar cabelo e etc. Então eu não posso dispôr do meu corpo qd causa diminuição permanente da integridade física ou contraria os bons costumes, como por ex, arrancar o meu próprio braço. “ Bons Costumes” é um conceito indeterminado e que sofre mutações, como por ex, antigamente tatuar todo o corpo era contra os bons costumes, atualmente isto é mais aceito. O artigo 13 tb diz que mesmo causando diminuição permanente da integridade física e contrariando os bons costumes é possível dispôr do próprio corpo desde que seja por exigência médica. Ex: Amputar o braço. E a disposição do próprio corpo depois da morte? O 13 § un fala da disposição do próprio corpo ainda em vida mas no q desrespeita a doação de órgãos, o que nos remete a Lei Especial de Transplante de Órgãos(9434/97). A disposição do próprio corpo pós mortis está exclusivamente no artigo 14, que n faz menção a qlqr lei complementar, portanto é ele que iremos aplicar. O artigo 14 permite a disposição do próprio corpo no todo ou em parte p/dpois da morte, desde que p/fins altruísticos ou estudo. Ex: destinar meu corpo p/ uma universidade ou doar meus órgão após a minha morte. “ Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o ato de disposição do próprio corpo, quando importar diminuição permanente da integridade física, ou contrariar os bons costumes. Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será admitido para fins de transplante, na forma estabelecida em lei especial.” “ Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou altruístico, a disposição gratuita do próprio corpo, no todo ou em parte, para depois da morte. Parágrafo único. O ato de disposição pode ser livremente revogado a qualquer tempo.” Sendo assim, o artigo 14 permite a doação de órgãos após a morte, desde que em vida a pessoa tenha manifestado vontade inequívoca nesse sentido. Mas qual o problema da questão? O artigo 9 da Lei 9434/97 (Lei Especial de Transplante de Órgãos) diz que a doacão pós mortem depende de autorização dos parentes do morto, ou seja, ela ignora o artigo 14. Temos então uma lei de 97 q exige permissão dos parentes do morto e o CC de 2002 q permite a doação desde q em vida o individuo tenha manifestado vontade inequívoca neste sentido. Orientação da doutrina e da jurisprudência: deve ser aplicado o Código de 2002, que disciplina especificamente a doação de órgão pós mortem e n faz menção a qlqr lei específica, portanto, a vontade manifestada de forma inequívoca em vida tem que permanecer em face da vontade dos familiares após a morte, pois eu posso dispôr do meu próprio corpo em vida para dpois da morte (art 13 e 14). A única hipótese em que os familiares tem dir a manifestar sua vontade acerca da doação de órgãos daquele morto é qd este n se manifestou sobre isto em vida. “ Art. 9 da Lei 9434/97: É permitida à pessoa juridicamente capaz dispor gratuitamente de tecidos, órgãos e partes do próprio corpo vivo, para fins terapêuticos ou para transplantes em cônjuge ou parentes consangüíneos até o quarto grau, inclusive, na forma do § 4o deste artigo, ou em qualquer outra pessoa, mediante autorização judicial, dispensada esta em relação à medula óssea.” Questão 2) João e Maria, companheiros, vivendo sob o mesmo teto desde janeiro de 2007, têm dois filhos e ocupam imóvel público que invadiram no início da convivência. O imóvel está situado em área urbana da Cidade do Rio de Janeiro e mede 232m2. João e Maria não são titulares de outro imóvel urbano ou rural. O poder público notifica-os estabelecendo prazo de sessenta dias para a desocupação do referido bem. Pergunta-se: quais os direitos de João e Maria? O que é usucapião? É uma modalidade de aquisição originária da propriedade móvel ou imóvel pelo exercício de uma posse qualificada (ad usucapionem). É a posse qualificada que gera a propriedade. Quais são os requisitos dessa posse qualificada? A) Posse Mansa e Pacífica, ou seja, sem oposição B)Ininterrupta C)Por período de tempo previsto em lei D)Sob um bem apropriável, ou seja, bem público n pode ser usucapido (CC,102) E) Tem que ser uma posse com animus, isto é, com intenção de ser proprietário. É justamente por conta deste animus que o usufrutuário e locatário n podem usucapir. João e Maria n podem usucapir este bem pq o imóvel é público(CC, art 102). O objetivo da banca é q vc responda q é possível usucapir com base no artigo 1240 do CC, que trata da usucapião especial urbana, modalidade tb presente no art 183 do CC. Nesta usucapião é preciso q o bem fique em área urbana, com limite de até 250 m, os ocupantes n podem ter outro imóvel rural ou urbano e é preciso que eles estejam no local há mais de 5 anos, ou seja, é fácil se confundir achando que tal usucapião está caracterizada. Contudo, há o requisito do bem ser apropriável, o q n é cumprido aqui. “Art. 102 CC. Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião.” “ Art. 1.240 CC. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.” Obs: No artigo 1238 temos a usucapião extraordinária; no 1239 temos a usucapião especial rural; no 1240 a usucapião especial urbana; 1240-A a usucapião por abandono do lar ; e 1243 a usucapião ordinária que precisa de justo título e boa fé. Então quais seriam os dirs de João e Maria? Primeiramente respondemos que eles n tem direito a usucapião. Se eles forem possuidores de boa fé, aplicaremos o artigo 1219 do CC que nos diz que os possuidores de boa fé podem ser indenizados pelas benfeitorias necessárias e úteis realizadas no bem, e ainda podem levantar as voluptuárias se n danificarem o bem. Enquanto n forem indenizados pelas necessárias e úteis eles podem reter a coisa até a indenização ser paga. “ Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias necessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.” Mas eles são possuidores de boa fé? A questão fala de invasão, então se eles invadiram um imóvel público e o poder público n ficou inerte, já q os notificou, n há dúvida de que a posse deles n é de boa fé e sim de má fé. Tem q explicar q n pode usucapir e nem indenizar. Apesar disso, possuidor de má fé, de acordo com art 1220 pode ser indenizado por eventuais benfeitorias necesárias que realizou no bem. A questão n fala nda sobe benfeitorias, mas isso pode ser citado. O mais importante é dizer q n pode usucapir. “ Art. 1.220. Ao possuidor de má-fé serãoressarcidas somente as benfeitorias necessárias; não lhe assiste o direito de retenção pela importância destas, nem o de levantar as voluptuárias.” Questão 3) A arquiteta Veronise comprou um espremedor de frutas da marca Bom Suco. Quarenta dias após Veronise iniciar sua utilização, o produto quebrou. Veronise procurou uma autorizada e foi informada de que o aparelho era fabricado na China e não havia peças de reposição no mercado. No mesmo dia, ela ligou para o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC) da empresa. A orientação foi completamente diferente: o produto deveria ser levado para o conserto. Passados 30 dias da ocasião em que o espremedor foi encaminhado à autorizada, o fabricante informou que ainda não havia recebido a peça para realizar o conserto, mas que ela chegaria em três dias. Como o problema persistiu, o fabricante determinou que a consumidora recebesse um espremedor novo do mesmo modelo. Diante da situação apresentada, responda aos itens a seguir, empregando os argumentos jurídicos apropriados e a fundamentação legal pertinente ao caso. a) O caso narrado caracteriza a ocorrência de qual instituto jurídico, no que se refere ao defeito apresentado pelo espremedor de frutas? b) Como advogado (a) de Veronise, analise a conduta do fornecedor, indicando se procedeu de maneira correta ao deixar de realizar o reparo por falta de peça e determinar a substituição do produto por um novo espremedor de frutas. O espremedor de frutas que quebra frusta a expectativa do consumidor, portanto gera resp civil nas relações de consumo. Numa relação de consumo a responsabilidade pode ser dividade em : responsabilidade pelo vício do produto (ou serviço) ou responsabilidade pelo fato do produto (ou serviço). A. Vício do Produto (Ou serviço): É instrínseco, isto é, desrespeita ao produto ou serviço e n atinge a integridade psicofísica do consumidor. Ele frustra a expectativa do consumidor, pois o serviço (ou produto) n alcança ao fim ao q se destina. Ex: TV q n liga, Tranporte aereo p/sair as 08 da manha e só sai as 24h. B. Fato do Produto (Ou serviço): É a repercurssão externa do vício, ele é extrínseco. Ele atinge a integridade psicofísica do consumidor. Ex: O espremedor de frutas espreme mal, ou seja, tem um vício e em razao deste vício meu dedo é arrancado. Ex 2: Contrato transporte aéreo, há um atraso e eu perdi uma reunião de trabalho. O espremedor q n funciona é vício do produto pq ele simplesmente quebrou. Quem responde pelo vício do produto (art 18 do CDC)? É de todos que participaram da cadeia produtiva, é uma responsabilização solidária, ou seja, eu posso reclamar o vício do comerciante, do transportador, do importador e etc. A vítima de um vício do produto pode fazer o que? Requerer a substituição das partes viciadas, e só! E somente isso, n pode requerer um novo. Mas o prazo do fornecedor p/ substituir essas partes viciadas é de 30 dias( §1) , se ele n o faz neste prazo aí o consumidor pode exigir um outro produto de mesma espécie, o dinheiro de volta c/perdas e danos ou o abatimento de preço. “ Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos; III - o abatimento proporcional do preço.” Não se pode esquecer que os prazos p/reclamar vício são decadenciais e eles estão no artigo 26 do CDC. Quais são eles? Para os produtos e serviços n duraveis são 30 dias e para os duráveis são 90 dias. “ Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou do término da execução dos serviços. § 2° Obstam a decadência: I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma inequívoca; II - (Vetado). III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar evidenciado o defeito. “ Atenção ao § 1 e §3: o primeiro diz que para os vícios aparentes ou de fácil constatação o prazo tem início na data da entrega do produto; enquanto o terceiro diz q para os vícios ocultos o prazo tem início na data em q vc toma conhecimento do vício. No caso da questão o vício é oculto ou aparente? Eu posso sustentar que o vício é oculto, pq ele funcionou bem e só dpois de 40 dias é que quebrou, então, a Veronice tem 90 dias a partir da data da quebra para reclamar do vício. São 90 dias pq o produto é durável. O primeiro passo da Veronice é levar o espremedor de fruta até o fornecedor e exigir a substituição da parte viciada, e este fornecedor tem 30 dias p/ substituir tal parte. Só após esses 30 dias é que Veronice pode tomar as providências do § 1 do artigo 18. N podemos esquecer de prestar atenção no artigo 26 §2, I :enquanto o fornecedor estiver com esse aparelho o prazo decadencial de 90 dias fica suspenso, e qd o produto retorna é que o prazo volta a correr. Se o problema persistir eu reclamo judicialmente exigindo uma das providências do §1 do art 18. Vamos analisar os prazos da Veronice: passou 30 dias da ocasião em q o espremedor foi encaminhado à autorizada e ele n foi consertado, ou seja, como o problema persistiu o fabricante determinou que a consumidora recebesse um esmpremedor de mesmo modelo, no entanto, n é o fabricante que escolhe e sim o consumidor, que resolve quais das providências que ele quer. Após a entrega, Veronice ainda pode ajuizar ação pq está dentro do prazo. Respostas: A) Vício do Produto (art 18). B) A postura do fornecedor n foi adequada pq cabe a Veronice, e n ao fornecedor, escolher o quer quer, dentro do § 1 do art 18, em face do prazo de 30 dias expirado. Questão 4) Carlos, arquiteto famoso e extremamente talentoso, assina um contrato de prestação de serviços com Marcelo, comprometendo-se a elaborar e executar um projeto de obra de arquitetura no prazo de 06 (seis) meses. Destaque-se, ainda, que Marcelo procurou os serviços de Carlos em virtude do respeito e da reputação que este possui em seu ramo de atividade. Entretanto, passado o prazo estipulado e, após tentativas frustradas de contato, Carlos não realiza o serviço contratado, não restando alternativa para Marcelo a não ser a propositura de uma ação judicial. Diante do caso concreto, responda fundamentadamente: A) Tendo em vista tratar-se de obrigação de fazer infungível (personalíssima), de que maneira a questão poderá ser solucionada pelo Poder Judiciário? B) Considere que em uma das cláusulas contratuais estipuladas, Carlos e Marcelo, em vez de adotarem o prazo legal previsto no Código Civil, estipulam um prazo contratual de prescrição de 10 anos para postular eventuais danos causados. Isso é possível? Estamos trabalhando com contrato de prestação de serviços , que tem como objeto uma obrigação de fazer. Marcelo contratou Carlos devido a expertise deste neste assunto, então n há dúvidas de quea obrigação de fazer é personalíssima. A obrigação de fazer tem duas espécies: A. Fungível: Pode ser realizada por um terceiro. Ex: Contrato um pintor p/pintar minha casa de branco, pode ser realizado por vários pintores. B. Infungível: É a personalíssima, que só pode ser realizada pelo devedor. Ex: Eu contrato o pintor X p/pintar minha parede com um desenho que só ele sabe fazer, dessa forma, só ele pode realizar. A obrigação de fazer n foi cumprida, ou seja, há um inadimplemento. O inadimplemento pode ser: A. Absoluto: Credor n tem mais interesse no cumprimento da obrigação. Ex: Eu contrato serviços de X p/fotografar meu casamento mas X n apareceu, então ele perdeu o dia e eu, a contratante, n tenho mais interesse no adimplemento daquela obrigação. Resta ao credor exigir do inadimplemente perdas e danos. B. Relativo: Credor ainda tem interesse no cumprimento da obrigação, então é possível exigir do devedor a execução específica da obrigação cumulada com perdas e danos. Ex: Eu empresto meu carro p/ vc me devolvê-lo no dia 10, já é dia 15 e vc n o devolveu mas eu ainda tenho interesse na entrega do carro, então o inadimplemento é relativo, assim eu posso exigir a execução específica, q é a entrega (através busca e apreensão, reintegração de posse e etc) junto a perdas e danos. A obrigação fungível admite execução específica, que é cumprida como? 249 do cc diz q é contratando um terceiro p/realizar a obrigação e cobrando o q vc gastou do verdadeiro devedor. “ Art. 249 CC. Se o fato puder ser executado por terceiro, será livre ao credor mandá-lo executar à custa do devedor, havendo recusa ou mora deste, sem prejuízo da indenização cabível.” Como devemos lidar com o inadimplemento de uma obrigação de fazer infungível? Este inadimplemento admite execução específica? Não admite, pq n há como contratar um terceiro, então a obrigação automaticamente se converte em perdas e danos ( 247 do CC). O inadimplemento de uma obrigação infungível é sempre absoluto(247 CC). “ Art. 247 CC. Incorre na obrigação de indenizar perdas e danos o devedor que recusar a prestação a ele só imposta, ou só por ele exeqüível.” Respostas: A) Conversão da obrigação em perdas e danos (247 CC) B) Não, pois o artigo 192 do CC diz que os prazos prescricionais estão em lei, então n é possivel modificar por contrato. Tais prazos estão no artigo 205 e 206 do CC. AULAS REGULARES – 2 FASE OAB - PROCESSO CIVIL - Prof Haroldo Lourenço oab2civil@cursoforum.com.br - Mandar as peças p/este email Monitora: Joice Oliveira haroldoaldasilva@hotmail.com AULA 1: 20/08 Enviar até 2 feira. Entrar no site da OAB FGV e imprimir as folhas de rascunho, é p/fazer as peças à mão nesta folha oficial, aí scaneia e envia até segunda feira. Questão 1) 2- Mario dos Santos (brasileiro, solteiro, engenheiro, domiciliado e residente, na cidade do Rio de Janeiro, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, n.º 1000, apto. 608, inscrito no CPF sob o n.º 000.000.001-00), adquiriu em estabelecimento comercial da Vende Tudo Ltda. (sociedade estabelecida, na cidade de Petrópolis, RJ, na Rua Imperial, n.º 10 e inscrita no CNPJ sob o n.º 123/0001-00) um aquecedor elétrico, fabricado por ABC Produtos Elétricos e Eletrônicos S/A (sociedade estabelecida na cidade de Campos dos Goytacazes, RJ, na Avenida Desembargador Amaro Martins de Almeida, n.º 271, e inscrita no CNPJ sob o n.º 456/0001-00). Em virtude de um defeito de fabricação, o aquecedor elétrico explodiu, provocando incêndio em pequena casa que Mário tem na cidade de Petrópolis (RJ). Em decorrência da explosão, além dos danos causados ao imóvel, Mário sofreu ferimentos nas mãos e no rosto, ficando parcialmente desfigurado e impossibilitado de desenvolver suas atividades profissionais pelo prazo de 6(seis) meses. Você, como advogado, foi procurado por Mário, que lhe expõe os fatos, acrescentando que não tem, neste momento, como saber qual o exato montante dos prejuízos sofridos em razão da parcial destruição do imóvel de Petrópolis, e que tão pouco pode precisar, de antemão, o que deixou de ganhar no período de cessação de suas atividades profissionais, por ser engenheiro que trabalha como profissional liberal. Redija a petição inicial da ação que, a seu ver, deve ser proposta, nas circunstâncias descritas. A petição - a ser assinada pelo advogado José Pinheiro (OAB/RJ 002), com escritório, na cidade do Rio de Janeiro, na Rua da Ajuda, n.º 20, Sala 801 – deverá justificar, explicitamente, a escolha do foro a seu ver competente. Dica da FGV: Nesta questão, q é bem antiga, aplicada antes da prova ser realizada pela OAB, é dado inúmeras qualificações, o q n é comum atualmente. Vc tem uma mailto:oab2civil@cursoforum.com.br mailto:haroldoaldasilva@hotmail.com folha de rascunho e a peça tem 150 linhas, na folha de rascunho é pra fazer uma estrutura meinima do q vc n pode esquecer na folha oficial. Sempre é bom colocar artigos , pq a correção vai mto pelos artigos escritos. Na hora de fundamentar vc n precisa ser extenso pq vc só tem 150 linhas na sua peça , é bom ser conciso Se o fabricante está perfeitamente indicado, o comerciante responde imediatamente pelos prejuízos? A relação estabelecida entre o comprador, comerciante e fabricante é de consumo, então aplicamos o CDC. No CDC a responsabilidade civil, em regra, é objetiva e solidária entre todos que participam da relação de consumo. Ex: Comprei no site do shoptime e paguei com meu cartão de crédito, ambos são conveniados e consequentemente respondem solidariamente. Porém, o comerciante tem uma responsabilidade, que é uma exceção: subsidiaria, portanto ele só responde se o fabricante n for identificado. Se a peça identificou os dois, a legitimidade passiva é do fabricante, ou seja, ele é o réu. Nestes casos relvantes é bom abrir um tópico explicando o pq dessa escolha na legitimidade passiva. A sua peça basicamente é: Competência Qualificação do autor e réu Nome da Ação Subitems, entre eles pode haver o “ Da Legitimidade Passiva” Seria algo assim: “ Está sendo perfeitamente indicado o fabricante , n colocando o comerciante, pois se trata de caso de responsabilidade subsidiária, de acordo com artigo 13 do CDC.” Já identificamos a legitimidade ativa (obviamente é o Mário) e passiva (fabricante). Agora temos que analisar se houve fato ou vício: houve fato do produto, pois é externo, trouxe sequelas psicofísicas. Em decorrência da explosão houve: Danos materiais: Danos causados ao imóvel. Danos materiais n se presumem, dependem sempre de comprovação, daí ser necessário colocar no pedido “ Requer danos materiais, comprovados conforme docs em anexo”. Mário n teve como quantificar, entao o pedido terá que ser feito de maneira genérica p/ser apurado em posterior liquidação de sentença. Danos estéticos: O Mário ficou desconfigurado. Dano Moral Lucros Cessantes: deixou de ganhar pq n pode trabalhar. Como ele n soube qualificar o qt deixou de ganhar o pedido é genérico p/posteriormente ser liquidado. Dica FGV: Toda vez q vc tiver obrigado a fazer um item na peça por exigência legal, p/ n se identificar a banca adotou a ideia de reticências. O dano estético e moral n são genéricos, eles precisam se manifestar de forma certa e determinado, então é p/ escrever: “ Vem a requerer dano moral no valor de R$ … “ ). N é p/ pedir um valor q vc inventa pq isto pode ser visto pela banca como se vc estivesse se identificando. É para usar as reticências tb na qualificação qd vc n tiver todos os dados. Por fim, tb foi pedido na questão p/ q fosse justificado, explicitamente, a escolha do foro competente. Qual o juízo competente p/ajuizar esta ação? No caso há o domicílio do autor em copacabana e o domicílio do réu (fabricante) é em Campos do Goytacazes. CRITÉRIOS DE COMPETÊNCIA: 1) Pessoa: A pessoa no processo é que vai estabelecer o juízo competente.Ex: A pessoa é militar e recebe td mês um desconto indevido no contra-cheque, tal ação tem q ser proposta contra a União (o exército é órgão e por isso é despersonalizado e n pode haver nenhuma ação contra ele, entao a ação é contra o ente a que pertence este órgão, no caso, a União. Se eu tiver uma ação contra União, Autarq Federal ou Empr Pública Fed. a competência é da Justiça Federal – 109, I. Lembrando que Juiz Estadual é Juiz de Direito, enquanto que Juiz Federal é simplesmente Juiz Federal e n há comarca e sim Seção Judiciária). 2) Matéria: A matéria determina a competência. Ex: Família, Cível, Órfãos e Sucessões. Se a banca n explicar que a vara é de família ou vc n souber se há varas especializadas naquela Comarca é pra vc indicar qlqr uma que tenha a ver com a situação. Ou seja, se o assunto for de família é bom vc indicar a vara de família mas se vc indicar a cível a FGV n tirará ponto por isso. 3) Valor: O valor da demanda vai fixar a competência. Se a ação for direcionada pro rito sumário é pq ela envolve até 60 salários mínimos; se for direcionada pro Juizado Especial Cível (Onde n pode pedir honorários!!!), em regra, vai até 40 salários mínimos ( art 3, I da Lei 9099/95). Ex: Em relação ao exemplo do militar contra União, se a ação envolver menos de 60 salários mínimos ela será ajuizada no Juizado Especial Federal ( Art 3 da Lei 10259/01. É para sublinhar com marca texto). Ex 2:Funcionário é professor do município e quer ajuizar ação p/revisar o valor do q ele recebe do município. Essa ação tem que ser contra o Município e se envolver menos de 60 salários mínimos ela terá q ser ajuizada no Juizado Especial de Fazenda Pública. ( Art 2 § 4 da Lei 12153/09. É para sublinhar com marca texto) Tanto o JEF como o JEFP têm competências absolutas, isto é, a ação obrigatoriamente terá que tramitar pelo rito do Juizado. Diferentemente do JEC q tem competência relativa, ou seja, eu n sou obrigada a a ajuizar minha ação no JEC, eu posso, por ex ajuizar minha ação na vara cível pelo rito sumário. 4) Territorial (Competência de Foro): É fixada com base no território. No processo civil a regra geral é do 94 CPC: devem ser propostas no domicílio do réu., desde que envolvam direitos pessoais (contratual) ou direitos reais sobre bens móveis. Lembrando que dirs reais são aqueles que recaiem sobre a coisa. Se for uma ação discutindo dirs reais sobre bens imóveis a competência é o foro do local de imóvel (95 CPC. É para sublinhar as palavras móveis e imóveis com lapis.). Se for ação de separação e divórcio o foro é da residência da mulher ( 100, I CPC). Ação envolvendo alimentos tem como juízo competente o domicílio do alimentando, isto é, a pessoa q está recebendo a prestação de alimentos ( 100, IICPC. Fazer remissão à S 1 do STJ). Ação de acidente de trânsito e ação civil “ ex delito ” ( vc foi agredido fisicamente e está rolando uma ação penal pelas práticas de lesões corporais, eu tb posso ajuizar uma ação indenizatória contra o agressor) seguem a competência do artigo 100 que é de domicílio do autor ou local do dano(acidente) (Fazer remissão ao art 94 do CPC, onde a jurisprudência admite tb o domicílio do réu). Sempre que envolver relação de consumo ( 101, I do CDC. Fazer remissão ao 94 do CPC) o consumidor, para facilitar sua defesa, pode ajuizar a ação no domicílio do autor mas tb é permitido no domicílio do réu. Essas novas opções objetivam facilitar a vida do autor+isso n quer dizer q vc n possa continuar com a regra geral, que é ajuizar no foro do réu. Quando vc tem vários foros a sua escolha é pq vc tem foros concorrentes.FORO Um exemplo disso é o 100 § un c/c 94 CPC, ou seja, o autor pode escolher qualquer foro que ele quer demandar, qlqr um q ele escolher é competente. Nestes casos n cabe ,por parte do réu, exceção de incompetência, pois qlqr um dos três tem competência. Ex: Ajuizo uma ação reivindicatória do meu carro, é uma ação sobre a coisa discutindo o direito de propriedade de um bem móvel, então é competência do domicíio do réu. Ex 2: Ajuiza uma açao reivindicatória do imóvel, é uma ação q recai sobre coisa imóvel, então a competência é do foro do local do imóvel. Ex 3: Quero ajuizar uma ação de divórcio, o juízo competente é de foro de prerrogativa da mulher, ou seja, será o foro da residência da mulher. Ex 4: Se eu estou ajuizando uma ação de investigação de parternidade, qual o juízo competente? Vai pela regra , q está no art 94 + se for cumulada com alimentos aí utiliza-se o 100, II, isto é, foro do domicílio do alimentando ( S 1 STJ). 5) Funcional: Trata de distribuir funçoes entre os órgãos jurisdicionais. Tem dois tipos, o funcional horizontal (N há uma hierarquia entre os órgãos, todos estão no mesmo plano) e funcional vertical (Ou critério hierárquico – Tem uma hierarquia entre os órgãos jurisdicionais. Competência Recursal, só é utilizado em recurso). Ex: O juízo onde está tramitando a ação principal (ex: 31 V.C) tem competência p/conhecer as ações acessórias. Eventual reconvenção (109 CPC) tem que ser proposta perante o juízo principal, isto é, perante a 31 V.C. Eventual cautelar (800 CPC) tb é distribuída ao juízo da ação principal. Isto é o q costumamos chamar de distribuição por dependência. Ex 2: José ajuizou ação contra Maria, que fez promessa de compra e venda com Pedro, ocorre que no curso do processo o juiz mandou penhorar o imóvel que estava com Pedro . Se Pedro está sofrendo penhora resultante de uma ação na qual ele n faz parte ele deve ajuizar embargos de terceiros, que tem que ser distribuida por dependência ao juízo competente da ação prinicipal (1050 CPC). N há uma hierarquia entre os órgãos, todos estão no mesmo plano, daí ser horizontal. Quando tem distribuição por dependência é preciso que isto seja informado, deve-se fazer um item explicando isto. Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito Processo N … ( É o processo principal) Qualificação Nome da Ação I- Da Distribuição por dependência: “ Trata-se de hipóteses embargos de terceiro e o art 1050 determina distribuição por dependencia ao processo principal, portanto está sendo ajuizado junto ao processo n …) Ex 3: Juiz Estadual deu uma sentença e quem tem competência p/revisar esta sentença é o TJ Estadual. Qd a sentença é dada pelo TRF quem tem competência p/revisá-la é o Juiz Federal. Há uma hierarquia entre os órgãos jurisdicionais. Tem casos em que o Juiz Estadual dá uma sentença e o TRF julga eventual apelação? Se eu ajuizo uma ação contra o INSS e na minha comarca (domicilio do autor) n há Justiça Federal eu posso ajuizar na Justiça Estadual mas eventual apelação será julgada no TRF, mesmo que a sentença tenha sido papa por juiz estadual ( CF 109 § 4 e § 5) mas isto só ocorre qd na questão é dito q n há justiça federal. Territorial é o mais frequente! No caso da questão trata-se de relação de consumo, onde pode ser aplicado o 101, I do CDC ou o 94 do CPC, isto é, a competência pode ser do foro do domicílio do autor ou do réu, ou seja, há foros concorrentes. Como o autor mora em Copacabana e o réu (fabricante) é de Campos, é mais conveniente que seja ajuizada a ação na comarca da capital (Copacabana n tem foro regional, entao é ajuizado na comarca da capital) mas vc poderia escolher o foro de campo dos goytacazes, o que importa é que seja justificada a escolha do foro. Vc deve justificar pelos artigos, dizendo q é concorrente e falando q a escolha é a mais cômoda pro autor. Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz de Direito Da … Vara Cível da Comarca da Capital do Rio de Janeiro/ RJ. Colocamos a comarca pq o enunciado diz que é Rio de Janeiro, se n estivesse no enunciado era pra utilizar reticências. (X) Pular duas linhas Mário dos Santos, brasileiro, solteiro, engenheiro, portador da ID n … , inscrito no CPF n ooo.ooo.oo1-oo, residentee domiciliado na Avenidade Nossa Senhora de Copacabana, n 100, apartamento 608, CEP n … , vem, por seu advogado José Pinheiro, com escritório na Rua da Ajuda n 20, sala 801, Rio de Janeiro/RJ, onde receberá as futuras intimações, na forma do artigo 39, I do CPC, propor a ação indenizatória por danos materiais, morais, estéticos e lucros cessantes pelo rito ordinário, em face de ABC Produtos Elétricos e Eletrônicos S/A, pessoa jurídica de direito privado inscrita no CNPJ n 456/0001-00, localizada na Avenida Desembargador Amaro Martins de Almeida n 271, Campos dos Goytacazes, Rio de Janeiro, CEP n … , pelas razões de fato e de direito que passa a expor. Se n tivesse, por ex, nacionalidade, iriamos escrever “ Mário dos Santos, Nacionalidade … “. O cpf foi dado pela questão, n é p/inventar senão vc é eliminado. Se n tivesse dado o nome do advogado era p/colocar reticências. É praxe colocar o 39,I no início, mas se vc esquecer n tem problema, vc coloca no final, só n pode faltar. O Nome da ação precisa ser o mais completo possível, ele pode ser colocado em outra linha ou na mesma, lembrando sempre que só há 150 linhas p/tda peça. A) Da Gratuidade de Justiça Declara o autor, nos termos da Lei N 1060/50 e art 5, lXXIV da CF/88, n ter condições de arcar com as custas sem prejuízo do seu sustento. Isto n é obrigatório, mas como pela questão o autor está desempregado pode-se colocar isto. B) Da Competência Trata-se de relação de consumo, nos termos da Lei n 8078/90 (CDC), portanto, se aplica o art 101, I CDC que determina a competência pelo domicílio do consumidor, localizado em Copacabana. Ademais, trata-se de hipótese de foros concorrentes, onde a presente demanda também poderia ser proposta no domicílio do réu, nos termos do art 94 da CPC. Como vc colocou entre parenteses q aquela lei é o CDC, vc poderá utilizar no resto da peça somente o termo “ CDC”. C) Da Legitimidade Passiva A presente demanda está sendo manejada somente contra o fabricante, pois esse está perfeitamente identificado. Na forma do art. 13 do CDC o comerciante responde de forma subsidiária, ou seja, somente se o fabricante não for identificado. D) Dos Fatos e dos Fundamentos Jurídicos Dos fatos é o q está na questão, n pode acrescentar nenhum fato novo. Se vc achar q está se estendendo mto vc pode escrever “ Dos Fatos e Dos Fundamentos jurídicos”. O autor adquiriu um aquecedor elétrico fabricado pela ré e , em virtude de um defeito de fabricação, o mesmo explodiu provocando um incêndio na casa do autor, localizada em Petrópolis/RJ. Em decorrência de tal evento, além dos danos ao imóvel, o autor sofreu ferimentos nas mãos e nos rostos, ficando parcialmente desfigurado e impossibilitado de trabalhar pelo prazo de seis meses. Trata-se de relação de consumo, pois o autor é destinatário final do produto e a ré a fabricante, como determina o art. 3 e 4 do CDC. Nessa linha, há uma responsabilidade civil objetiva pelo fato do produto na forma do art 12 do CDC. Devido a explosão houve parcial destruição do imóvel do autor, fazendo jus, portanto, aos respectivos danos materiais, que serão apurados em liquidação de sentença (art 286, I c/c 475-A CPC). Por ser profissional liberal, n há como precisar, de antemão, o que está deixando de ganhar, o que novamente será apurado em liquidação de sentença (art 286,I c/c 475-A CPC). Houve , ainda, danos na mão e no rosto do autor, gerando abalo de ordem moral e estético ( art 6, VI CDC). E) Dos Pedidos: A conta do exposto, requer: 1. O deferimento da Gratuidade de Justiça 2. A condenação do réu a indenizar o autor a título de danos morais no valor de R$... e danos estéticos no valor de R$... Estes dois danos podem ser precisados, nda foi dito sobre o autor n poder mensurar esses dois danos 3. A condenação do réu, a título de danos materiais de forma genérica, prolatando-se uma sentença ilíquida, pois tais valores não podem ser fixados de imediato. (286,I c/c 475-A do CPC) 4. A condenação do réu, a título de lucros cessantes de forma genérica, prolatando- se uma sentença ilíquida, pois tais valores n podem ser fixados de imediato 5.A inversão do ônus da prova na forma do art 6, VIII CDC, para facilitar a defesa do autor em juízo, diante da sua hipossuficiência técnica 6.A citação do réu para apresentar resposta no prazo de 15 dias, sob pena de revelia (297 c/c 319 CPC) 7.A condenação do réu nas custas e honorários advocatícios, na forma do art 20 CPC Protesta por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial prova documental e pericial. Dá-se a causa o valor de R$ … , na forma do artigo 258 do CPC Município … Data … José Pinheiro OAB /RJ 002 Eventualmente há o pedido de tutela antecipada, que se fundamenta no 84 do CDC ou 273 do CPC).A inversão do ônus da prova foi pedida+ como nda foi dito sobre Mário ter dificuldade de provar e etc, n é obrigatório. Ex: Maria comprou um vinho sem rótulo no mercado do seu Manoel e o vinho explodiu no rosto dela e a machucou. Maria poderia processar seu Manoel? Sim, pq o fabricante n está identificado, entao Manoel responde (Subsidiário). __________________ //__________________________ // ______________________________ //____________ PROCEDIMENTO OU RITO: 1) Ordinário: É o procedimento comum à todos os outros ritos ( 272 CPC). 2) Sumário: 272 § ún CPC. O Sumário é um rito especial em relação ao ordinário, mesmo que o artigo 272 diga q o procedimento comum é ordinário e sumário. Então só podemos utilizar o termo “ Rito Comum Ordinário” mas nunca “ Rito Comum Sumário”. 3) Sumaríssimo: É o do juizado ( Art 3 da Lei 9099/95). Como vc sabe em qual rito a sua ação vai tramitar? De trás pra frente, isto é, a ação tramita no rito ordinário se ela n for do juizado e se ela n for sumário, ou seja, a ação só tramita no rito ordinário por exclusão. Resumindo: O rito comum ordinário tem aplicação subsidiária a todos os demais. Por isso temos que saber o que diferencia cada um dos ritos RITO SUMÁRIO: - Competências do Rito Sumário: A) Em razão do valor: Toda ação que for até 60 salários mínimos ( 275 CPC, inc I). B) Em razão da matéria: A matéria discutida na ação é que gera competência do Sumário (275 CPC, inc II). Alínea d: Acidente de Transito sempre tramita pelo rito sumário, independente do valor da causa, ou seja, pode bater duas Ferraris , assim como dois golzinhos usados., pois a competencia q te jogou p/sumário é a matéria e n o valor. Sublinhar a expressão “ Qlqr q seja o valor”. Ou seja, se cair uma hipótese desta eu sou obrigada a ajuizar uma ação pelo rito sumário, mas se for em razão do valor eu posso jogar pro ordinário e até mesmo p/o Sumaríssimo se tiver valor de menos de 40 salários mínimos. Se a competência for em razão da matéria é obrigatoriamente rito sumário! Alínea e: Ação de cobrança de seguro de acidente de trânsito. Alínea b: Ação de Cobrança de condomínio(Em face do condômino). Fazer remissão ao 585, V do CPC, que traz o rol dos títulos executivos extrajudiciais. “ Art. 585 - São títulos executivos extrajudiciais: V - o crédito, documentalmente comprovado, decorrente de aluguel de imóvel, bem como de encargos acessórios, tais como taxas e despesas de condomínio;” É uma ação de conhecimento pelo rito sumário (ação de cobrança) ou uma execução extrajudicial p/cobrança de condomínio? A lei exige prova documental da locação , independente se o contrato for verbal ou n, isto é, pode ser uma locação verbal mas com recibos, com confissão de dívida, um doc assinado pelo devedor e etc. Se houvesse contrato escrito de locação com duas testemunhas aí n utiliza-se o inciso V e sim o II. Então p/entrar, por meio da execução extrajudicial, tem que ter uma relação de locação, isto é, um locador cobrando o locatário(pode cobrar aluguel, luz e condomínio). Mas se n tiver relação locatícia (ex: quem está ocupando a unidade é o proprietário e este q está sendo cobrado pelo condomínio) a ação a ser ajuizada é a ação de cobrança pelo rito comum ordinário. Ou seja, a locação está cada vez mais protegida pelo legislador. Resumindo: O 275, II b do CPC é p/hipótese de cobrança de condomínio qd n há locação , pq se existir locação vai p/execuçao extrajudicial!!!! Alínea h: “demais casos previstos em lei” de rito sumário, ou seja, as hipóteses de rito sumário é um rol aberto, havendo outros casos previstos em leis específicas, como por ex: . ação de usucapião de imóveis urbanos: Artigo 14 da Lei 10257/01 ( Estatuto da Cidade). Fazer remissão desta lei na alínea h. . ação revisional de aluguéis, que encontra-se no artigo 68 da Lei 8245/91. Fazer remissão. - Características Essenciais do Rito Sumário: A) Petição Inicial (276 CPC): Não vale o protesto genérico das provas, que vale no rito ordinário. Se for pedida prova testemunhal é preciso colocar “ conforme rol em anexo”. Se for pedida perícia é preciso colocar “ Conforme indicação de assitente técnico e quesitos em anexo”. Se vc n indicar as provas de imediato na inicial haverá preclusão, isto é, vc perderá suas provas. B) Perícia: Se o juiz entender que a perícia é complexa e por isso vai retardar o processo o juiz poderá converter a ação do rito sumário p/o rito ordinário, pois o objetivo do rito sumário é a celeridade. A conversão será feita através de decisão interlocutória, que é recorrível por agravo de instrumento. C) Prazo de citação e resposta: A Resposta ocorre na audiência de conciliação do 277 do CPC. O primeiro passo do sumário é marcar audiência de conciliação e, se nesta audiência n se chegar em acordo, aí faz-se a contestação nela. CUIDADO: No ordinário o prazo de resposta é de 15 dias , mas em petição de rito sumário n se pede a citação do réu p/contestar em 15 dias! Como a pessoa já vai p/audiencia com a possibilidade de contestar, a lei exigiu um prazo mínimo de 10 dias a contar da citação do réu para que haja a audiëncia; e se um dos réus for a Fazenda Pública o prazo é de no mínimo 20 dias a contar da citação para que ocorra a audiência. Ocorre que, o 277 utiliza o início da contagem pela citação, mas temos que combinar com o artigo 241 CPC que diz que o prazo n se inicia da citação e sim da juntada do mandado de citação aos autos. Além disso, a contagem é feita de trás pra frente, isto é, da audiência p/trás. Sendo assim, se a audiênia for marcada para segunda feira o primeiro dia dos 10 dias é contado na sexta. D) Intervenção de Terceiros(280 CPC): Há 6 tipos de intervenção de terceiros: Assistência ( q n está no capítulo de intervenção, e sim no CPC 50, + q mesmo assim é uma) , oposição, nomeação a autoria, denunciação da lide, chamamento ao processo e recurso de terceiro ( q está no capitulo de recursos) . O Artigo 280 está com a redação modificada pela Lei 10444/02, acertado o erro do código de q assistência e recursos n seria intervenção. Cabe intervenção de terceiros no rito sumário? Sim, mas somente três tipos: assistência ( 50 CPC), recurso de terceiro (49 CPC) e qualquer intervenção de terceiros que se fundamentem no contrato de seguro . Quais são as intervenções de 3ros q se fundamentam no contrato de seguro? Denunciação da Lide (nem toda denuncição da lide se dá com base em contrato de seguro, algumas vezes se dá com base em evicção, ai n é cabível no sumário) – art 70,III do CPC. E o chamamento ao processo com base no contrato de seguro na relação de consumo . Dentro da relação de consumo é vedada denunciação da lide, mas admite-se o chamamento ao processo. Fazer remissão no 280 do 70, III e do 101,II do CDC. E) Não cabe no sumário ações de Estado ou Capacidade da Partes (275 § un do CPC). Ações de Estado são aquelas q envolvem o estado civil das pessoas, como divórcio, interdição e etc. F) Não cabe reconvenção, e sim pedido contraposto (278 §1 CPC), isto é, dentro da contestação vc abre um item onde faz um contrataque. Na ação ordinária se o réu quiser contra atacar o autor ele faz o que ? Reconvenção. O pedido contraposto é cabível no sumário; JEC; Possessórias e Revisional do Aluguel. RITO SUMARÍSSIMO ( art 3 Lei 9099/95. Marcar essa lei e colocar post it s/nda escrito) - Competências do Rito Sumaríssimo: São várias, vc pode inclusive facultar por ajuizar uma ação no juizado. A) Ações com valor de até 40 salários mínimos. Tem uma competência concorrente com o sumário, ou seja, eu posso n ajuizar a minha ação no juizado e ajuizar na vara cível, aí cairá no sumário. Atenção: Se vc ajuizar pelo sumário vc pede gratuidade de justiça, se vc ajuizar pelo sumaríssimo n pode pedir pq já é de graça. O melhor é n utilizar o sumaríssimo. B) Hipóteses do 275 II do CPC: São as hipóteses do sumário, em razão da matéria, como por ex, ação de acidente de trânsito. Ou seja, todas as hipóteses do sumário são cabíveis. Atenção: Se eu ajuizo ação de acidente de trânsito no sumário ela pode valer até um milhão, pq o q importa é a matéria. Agora no caso do juizado é polêmico se a ação pode valer mais do que 40 salários mínimos, mesmo que a metéria seja uma das hipóteses do 275 II. Por isso o melhor é evitar. Além disso, ação de acidente de trânsito requer perícia, que no juizado só é cabível se n for complexa. Atenção 2: Outra hipótese é cobrança de cota condominial. O condomínio, que é ente despersonalizado, pode ajuizar ação mas serea q pode demandar em juizado? Ou seja, há sempre dúvidas, é melhor sair do juizado. Ex: Mulher bateu no carro de outra, foi ajuizada ação indenizatória, em qual rito tramitará aquela ação? Rito Sumário em razão da matéria ( 275, II). Tal ação poderia ser proposta no juizado? Sim, em tese, em razão do artigo 3, inc II da Lei 9099/95. Caberia denunciação da lide? Sim, pq 280 permite denunciação da lide com base em contrato de seguro. C) Despejo para uso próprio D) Possessórias limitadas até 40 salários mínimos: Reintegração de posse, Manutenção na Posse e Interdito Proibitório. - Características Essenciais do Rito Sumaríssimo: A) Autor: Só pode ser autor no juizado pessoas físicas, maiores e capazes em liberdade; micro- empresas; e empresas de pequeno porte. Um menor de idade n pode ajuizar nenhuma ação no juizado, mesmo que com representante. B) Prazo de Resposta: Na AIJ C) N cabe reconvenção: Só cabe pedido contraposto. D) N cabe nenhuma intervenção de terceiros E) Não tem custas e nem honorários do primeiro grau de jurisdição: se for recorrer p/turma recursal o preparo e honorários são cobrados. F) Perícias: Somente de menor complexidade ( art 31 c/c 35 da Lei 9099/95) ________________________ / ____________________ / ________________________________ / ____________ Questão 2) Sergio, domiciliado em Volta Redonda/RJ, foi comunicado pela empresa de telefonia ALFA, com sede em São Paulo/SP, que sua fatura, vencida no mês de julho de 2011, constava em aberto e, caso não pagasse o valor correspondente, no total de R$749,00, no prazo de 15 dias após o recebimento da comunicação, seu nome seria lançado nos cadastros dos órgãos de proteção ao crédito. Consultando a documentação pertinente ao serviço utilizado, encontrou o comprovante de pagamento da fatura supostamente em aberto, enviando-o via fax para a empresa ALFA a fim de dirimir o problema. Sucede, entretanto, que, ao tentar concretizar a compra de um veículo mediante financiamento alguns dias depois, viu frustrado o negócio, ante a informação de que o crédito lhe fora negado, uma vez que seu nome estava inscrito nos cadastros de maus pagadores pela empresa ALFA, em virtude de débito vencido em julho de 2011, no valor de R$749,00. Constrangido, Sérgio deixou a concessionária e dirigiu-se a um escritório de advocacia a fim de que fosse
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