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Aula 06 
Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
Professor: Jonathas de Oliveira 
 
Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 06 
Prof. Jonathas de Oliveira 2 de 148 
 www.exponencialconcursos.com.br 
 
Sumário 
1- Poder Legislativo ............................................................................. 3 
1.1 – Panorama geral .............................................................................. 3 
1.2 – Atribuições do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal ...................................................................................... 9 
1.3 – Deputados Federais e Senadores: imunidades e vedações ................. 27 
1.4 – As reuniões e comissões ................................................................ 36 
1.5 – A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial .......................................................................................... 44 
2- Processo Legislativo ...................................................................... 54 
2.1 – Emendas à Constituição ................................................................ 57 
2.2 – Leis Complementares e Ordinárias .................................................. 65 
2.3 – Leis Delegadas ............................................................................. 78 
2.4 – Medidas Provisórias ...................................................................... 80 
2.5 – Decretos Legislativos .................................................................... 90 
2.6 – Resoluções .................................................................................. 91 
3- Questões comentadas ................................................................... 92 
4- Lista de Exercícios ....................................................................... 115 
5- Gabarito ...................................................................................... 147 
6- Referencial Bibliográfico.............................................................. 148 
 
 
Amigos e amigas, destacamos ser oportuno um bom número de 
revisões dos tópicos desta aula, uma vez que há certo número de detalhes que 
demandam trabalho para serem amadurecidos. 
Aqui, pedimos vênia para sugerir que seja feita uma breve releitura dos 
conceitos básicos já estudados. Isso tende a facilitar a compreensão do tema e 
a reforçar as conexões cognitivas que estamos criando. 
Destacamos ser oportuno um bom número de revisões deste tema, uma 
vez que há certo número de detalhes que demandam trabalho para serem 
amadurecidos. 
Hora de mais uma batalha! Já vencemos tantas outras e, aqui, não será 
diferente. 
Aula 06 – Poder Legislativo. Processo Legislativo. 
Curso: Direito Constitucional – Curso regular 
Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
Prof. Jonathas de Oliveira - Aula 06 
Prof. Jonathas de Oliveira 3 de 148 
 www.exponencialconcursos.com.br 
 
 
Vimos que no Brasil impera a teoria (abrandada) de Montesquieu: teoria 
da tripartição de Poderes – identificados como Poder Legislativo, Poder 
Executivo e Poder Judiciário. 
 Nessa linha, o Título IV da nossa CF/88 apresenta este arranjo no 
âmbito da União. 
Por simetria das formas jurídicas, muitas das características são 
replicadas no nível dos entes subnacionais (Estados-membros, Distrito Federal 
e Municípios), porém, existem algumas especificidades. 
 Assim, antes de passarmos à análise do texto constitucional, cumpre 
destacar as principais: 
 União Estados e DF Municípios 
Legislativo Bicameral: o Congresso 
Nacional é composto do 
Senado Federal + 
Câmara dos Deputados 
Unicameral: 
Assembleia 
Legislativa 
(Deputados Estaduais) 
ou Câmara 
Legislativa 
(Deputados Distritais) 
Unicameral: 
Câmara 
Municipal 
(Vereadores 
Municipais) 
Executivo Chefiado pelo 
Presidente da 
República 
Chefiado pelo 
Governador do 
Estado ou do DF 
Chefiado pelo 
Prefeito 
Municipal 
Judiciário Órgãos de convergência e 
superposição* 
constitucional (STF) e 
infraconstitucional (STJ) 
+ Justiça comum 
federal + Justiça 
especial (Trabalho, 
Eleitoral e Militar) 
* Decisões do STF se 
sobrepõem a todas as 
Justiças e Tribunais. 
Decisões do STJ superam 
as da Justiça Federal 
comum, da Estadual e do 
DF e Territórios. 
Tribunais de Justiça 
e juízes estaduais – 
Justiça comum – e 
Tribunais de Justiça 
Militar e juízes 
militares – Justiça 
especial – 
(organizados e 
mantidos pelos 
Estados) 
ou 
Tribunal de Justiça do 
Distrito Federal e dos 
Territórios 
(organizado e 
mantido pela União) 
Não há. A 
função 
jurisdicional 
fica a cargo dos 
TJ estaduais. 
 
1.1 – Panorama geral 
1- Poder Legislativo 
 
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Teoria, Jurisprudência e Questões comentadas 
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 Por ora, nos interessa dissecar o Poder Legislativo, com ênfase na 
esfera da União, nível em que, historicamente, é reproduzido o modelo 
bicameral. 
 A partir dos ensinamentos de José Afonso da Silva, podemos delinear o 
seguinte ponto de partida: 
 
 
Sendo a emanação da soberania do povo, nos termos do art. 1º, 
parágrafo único da Constituição Federal, o Poder Legislativo tem a função 
típica de produzir as leis que devem dirigir o Estado. 
 Além disso, também tem como função típica fiscalizar o Poder 
Executivo, conforme veremos mais adiante. Nesta tarefa, é auxiliado pelo 
Tribunal de Contas da União, órgão autônomo que não integra diretamente 
nenhum dos Poderes. 
 
 No mais, importante ressaltar desde já, que, a rigor, não há primazia 
de uma Casa legislativa sobre a outra. Tanto a Câmara dos Deputados como o 
Senado Federal possuem determinadas atribuições e competências privativas 
de acordo com o disposto na CF/88. 
 Mas antes de vermos as respectivas competências, analisemos o 
desenho geral do Legislativo (federal). 
 
 
 
TÍTULO IV 
Da Organização dos Poderes 
CAPÍTULO I 
DO PODER LEGISLATIVO 
Seção I 
DO CONGRESSO NACIONAL 
Bicameralismo 
(Congresso Nacional 
compõe-se de)
Câmara dos 
Deputados
Representantes do 
povo
Senado Federal
Representantes dos 
Estados-membros e 
do DF
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Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Congresso Nacional, que se 
compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. 
Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos. 
 
(1) Não confundam os termos “legislatura” e “sessão legislativa”, alvos 
comuns de pegadinhas. 
 
 
1- (CESPE/ Técnico Judiciário do STF / 2013) Julgue 
o item a seguir. 
Uma legislatura compreende quatro sessões legislativas ordinárias. 
Resolução: Correto! Atualmente, estamos na 55ª legislatura (2015-2019). 
 
Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, 
eleitos, pelo sistema proporcional, em cada Estado, em cada Território e no 
Distrito Federal. 
 
(1) A literalidade deste artigo é o que costuma incidir nas provas. No entanto, 
para aperfeiçoar o entendimento, vejamos um exemplo hipotético de como é 
operacionalizado o sistema proporcional. 
 
Etapa 1: Cálculo do quociente eleitoral 
Exemplo: Arredondando, o Brasil tem hoje 60milhões de eleitores e 513 cadeiras na 
Câmara dos Deputados. 
Quociente eleitoral = 60.000.000 / 513 ≈ 116.959 
 
Etapa 2: Cálculo das vagas por partido 
Legislatura
• Período de 4 anos que se inicia 
com a posse dos Deputados e 
Senadores Federais (estes, 
quando recém eleitos)
Sessão legislativa
• Período de 1 ano, nos 
intervalos: 
- 2 fevereiro a 17 julho
- 1 agosto a 22 dezembro
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Total de votos (válidos) / Quociente eleitoral 
Suponha-se que o Partido dos Concurseiros recebeu 1.000.000 de votos por todo o 
País, para os seus candidatos à Câmara dos Deputados. 
Vagas do partido = 1.000.000 / 116.959 ≈ 8,33. 
(Simplificando) Desprezamos as frações. Assim, o Partido dos Concurseiros terá 8 
vagas na Câmara dos Deputados. 
 
§ 1º - O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e 
pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, 
proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no 
ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da 
Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. 
§ 2º - Cada Território elegerá quatro Deputados. 
 
(1) O §1º é forte alvo de críticas, uma vez que, na prática, é impossível 
manter a proporção em muitos casos. Um Estado-membro como São Paulo 
(~46.660.000 habitantes), por exemplo, terá 1 Deputado Federal para cada 
~666.571 habitantes. Já um Estado-membro como Roraima (~488.072 
habitantes) terá 1 Deputado Federal para cada ~61.009 habitantes. 
 
Art. 46. O Senado Federal compõe-se de representantes dos Estados e 
do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário. 
 
(1) O sistema majoritário aqui é simples em todos os sentidos. O candidato 
que obtiver a maioria simples dos votos válidos (desconsiderando-se os 
brancos e nulos) conquista a vaga ao Senado. 
 
§ 1º - Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com 
mandato de oito anos. 
§ 2º - A representação de cada Estado e do Distrito Federal será renovada 
de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços. 
 
(1) Um primeiro ponto a se notar é que os Territórios (que, um dia, 
podem voltar a existir) não elegem Senadores, apenas Deputados 
Federais nos termos do art. 45, §2º. 
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(2) Em segundo lugar, o segundo parágrafo significa meramente o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
§ 3º - Cada Senador será eleito com dois suplentes. 
 
(1) Os suplentes são potenciais substitutos do Senador (eleitos 
automaticamente com ele), convocados nos casos de vaga do cargo, de 
afastamento do titular para exercício da mandato em outros cargos, ou de 
licença deste por prazo superior a cento e vinte dias. 
(2) Agora que vimos a estrutura básica das duas Casas tracemos um desenho 
geral. 
 
 
Eleições de 
2010
Eleições de 
2014
2018
2022
Congresso 
Nacional
Câmara dos 
Deputados
Representantes do Povo
Eleição pelo Sistema 
Proporcional
Mandato de 4 anos
Em cada Estado ou DF
Mín. 8 Deputados
Máx. 70 Deputados
Territórios terão 4 
deputados
Senado 
Federal
Representantes dos 
Estados e DF
Eleição pelo Sistema 
Majoritário
Mandato de 8 anos renovando a 
cada 4 anos por 1/3 e 2/3
3 Senadores por Estado 
ou DF
Cada Senador terá 2 
Suplentes
Cada Estado 
e o DF 
elegem 2 
Senadores 
Federais 
Cada Estado e o 
DF elegem 1 
Senador Federal 
Fim do mandato 
dos Senadores 
eleitos em 2010 
e novas eleições 
para aquela Casa 
com 2 vagas 
Fim do mandato do 
Senador eleito em 
2014 e novas eleições 
para aquela Casa com 
1 vaga 
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2- (FCC / Técnico Judiciário do TRT da 3ª Região / 
2015) Deputado Federal pretende apresentar projeto de lei complementar 
estabelecendo que: 
I. Os Estados e o Distrito Federal elegerão seus Senadores em número 
proporcional à sua população, devendo cada unidade da Federação ter ao 
menos três e no máximo cinco Senadores. 
II. Os Estados e o Distrito Federal elegerão seus Deputados em número 
proporcional à sua população, devendo cada unidade da Federação ter ao 
menos oito e no máximo setenta Deputados. 
III. O mandato dos Senadores será de quatro anos, assim como o mandato 
dos Deputados. 
É compatível com a Constituição Federal o que consta em: 
a) I e II, apenas. 
b) I e III, apenas. 
c) I, II e III. 
d) II, apenas. 
e) III, apenas. 
Resolução: Alternativa D. 
I. Os Estados e o Distrito Federal elegerão seus Senadores em número 
proporcional à sua população, devendo cada unidade da Federação ter ao 
menos três e no máximo cinco Senadores. Os Estado e o DF elegem seus 
Senadores de acordo com o princípio majoritário. Cada Estado e o DF terão 
exatamente três Senadores. 
III. O mandato dos Senadores será de quatro oito anos, assim como o e de 
quatro anos o mandato dos Deputados. 
 
Art. 47. Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações de 
cada Casa e de suas Comissões serão tomadas por maioria dos votos, 
presente a maioria absoluta de seus membros. 
 
(1) No Congresso Nacional, a regra são as deliberações tomadas por 
maioria simples dos votos. Um exemplo disso são as deliberações para 
aprovação de leis ordinárias, como veremos adiante. 
Os quóruns qualificados são medida de exceção. 
 
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Seção II 
DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL 
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da 
República, não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, 
dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente 
sobre: 
 
(1) Uma vez que ao Poder Legislativo compete legislar, todo o trato legislativo 
das competências exclusivas, privativas, concorrentes e comuns sobre as 
quais a União tenha parte, invariavelmente recaem sobre o Congresso 
Nacional. 
 
I - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas; 
II - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de 
crédito, dívida pública e emissões de curso forçado; 
III - fixação e modificação do efetivo das Forças Armadas; 
 
(1) Apesar do caput do art. 47 falar que cabe ao Congresso Nacional dispor 
sobre as matérias nele descritas, é válido ressaltar que nem sempre é do 
Congresso Nacional a iniciativa de lei que sobre elas versem. Exemplos: 
Art. 61. [...] § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da 
República as leis que: 
I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; [...] 
 e 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I - o plano plurianual; 
II - as diretrizes orçamentárias; 
III - os orçamentos anuais. 
 Ver sessão referente ao processo legislativo. 
 
IV - planos e programas nacionais, regionais e setoriais de desenvolvimento; 
1.2 – Atribuições do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados 
e do SenadoFederal 
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V - limites do território nacional, espaço aéreo e marítimo e bens do domínio 
da União; 
VI - incorporação, subdivisão ou desmembramento de áreas de Territórios ou 
Estados, ouvidas as respectivas Assembleias Legislativas; 
 
(1) Vamos revisar o esquema do processo de reorganização territorial dos 
Estados? 
 
 
VII - transferência temporária da sede do Governo Federal; 
VIII - concessão de anistia; 
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da 
Defensoria Pública da União e dos Territórios e organização judiciária e do 
Ministério Público do Distrito Federal; 
 
(1) Aqui também cabe uma importante revisão: 
União organiza e mantém 
No Distrito Federal Nos Territórios 
Poder Judiciário Poder Judiciário 
Ministério Público Ministério Público 
- Defensoria Pública 
 
 
X – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas, 
observado o que estabelece o art. 84, VI, b; 
Plebiscito
Condição 
indispensável à 
fase seguinte
Proposição do 
projeto de LC
a qualquer Casa 
do Congresso 
Nacional
Audiência das 
Assembleias 
Legislativas
Não vincula o 
andamento da 
LC, mesmo 
havendo 
parecer 
desfavorável
Aprovação da 
LC pelo 
Congresso 
Nacional
É decisão 
discricionária, 
o CN não está 
obrigado a 
aprová-lo e 
nem o 
Presidente a 
sancioná-lo
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(1) O artigo 84, VI, trata dos denominados “decretos autônomos”, espécie 
que estudaremos com mais detalhes ao analisarmos o Poder Executivo. Por 
ora, antecipemos a previsão constitucional: 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: [...] 
VI – dispor, mediante decreto, sobre: 
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não 
implicar aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos 
públicos; 
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; [...] 
 
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública; 
 
(1) Novamente sublinhando: 
Art. 61. [...] § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da 
República as leis que: [...] 
II - disponham sobre: [...] 
e) criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração pública, 
observado o disposto no art. 84, VI; [...] 
 
XII - telecomunicações e radiodifusão; 
XIII - matéria financeira, cambial e monetária, instituições financeiras e suas 
operações; 
XIV - moeda, seus limites de emissão, e montante da dívida mobiliária federal. 
XV - fixação do subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal [...]. 
 
Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: 
I - resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais 
que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional; 
 
(1) No caso de tratados e outras convenções internacionais, temos o seguinte 
rito de internalização geral, que é a forma como o ato ingressa no 
ordenamento jurídico pátrio: 
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O Congresso Nacional, assim, tem competência exclusiva para resolver 
(aprovar) sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem 
encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional. 
 
II - autorizar o Presidente da República a declarar guerra, a celebrar a paz, 
a permitir que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou 
nele permaneçam temporariamente, ressalvados os casos previstos em lei 
complementar; 
III - autorizar o Presidente e o Vice-Presidente da República a se ausentarem 
do País, quando a ausência exceder a quinze dias; 
 
(1) Por uma questão de lógica, a referida autorização é desnecessária caso a 
ausência seja por prazo inferior. 
 Ver art. 83. 
 
IV - aprovar o estado de defesa e a intervenção federal, autorizar o 
estado de sítio, ou suspender qualquer uma dessas medidas; 
 
(1) Além da intervenção federal, a CF/88 prevê outros dois mecanismos de 
restabelecimento da ordem democrática interna, quais sejam, o estado de 
defesa e o estado de sítio. 
 No momento, o importante é que o candidato conserve a distinção a 
seguir em mente: 
1. Fase de celebração
O Presidente da República 
negocia e assina ou se 
compromete a posterior adesão
2. Fase de aprovação
Depende da discricionariedade do 
Congresso Nacional (CD e SF), 
por meio de Decreto Legislativo 
3. Fase de troca (ou depósito, 
se não houve assinatura) do
O Presidente da República
ratifica a adesão do Brasil, 
"entregando" ao país depositário 
o Decreto Legislativo de 
aprovação
4. Fase de promulgação e publicação
O Presidente da República promulga 
o tratado ou convenção por meio de 
Decreto Presidencial. A partir de sua 
publicação e, salvo disposição em 
contrário, aquele passa a viger no 
território nacional
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V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder 
regulamentar ou dos limites de delegação legislativa; 
 
(1) Este inciso trata das leis delegadas (delegação legislativa ou receptícia). 
Veremos tal espécie ao tratarmos do processo legislativo. 
Por ora, podemos adiantar que os referidos instrumentos normativos 
são elaborados pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação 
ao Congresso Nacional, observados limites em relação a determinadas 
matérias. 
Após, o Congresso Nacional, mediante resolução (que especificará o 
conteúdo e os termos de exercício), pode autorizar o Presidente da República 
a exercer essa função legislativa atípica. 
 Porém, caso o Presidente exceda o que foi autorizado, o Congresso 
Nacional pode sustar (este é o termo exato a ser memorizado) as leis 
delegadas no que exorbitar (ultrapassar) os limites da delegação. 
 
VI - mudar temporariamente sua sede; 
VII - fixar idêntico subsídio para os Deputados Federais e os Senadores, 
observado o [... teto constitucional, a modalidade de remuneração subsídio 
dentre outros microdetalhes, estes nunca exigidos]; 
VIII - fixar os subsídios do Presidente e do Vice-Presidente da República e dos 
Ministros de Estado, observado o [... teto constitucional, a modalidade de 
remuneração subsídio dentre outros microdetalhes, estes nunca exigidos]; 
 
IX - julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República e 
apreciar os relatórios sobre a execução dos planos de governo; 
Congresso Nacional
Aprova 
(a posteriori)
Estado de 
defesa
Intervenção 
federal
Autoriza
(a priori)
Estado de 
sítio
O Congresso 
Nacional pode 
suspender a 
execução das 
três medidas 
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(1) Sabemos que o Poder Legislativo brasileiro, ao contrário dos demais 
Poderes, detém duas funções típicas: legislar e fiscalizar.Nessa tarefa, conforme veremos mais adiante, contam com o auxílio 
dos Tribunais de Contas. 
Julgamento das contas – Controle externo 
Presidente da 
República 
Pelo Congresso Nacional (art. 49, IX, 
CF/88) 
Governador de 
Estado 
Pela Assembleia Legislativa 
Governador do DF Pela Câmara Legislativa do DF 
Prefeito Pela Câmara Municipal 
 
 Nos termos do art. 71, I, o Tribunal de Contas da União aprecia as 
contas prestadas anualmente pelo Presidente da República, emitindo parecer 
não vinculativo. 
 Esse parecer é analisado pelo Congresso Nacional, que julga as contas 
do Presidente da República. 
 
3- (FCC / Técnico Judiciário do TRE – SE / 2015) 
Considere as seguintes competências atribuídas ao Poder Legislativo federal: 
I. Dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito 
externo e interno de Estados e do Distrito Federal. 
II. Estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida 
mobiliária dos Estados e do Distrito Federal. 
III. Avaliar periodicamente o desempenho das Administrações tributárias da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
IV. Julgar anualmente as contas prestadas pelo Presidente da República. À luz 
da Constituição da República, referidas competências são exercidas, 
respectivamente, por: 
a) I Senado Federal 
II Senado Federal 
III Congresso Nacional 
IV Câmara dos Deputados 
b) I Congresso Nacional 
* TRIBUNAIS DE 
CONTAS 
1 - Apoio técnico 
2 - Apreciação 
prévia 
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II Congresso Nacional 
III Senado Federal 
IV Congresso Nacional 
c) I Congresso Nacional 
II Senado Federal 
III Congresso Nacional 
IV Câmara dos Deputados 
d) I Senado Federal 
II Senado Federal 
III Senado Federal 
IV Congresso Nacional 
e) I Câmara dos Deputados 
II Câmara dos Deputados 
III Senado Federal 
IV Congresso Nacional 
Resolução: Alternativa D. As competências do Senado Federal são marcadas 
principalmente pelo trato de questões de índole financeira, como vimos 
previamente. 
 
X - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Casas, os 
atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta; 
 
(1) Inciso complementar ao anterior. Destaque-se que a iniciativa pode ser 
tanto do Senado Federal, como da Câmara dos Deputados ou mesmo de 
ambas Casas. 
 
XI - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da 
atribuição normativa dos outros Poderes; 
XII - apreciar os atos de concessão e renovação de concessão de emissoras de 
rádio e televisão; 
XIII - escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União; 
XIV - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares; 
XV - autorizar referendo e convocar plebiscito; 
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(1) Vamos apenas relembrar que o referendo é uma consulta posterior ao 
ato legislativo ou administrativo e, o plebiscito, anterior. 
 
4- (CESPE / Analista Legislativo da Câmara dos 
Deputados / 2014) A respeito da organização do Estado e dos poderes, 
julgue o próximo item. Caso o Congresso Nacional edite uma lei prevendo a 
liberação do uso de certas substâncias entorpecentes e estabeleça que ela só 
terá eficácia após aprovação em referendo popular, a competência para 
deflagrar a realização do citado referendo será do próprio Congresso Nacional. 
Resolução: Errado! Cabe à justiça eleitoral deflagrar o referendo, conforme 
art. 8.º da Lei 9.709/98. 
 
XVI - autorizar, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamento de 
recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais; 
XVII - aprovar, previamente, a alienação ou concessão de terras públicas com 
área superior a dois mil e quinhentos hectares. 
 
Art. 50. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal, ou qualquer de suas 
Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de 
órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para 
prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente 
determinado, importando crime de responsabilidade a ausência sem 
justificação adequada. 
§ 1º - Os Ministros de Estado poderão comparecer ao Senado Federal, à 
Câmara dos Deputados, ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e 
mediante entendimentos com a Mesa respectiva, para expor assunto de 
relevância de seu Ministério. 
§ 2º - As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal poderão 
encaminhar pedidos escritos de informações a Ministros de Estado ou a 
qualquer das pessoas referidas no caput deste artigo, importando em crime de 
responsabilidade a recusa, ou o não - atendimento, no prazo de trinta dias, 
bem como a prestação de informações falsas. 
 
(1) O Congresso Nacional e suas duas Casas (individualmente consideradas), 
podem constituir comissões temporárias ou permanentes. 
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As comissões são subconjuntos compostos por um número delimitado 
de parlamentares oriundos de vários partidos (tenta-se manter a 
representação proporcional de membros) e atuam, sobretudo (mas não 
apenas, como veremos adiante) no exame das propostas legislativas em 
tramitação. 
 No art. 50, o ponto de atenção é que o texto fala em “Ministro de 
Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à 
Presidência da República”. 
Foi nesse sentido que o STF já declarou inconstitucional (ADI 2.911/ES) 
lei estadual que estendia a possibilidade de convocação, nos termos do art. 
50, a presidente do Tribunal de Justiça. 
(2) As Mesas Diretoras da Câmara dos Deputados, do Senado Federal e do 
Congresso Nacional são órgãos responsáveis pela direção dos trabalhos 
legislativos e dos serviços administrativos da Casa, além de outras 
competências constitucionais e regimentais específicas, e compõem-se de 
membros de cada Casa legislativa (tendo composição mista no caso da Mesa 
do Congresso Nacional). 
 
5- (FCC / Analista Judiciário do TRF da 4ª Região / 
Área de Apoio Especializado / 2010 / Adaptada) Sobre o Congresso 
Nacional, é correto afirmar: 
a) O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e 
pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, 
proporcionalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no 
ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação 
tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados. 
b) A ele compete, mediante sanção do Presidente da República, sustar os atos 
normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, ou dos 
limites de delegação legislativa, e fiscalizar e controlar, diretamente, ou por 
qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da 
administração indireta. 
c) Em regra, lhe compete, dispensável a sanção do Presidente da República, 
dispor sobre todas as matérias de competência da União, especialmente sobre 
sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas, plano plurianual, 
diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de crédito, dívida 
pública e emissões de curso forçado. 
d) A ele compete, mediante a sançãodo Presidente da República, resolver 
definitivamente sobre tratados, acordos ou atos internacionais que acarretem 
encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional e zelar pela 
preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa 
dos outros Poderes. 
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Resolução: Alternativa A. Questãozinha extensa, contudo não muito difícil. 
b) A ele compete, mediante sanção do Presidente da República, sustar os atos 
normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, ou dos 
limites de delegação legislativa, e fiscalizar e controlar, diretamente, ou por 
qualquer de suas Casas, os atos do Poder Executivo, incluídos os da 
administração indireta. 
c) Em regra, lhe compete, dispensável com a sanção do Presidente da 
República, dispor sobre todas as matérias de competência da União, 
especialmente sobre sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas, 
plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual, operações de 
crédito, dívida pública e emissões de curso forçado. 
d) A ele compete, mediante independente da sanção do Presidente da 
República, resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou atos 
internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao 
patrimônio nacional e zelar pela preservação de sua competência legislativa 
em face da atribuição normativa dos outros Poderes. 
 
Seção III 
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 
Art. 51. Compete privativamente à Câmara dos Deputados: 
I - autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo 
contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado; 
 
(1) O inciso acima trata do denominado juízo de admissibilidade, forma de 
controle político prévio que se aplica tanto no caso dos crimes de 
responsabilidade do Presidente da República e seus subordinados quanto nos 
crimes comuns. 
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(2) Vale lembrar que todo o disposto nos art. 49, 51 e 52 dispensa qualquer 
sanção do Presidente da República. Neste caso em particular, por razões auto 
evidentes. 
 
II - proceder à tomada de contas do Presidente da República, quando não 
apresentadas ao Congresso Nacional dentro de sessenta dias após a 
abertura da sessão legislativa; 
III - elaborar seu regimento interno; 
IV – dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, 
transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e 
a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os 
parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
 
(1) Digno de maior atenção é o inciso II. Cumpre observar que, apesar de 
ambas as Casas poderem fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo (art. 
49, X), somente a Câmara dos Deputados pode proceder à tomada de 
contas do Presidente da República. 
A tomada de contas é um processo administrativo devidamente 
formalizado, com rito próprio, para apurar responsabilidade por ocorrência de 
dano à administração pública. 
 
 
V - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. 
Câmara dos Deputados 
(representantes do povo)
Crime de 
responsabilidade
Julgamento pelo Senado 
Federal (Presidido pelo 
Presidente do STF)
Crime comum
Julgamento pelo STF
Juízo de 
admissibilidade da 
acusação ofertada 
contra o Presidente 
da República ou 
demais agentes 
Infrações de 
índole político-
administrativa 
Podem 
sujeitar o 
autor a 
impeachment 
Infrações de 
índole penal e 
eleitoral 
Podem sujeitar 
o autor à prisão 
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(1) O Conselho é um órgão superior de consulta do Presidente da República 
para determinadas situações críticas (o abordaremos no exame do Poder 
Executivo). A Constituição Federal define que, dentre outros membros, dele 
participarão 6 cidadãos brasileiros natos, sendo escolhidos: 2 pelo 
Presidente da República, 2 pelo Senado Federal e 2 pela Câmara dos 
Deputados. 
 
Seção IV 
DO SENADO FEDERAL 
Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: 
I - processar e julgar o Presidente e o Vice-Presidente da República nos 
crimes de responsabilidade, bem como os Ministros de Estado e os 
Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos crimes da 
mesma natureza conexos com aqueles; 
 
(1) Caso o crime não seja conexo com crimes de responsabilidade do 
Presidente ou do Vice-Presidente, a competência para julgamento caberá ao 
Supremo Tribunal Federal, conforme veremos ao estudar o Poder Judiciário. 
 
II – processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros 
do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, 
o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de 
responsabilidade; 
 
(1) Observe-se que a competência é claramente definida no caso dos crimes 
de responsabilidade. 
E nos demais crimes? 
Bom, aí ela pode variar. 
Agente Quem julga? 
 
Presidente e Vice-
Presidente da 
República 
a) infração penal comum  STF (art. 102, I, “b”); 
b) crime de responsabilidade  Senado Federal (art. 52, I). 
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Ministro de Estado 
a) infração penal comum e responsabilidade  STF (art. 102, 
I, "c”); 
b) crime de responsabilidade conexo com o praticado pelo 
Presidente da República ou seu Vice Senado Federal (art. 
52, I); se não conexo, STF. 
 
Comandantes da 
Marinha do Exército 
e da Aeronáutica 
a) infração penal comum e responsabilidade  STF (art. 102, 
I, "c”); 
b) crime de responsabilidade conexo com o praticado pelo 
Presidente da República ou seu Vice  Senado Federal (art. 
52, I); se não conexo, STF. 
Ministro do STF a) infração penal comum  STF (art. 102, I, “b”); 
b) crime de responsabilidade  Senado Federal (art. 52, II). 
Membros do 
Conselho Nacional 
de Justiça e do 
Conselho Nacional 
do Ministério 
Público 
a) infração penal comum  competência de julgamento será 
fixada individualmente; 
b) crime de responsabilidade  Senado Federal (art. 52, II). 
Procurador-Geral 
da República 
a) infração penal comum  STF (art. 102, I, “b”); 
b) crime de responsabilidade  Senado Federal (art. 52, II). 
Advogado-Geral da 
União 
a) infração penal comum  STF (art. 102, I, “c”); 
b) crime de responsabilidade  Senado Federal (art. 52, II). 
 
III - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição pública, a 
escolha de: [...] 
IV - aprovar previamente, por voto secreto, após arguição em sessão 
secreta, a escolha [...] 
 
(1) Vamos esquematizar o disposto nos incisos III e IV. 
Nos casos destacados, quase sempre o que temos é uma 
interpenetração no agir dos Poderes Executivo (quem indica e nomeia) e 
Legislativo (quem aprova a indicação e possibilita ou não a nomeação), 
verdadeiro exemplo do sistema de freios e contrapesos. 
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6- (FCC / Técnico de Controle Externo do TCE – AP / 
2012 / Adaptada) Julgue o item a seguir: 
O Senado Federal tem competência privativa para nomear os Ministros do 
Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República, o Presidente e os 
Diretores do Banco Central, após aprovação pelo Presidente da República. 
Resolução: Errado. A Constituição Federal prevê justamente o oposto: (o 
Presidente indica) o Senado aprova e o Presidente nomeia. 
 
V - autorizar operações externas de natureza financeira, de interesse da 
União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos 
Municípios; 
VI - fixar, por proposta do Presidente da República, limites globais para o 
montante da dívida consolidada da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios; 
VII - dispor sobre limites globais e condições para as operações de crédito 
externo e interno da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, de suas autarquias e demais entidades controladas pelo 
Poder Público federal; 
VIII - dispor sobre limites e condições para a concessão de garantia da União 
em operações de crédito externo e interno; 
Senado 
Federal aprova 
(ou não) a 
escolha de
Magistrados, nos casos estabelecidos na Constituição 
(ex.: Ministros do STF, STJ, TST, STM e TCU, indicados 
pelo Presidente da República) 
Ministros do Tribunal de Contas da União indicados 
pelo Presidente da República
Governador de Território (indicado pelo Presidente 
da República)
Presidente e diretores do banco central (indicados 
pelo Presidente da República)
Procurador-Geral da República (indicado pelo 
Presidente da República)
Titulares de outros cargos que a lei determinar (ex.: 
membros do Conselho Nacional do Ministério Público e 
do Conselho Nacional de Justiça, indicados pelo 
Presidente da República)
Chefes de missão diplomática de caráter 
permanente
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IX - estabelecer limites globais e condições para o montante da dívida 
mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
 
(1) “Professor, o que é dívida consolidada ou dívida mobiliária?” 
Em Direito Constitucional, não se preocupe com isso. 
 No caso dos incisos acima o que o concurseiro deve fixar é que, 
diferentemente da Câmara dos Deputados, as competências privativas do 
Senado Federal englobam um rol extensivo de ações voltadas ao controle e à 
normatização financeiras do Estado brasileiro (perceba-se também que as 
diversas formas de controle abraçam os entes subnacionais, vale dizer, 
Estados membros, DF e Municípios). 
 
7- (FCC / Analista Judiciário do TRF da 2ª Região / 
Área Judiciária / 2012 / Adaptado) Julgue o item a seguir. 
Compete privativamente à Câmara dos Deputados fixar, por proposta do 
Presidente da República, limites globais para o montante da dívida consolidada 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e dispor sobre 
limites globais e condições para as operações de crédito externo e interno da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Resolução: Errado. Note-se que o conceito financeiro passa longe de ser 
exigido. Basta reconhecer que o trato de tal questão compete ao Senado 
Federal. 
 
X - suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada 
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal; 
 
(1) Em sede de controle difuso de constitucionalidade, caso determinada 
questão seja levada ao STF e declarada (in)constitucional, os efeitos da 
decisão são, em regra, inter partes (vincula apenas as partes do processo). 
No entanto, existe uma exceção que é justamente o que trata o inciso 
acima: havendo intervenção do Senado Federal, os efeitos poderão ser erga 
omnes (produzem efeitos contra todos). 
 
XI - aprovar, por maioria absoluta e por voto secreto, a exoneração, de ofício, 
do Procurador-Geral da República antes do término de seu mandato; 
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(1) O Procurador-Geral da República é chefe do Ministério Público da União, 
nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira da 
entidade, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela 
maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois 
anos, permitidas diversas reconduções. 
 Caso haja iniciativa do Presidente da República em destituí-lo, esta 
deverá passar pelo crivo do Senado Federal. 
 
XII - elaborar seu regimento interno; 
XIII - dispor sobre sua organização, funcionamento, polícia, criação, 
transformação ou extinção dos cargos, empregos e funções de seus serviços, e 
a iniciativa de lei para fixação da respectiva remuneração, observados os 
parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias; 
XIV - eleger membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII. 
XV - avaliar periodicamente a funcionalidade do Sistema Tributário Nacional, 
em sua estrutura e seus componentes, e o desempenho das administrações 
tributárias da União, dos Estados e do Distrito Federal e dos Municípios. 
 
(1) Para os incisos XII, XIII e XIV valem as mesmas observações que aquelas 
feitas para os Deputados Federais. 
 A respeito do inciso XV, cumpre relembrar que os Senadores Federais 
são representantes dos Estados-membros e do Distrito Federal. 
 
Parágrafo único. Nos casos previstos nos incisos I e II [crimes de 
responsabilidade], funcionará como Presidente o do Supremo Tribunal Federal, 
limitando-se a condenação, que somente será proferida por dois 
terços dos votos do Senado Federal, à perda do cargo, com 
inabilitação, por oito anos, para o exercício de função pública, sem 
prejuízo das demais sanções judiciais cabíveis. 
 
(1) Aqui temos mais alguns detalhes do processamento por crime de 
responsabilidade (impeachment) a que estão sujeitos os indivíduos elencados 
nos incisos I e II. 
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 Dada a relevância do tema, tracemos um panorama geral com base na 
jurisprudência do STF e nas disposições da Lei nº 1.079/1950. 
 Tomemos como exemplo uma denúncia apresentada contra o Presidente 
da República. 
 
 
De acordo com o STF (MS 21.564), a Câmara dos Deputados profere 
juízo político, verificando se a acusação é consistente, se tem ela base em 
alegações e fundamentos plausíveis, ou se a notícia do fato reprovável tem 
razoável procedência, não sendo a acusação simplesmente fruto de quizílias 
ou desavenças políticas. 
 Autorizado o processo, este segue para o Senado Federal, podendo 
desdobrar-se em 3 fases: 
A denúncia pode ser 
apresentada por qualquer 
cidadão.
O Presidente da Câmara dos 
Deputados pode realizar um exame 
preliminar da denúncia, inclusive 
rejeitando-a.
Mantida a denúncia, a CD constitui 
uma comissão especial para elaborar 
um parecer sobre a denúncia.
O parecer é votado (voto aberto) pelo 
Plenário da CD, que pode autorizar ou não 
a instauração de processo de 
impeachment contra o Presidente da 
República. A autorizaçãodepende do 
quórum de 2/3 dos Deputados Federais 
(CF/88, art. 51, I).
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8- (FCC / Auditor Conselheiro Substituto do TCM – 
GO / 2015) Considere as seguintes atribuições dos órgãos legislativos da 
esfera federal: 
I. Estabelecimento de limites globais e condições para o montante da dívida 
mobiliária dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
II. Julgamento anual das contas prestadas pelo Presidente da República e 
apreciação dos relatórios sobre a execução dos planos de governo. 
III. Tomada de contas do Presidente da República, quando não apresentadas 
dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa. 
À luz da disciplina constitucional da matéria, referidas atribuições competem, 
respectivamente, a: 
a) Senado Federal; Câmara dos Deputados; Congresso Nacional. 
b) Senado Federal; Congresso Nacional; Câmara dos Deputados. 
c) Congresso Nacional; Câmara dos Deputados; Senado Federal. 
d) Congresso Nacional; Senado Federal; Câmara dos Deputados. 
e) Câmara dos Deputados; Senado Federal; Congresso Nacional. 
Resolução: Alternativa B. Trata-se, respectivamente, do art. 52, IX, art. 49, 
IX e art. 51, II. 
1
ª
 F
a
s
e A denúncia é
despachada a uma
comissão especial,
eleita para sobre ela
emitir parecer.
O parecer será
submetido a uma só
discussão, e à
votação nominal
pelo plenário do
Senado,
considerando-se
aprovado se reunir a
maioria simples de
votos.
Se o plenário do
Senado resolver que
a denúncia não deve
constituir objeto de
deliberação, será
arquivada.
2
ª
 F
a
s
e Admitida a
denúncia, o
Presidente fica
suspenso de suas
funções por até 180
dias (CF/88, art. 86,
§1º, II).
Após diligências, e
findo o prazo para a
resposta do
denunciado, a
comissão dará
parecer sobre a
procedência ou
improcedência da
acusação.
O parecer terá uma
só discussão e
considerar-se-á
aprovado se, em
votação nominal,
reunir a maioria
simples dos votos.
3
ª
 F
a
s
e O julgamento final
do Presidente da
República é feito
pelo plenário do
Senado Federal, sob
a presidência do
Presidente do
Supremo Tribunal
Federal (CF/88, art.
52, parágrafo
único), e a
condenação
somente será
proferida por dois
terços dos votos do
Senadores.
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9- (FCC / Técnico Judiciário do TRT da 16ª Região / 
Área Administrativa / 2014) Considere as seguintes atribuições: 
I. Suspender a execução, no todo ou em parte, de lei declarada 
inconstitucional por decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal. 
II. Fixar os subsídios dos Ministros de Estado, observadas as demais normas 
constitucionais. 
III. Escolher dois terços dos membros do Tribunal de Contas da União. 
IV. Autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo 
contra o Presidente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado. 
De acordo com o disposto na Constituição Federal, é competência exclusiva do 
Congresso Nacional, dentre outras, as atribuições indicadas apenas em: 
a) I, II e III. 
b) II e III. 
c) II, III e IV. 
d) I e IV. 
e) II e IV. 
Resolução: Alternativa B. Literalidade do art. 49, VIII e XIII. 
 As competências elencadas nos itens I e IV são, respectivamente, 
privativa da Câmara dos Deputados (art. 51, I) e privativa do Senado Federal 
(art. 52, X). 
 
 
 
A função parlamentar detém determinadas prerrogativas que 
possibilitam aos ocupantes de tais cargos públicos o pleno exercício da sua 
missão. 
 Prerrogativas funcionais não devem ser confundidas com privilégios 
pessoais. Elas são conferidas não à pessoa do parlamentar, mas sim à 
função por eles exercida. 
Em última análise, as prerrogativas parlamentares são elemento 
necessário para a independência do próprio Poder Legislativo. São 
instrumentos para que os parlamentares possam desempenhar a 
representatividade e fiscalização que lhes é típica, de forma livre de 
embaraços. 
 
1.3 – Deputados Federais e Senadores: imunidades e vedações 
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 Atenção! 
 Algumas dessas prerrogativas são aplicáveis a todos os membros do 
Legislativo, em todos os níveis (União, Estados, DF e Municípios). Outras 
dirigem-se apenas aos parlamentares federais. 
 Aqui, focamos nossa análise apenas quanto a estes últimos. 
 
 Pois bem. 
Duas dessas prerrogativas se traduzem nas imunidades material e 
formal, dispostas no art. 53 da nossa Constituição Federal. 
 
Seção V 
DOS DEPUTADOS E DOS SENADORES 
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por 
quaisquer de suas opiniões, palavras e votos. 
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão 
submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal. 
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional 
não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse 
caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa 
respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a 
prisão. 
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido 
após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa 
respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto 
da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento 
da ação. 
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo 
improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa 
Diretora. 
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o 
mandato. 
 
 
 
 
 
 
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10- (CESPE / Juiz de Direito Substituto / 2015 / 
Adaptada) Situação hipotética: Durante entrevista veiculada pela televisão, 
um senador da República criticou severamente determinada política de 
governo, a qual, à época, estava em discussão no Senado Federal. Assertiva: 
Como o parlamentar emitiu sua opinião fora do âmbito do Congresso Nacional, 
Imunidades 
dos 
parlamentares 
federais
Material
Os Deputados e Senadores são 
invioláveis, civil e penalmente, 
por quaisquer de suas opiniões, 
palavras e votos (não inclui 
agressões físicas), desde que 
proferidas no exercício constitucional 
da função, independente da
circunscrição (art. 53, caput)
Formal
Os Deputados e Senadores dispõem 
de determinadas prerrogativas
relativas a sua eventual prisão e às 
regras processuais pertinentes (art. 
53, §§ 1º a 5º)
Imunidade 
formal
Crime
inafiançável
(art. 53, §§ 2º)
Exceção à prisão do parlamentar 
após sua diplomação
No entanto, ainda assim haverá 
interferência da respectiva Casa:
Votação aberta como condição 
indispensável para manutenção da 
prisão
Outros
crimes
(art. 53, §§ 3º a 
5º)
O STF pode processar o parlamentar 
federal, após sua diplomação, sem 
anuência prévia da Casa
No entanto, estapoderá se 
manifestar e sustar o 
prosseguimento da ação enquanto 
durar o mandato
* Regra não absoluta. A imunidade só é verificada quando os pronunciamentos 
têm relação com o exercício do mandato. 
 
Para as opiniões proferidas no interior das Casas Legislativas presume-se 
esta conexão. Já os pronunciamentos em demais ambientes são passíveis de 
exame (Inq 1.958/AC). 
 
O manto protetor da imunidade alcança quaisquer meios (inclusive 
manifestações por WhatsApp, Facebook e outras redes e aplicativos sociais) 
que venham a ser empregados para propagar palavras e opiniões dos 
parlamentares (AO 2.002). 
 
 
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ele poderá ser responsabilizado nas esferas civil e penal, embora tenha havido 
vinculação entre seus comentários e o desempenho de seu mandato. 
Resolução: Errado. Para o STF garantia constitucional da imunidade 
parlamentar em sentido material protege o membro do Congresso Nacional, 
qualquer que seja o âmbito espacial (“locus”) em que este exerça a liberdade 
de opinião (ainda que fora do recinto da própria Casa legislativa), nas 
hipóteses específicas em que as suas manifestações guardem conexão com o 
desempenho da função legislativa (prática “in officio”) ou tenham sido 
proferidas em razão dela (prática “propter officium”). 
11- (FCC / Analista Judiciário do TRT da 2ª Região / 
Área Administrativa / 2008) A prerrogativa constitucional que protege o 
Deputado Federal em todas as suas manifestações que guardem relação com 
o exercício do mandato, exteriorizadas no âmbito do Congresso Nacional, é 
classificada como imunidade: 
a) relativa. 
b) formal. 
c) residual. 
d) material. 
e) obstativa. 
Resolução: Alternativa D. Às vezes as bancas resolvem facilitar nossas vidas. 
Questão básica para aquecimento! rs 
12- (FGV / Analista de Controle Interno – RJ / 2011) 
Um determinado deputado federal foi flagrado cometendo delito considerado 
inafiançável, sendo preso pelos agentes policiais estatais. Consoante as 
normas constitucionais, os autos da prisão devem ser remetidos para exame 
do ato: 
a) ao Senado da República. 
b) ao Governador. 
c) ao Presidente da República. 
d) ao Congresso Nacional. 
e) à Câmara Federal. 
Resolução: Alternativa E. No caso em comento, os autos devem ser 
remetidos à respectiva Casa (Deputado Federal  Câmara dos Deputados). 
 
 E nos casos de crimes ocorridos antes da diplomação? 
E após o término do mandato? 
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 Diversas são as possibilidades e, embora dificilmente sejam cobradas, 
elencamos os casos mais diretos que auxiliam na compreensão do tema. 
Nossa jurisprudência sobre o assunto está em latente evolução. Assim, 
destacamos ao candidato que não se ocupe em demasia com os pontos 
abaixo. O macete aqui é observar que a imunidade processual é da função 
parlamentar e não do sujeito que, temporariamente, a exerce. 
Crimes praticados antes 
da diplomação 
Não há imunidade formal. O STF não precisa 
dar ciência à Casa respectiva e esta não pode 
sustar o andamento do processo. 
Crimes praticados após o 
término do mandato 
Não há imunidade formal. A imunidade não é 
do agente público e sim da função parlamentar. 
 
13- (FGV / Advogado do Senado Federal / 2008) 
A imunidade parlamentar material prevista no art. 53, caput, da Constituição 
Federal assegura: 
a) que os Deputados e Senadores não sejam processados civil e 
criminalmente por opiniões, palavras e votos proferidos exclusivamente dentro 
do parlamento, desde que haja conexão entre a ofensa irrogada e o exercício 
do mandato. 
b) que os Deputados e Senadores não sejam processados civil e 
criminalmente por opiniões, palavras e votos proferidos dentro ou fora do 
parlamento, desde que haja conexão entre a ofensa irrogada e o exercício do 
mandato. 
c) que os Deputados e Senadores não sejam processados criminalmente por 
opiniões, palavras e votos proferidos dentro ou fora do parlamento, desde que 
haja conexão entre a ofensa irrogada e o exercício do mandato. A prerrogativa 
não impede que os parlamentares sejam civilmente processados pela vítima 
da ofensa. 
d) que os Deputados e Senadores sejam processados criminalmente apenas 
pelos crimes de injúria e difamação. A prerrogativa não impede processo 
criminal por calúnia, mesmo que a ofensa tenha sido irrogada dentro do 
parlamento e esteja relacionada com o exercício do mandato. 
e) que processos cíveis e criminais decorrentes de opiniões, palavras e votos 
proferidos pelos Deputados e Senadores dentro do parlamento fiquem 
automaticamente suspensos enquanto durar o mandato legislativo, ficando 
também suspenso o curso do prazo prescricional. 
Resolução: Alternativa B. A imunidade material é proteção ao processo civil e 
criminal por proferimentos do parlamentar que guardem conexão com o 
exercício do mandato. O entendimento jurisprudencial se dá no sentido de que 
tal proteção alcança tanto opiniões palavras e votos proferidos dentro da 
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respectiva Casa do Senador ou Deputado Federal quanto em outros 
ambientes. 
 
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre 
informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem 
sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações. 
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora 
militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da 
Casa respectiva. 
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado 
de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos 
membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do 
recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a 
execução da medida. 
 
(1) Na vigência do estado de defesa (mais brando) e do estado de sítio (mais 
severo), determinados direitos e garantias fundamentais podem ser 
temporariamente suprimidos. 
 Os parlamentares não estão totalmente isentos de eventuais restrições 
às prerrogativas da função que exercem, em tempos de gravíssima de 
anormalidade institucional (estado de sítio). 
Já no estado de defesa (mais “brando”), por outro lado, inexiste 
possibilidade de qualquer supressão. 
 
 Além de prerrogativas, noutra via, a atividade parlamentar também 
possui vedações que lhe são específicas. 
 
 Vejamos. 
 
 
Art. 54. Os Deputados e Senadores não poderão: 
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* Contratos de cláusulas uniformes são aqueles que contêm cláusulas 
padronizadas e estabelecidas unilateralmente pelo fornecedor de produtos ou 
serviços, sem que o contratante possa discutir ou modificar substancialmente 
seu conteúdo. 
As condições dispostas neste tipo de contrato deverão ser gerais e 
invariáveis para todos os contratantes, não se admitindo qualquer distinção 
que altere as características do objeto contratado em relação ao que foi 
ofertado aosdemais contratantes. 
** Um ato ad nutum é aquele manifestado ao livre arbítrio de determinado 
agente, a seu exclusivo juízo, sem maiores formalidades quanto a sua 
motivação. 
 
Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador: 
Incompatibilidades 
e impedimentos
Desde a 
expedição 
do 
diploma
(inciso I)
a) firmar ou manter contrato com 
pessoa jurídica de direito público, 
autarquia, empresa pública, sociedade 
de economia mista ou empresa 
concessionária de serviço público, 
salvo quando o contrato obedecer a 
cláusulas uniformes*
b) aceitar ou exercer cargo, função ou 
emprego remunerado, inclusive os de 
que sejam demissíveis "ad nutum"**, 
nas entidades constantes da alínea 
anterior
Desde a
posse
(inciso II)
a) ser proprietários, controladores ou 
diretores de empresa que goze de favor 
decorrente de contrato com pessoa 
jurídica de direito público, ou nela 
exercer função remunerada
b) ocupar cargo ou função de que sejam 
demissíveis "ad nutum", nas entidades 
do inciso I, "a"
c) patrocinar causa em que seja 
interessada qualquer das entidades do 
inciso I, "a"
d) ser titulares de mais de um cargo ou 
mandato público eletivo
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14- (FCC / Juiz Estadual do TJ – PE / 2013) Perderá o 
mandato o Deputado ou Senador, perda essa que será declarada pela Mesa da 
Casa respectiva, assegurada ampla defesa: 
a) que, desde a posse, patrocinar causa em que seja interessada empresa 
concessionária de serviço público. 
b) que, desde a posse, tornar-se titular de mais de um cargo ou mandato 
público eletivo. 
c) cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar. 
d) que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das 
sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta 
autorizada. 
e) que, desde a expedição do diploma, aceitar ou exercer cargo, função ou 
emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis ad nutum, 
em autarquia. 
Resolução: Alternativa D. Atente-se que o enunciado nos solicita qual a 
hipótese que enseja declaração da perda do mandato. Nas demais 
alternativas, o que ocorre é haverá decisão da respectiva Casa que pode ou 
não culminar com a cassação do mandato. 
 
Perda de 
mandato de 
Deputado ou 
Senador
por infração a qualquer das 
proibições estabelecidas no 
artigo anterior
por algum procedimento ser 
declarado incompatível com o 
decoro parlamentar
por deixar de comparecer, em 
cada sessão legislativa, à terça 
parte das sessões ordinárias 
da Casa a que pertencer, salvo 
licença ou missão por esta 
autorizada
por perder ou ter suspensos os 
direitos políticos
por decreto da Justiça 
Eleitoral, nos casos previstos 
na Constituição
por sofrer condenação criminal 
em sentença transitada em 
julgado
Nestes casos, a perda do 
mandato será decidida 
pela Câmara dos Deputados 
ou pelo Senado Federal, 
por maioria absoluta, 
mediante provocação da 
respectiva Mesa ou de 
partido político 
representado no Congresso 
Nacional, assegurada ampla 
defesa (CF, art. 55, §2º) - 
CASSAÇÃO 
Nestes casos, a perda do 
mandato será declarada 
pela Mesa da Casa 
respectiva, de ofício ou 
mediante provocação de 
qualquer de seus membros, 
ou de partido político 
representado no Congresso 
Nacional, assegurada ampla 
defesa (CF, art. 55, §3º) - 
EXTINÇÃO 
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§ 1º - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no 
regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do 
Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas. 
[...] 
§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa 
levar à perda do mandato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos 
suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º. 
 
(1) A renúncia de mandato de parlamentar submetido a processo que possa 
levar à perda do mandato é abuso de direito, ato legítimo, portanto. 
Nesse sentido, ainda que o parlamentar renuncie, os efeitos da renúncia 
ficam suspensos e subsiste a competência do STF para continuidade do 
julgamento (AP 396). 
 
15- (FCC / Procurador Judicial – Recife / 2014 / 
Adaptada) Julgue a assertiva a seguir: 
A renúncia ao mandato comunicada formal e publicamente por Senador, após 
a instauração de processo disciplinar voltado à perda de mandato parlamentar 
em face de conduta incompatível com o decoro parlamentar tem seus efeitos 
suspensos até a deliberação final do Senado Federal sobre a perda do 
mandato. 
Resolução: Correta. Trata-se de texto incluído pela Emenda Constitucional de 
Revisão nº 6 de 1994. O objetivo é bastante claro: evitar que o expediente da 
renúncia seja utilizado para evitar a condenação seguida pela pena de perda 
do mandato (com a consequente inelegibilidade pelo prazo de oito anos). 
 
Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador: 
I - investido no cargo de Ministro de Estado, Governador de Território, 
Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de Capital 
ou chefe de missão diplomática temporária; 
II - licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem 
remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento 
não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa. 
 
(1) Destacamos no inciso I que não é qualquer prefeitura que pode ter 
como Secretário um Deputado Federal ou Senador sem que este perca o 
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mandato, como costumam assumir pegadinhas, mas apenas Prefeitura de 
Capital. 
 
§ 1º - O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em 
funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias. 
§ 2º - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para 
preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do 
mandato. 
§ 3º - Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Senador poderá optar pela 
remuneração do mandato. 
 
 
Seção VI 
DAS REUNIÕES 
Art. 57. O Congresso Nacional reunir-se-á, anualmente, na Capital Federal, de 
2 de fevereiro a 17 de julho e de 1º de agosto a 22 de dezembro. 
§ 1º - As reuniões marcadas para essas datas serão transferidas para o 
primeiro dia útil subseqüente, quando recaírem em sábados, domingos ou 
feriados. 
§ 2º - A sessão legislativa não será interrompida sem a aprovação do projeto 
de lei de diretrizes orçamentárias. 
 
(1) O caput e o parágrafo primeiro do art. 57 são bastante literais e, este 
último, bastante intuitivo. Já a respeito do §2º, vale fazer uma observação. 
 Resumidamente, o orçamento público é guiado por uma trinca de leis, 
cada qual com sua especificidade, sucintamente descritas como: Plano 
Plurinanual (PPA – viés estratégico), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO – 
viés tático) e Lei Orçamentária Anual (LOA – viés operacional). 
 A LDO, em particular, baliza o planejamento anual das finanças públicas 
e é fator de referência para a elaboração das propostas orçamentárias de toda 
a administração pública federal (em todos os Poderes), conformedescrito em 
diversos trechos da Constituição. Daí a vedação do §2º. 
 A respeito da denominação formal das reuniões, podemos elaborar a 
seguinte esquema, enquanto simultaneamente passamos a leitura dos 
próximos parágrafos do art. 57. 
1.4 – As reuniões e comissões 
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* Para todos os fins, não custa lembrar que CN = Congresso Nacional, SF = Senado 
Federal e CD = Câmara dos Deputados. 
 
 
 
 
 
 
16- (FCC / Procurador do MP junto ao TCE – SP / 
2011 / Adaptada) Para julgar a questão a seguir, considere o caso hipotético 
relatado. 
Com base em lei municipal promulgada em 2004, a Câmara de Vereadores de 
um Município paulista efetua o pagamento de remuneração aos membros que 
Sessão 
ordinária
(art. 57, caput)
Sessão 
conjunta
(art. 57, § 3º) Além de outros casos previstos na CF/88, a 
CD e o SF reunir-se-ão em sessão conjunta para:
I - inaugurar a sessão legislativa;
II - elaborar o regimento comum e regular a criação de 
serviços comuns às duas Casas;
III - receber o compromisso do Presidente e do Vice-
Presidente da República;
IV - conhecer do veto e sobre ele deliberar.
Sessão 
preparatória
(art. 57, § 4º) Em cada uma das Casas, a partir de 1º de 
fevereiro, no primeiro ano da legislatura, para a posse de 
seus membros e eleição das respectivas Mesas, para 
mandato de 2 (dois) anos, vedada a recondução para o 
mesmo cargo na eleição imediatamente subseqüente.
* § 5º - A Mesa do CN será presidida pelo Presidente do SF, 
e os demais cargos serão exercidos, alternadamente, pelos 
ocupantes de cargos equivalentes na CD e no SF.
Sessão 
extraordinária
(art. 57, § 6º) A convocação extraordinária do CN far-se-
á:
I - pelo Presidente do SF, em caso de decretação de 
estado de defesa ou de intervenção federal, de 
pedido de autorização para a decretação de estado de sítio 
e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-
Presidente da República;
II - pelo Presidente da República, pelos Presidentes da CD 
e do SF ou a requerimento da maioria dos membros de 
ambas as Casas, em caso de urgência ou interesse 
público relevante, em todas as hipóteses deste inciso 
com a aprovação da maioria absoluta de cada uma das 
Casas do CN.
* § 7º Na sessão legislativa extraordinária, o CN somente 
deliberará sobre a matéria para a qual foi convocado, 
ressalvada a hipótese do § 8º, vedado o pagamento 
de parcela indenizatória, em razão da convocação.
§ 8º Havendo medidas provisórias em vigor na data de 
convocação extraordinária do CN, serão elas 
automaticamente incluídas na pauta da convocação.
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compareceram a sessões extraordinárias do órgão legislativo no exercício de 
2010. 
O pagamento efetuado a esse título pela Câmara de Vereadores é 
incompatível com a Constituição da República, que veda o pagamento de 
parcela indenizatória a membro de órgão legislativo, em razão de convocação 
extraordinária. 
Resolução: Correta. Olho vivo para as aplicações práticas da simetria jurídica 
(explícita ou implícita na CF/88). 
O enunciado trata do Poder Legislativo em âmbito municipal. Todavia, a 
vedação prevista para os parlamentares federais continua se fazendo 
presente, só que neste caso, por simetria (“equivalência”), para os 
Vereadores. 
 
Seção VII 
DAS COMISSÕES 
Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e 
temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no 
respectivo regimento ou no ato de que resultar sua criação. 
§ 1º - Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto 
quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos 
parlamentares que participam da respectiva Casa. 
 
(1) A melhor maneira de enxergarmos as Comissões do Congresso Nacional e 
de cada Casa, individualmente considerada, é como órgãos que aglutinam 
parlamentares com vistas a determinadas atribuições. 
 Adotando a esquematização de Lenza (2012), podemos identificar na 
Constituição Federal de 1988, cinco tipos de subconjuntos sob essa 
denominação: 
 
 
Comissões 
Permanentes
(em razão da 
matéria) 
(art. 58, §2º)
Temporárias
(especiais)
(Regimentos da 
CD e do SF) 
Comissão 
Parlamentar 
de Inquérito
(art. 58, §3º)
Comissão
mista
(cf. sessão 
conjunta)
Comissão
representativa
(recesso)
(art. 58, §3º)
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 Vamos nos ater àquelas mais diretamente abordadas no texto da nossa 
Carta Magna. 
 
§ 2º - às comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe: 
I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do 
regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um 
décimo dos membros da Casa; 
II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; 
III - convocar Ministros de Estado para prestar informações sobre assuntos 
inerentes a suas atribuições; 
IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer 
pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas; 
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão; 
VI - apreciar programas de obras, planos nacionais, regionais e setoriais de 
desenvolvimento e sobre eles emitir parecer. 
 
(1) Aqui temos a descrição genérica das comissões permanentes (também 
conhecidas como temáticas). O nome torna o conceito, em grande parte, 
autoexplicativo: trata-se de comissões fixas (cada Casa, de acordo com o seu 
Regimento Interno, apresenta um arranjo próprio) destinadas a apreciar, 
discutir e emitir pareceres ou mesmo (quando a votação em Plenário for 
dispensada) votar em definitivo determinadas matérias. 
 Exemplos notórios são as Comissões de Constituição, Justiça e 
Cidadania (presentes tanto no Senado Federal quanto na Câmara dos 
Deputados). 
Regra geral, iniciado o processo legislativo, o projeto de lei passa à 
apreciação da comissão temática pertinente à matéria (por exemplo, se a lei 
versa sobre turismo, será apreciada pela Comissão de Turismo e Desporto da 
Câmara dos Deputados e pela Comissão de Desenvolvimento Regional e 
Turismo do Senado Federal). Em seguida, a apreciação se dá Comissão de 
Constituição e Justiça, que analisará, além dentre outros elementos, a sua 
constitucionalidade. Somente após o projeto é levado à Plenário. 
 
§ 3º - As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de 
investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos 
nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos 
Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante 
requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato 
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determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, 
encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade 
civil ou criminal dos infratores. 
 
(1) Frequentemente as CPIs (ou CPMIs, caso sejam mistas – criadas em 
conjunto pelas

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