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Aula - 02DPC IV

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NOME: ROMINE RIBEIRO DA SILVA MATRÍCULA: 201301274208 
 
AULA 02 
 
1ª Questão 
 
A fraude contra credores tem sua base no Art 158 do CC, se constitui quando o 
devedor pretende frustrar a execução de forma dolosa e pratica a alienação dos seus bens 
para que não venha pagar o(s) credor(es) antes do processo ser iniciado. 
Já a fraude à execução se trata de ​quando o devedor desfazer-se de seus bens, 
reduzindo-se a um estado de insolvência, quando já existe demanda contra ele em curso. 
Nota-se que haverá fraude à execução se a alienação ocorrer havendo qualquer tipo de 
processo pendente. Se distingue da fraude contra credores, onde a alienação é feita 
quando ainda não havia ação em curso. 
Como a ação no enunciado já foi iniciada, não é possível o uso de ação pauliana 
visto que nesta ação o credor necessita demonstrar os bens do devedor antes do processo, 
como a ação já teve início, será necessário que seja anexada uma petição aos próprios 
autos do processo. 
 
DOUTRINA 
 
“A fraude contra credores é instituto de direito material e tem sua previsão no art. 
158, CC, quando o executado, dolosamente, aliena a integralidade de seu patrimônio para 
frustrar o pagamento dos credores. 
Para a sua caracterização devem estar presentes os pressupostos objetivos e 
subjetivos, respectivamente: a existência de dano aos credores, isto é, a alienação ou 
oneração do bem ocasiona a insolvência do devedor (eventus damni) e o propósito de 
fraudar os créditos por meio do negócio jurídico com a ciência do terceiro beneficiário 
(consilium fraudis). 
Nesse instituto, violam-se interesses privados dos seus credores, o que dá a essa 
figura tratamento menos severo do que o dispensado à fraude à execução. Portanto, a sua 
ocorrência constitui hipótese de anulabilidade do negócio jurídico. 
O reconhecimento da fraude contra credores ocorre por meio da ação pauliana, na 
qual o autor (credor quirografário) tem o ônus de demonstrar a existência de tais requisitos, 
não se presumindo sua existência.” 
 
“Já a fraude à execução é vício mais grave, que afeta diretamente a autoridade do 
Estado concretizada no exercício jurisdicional. Seu reconhecimento depende da existência 
de uma ação contemporaneamente ao ato de diminuição patrimonial. Portanto, a fraude à 
execução não se limita a gerar efeito no campo processual, sendo também tipificada como 
delito (art. 179, CP). 
Pode ser reconhecida nos próprios autos, através de mera petição, sendo 
desnecessária a ação pauliana, exigida no caso da fraude contra credores. 
A lei dispensa a prova da intenção de fraudar (consilium fraudis). Bastará a 
ocorrência do fato – estabelecido em lei – para estar configurada a fraude à execução. 
O art. 792, do CPC, dispõe sobre a fraude à execução, entendendo a ocorrente na 
alienação ou oneração de bens: 
I. Quando sobre o bem pender ação fundada em direito real ou com pretensão 
reipersecutória, desde que a pendência do processo tenha sido averbada no respectivo 
registro público, se houver; 
II. Quando tiver sido averbada, no registro do bem, a pendência do processo de 
execução, na forma do art. 828; 
III. Quando tiver sido averbado, no registro do bem, hipoteca judiciária ou outro ato 
de constrição judicial originário do processo onde foi arguida a fraude; 
IV. Quando, ao tempo da alienação ou da oneração, tramitava contra o devedor 
ação capaz de reduzi-lo à insolvência; 
V. Nos demais casos expressos em lei. Em qualquer desses casos há presunção de 
prejuízo ao credor e de má-fé do devedor, dispensando-se a prova desses requisitos.” 
 
FONTE: Pinho, Humberto Dalla Bernardina de. Título: Direito Processual Civil IV, 1ª Edição, 
Rio de Janeiro, RJ, Editora: SESES, 2018. pags. 70 e 71 
 
QUESTÃO OBJETIVA: Opção D

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