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Resenha capitulo 13 Dalgalarrondo

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Centro Universitário Estácio do Recife
Psicopatologia I
Professor: Marcelo
Aluna: Jéssica Bezerra
Matrícula:201509616901
Resenha do capítulo 13 do livro Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais: As vivências do tempo e do espaço e suas alterações:
O presente capítulo procura explanar a percepção das dimensões temporal e espacial à luz das teorias mais pertinentes aos estudos da Psicopatologia. Inicialmente o autor traz as principais posições teóricas com relação a essas duas dimensões: A de Newton (1643-1727) e do filósofo Leibniz que viam o espaço e o tempo como realidade objetiva e plena e que estas produzem-se exclusivamente fora do homem e é independente do ser humano e, a contraposição dessa noção defendida por Kant (1724-1804); que era a de que o espaço e o tempo são dimensões básicas, que possibilitam todo e qualquer conhecimento e são intrínsecas ao homem. Não se pode conhecer realmente nada que exista fora do tempo e do espaço pois, para ele são entidades “potenciais e ocas”, ou seja, mesmo estando no interior do homem, só adquirem plena realidade quando preenchidas por objetos do conhecimento. 
Diante dessas noções de temporalidade, o autor cita Bergson(1934 1984), este diz que uma das maiores dificuldades para compreender o Tempo e Espaço nos estudos na história da filosofia é que essas “entidades” foram sempre consideradas como sendo do mesmo gênero e ao tentar estudar o movimento, o fluir da vida e das coisas, a inteligência se concentrou em uma série de posições fixas, sucessivas e que para se captar realmente o que é o Tempo deve-se abandonar tal atitude.
O autor menciona também a ênfase dos filósofos existencialistas para a questão da temporalidade: Heidegger (1889-1976) cria que o homem deve ser compreendido por sua condição “ser/estar no mundo’’ e ‘’estar/ser com os outros”, assim a morte e, por consequência a temporalidade definem a condição humana. A tensão permanente entre permanência e transitoriedade, poder e impotência, vida e morte.
A partir daí o capitulo ressalta que a dimensão temporal da experiência humana relaciona-se como os ritmos biológicos e que são de maior importância para a Psicopatologia, sendo estes: ritmo circadiano (24horas, dia e noite), ritmos mensais(relaciona-se ao ciclo menstrual dura 28 dias), as variações sazonais( as estações do ano) e as grandes fases da vida (gestação, infância, adolescência, período adulto e velhice) e já que esses ritmos podem associar-se a flutuações hormonais logo, contribuem para a determinação do estado mental do indivíduo.
A vida psíquica se configura no tempo tendo-se a distinção entre tempo subjetivo (interior, pessoal) e o tempo objetivo (exterior, mensurável, cronológico) e o descompasso entre essas noções tempo subjetivo e o cronológico podem acarretar alterações da consciência, da memória, do pensamento, etc. Daí as anormalidades da vivência do tempo podem surgir, tais como:
Ilusão sobre a duração do tempo, onde uma deformação acentuada da percepção de duração temporal pode ocorrer nas intoxicações por alucinógenos ou psicoestimulantes e nas fases agudas e iniciais de psicoses ou em situações emocionais muito intensas
Atomização do tempo; o indivíduo não consegue inserir-se naturalmente na continuidade do devir, onde a noção de passado e futuro não se articulam e produz uma redução atomizada do tempo; isso ocorre estados de exaltação e agitação maníaca.
Inibição da sensação de fluir do tempo (inibição do devir subjetivo): É a anormalidade da sensação do fluir do tempo, onde o sujeito perde o sincronismo entre o passar do tempo objetivo cronológico e o fluir do tempo interno. Pode ocorrer em síndromes depressivas graves e em pacientes esquizofrênicos. 
Por fim, o autor encerra o capítulo com as anormalidades da vivência do espaço. Em que pode haver perda das fronteiras entre o eu e o mundo exterior (transtorno da consciência do eu), o espaço exterior também pode ser vivenciado como encolhido, contraído, escuro, invadido por aspectos ameaçadores e hostis, sufocante, pesado, perigoso e potencialmente aniquilador.
Este curto capítulo consegue na medida do possível explicar como as vivências do tempo e espaço são fundamentais e que são condicionantes do universo e estruturantes básicos da experiência humana. No entanto por se tratar de uma publicação acadêmica de um assunto absolutamente rico e vasto, acredito que o capítulo poderia, numa publicação posterior ser mais extenso e explanatório. 
Referência bibliográfica:
Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais / Paulo Dalgalarrondo. -2. Ed.- Porto Alegre: Artmed, 2008

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