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Lei penal no espaço - Resumo

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1
Montanhas: dois critérios de delimitação de fronteira – o das cumeadas e a do divisor 
de águas. 
É o âmbito espacial que está sujeito ao poder soberano do Estado; compreende a super-
fície terrestre (solo e subsolo) , as águas territoriais (fluviais, lacustres e marítimas) e o 
espaço aéreo correspondente, as embarcações e as aeronaves.
Princípios 
Princípio da territorialidade: a lei penal brasileira é aplicada aos fatos praticados no 
território nacional, independentemente da nacionalidade do agente, da vítima ou do 
bem jurídico que foi lesado. 
Princípio real, de defesa ou de proteção: permite que a jurisdição penal do Estado 
seja estendida para além dos limites territoriais; se fundamenta na nacionalidade do 
bem jurídico lesado, de acordo com o art. 7º, I, CP. 
Princípio da nacionalidade ou da personalidade: deve ser aplicada a lei penal da 
nacionalidade do agente, não importando o local onde o crime foi praticado; pode se 
apresentar de duas maneiras: personalidade ativa (considera a nacionalidade do autor 
do delito – art. 7º, II, b, CP) e personalidade passiva (importa apenas se o vítima do delito 
é nacional – art. 7º, §3º, CP); objetivo: impedir a impunidade de nacionais por crimes pra-
ticados em outros países que não sejam abrangidos pelo princípio da territorialidade.
Princípio da universalidade ou cosmopolita: as leis penais devem ser aplicadas a 
todos os homens, onde quer que eles se encontrem; princípio característico da coope-
ração penal internacional; a lei nacional é aplicada a todos os fatos puníveis, sem levar 
em conta o lugar do delito, a nacionalidade do autor ou do bem jurídico que foi lesado 
(art. 7º, II, a, CP).
Princípio da representação ou da bandeira: princípio subsidiário; art. 7º, inciso II alí-
nea c, CP; ficam sujeitos à legislação brasileira os crimes praticados em aeronaves ou 
embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território 
estrangeiro; quando o Estado que deveria reprimir o ato não tiver interesse ou tiver 
uma legislação deficiente, deve ser aplicada a lei do Estado em que está registrada a 
embarcação ou a aeronave onde foi praticado o delito.
O CP brasileiro adotou como regra o princípio da territorialidade.
Conceito de território nacional
Lei no espaço penal
Direito Penal I
2
Rios: quando o rio pertence a um dos Estados, a fronteira vai passar pela margem 
oposta; quando o rio pertence aos dois Estados a fronteira pode ser uma linha media-
na do leito do rio ou acompanhar a linha de maior profundidade do rio.
Mar territorial: faixa ao longo da costa; inclui os respectivos leito e subsolo que for-
mam a plataforma continental.
Navios 
Públicos: navios de guerra, que estão em serviços militares e em serviços públicos, 
que estão a serviço de Chefes de Estado ou de representantes diplomáticos; inde-
pendentemente de se encontrarem em mar territorial brasileiro, estrangeiro ou em 
alto-mar, eles são considerados território nacional e, por isso, qualquer crime co-
metido dentro deles, não importando onde eles estão, deve ser julgado pela Justiça 
brasileira (art. 5º, §1º, 1ª parte, CP). 
Privados: navios mercantes ou de turismo;quando estão em alto-mar, devem se-
guir a lei da bandeira que ostentam, e quando estiverem em portos ou mares ter-
ritoriais estrangeiros, devem seguir a lei do país em que se encontram (art. 5º, §1º, 
2ª parte, CP).
Espaço aéreo (três teorias)
Absoluta liberdade do ar, ou seja, nenhum Estado domina o ar, sendo então permi-
tido a qualquer Estado usar o espaço aéreo sem restrições.
Soberania limitada ao alcance das baterias antiaéreas, que representaria os limites 
do domínio do Estado.
Soberania sobre a coluna atmosférica, ou seja, o país teria domínio total sobre seu 
espaço aéreo, incluindo o mar territorial. O Código Brasileiro de Aeronáutica adota 
a teoria da soberania sobre a coluna atmosférica = do mesmo jeito que os navios, 
as aeronaves podem ser públicas ou privadas (art. 5º, §§ 1º e 2º, CP).
Teoria da ação ou da atividade: o lugar do delito é aquele onde se realiza a conduta típica. 
Teoria do resultado ou do evento: o lugar do delito é aquele onde ocorreu o resultado, 
ou seja, onde o crime foi consumado, não importando a ação ou a intenção do agente. 
Teoria da intenção: o lugar do delito é aquele onde, de acordo com a intenção do agen-
te, o resultado deveria ocorrer; essa teoria é criticada em relação aos crimes culposos 
(artigo 18, II, CP) e preterdolosos (art. 19, CP).
Teoria do efeito intermediário ou do efeito mais próximo: o lugar do delito é aquele 
onde a energia que o agente coloca na ação efetivamente atinge a vítima ou o bem jurídico.
Lugar do crime
3
Teoria da ação a distância ou da longa mão: o lugar do delito é aquele no qual se deu 
a execução; soma da teoria da ação e da teoria do efeito intermediário.
Teoria limitada da ubiquidade: o lugar do crime pode ser tanto o da ação quanto o 
do resultado. 
Teoria pura da ubiquidade, mista ou unitária: o lugar do crime pode ser tanto o da 
ação quanto o do resultado, ou ainda o lugar do bem jurídico atingido; teoria adotada 
pelo Direito Penal brasileiro, de acordo com o artigo 6º do CP.
Artigo 7º, do CP. Exceções ao princípio geral da territorialidade:
Extraterritorialidade incondicionada: artigo 7º, I e §1º, CP.
Extraterritorialidade condicionada: artigo 7º, II §§ 2º e 3º, CP.
Limitação ao princípio da territorialidade. 
O diplomata tem imunidade de jurisdição penal e fica sujeito à jurisdição do Estado 
que ele representa.
Causa pessoal de exclusão da pena. 
Se estende a todos os agentes diplomáticos e funcionários das organizações interna-
cionais quando em serviço e incluindo os seus familiares. Os empregados particula-
res dos agentes diplomáticos não estão incluídos. 
Extraterritorialidade
Imunidade diplomática
Prerrogativa parlamentar: é do Parlamento e não do parlamentar, por isso 
é irrenunciável.
Privilégio ou uma prerrogativa de Direito Público interno e de caráter pessoalíssimo 
decorrente da função exercida, ou seja, não pode ser estendida a ninguém. 
Imunidade material: se refere à inviolabilidade do parlamentar no exercício do 
mandato, por suas opiniões, palavras e votos (art. 53 caput, no art. 27 §1º e artigo 29 
inciso VIII da CF); a imunidade começa a valer a partir do momento da diplomação do 
parlamentar, conforme o art. 53, §1º da CF, e acaba com o fim do mandato; exclui da 
incidência penal determinadas pessoas, ou seja, elas deixam de ser destinatárias da 
lei criminal; a inviolabilidade provoca a atipicidade da conduta.
Imunidade parlamentar
4
Imunidade formal: se refere à prisão, ao processo e a prerrogativas de foro, con-
forme art. 53, §4º, e 102, I, b, da CF e art. 84 do CPP; se refere ao processo e ao julga-
mento (art. 53 §§ 1º e 3º, da CF); resguarda o Legislativo, impondo uma licença prévia 
da Casa legislativa para o parlamentar que vai ser processado, como condição de 
processabilidade; impede o desenvolvimento do processo e suspende a prescrição.
Apesar de a imunidade material e a imunidade formal terem sido estendidas aos de-
putados estaduais (art. 27, §1º, CF), de acordo com a Súmula 3 do STF, as imunidades 
e prerrogativas concedidas aos deputados estaduais se limitam às autoridades judi-
ciárias dos respectivos Estados-membros. Conforme comentei diretamente no vídeo, 
essa Súmula encontra-se superada.
Os vereadores também tem imunidade material por suas opiniões, palavras e votos, 
mas só durante o exercício do mandato e na circunscrição do município (art. 29, VIII 
da CF), mas não tem imunidade processual nem foro privilegiado. 
EC 35/2001
Antes da emenda: a imunidade parlamentar se limitava só à inviolabilidade penal.
A emenda 35 estendeu a inviolabilidade para o campo civil e, por isso, os parla-
mentares passaram a não responder pelos danos materiais e morais decorrentes 
dessas opiniões, palavras e votos. 
As manifestações não precisam ser praticadas dentro do Congresso Nacional; a imuni-
dade vai existir em qualquerespaço, desde que haja nexo funcional; já o parlamentar 
que se afasta do Parlamento para ocupar cargo administrativo não vai ter imunidade 
parlamentar, mas o foro especial é mantido por prerrogativa de função.
Antes da EC 35: a imunidade processual impedia que o parlamentar fosse proces-
sado criminalmente sem licença prévia da Casa de origem; o pedido de licença era 
encaminhado pelo STF depois que a denúncia ou a queixa fossem oferecidas. 
Com a EC 35: o §3º do artigo 53 passou a prever que o controle legislativo fosse exer-
cido a posteriori, ou seja, o STF não depende mais de autorização para dar início ao 
processo criminal contra os parlamentares. O processo pode ser iniciado e o Senado 
ou a Câmara precisam agir para suspender o processo em andamento. 
Com a EC 35 a imunidade prisional foi assegurada; os parlamentares não podem ser 
presos, exceto em flagrante de crime inafiançável.
A imunidade processual e prisional
5
Obrigação resultante da solidariedade internacional na luta contra o crime; por meio 
da extradição, um Estado entrega a outro Estado alguém que está sendo acusado 
ou que foi condenado pela prática de um delito, para que seja julgado ou para que a 
pena seja executada. 
Instrumento de cooperação internacional na repressão de combate à criminalidade. 
Leis que tratam da extradição: lei 6815/80, o Estatuto do Estrangeiro, alterada pela lei 
6964/81 e o artigo 22 da CF.
A extradição pode ser ativa (em relação ao Estado que solicita a extradição), passiva 
(em relação ao Estado que concede a extradição), voluntária (quando o extraditan-
do concorda com a extradição), imposta (quando o extraditando se opõe à extradi-
ção) ou reextradição (quando o Estado que requereu a extradição é requerido por 
um terceiro Estado).
Quanto ao delito
Princípio da legalidade: art. 76, caput, 1ª parte,EE; a extradição não acontece se o 
crime imputado ao extraditando não estiver especificado em tratado ou convenção 
internacional; princípio mitigado pelo princípio da reciprocidade.
Princípio da especialidade: determina que o extraditado não pode ser julgado por 
fato diferente daquele que motivou a extradição; artigo 91, I do EE. 
Princípio da identidade da norma: art. 77, II do EE; o fato que dá origem ao pedido 
de extradição dever ser crime tanto no país requerente quanto no país requerido; 
pressuposto do pedido de extradição; o crime também não pode estar prescrito em 
nenhum dos dois países. 
Extradição
Princípios e condições da extradição
Quanto à pena e à ação penal 
Princípio da comutação: art. 91, III do EE; a extradição concedida pelo Brasil é condi-
cionada à não aplicação da pena de morte, de prisão perpétua ou de pena corporal; 
se o país requerente for aplicar essas penas, a pena precisa ser substituída por pena 
privativa de liberdade.
Princípio da jurisdicionalidade: art. 77, VIII, EE; impede que o extraditando seja jul-
gado no país requerente por Tribunal ou Juízo de Exceção.
6
Princípio “non bis in idem”: pretende garantir que a extradição não seja concedida 
caso o Brasil também seja competente para julgar o caso (art. 77, III, EE) e que o tem-
po de prisão que foi imposta no Brasil seja computado em decorrência do pedido de 
extradição (art. 91, II, EE)
Princípio da reciprocidade: art. 76, caput,2ª parte do EE; garante que, caso não haja 
tratado ou convenção entre os dois países envolvidos, a extradição possa acontecer, 
desde que o país requerente assuma o compromisso de dar o mesmo tratamento ao 
país requerido em uma situação parecida.
Artigo 81 do EE e art. 208 do Regulamento Interno do STF: quando o processo de 
extradição se inicia, o extraditando deve ser preso e colocado à disposição do STF; o 
Estado requerente pode pedir de forma cautelar a prisão preventiva do extraditando 
e, nesse caso, vai ter 90 dias para formalizar o pedido, a não ser que exista algum 
tratado que estabeleça um prazo diferente. 
A defesa do extraditando é limitada a três aspectos: erro em relação à identidade do 
extraditando, defeito formal dos documentos apresentados pelo país requerente e 
ilegalidade do pedido de extradição.
Artigo 77 do EE: prevê as condições negativas da extradição, ou seja, as condições para 
que ela não aconteça. 
Artigo 78 do EE: prevê as condições positivas, ou seja, aquelas que tem que existir 
para que a extradição aconteça.
Procedimento do processo de extradição
Condições para a extradição
Medidas administrativas de polícia; tem como finalidade comum obrigar o estrangei-
ro a deixar o território nacional.
Artigo 58 do EE: deportação – saída compulsória do estrangeiro de volta para o país 
de nacionalidade dele, para o país de onde ele veio ou para outro que concorde em 
recebe-lo. O artigo 64 do EE prevê que o deportado pode reingressar ao país se res-
sarcir o Tesouro Nacional, com correção monetária, das despesas com a sua deporta-
ção e efetuar, se for o caso, o pagamento da multa devida à época, também corrigida. 
Artigo 65 do EE: expulsão – acontece quando o estrangeiro atentar contra a seguran-
ça nacional, a ordem pública ou social, contra a tranquilidade ou moralidade pública 
e a economia popular ou cujo procedimento o torne nocivo à conveniência e aos 
interesses nacionais.O parágrafo único do mesmo artigo prevê a expulsão também 
quando o estrangeiro praticar fraude a fim de obter a sua entrada ou permanência 
Deportação e expulsão
7
no Brasil, quando nesse caso o estrangeiro não se retirar do país no prazo que for 
determinado, quando o estrangeiro entregar-se à vadiagem ou à mendicância ou 
quando o estrangeiro desrespeitar proibição especialmente prevista em lei para es-
trangeiro; o artigo 75 do EE determina as causas impeditivas da expulsão.

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