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Redação Publicitária Digital TEMA 1 – DO ANALÓGICO AO DIGITAL Os meios digitais são formatos de mídia que possibilitam a armazenagem, compressão e transmissão, assim como criação, correção de erros, consumo e preservação de energia nos processos de transmissão de informação. TEMA 2 – SOCIEDADE DA INFORMAÇÃO Deste momento em diante, as chamadas Novas Tecnologias de Comunicação e Informação (NTICs) passaram a ser elemento cada vez mais comum, mudando, para sempre, a maneira pela qual nos comunicamos, e como sentimos, vivemos, aprendemos, trabalhamos, viajamos e nos divertimos TEMA 3: A INTERNET Berners-Lee precisou desenvolver três padrões tecnológicos que, combinados, possibilitaram o funcionamento da web: URL (Uniform Resource Locator), sistema de unificação global dos recursos espalhados nas redes (os endereços das páginas); HTTP (Hypertext Transfer Protocol), um protocolo de troca de dados entre navegadores e servidores de transmissão de dados da rede; e HTML (HyperText Markup Language), linguagem utilizada para codificar e exibir as informações. Os dois últimos padrões são baseados em ligações hipertextuais. As conexões hipertextuais permitem que os conteúdos informativos sejam modelados na forma de blocos, podendo ser acessados por hiperlinks, que produzem vinculações entre páginas e arquivos. Desta forma, a própria ideia de “começo” e “fim” no universo das redes perde uma razoável carga de sentido, pois o acesso às informações na web pode ser iniciado em qualquer ponto. Outros dois conceitos que se apresentam como essenciais à ambiência da rede são os de interatividade e multimidialidade. TEMA 4: CIBERESPAÇO E CIBERCULTURA O termo [ciberespaço] especifica não apenas a infraestrutura material da comunicação digital, mas também o universo oceânico de informação que ela abriga, assim como os seres humanos que navegam e alimentam esse universo. Quanto ao neologismo “cibercultura”, especifica aqui o conjunto de técnicas (materiais e intelectuais), de práticas, de atitudes, de modos de pensamento e de valores que se desenvolvem juntamente com o crescimento do ciberespaço (LÉVY, 1999, p. 17) Lévy afirma que o ciberespaço é estruturado pelos princípios essenciais de interconexão, estabelecimento de comunidades virtuais e inteligência coletiva. O processo de conhecimento, segundo Lemos, é possível a partir do ciberculturalismo em decorrência de três de suas prerrogativas, denominadas por ele como “leis”: a lei da reconfiguração (as práticas e modelos são transformados, não aniquilados e descartados), a lei da liberação do polo emissor (a pluralização das vozes, tornadas visíveis) e a lei da conectividade (possibilidade de contato de indivíduos entre si, deste com máquinas e de máquinas entre si, modificando a relação espaço-tempo). TEMA 5 – CONVERGÊNCIA DIGITAL Segundo Henry Jenkins (2008), nos encontramos em um processo de convergência digital. Para o pesquisador norte-americano, além de obviamente tecnológico, o âmago da convergência é cultural – as práticas mudam, mas pela constituição de novos horizontes interpretativos dos indivíduos, pois o uso da tecnologia não é mais um intruso, mas algo acoplado à vivência social e profissional. Modificam-se as relações entre tecnologias, indústrias, mercados, 18 gêneros, audiências e consumo dos meios – o que afeta, ao mesmo tempo, as sociabilidades e a economia como um todo. Jenkins defende que a cultura da convergência tem como base a convergência dos meios, a cultura participativa e a inteligência coletiva. As ações cross-mídia (ou crossmedia) são definidas pela efetivação de diálogo entre mídias, com a disponibilização de conteúdo por meio de diversos formatos e plataformas. Iniciadas em larga escala a partir dos anos 1990, com a utilização dos espaços de TV, cinema, publicações etc., o termo vem do inglês cross, “atravessar”, e significa a produção de material midiático para difusão por muitos meios. O intuito é alcançar o público com uma abordagem ampla sem que a mensagem passe por alterações, em uma concepção de soma cumulativa de meios para reforço da mensagem. Já quando nos referimos aos conteúdos transmídia, enfocamos a disponibilização do tema da mensagem em múltiplos formatos – ou seja, o conteúdo se impõe como mais importante que a mídia utilizada. O conteúdo é fluido, transmitido por diferentes histórias (independentes) e meios (linguagens) que, em conjunto, oferecem uma nova narrativa – transmedia storytelling – passível de comentários e circulação por redes sociais e dispositivos móveis. O objetivo é estabelecer um mote a captar a atenção dos indivíduos, sob uma perspectiva de complementaridade entre os meios. O núcleo da atividade transmídia está em envolver o consumidor em um enredo, instigar sua disposição de desvendar a história oferecendo elementos que necessitem ser buscados em diferentes meios. AULA 2 TEMA 1 – A PUBLICIDADE NOS MEIOS DIGITAIS Segundo Zeff e Aronson (2000), a publicidade na internet é motivada por quatro principais possibilidades: interatividade, focalização, monitoramento e flexibilidade e rapidez. A interatividade (conceito explorado na aula anterior) permite que o consumidor acesse informações de maneira rápida e prática acerca do produto ou serviço pela qual se interessa, o que pode ser um fator decisivo para que este realize uma eventual compra. No caso da focalização, tem-se a possibilidade de a publicidade alcançar de maneira bastante específica seu público (target), o que desperta o interesse das empresas e instituições. Tal segmentação é permitida pelo uso dos bancos de dados, que armazenam informações dos usuários. O monitoramento, por sua vez, permite – pelo registro dos cliques e ações dos usuários no site – uma visão ampla sobre a interação com as marcas e um valioso feedback sobre as concepções e interesses do público. Por fim, flexibilidade e rapidez se colocam como um imperativo da praticidade envolvida na relação entre publicidade e meios digitais, visto que tanto ações de modificação dos rumos de uma campanha quanto de análise de impacto são passíveis de execução de maneira ágil. De forma geral, o investimento na publicidade em meios digitais apresenta um expressivo conjunto de elementos positivos, estruturados ao longo do desenvolvimento das relações entre público e novas mídias: a. Modificação da relação entre o polo emissor e o receptor da mensagem, trazendo o consumidor ao centro da relação, de maneira com que os processos interativos influenciem no processo de criação publicitária; b. Difusão de produtos e serviços e produtos publicitários de forma ágil e flexível; c. Relação entre custo do investimento e benefícios alcançados; d. Aprofundamento da segmentação, de maneira a melhor alcançar as expectativas do consumidor; e. Maior precisão na mensuração de resultados. . Entre invenções específicas e readaptações, podemos definir 5 o grupo dos principais modelos (formas gráficas em conjunto com estratégias de ação) utilizados na rede: a. Banner: fórmula original e ainda mais comum de conteúdo publicitário na internet. Em geral, são imagens desenvolvidas em formato GIF e JPG e animações produzidas por meio de softwares de animação como Java, Flash e Shockwave. A interatividade fortalece o branding. b. Botão (button): de espaço reduzido, em geral se constitui como um retângulo que exibe uma logomarca em formato retangular. c. Pop-up: anúncio em forma de janela que surge de maneira repentina e não demandada na tela do dispositivo utilizado pelo usuário quando este acessa uma página. Desagrada considerável parte do público, e muitos navegadores trazem softwares para barrar sua exibição. d. Pop-under: assim como o pop-up, surge na tela sem ser requisitado. Contudo, ocupa espaço atrás da página que está sendo visualizada, não obstruindo a percepção do usuário e se tornando perceptível após o encerramento do navegador. e. Anúncios flutuantes: janelas de anúncios publicitários que ocupam espaço “flutuando” na tela assim que o usuário se conecta a determinado site, dificultando a visualização doconteúdo originalmente pretendido. Na maioria dos casos, costumam durar até 30 segundos e possuir elemento gráfico para ser encerrado. f. Anúncios unicast: produtos audiovisuais de curta duração similares a comerciais veiculados na televisão que possuem ligação hipertextual com o site pretendido pelo anunciante. g. Links patrocinados: visíveis em sites de buscas, surgem quando o usuário realiza uma pesquisa e costumeiramente ocupam espaço na parte superior da página. Muitas vezes, são relacionados às temáticas da pesquisa empreendida, mas essa não é uma regra. h. E-mail marketing e newsletter: utilizam bancos de dados para enviar informações via endereço de e-mail aos usuários, com os quais busca constituir relacionamento. Deve ser usado de maneira a não constituir SPAM (envio massivo de e-mails publicitários, produto que causa irritação à maioria dos usuários da rede). i. AdWords (Search Engine Advertising): sistema que exibe anúncios junto a resultados de pesquisa feita em sites buscadores (Google, Bing, 6 Yahoo etc.), relacionando, no processo de segmentação, a consulta empreendida pelo usuário a palavras-chave dos materiais publicitários. Estruturado pelos formatos “Custo por Clique” (CPC), relativo ao número de vezes que os usuários clicaram no link de uma publicidade e “Custo por Impressões” (CPM), no qual a remuneração se dá pelo número de visualizações do anúncio. j. AdSense: administrado pelo Google, funciona a partir de lógica similar ao AdWords. Exibe anúncios (banners, material audiovisual e interativo etc.) em sites e blogs de forma segmentada com base em seus conteúdos, possibilitando a monetização das páginas. k. SEO (Search Engine Optimization): metodologia que objetiva dar visibilidade a páginas e conteúdos baseado na maior exposição dos sistemas de busca on-line, constituindo-se como os primeiros resultados a serem encontrados quando o usuário realiza uma pesquisa orgânica. TEMA 2 – O CONSUMIDOR NA PASSAGEM DA WEB 2.0 À WEB 3.0 A Web 2.0 tem como marca o desenvolvimento de serviços e produtos cuja arquitetura se baseia na ação colaborativa, com as pessoas produzindo, 8 distribuindo e fazendo circular uma multiplicidade de conteúdos. Três elementos são considerados parâmetros que definem a infraestrutura da Web 2.0: Aplicações de Internet Rica (Rich Internet Applications, ou RIA), que permitem a usabilidade de softwares do desktop para o navegador; Arquitetura Orientada a Serviços (Service-Oriented Architeture, SOA), cujo intuito é definir maneiras pelas quais aplicações podem fornecer serviços ao usuário; e Web Social (Social Web), conjunto de aplicações, plataformas e ferramentas cujo intuito é promover a interação e socialização das pessoas na rede. A constituição da Web 3.0, também alcunhada Web Semântica e Web Inteligente, tem como motor a formação de uma rede que, ao invés de se guiar por documentos, é caracterizada pelo acesso aos dados. TEMA 3 – “MOBILE FIRST” Segundo Lemos (2008), as mídias locativas empreendem uma junção do espaço físico ao ciberespaço, e podem ser classificadas de acordo com suas funções: a. Mapeamento e monitoramento de movimento: funções locativas dos aparelhos móveis orientadas a modos de mapeamento (mapping) e monitoramento de movimento (tracing); b. Geolocalização: constituição de informações digitais em mapas acessíveis via dispositivos móveis, com a possibilidade de compartilhamentoo de tags; c. Realidade móvel aumentada: visualização de informações a partir dos dispositivos móveis, expondo informações que criam efeito de “aumento” da realidade via hiperlinks que utilizam tecnologia MARA (Mobile Augmented Reality Applications); d. Anotações urbanas: escritas eletrônicas (indexação de mensagens) realizadas pelos usuários por meio dos dispositivos móveis, constituindo formas de apropriação do espaço urbano. TEMA 4: MÍDIAS SOCIAIS E O USUÁRIO-MÍDIA Obar e Wildman (2015) apontam que as mídias sociais englobam quatro características principais: são aplicações de internet surgidas na era da Web 2.0; sua essência é o conteúdo gerado pelo usuário (user-generated content); os usuários criam perfis específicos para o site ou aplicativo que são projetados e mantidos nos parâmetros da organização da mídia social; as mídias sociais facilitam o desenvolvimento de redes sociais on-line conectando o perfil do usuário aos de outros indivíduos e/ou grupos. Segundo Terra, A mídia social tem como características o formato de conversação e não de monólogo; procura facilitar a discussão bidirecional e evitar a moderação e a censura; tem como protagonistas as pessoas e não as empresas ou marcas, isto é, quem controla sua interação com as corporações são os próprios usuários; tem como principais valores a honestidade e a transparência; e privilegia a distribuição em vez da centralização, uma vez que têm diversos interlocutores que tornam a informação heterogênea e rica. (TERRA, 2010, p. 7) O usuário-mídia “tem voz pelas ferramentas colaborativas e interativas da web, interfere na comunicação e na estratégia das organizações” Um estudo de Haven (2007) aponta quatro parâmetros para compreensão do engajamento: envolvimento e interação, mensurados a partir das métricas; nível de intimidade, vista com base em processos interativos, de maneira a entender as opiniões e sentimentos relativos à organização, e; influência do material produzido, sua reverberação nas redes e fora delas TEMA 5: BIG DATA As estruturas que possibilitam a constituição dos processos de Big Data são fontes de dados que apresentam características em comum conhecidas como “3 Vs”: volume, velocidade e variedade. A estas, alguns autores adicionam mais dois “Vs”: veracidade e valor. Estes paradigmas indicam: a) volume de captação e geração de dados; b) velocidade de captura, sistematização e análise dos dados; c) variedade dos dados obtidos e sua não linearidade; d) veracidade, a autenticidade dos dados com os quais se lida; e) valor, o entendimento sobre os conjuntos de dados para a atuação da organização e os benefícios que estes podem gerar. Pode-se dividir o material de Big Data em três grupos: a. Dados estruturados: apresentam comprimento e tipo definido, como números, datas e bancos de dados. b. Dados não estruturados: não possuem formato definido, como redes sociais, produtos audiovisuais, fotografias, imagens de satélite, arquivos PDF, documentos de texto, etc. c. Dados semiestruturados: não são aderentes a campos específicos, mas possuem marcadores de separação de elementos; apresentam metadados auto definidos, como as linguagens HTML, XML e JSON AULA 3 TEMA 1 – WEBWRITING – PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Quando falamos de redação para o ambiente on-line, estamos nos referindo à atividade de webwriting, termo que indica, de forma simples, a escrita na e para a web. Rodrigues sustenta que o webwriting deve ser guiado em meio a três princípios fundamentais: objetividade, navegabilidade e visibilidade. A navegação pode ocorrer de forma linear e não linear. Na primeira, segue-se uma trajetória definida previamente, como um caminho direcionado no interior do microuniverso on-line. No caso da não linear, o visitante constrói sua própria rota, acessando seções da página da maneira que lhe convém. TEMA 2 – AS CAMADAS DE INFORMAÇÃO Camada de Apresentação > Camada Genérica > Camada de Detalhamento A primeira, intitulada Camada de Apresentação, deve servir como uma “máscara de apresentação” do microuniverso informativo em questão. Nela, devem constar elementos considerados mais persuasivos sobre o conjunto informativo do espaço on-line, de maneira a captar a atenção do usuário. A segunda camada é a Camada Genérica, na qual devem ser expostas informações básicas acerca da temática da página. Tendo sua denominação originária da ação do público de acessá-la para buscar dados gerais, sua missão é expor, ao usuário, os elementos essenciais do tema. Nesse sentido, deve servir à contextualização das informações e instigar o visitante do site a buscar mais conhecimento sobre aquilo que está sendo publicitado. Aterceira camada é a Camada de Detalhamento, na qual as páginas trazem os pormenores do conteúdo temático. Assim, após mergulhar pelas duas primeiras dimensões, o consumidor encontrará o substrato informativo de maior relevância dentro do microuniverso representado pelo tema da página. O acesso a esse nível indica confiança do usuário no emissor, o que se reflete na aquisição de produtos e serviços, na propaganda boca a boca, no compartilhamento e engajamento com o conteúdo produzido. As seções que compõem o Detalhamento são produzidas pensando-se em um público-alvo já entrelaçado aos valores e interesses expostos pelo assunto do espaço on-line em observação e usualmente utilizam referências (textuais, imagéticas e textualimagéticas) que expressam essa relação, de certa forma, pré-construída. TEMA 3 – A RELAÇÃO USUÁRIO-TEXTO NA WEB O pesquisador dinamarquês define um conjunto de dez referências que ele denomina heurísticas (termo relativo a processos cognitivos que aceleram 12 escolhas), cujo intuito é melhorar a utilização dos sistemas digitais e diminuir as chances de erros mantendo em perspectiva a estrutura da web. São elas: 1. Visibilidade/feedback: os usuários precisam ser informados sobre o funcionamento do sistema, devendo-se fornecer feedbacks. 2. Correspondência de linguagens: o sistema deve ser inteligível aos usuários, preocupando-se em alcançar as referências que estes possuem (design centrado no usuário). 3. Controle do usuário: possibilitar que os indivíduos que visitam o site possam modificar e refazer ações na página, pois erros de navegação são comuns; facilitar saída. 4. Consistência e padronização: manter a consistência das referências do sistema, auxiliando a compreensão dos comandos. 5. Prevenção de erros: adaptar e aperfeiçoar a interface, de modo a evitar erros que sobrecarregam a memória do sistema, tornando a conexão mais fácil e agradável. 6. Criação de atalhos: visibilidade das instruções e facilidade de conexão, com o intuito de acelerar a navegação. 7. Eficiência: evitar a disponibilização de informações que confundirão o usuário com o intuito de aumentar a eficiência do sistema. Possibilitar a personalização da experiência. 8. Minimalismo: elementos estéticos e de design devem seguir lógica minimalista, visto que excesso de informação diminui a visibilidade de dados relevantes e a eficiência do acesso. 9. Clareza na comunicação de erros do sistema: as mensagens de erro precisam ser claras e compreensíveis, assim como as possíveis soluções ofertadas pelo próprio sistema, se for o caso. 10. Ajuda e documentação: apesar do foco na conexão intuitiva, a busca de informações deve ser facilitada. Kilian (2009) indica cinco diretrizes a serem desenvolvidas pelos web redatores. Escreva de forma concisa: é importante escrever frases com poucas palavras, tentando manter o limite de 20 palavras por sentença. Em caso de adaptação de conteúdo impresso, condense a quantidade de palavras (transforme 500 palavras em 250, por exemplo). Divida parágrafos: devido à dificuldade envolvida na leitura de blocos grandes de textos – as chamadas “massas de texto –mantenha a média de três ou quatro frases em cada. Use títulos e subtítulos: esses elementos ajudam os usuários a encontrar, na página, o conteúdo que estão procurando ou a chamar a atenção para aquilo que possa lhe interessar. Utilize blurbs para descrever o que os visitantes encontrarão ao acessar o link: os blurbs são pequenas peças promocionais que acompanham um conteúdo criativo. Podem ser escritos pelo web redator ou citar elogios de outros indivíduos. Insira uma ligação de hiperlink em frase que indique a ação possível no espaço on-line determinado e chame a ela, como neste exemplo: Hospedagem no Rio de Janeiro: de hotéis de luxo a albergues da juventude O sublinhado indica conteúdo clicável e abre um universo de possibilidades que se relacionam aos objetivos do público que visita o site. Facilite as ações: estabeleça hiperlinkagem diretamente no texto que indica possibilidade, sem delongas ou explicações exageradas. Seja direto. Por exemplo: Inscreva-se! Envie-nos um e-mail Poste sua resposta TEMA 4 – PARÂMETROS DE PRODUÇÃO: ORIENTAÇÃO, INFORMAÇÃO E AÇÃO Com orientação, o pesquisador quer dizer que os usuários, ao se conectarem a uma página, costumam apresentar duas dúvidas: em qual ponto do site eles se encontram e como podem se movimentar dentro desse espaço. A dimensão da informação se constitui como o principal motivador do acesso dos usuários a um site. Embora pequena parte dos indivíduos se preocupe em buscar documentos completos na página, a maioria precisa de conteúdo adaptado ao meio virtual, sendo obrigatório criar “ganchos”, cortar e editar o texto produzido em outra mídia. Outros ganchos que o pesquisador defende são: a. Utilização de perguntas: as pessoas se interessam em buscar respostas. b. Declarações incomuns (em determinado contexto): a possibilidade de surpresa é atrativa. c. Projeção de conflito: a maior parte dos indivíduos é atraída por contendas. d. Referência a assuntos atuais: uma forma de envolver o conteúdo a acontecimentos atuais. e. Direcionamento/endereçamento direto: as pessoas dão grande valor quando recebem atenção especial. O princípio da ação tem como objetivo proporcionar impacto assim que o usuário se conecta à página, mesmo que seja por meio de ações provocativas, para que ele se interesse por esse microuniverso. É excepcionalmente importante fazer o visitante compreender que a compra de um produto ou serviço é uma ação decorrente de seu próprio interesse e que essa atitude pode ser concretizada com pouquíssimo esforço. Kilian (2009) define como padrões a serem analisados: a. Finalidade do site – os objetivos foram alcançados com a página? b. Audiência – qual é o perfil do público que se conecta à página? c. Conteúdo – constituiu-se como uma página rica de informações ou serve ao “trânsito” para outras páginas? d. Aparência – o texto é convidativo? A página parece harmônica? 18 e. Organização – há facilidade de navegação no site? Pode-se alcançar qualquer outro ponto da página a partir de outro? TEMA 5 – WEBWRITING: SEO (1ª PARTE) Dentre essas condutas para burlar os parâmetros de SEO, Enge et al (2015) apontam três formas de atuação: white hat, gray hat e black hat. A primeira indica práticas de SEO entendidas como dentro das regras, mantendo atividade ética. Black hat, por sua vez, são as ações que intencionam melhorar o ranking de um determinado site via manipulação dos elementos de SEO, como adaptar conteúdo para enganar os motores de busca e conseguir pageviews. As páginas que incorrem neste tipo de atividade podem ser punidas pelo Google, inclusive com a exclusão do PageRank. Para finalizar, gray hat representa a mistura de técnicas de black e white hat, desviando-se ligeiramente das diretrizes estipuladas pela empresa. AULA 4 TEMA 1 – SEO (2ª PARTE) As condições on page – que podem ser manejadas internamente no microuniverso da página – repercutem de maneira decisiva nos motores de busca e são compostas por: 1. Qualidade do conteúdo: perceptível pela popularidade/repercussão. 2. Tamanho do conteúdo: conteúdos precisam sanar as dúvidas do público (melhor média costuma ser de 2.500 palavras). 3. Títulos internos: título que será visto pelo usuário assim que entrar na página (title tag). 4. SEO Title: título visível em SERPS, cujo intuito é guiar o usuário ao conteúdo. 5. URLs eficientes: definição de endereços de página que utilizem palavraschave e façam sentido. 6. Heading tags: códigos-marcadores de hierarquia da importância do conteúdo. 7. Palavras-chave: uso inteligente das palavras-chave (de acordo com posição na página e dimensão semântica). 8. Tempo de permanência: quanto mais tempo o usuário gasta no acesso à página, melhor a avaliação do Google. 9. Otimização de imagens: upload de imagens deve ter nome do arquivo com palavras-chave unidas por hífen e apresentar texto alternativo de descrição (alt text). 10. Tamanho de imagens: imagens pesadas são carregadasmais lentamente e diminuem valor. 11. Linkagem interna: autodestaque do conteúdo. 12. Design responsivo: páginas mobile-frendly (adaptadas aos dispositivos móveis). 13. Tempo de carregamento: velocidade do acesso a uma página (demora impacta negativamente por irritar os usuários). 14. Meta description: código que serve à explicação do conteúdo da página ao público. 15. Botões de compartilhamento: prática de otimização que facilita a navegabilidade. Os elementos off page podem ser considerados: 1. Link building: entrelaçamento da página a links externos. 2. Autoridade: advém da combinação entre links externos, antiguidade da página e constância de produção de conteúdo. 3. Localidade: influência da localização geográfica. 4 4. Engajamento e menções: envolvimento dos usuários e compartilhamento de conteúdos via redes sociais. Envolvimento com a publicação = likes + curtidas + compartilhamentos/ numero de seguidores TEMA 2 – SITES A formação de leads se reflete em engajamento, elemento essencial na atualidade, e esta ação depende de conhecimento profundo das motivações e valores do público-alvo, definição clara dos objetivos do site e mensuração dos resultados alcançados. TEMA 3 – HOTSITES Hotsites, também chamados de microsites, têm como diferença mais significativa para os sites “comuns” o objetivo de servir a ações promocionais pontuais. São construídos buscando impacto visual, além de enfocarem fortemente um determinado segmento do público. . No cômputo geral, sustenta Godinho (2015), os hotsites apresentam estrutura “simples e enxuta”, que propicia conteúdo limitado, mas que, de forma objetiva, intenciona causar surpresa ao público, atraindo curiosidade, atenção e simpatia. TEMA 4 – REDES SOCIAIS Nesse processo, a dimensão persuasiva do conteúdo deve ter como uma de suas finalidades “educar” o público, aproximando interesses e referências. A atuação nas redes deve levar em conta a chamada “regra de 80/20”, a qual estabelece que, do trabalho do redator digital, 80% deve ser interação e 20%, promoção. Esse índice serve à demonstração da importância que a atividade interativa alcançou no âmbito da publicidade. Facebook Ou seja, há uma necessidade de projetar o relacionamento o mais pessoal possível, postando atualizações constantes de conteúdo interessante e interagindo com os visitantes. 4.2 Instagram Esse é um dos elementos principais da plataforma: os brasileiros são, em geral, bastante sociáveis, e a postagem de “cenas da vida” serve à interação. Outro elemento a ser percebido é que o processo de interações foi possibilitado pela popularização dos dispositivos midiáticos móveis. A explosão no consumo de smartphones, por exemplo, indica que adquirir tecnologia corresponde a intensificar os canais de contato interpessoal. Sob essa perspectiva, o web redator deve procurar estimular o relacionamento com o público via comentários em postagens, que ajudam a divulgar produtos, serviços e marcas. Para tanto, vale investir nas ações de storytelling, intencionando a criação de envolvimento com a marca e a humanização desta. Twitter o chamado “fenômeno da segunda tela” é uma das constantes da utilização do microblog: as pessoas gostam de interagir – tanto entre elas quanto com as empresas, instituições e marcas – acerca do que estão assistindo na televisão, por exemplo. Assim, um grande número de programas televisivos expõe, na tela, hashtags (indicadas pelo símbolo #) que servirão à comunicação interativa sobre um mesmo assunto e à geração de tráfego. Outra vantagem que a utilização do Twitter traz é a facilidade de feedback. LinkedIn O conteúdo produzido para o LinkedIn deve mirar a “educação” do público, destacando os valores da empresa/instituição/marca e realçando sua imagem. Neste processo, o objetivo é reforçar a posição de autoridade, representando entidade que deve ser admirada e considerada exemplar. O encadeamento proposto deve também influenciar positivamente o recrutamento de colaboradores, que terão, desde o início, uma imagem favorável da organização. TEMA 5 – APLICATIVOS A produção nesse âmbito deve levar em consideração as possibilidades e limitações associadas à exibição em telas menores e cujo comando é efetivado essencialmente por meio de touchscreen. Elementos de rich media devem ser valorizados na conjunção texto-imagem, assim como é importante redigir material objetivo e interativo, de maneira que o conteúdo não fique pesado (e, consequentemente, lento), tendo consideração que o consumo de informações por meio dos apps acontece em ritmo acelerado. Podemos afirmar que, com o surgimento do texto publicitário para aplicativos, a otimização de conteúdo atingiu seu nível máximo na era digital. Até o momento, obviamente. AULA 5 A constituição de uma peça, elemento que compõe uma campanha, demanda o desenvolvimento de um tema. Este tem duas funções principais: a primeira é construir a unidade da campanha, visto que “cria unidade porque está presente em todas as peças, com diferentes signos verbais e não verbais, mas sempre comunicando a mesma ideia”, segundo Hoff e Gabrielli (2004, p. 36). A segunda é auxiliar no processo de persuasão, pois o tema “deve provocar 4impacto e estabelecer uma empatia entre público-alvo e produto, pela exploração de símbolos que compõem seu imaginário” (Hoff; Gabrielli, 2004, p. 37). O tema, além de estabelecer um fundamento criativo, deve ser um conceito “guarda-chuva”, estruturando um conjunto de possibilidades de desenvolvimento de peças em diferentes meios – ou, no nosso caso, plataformas. “Pensando em publicidade: o tema de uma campanha é persuasivo quando contém algo que pertença ao mundo do público-alvo, quando mostra como ele pode alcançar seus desejos, realizar seus sonhos. Uma ideia será adequada para o tema de uma campanha quando contiver um fator motivacional” Podem ser considerados recursos motivadores: a. Identificação: o target reconhece similaridades entre sua vida e a peça. b. Projeção: constituição de uma realidade imaginária, na qual o target se projeta com o uso ou posse de determinado produto/serviço. c. Rejeição: ênfase em elementos negativos, motivando mudança. d. Idealização: exposição de um produto/serviço/marca como se fosse perfeito. A relação imagem-texto foi definida por Santaella e Noth (2010) a partir dos parâmetros de redundância, informatividade e complementaridade. No primeiro, a imagem não adiciona informação ao texto, repetindo-o; no segundo, a imagem aumenta o substrato informativo da mensagem; no terceiro, há um complemento entre as duas linguagens. Nesse intuito, vale observar que, das cinco diretrizes que Kilian (2009) sustenta como de essencial desenvolvimento pelos webwriters em seu trabalho, a maioria foi seguida no site da companhia de leite e derivados, a ver: Escrita concisa: apenas duas sentenças em todo o site ultrapassaram o limite de 20 palavras (uma chegou a 27, outra a 31 palavras). Divisão de parágrafos: feita de maneira acertada. Não há massas de texto ao longo do site. Uso de títulos e subtítulos: os títulos são bem distribuídos, mas os subtítulos são empregados apenas na Camada de Detalhamento. Utilização de blurbs: a página não faz uso. Facilitação de ações: a página não faz uso – neste caso, a eficiência do site se vê atingida. Um exemplo é a falta de hiperlink no endereço de email do SAC, o que exige que o usuário copie a informação.