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Universidade Estácio de Sá Curso de Psicologia Questões de Avaliação de Processos Grupais Professora: Ana Cláudia Bruna Paixão de Freitas Matrícula: 201708182421 Letícia Berriel Ribeiro Matrícula: 201708196731 Campus Jardim Sulacap – Rio de Janeiro 2020.1 Universidade Estácio de Sá Curso de Psicologia 1- Para a Psicologia, o estudo dos grupos é um dos temas fundamentais, ao ponto de existir um ramo chamado Psicologia Social. A preocupação da Psicologia com o estudo dos grupos pode ser observada na chamada Psicologia das Massas, que tentava compreender fenômenos coletivos. A referência clássica para esta discussão é o francês Gustave Le Bon (1841- 1931), que publicou, em 1895, o livro chamado “Psicologia das Multidões”. Freud também se preocupou em estudar questões coletivas a partir das ideias de Le Bon, em sua obra “A Psicologia das Massas e a análise do Eu” (1921). a) Disserte sobre o pensamento destes dois teóricos, em relação ao estudo das massas, destacando seus principais pontos de divergência. Para Le Bon, havia uma ruptura profunda entre o fenômeno individual e o fenômeno coletivo, ao ponto de se poder falar de uma “psicologia das multidões” e de uma psicologia do indivíduo. A multidão é apresentada como uma espécie de ser unitário provido de características psicológicas próprias, de modo que os indivíduos que a compõem perdem suas características pessoais, sua autonomia, e passam a agir como uma espécie de “psiquismo coletivo”, muitas vezes, com comportamentos que o sujeito, quando fora da multidão, jamais teria. Há, pois, a perda da individualidade e a formação de um novo todo, que não é a soma das partes. Para Le Bon, isso se daria por três fatores: o sentimento de poder, o contágio mental e a sugestibilidade. Para Freud, não haveria uma mente grupal ou um “psiquismo coletivo”, como propunha Le Bon. Todos os comportamentos individuais dentro de uma multidão poderiam ser compreendidos a partir do psiquismo dos indivíduos, na medida em que os processos mentais se articulam desde cedo com a dimensão social da existência. As vinculações se dariam em dois eixos: um vertical, no qual os indivíduos se ligariam aos líderes, que encarnariam a figura primordial do chefe da tribo; e um eixo horizontal, no qual haveria uma ligação dos membros uns com os outros, de modo que os indivíduos imersos em uma multidão se sentiriam mais desenvoltos para assumir riscos. b) Descreva o automatismo de contágio emocional. Um processo de três passos em que os sentimentos de uma pessoa se transferem para outra. O primeiro estágio envolve uma mímica inconsciente, durante a qual sutilmente copiamos os sinais não verbais uns dos outros, incluindo postura, expressões faciais e movimentos. 2- A vida cotidiana do indivíduo é marcada pela convivência em grupo. O grupo é uma unidade que se dá quando os indivíduos interagem entre si e compartilham normas e objetivos. Para que possamos viver em grupo, são necessárias certas regras, combinações e acertos. Neste sentido, diferencie os conceitos de instituição e de organização. Instituição é um valor ou regra social reproduzida no cotidiano com estatuto de verdade, que serve como guia básico de comportamento e padrão ético para as pessoas em geral. Esse conjunto de regras e valores concretiza-se na sociedade em uma instância chamada organização. A organização pode ser complexa, como as empresas, ou mais simples, como um pequeno estabelecimento, uma entidade não governamental. De todas as maneiras, é onde vão se manter e reproduzir as instituições sociais, ou seja, é na organização que vamos dar vida ao conjunto de regras que estabelecemos para a convivência em grupo. Assim, tanto as instituições quanto as organizações somente existem em função de um conjunto de pessoas que reproduzem e, às vezes, reformulam as regras e os valores: o grupo. 3- O psicólogo americano W. C. Schutz desenvolveu a teoria das necessidades interpessoais. Estas necessidades, segundo ele, são interpessoais no exato sentido de que é apenas em grupo e pelo grupo que elas podem ser satisfeitas adequadamente. Disserte sobre as três necessidades fundamentais destacadas pelo autor, a saber: necessidade de inclusão, necessidade de controle e necessidade de afeição. Schutz aponta que inclusão, controle e afeto são aspectos interpessoais dos estágios oral, anal e fálico, pois a necessidade de inclusão que refere a necessidade do vínculo humano e tem como objetivo a sobrevivência, está ligada ao estágio oral que tem a boca como maior estimulação e maior necessidade para a mesma. A necessidade de controle que refere ao poder e responsabilidade está ligada ao estágio anal , período de luta e poder em torno da higiene pessoal, período da primeira barganha e negociação com a retenção das fezes . Por fim, a necessidade de afeto que faz referência aos vínculos emocionais está ligada ao estágio fálico , justamente na situação edípica, onde esses vínculos são elaborados através dos sentimentos de amor, ciúmes rivalidade, etc . Schutz enfatiza então que inclusão, controle e afeto caracterizam todos os níveis de organização social. Campus Jardim Sulacap – Rio de Janeiro 2020.1
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