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Resenha Crítica - Higiene do Trabalho - Mariana Toscano Rios

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
PÓS GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO
Resenha Crítica de Caso 
Mariana Toscano Rios
Trabalho da disciplina de Higiene do Trabalho
 
 Tutor: Prof. Lucio Villarinho Rosa
Santa Cruz das Palmeiras - SP
2019
O Carro da Google
Referência:
LAKHANIJA, Karimar; WEBER, Mes; SNIVELY, Christine. O Carro da Google. Harvard Business School, março de 2015. Acesso em: 22 out 2019.
Sebastian Thrun, chefe da divisão de projetos secretos da Google Inc., publicou no blog oficial da empresa que a tecnologia para carros sem motorista poderia ser possível. Carros autônomos, revolucionaria a forma como as pessoas veem carros hoje em dia. Além disso, traz à tona uma opção mais segura para o trânsito, reduzindo acidentes e beneficiando pessoas que não podem dirigir. 
Foi em 2005 que Thrun liderou a equipe da Universidade de Stanford no desafio DARPA. Esse desafio era relacionado a inovação na navegação de veículos autônomos, e as regras exigiam que o veículo deveria ter comportamento completamente autônomo num trajeto de 132 milhas, aproximadamente, 210 quilômetros. O veículo da equipe de Thrun, realizou o curso em menos de 7 horas, impressionando o CEO da Google, que contratou Thrun e sua equipe para trabalhar na divisão do Street View. Mais tarde, em 2010, Thrun, co-fundou a divisão de projetos secretos chamado Google X.
A primeira frota de veículos autônomos do Google, foram carros Prius da Toyota que fizeram 140 mil milhas. Em 2013, a frota já contava com 20 carros, somando um total de 500 mil milhas sem nenhum acidente. 
A utilização do sistema LIDAR, um dispositivo de laser giratório, foi umas das principais ferramentas utilizadas pela Google para os carros autônomos. Esse dispositivo ficava no telhado do carro, e servia para criação de um mapa 3D que era analisado pelo software. Além dele, os carros contavam com câmeras de vídeo localizada no retrovisor que interpretava semáforos, e sensores de radar colocados nos para-choques dianteiros e traseiros para que o carro conseguisse reconhecer o tráfego de ruas e rodovias. Para situações em que é necessário mapear ambientes a curta distância foi utilizado detectores ultrassônicos, que permitiam que o carro conseguisse estacionar, por exemplo.
Para testar os carros, o caminho era feito anteriormente por motoristas, e assim, permitia que o software pudesse computar objetos no caminho e se familiarizar com marcadores de faixa e semáforos. Toda vez que esse percurso era feito, atualizava-se o mapa 3D que era utilizado pelos carros autônomos. Quando o veículo pode ser utilizado, coletava dados reais e dados anteriormente já cadastrados, assim, o software interpretava a diferença entre pedestre e objetos estacionários. Porém, os resultados dos testes mostraram que apesar dos avanços, os carros autônomos ainda não possuíam um bom desempenho em condições de neve e chuva. Além disso, os carros não conseguiam entender quando havia mudanças na pista, quando surgia novas vias, ou quando acontecia acidentes os desvios em que o controle do tráfego era feito por humanos.
Em relação a aceitação do mercado, apesar de ser positiva a aceitação entre os entrevistados, essa taxa variava muito entre os países. Enquanto no Brasil 95% cofiariam no carro, apenas 28% dos japoneses disseram que se sentiam confortáveis em carros sem motorista. O preço para o consumidor também é um ponto crucial. Apenas 20% dos entrevistados estariam dispostos a gastar três mil dólares para essa tecnologia, porém, o preço do carro ainda estava muito mais alto do que os consumidores estariam dispostos a pagar. Além de todos esses fatores, alguns observadores, pontuavam que talvez pela comodidade dada pelos carros autônomos ao invés de diminuir o trafego, ele aumentaria, pois, as pessoas estariam livre para ir em mais lugares e não necessariamente precisariam estacionar o carro, para ir as compras por exemplo, e sim que ele ficasse dando voltas durante esse período.
O Google também enfrentou problemas legais. Era necessário que os Estados aprovassem testes com carros autônomos. E foi necessário criar diretrizes para esses testes para que mais estados aprovassem. Também surgiram questionamentos em relação a culpa em casa de acidentes. Ainda era incerto quem seria responsabilizado caso acontecesse algum acidente envolvendo estes carros. 
Apesar de muito avançados no campo de carros autônomos, a Google tem muita concorrência nessa área. A Mobileye, por exemplo, é uma empresa de tecnologia alemã que em parceria com a General Motors desenvolveu carros de auto condução para situação de tráfego “ande e pare” e para longos períodos de rodovia, mas que ainda contavam com motoristas e isto fez com que ficasse significativamente mais baratos que a tecnologia desenvolvida pela Google.
A Audi, em 2014 com seu autônomo TTS Coupe, rodou por 12,4 milhas em estradas pavimentadas e de terra. A empresa desenvolveu uma versão do LIDAR menor do que a utilizada pela Google, conseguindo assim uma versão mais elegante. Em 2011, a BMW anunciou um sistema de assistência ao motorista, chamado ConnectedDrive Connect (CDC), que traziam mais automação. Com esse sistema o carro era capaz de frear, acelerar e ultrapassar veículos enquanto analisava o tráfego por meio de radares, sensores e câmeras. 
Já a General Motors, em 2009, anunciou sua tecnologia chamada “Super Cruise” que permitia que o carro freasse, acelerasse e continuasse em uma das pistas sem auxílio humano. Além disso, uma outra tecnologia instalada nos modelos Cadillac, permitia que os carros “conversassem” e passassem informações a respeito de velocidade, direção e localização para outros veículos com a mesma tecnologia instalada. Outras marcas como a Mercedes, Nissan e Volvo também anunciaram estar trabalhando em tecnologias para o carro autônomo, ou semiautônomo e tem como objetivo estarem prontos até 2020.
Apesar de inúmeros avanços nesse setor, ainda há muito para caminhar até que eles estejam prontos para serem comercializados. E ainda há muitas questões que precisam ser definidas, como barreiras legais, e uma nova visão do consumidor a respeito destes novos carros e dessa nova forma de dirigir. Em relação ao Google, ainda há questões relativas ao negócio em si. Avaliar se realmente foi um investimento eficaz e se realmente condiz com os valores pregados pela corporação. E o que fazer com esta tecnologia¿ O Google se tornaria um fabricante de carros, ou será melhor licenciar a tecnologia e fazer parceria com alguma montadora. As questões levantadas são pontos importantes para continuação da empresa no ramo automobilístico. Nos EUA algumas leis já estão definidas para quando estes carros vieram a público. Sem dúvida a contribuição na vida das pessoas é imensurável. O carro autônomo, com todas as habilidades que estão prevendo, será uma forma nova de dirigir e de como o trânsito e rodovias são vistas. Sem preocupações acerca de acidentes e com total respeito às leis de trânsito essa tecnologia com certeza trará impactos positivos na sociedade.

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