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O CARRO DA GOOGLE - Resenha

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
PÓS GRADUAÇÃO EM 
ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
Livia Oliveira de Almeida 
 
 
 
 Trabalho da disciplina Higiene do Trabalho 
 Tutor: Prof. Lucio Villarinho Rosa 
 
 
São Mateus/ES 
2019
http://portal.estacio.br/
 
 
 
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O CARRO DA GOOGLE 
Referência: 
LAKHANI, Karim R; WEBER, James; SNIVELY, Christine. Google Car. Harvard 
Business School, Março 2015. Disponível em: https://hbsp.harvard.edu/product/614022-
PDF-ENG?itemFindingMethod=Other. Acesso em: 30/09/2019. 
 
1. INTRODUÇÃO 
Os carros autônomos podem revolucionar a maneira de como as pessoas usam carros. A não 
necessidade de um motorista físico pode proporcionar uma condução mais segura, tornando 
possível o transporte de indivíduos impossibilitados de se transportar, como deficientes e 
idosos, deixando as pessoas mais livres para realizaram outras tarefas enquanto estão em seus 
carros. 
Visto isso, o Google, mesmo não sendo uma empresa fabricante de automóveis, investiu nos 
carros autônomos, desenvolvendo tecnologias para carros se dirigirem. Com a possibilidade 
de integrar a sistema dos automóveis às ferramentas já existentes, como o Google Maps, é 
possível alertar o motorista sobreo tráfego das rodovias sugerindo rotas alternativas. Os 
equipamentos já existentes nos automóveis como piloto automático, sistema de alerta de 
colisão, navegação computadorizada, entre outros, contribuíram para a projeção dos veículos 
totalmente autônomos. Ainda assim, o Google se questiona sobre o uso e desenvolvimento 
desse tipo de tecnologia. 
2. DESENVOLVIMENTO 
2.1. Automóvel 
Há registros de testes de veículos motorizados desde 1700 e veículos com motores vapor de 
combustão desde 1800. A produção de automóveis começou a aumentar nos EUA no início 
dos anos 1900, onde os veículos ficaram mais populares, tendo sua produção alavancada em 
3,7 milhões de unidades até 1923. Com a produção de automóveis foi necessária a construção 
de estradas e rodovias, já que o novo meio de transporte tornou as viagens mais populares. 
Entre 1960 e 2012, o número de veículos registrados nos EUA passou de 74 para 250 
 
 
 
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milhões, em consequência a este grande aumento no número de veículos o tempo em que as 
pessoas passam em seus carros também teve um considerável aumento, contribuindo para a 
formação de congestionamentos e aumento da poluição. Um outro acontecimento importante 
foi o aumento no número de acidentes causados por acidentes de carro. Segundo a 
Organização Mundial de Saúde, mais de 1,2 milhões de pessoas são mortas todos os anos em 
acidentes automobilísticos em todo o mundo. Logo, pensou-se em características mais seguras 
aos automóveis, além de inovações tecnológicas. 
Em 2014, as vendas de automóveis continuaram a crescer de forma significativa em todo o 
mundo, pois geralmente as vendas eram para proprietários que queriam substituir seu veículo 
e com aumento da classe média, muitos compradores adquiriram seu primeiro veículo. Isto 
gerou a criação de centros de produção locais para melhor atender esta demanda. 
Os carros autônomos haviam sido elemento de ficção por gerações, porém, em 2013 
acreditou-se nessa possibilidade. Uma comprovação dessa evolução são as introduções de 
tecnologias inseridas nos veículos como piloto automático, Antilock Brake System (ABS), 
Adaptive Cruise Control (ACC), sistemas de visão noturna, câmeras de vídeo em ponto cego, 
entre outros. 
2.2. Google 
O Google foi fundado em 1997, depois que seus criadores desenvolveram uma fórmula de 
classificar a ordem dos resultados de uma pesquisa pela página relevante. Em 2004, deixou de 
ser somente uma plataforma de busca e ofereceu outros serviços. 
Até 2013, os produtos e serviços do Google estavam disponíveis em mais de 50 países e 
territórios e em mais de 100 idiomas. Em 2014, o Google anunciou a formação da Open 
Automotive Alliance (OAA), uma parceria com a Audi, a Honda, a General Motors, a 
Hyundai e a fabricante de chips Nvidia para introduzir o software Android em veículos, 
proporcionando aos motoristas acessarem os serviços sem perder o foco na estrada, dessa 
forma o condutor é permitido sincronizar seus telefones aos automóveis. 
Embora o Google tenha introduzido novos produtos e novas ferramentas para utilização dos 
usuários, o sistema de buscas na internet permanece no núcleo da empresa. Seu rendimento 
teve um aumento significativo, com isso o Google manteve servidores em todo o mundo se 
 
 
 
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tornando um dos maiores fabricantes de hardware do mundo. A eficiência do centro de dados 
melhorou muito ao longo dos anos, o que deu à empresa uma vantagem competitiva. 
O Google Maps fornece instruções, pesquisa, serviços de localização e informações de 
transito. Este aplicativo foi o mais popular e utilizado por smartphones e tablets em 2013. 
Para seu funcionamento, os mapas foram criados através de algoritmos e trabalho físico, 
juntamente com dados de satélite, trabalhando para fundir as informações do mundo real com 
os dados das cidades. 
2.3. Carros Autônomos 
Sebastian Thrun, chefe do Google X, divisão de projetos secretos do Google Inc, anunciou o 
projeto do automóvel autônomo em outubro de 2010, ao lançar o anúncio, já haviam feito 
testes em estradas e rodovias, através de uma variedade de terrenos. Para a realização do 
projeto, o Google utilizou dados registrados pelo Google Maps e Street View. Os testes 
registraram uma distância de mais de 200km sem um acidente. Para o Google os carros 
autônomos proporcionarão uma melhor qualidade de vida ao ser humano, tornando a 
condução mais segura, mais agradável e mais eficiente. 
Para o funcionamento dos carros autônomos foi criado um dispositivo giratório montado no 
teto do carro que gerou um mapa 3D do ambiente, além de câmeras de vídeo e sensores de 
radar, podendo assim detectar o movimento de outros veículos, interpretação de semáforos, 
reconhecimento de tráfego, movimentação de pedestres, entre outros. 
No início dos testes, eram enviados motoristas humanos no controle dos carros, estes então, 
mapeavam as condições das rotas e estradas. Cada vez que um carro viajava ao longo de uma 
rota específica, coletava dados adicionais usados para atualizar o mapa 3D, usado por outros 
veículos autônomos. Ainda assim, os engenheiros enfrentaram muitos desafios. Os carros da 
Google tinham dificuldade em manterem estáveis em condições nevadas ou chuvosas, 
apresentavam também dificuldades ao encontrar uma mudança repentina em seu mapa, no 
caso de uma nova rota ou estrada, uma outra limitação foi no caso de tráfego direcionado por 
humanos, quando há construções e reparos nas estradas. 
Vale ressaltar que o Google não é um fabricante de automóveis, a empresa visa projetar o 
programa a ser inserido no veículo para que ele se torne autônomo, para isso é necessário 
 
 
 
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fazer uma parceria com fabricantes de automóveis para tornar real a construção do carro 
autônomo. Assim, em 2013, o Google tentou interessar os fabricantes de automóveis a fazer 
uma parceria para construir os carros, mas nenhum negócio foi confirmado. 
Uma outra problemática é a aceitação do consumidor em relação ao carro autônomo, apesar 
das pesquisas realizadas mostrarem uma razoável aceitação em relação ao veículo, muitos 
acreditam que a segurança precisa ser provada antes que o público aceite os carros 
autônomos. Uma outra preocupação é o custo, visto que cada carro necessita de US $150 mil 
em equipamentos, o valor final do veículo será muito alto. 
O Google enfrentou barreiras legais pois precisava de autorizações para a realização dos 
testes em vias públicas. Outras questões também foram abordadas em relação aos testes, no 
caso da responsabilidade e responsáveis em casos de acidentes, para isso, a empresa precisavagarantir que os veículos operem com segurança. 
A preocupação com a privacidade também aumentou, o Google recebeu uma multa de US $7 
milhões por violar as leis de privacidade depois que sua equipe de mapeamento da Street 
View coletou senhas, endereços de e-mail e outras informações privadas de redes não 
criptografadas, pois seus veículos capturaram imagens de ruas e edifícios. 
O Google não era a única empresa a desenvolver carros autônomos, fabricantes de 
automóveis e universidades estavam pesquisando e testando carros autônomos, usando apenas 
radares e lidars de categoria automotiva e computadores escondidos no chão. 
Até 2014, as grandes fabricantes de automóveis como Audi, BMW, General Motors, 
Mercedes, Nissan e Volvo estavam explorando tecnologias de carros sem motoristas. 
3. CONCLUSÃO 
Os carros autônomos são elementos de ficção por gerações, atualmente este fato não está tão 
distante de nossa realidade. O Google, mesmo não sendo uma empresa fabricante de 
automóveis, investiu no desenvolvimento de tecnologias para carros se dirigirem. Para os 
diretores da empresa, este tipo de veículo reduziria o número de acidentes, possibilitaria o 
transporte de pessoas deficientes e idosos, além de permitir que as pessoas realizem outras 
tarefas enquanto estão se deslocando, aumentando assim a qualidade de vida do ser humano. 
 
 
 
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O avanço da tecnologia torna possível e viável a construção deste tipo de veículo, porém 
ainda é necessário a realização de muitos estudos e testes para que carros autônomos sejam 
lançados no mercado. Para o funcionamento dos carros autônomos, é necessária a utilização 
dos dados armazenados nos aplicativos Google Maps e Street Veiw, para isso, a 
funcionalidade dos “apps” é importantíssima para que não haja nenhum tipo de imprevisto na 
direção dos veículos.

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