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TEXTO SOBRE A LEI MARIA DA PENHA

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1 DAS FORMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A MULHER
A Lei n° 11.340 (Lei Maria da Penha) utiliza a palavra “violência” em sentido amplo, ou seja, engloba todo tipo de violência cometido contra a mulher, não só a violência física como muitas pessoas acreditam. A violência contra a mulher é uma das principais formas de violação de seus direitos humanos, atingindo seu direito à vida, a integridade física, a saúde física, mental e social entre outros. 
Nesse sentido, a doutrinadora MARIA BERENICE DIAS nos ensina: 
A partir da vigência da nova lei, a violência doméstica não guarda correspondência com qualquer tipo penal. Primeiro são identificadas ações que configuram violência doméstica ou familiar contra a mulher (art. 5º): qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. Depois são definidos os espaços onde o agir configura violência doméstica (art. 5°, incs. I, II e III): no âmbito da unidade doméstica, da família e em qualquer relação de afeto. Finalmente, de modo didático e bastante minucioso, são descritas as condutas que configuram violência física, psicológica, sexual, patrimonial e moral. (DIAS, 2008, p. 2).
A presente norma dispõe abaixo em seu artigo 7° sobre as formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
Art. 7o São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção, subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação ou injúria.
Não é necessário todos esses requisitos para considerarmos a violência contra a mulher, basta apenas um destes para configurar a violência, é importante ressaltar que para denunciar a violência física não é necessário que haja marcas da violência. A violência também não precisa acontecer várias vezes para ser denunciada, basta ter ocorrido apenas uma vez qualquer uma dessas hipóteses previstas no art. 7° da lei, ou seja, não é necessário a habitualidade. 
Novamente, de acordo com Maria Berenice Dias:
É obrigatório que a ação ou omissão ocorra na unidade doméstica ou familiar ou em razão de qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido com a ofendida, independentemente de coabitação. Modo expresso, ressalva a Lei que não há necessidade de vítima e agressor viverem sob o mesmo teto para a configuração da violência como doméstica ou familiar. Basta que agressor e agredida mantenham, ou já tenham mantido, um vínculo de natureza familiar. (DIAS, 2008, p. 40).
A repetição da violência domestica é denominada como “o ciclo da violência domestica”, assim chamado por psicólogos, promotores e outros profissionais que atuam na área, esse ciclo é dividido em 3 fases: “1. aumento de tensão: as tensões acumuladas no quotidiano, as injúrias e as ameaças tecidas pelo agressor, criam, na vítima, uma sensação de perigo eminente. 2. ataque violento: o agressor maltrata física e psicologicamente a vítima; estes maus-tratos tendem a escalar na sua freqüência e intensidade. 3. lua-de-mel: o agressor envolve agora a vítima de carinho e atenções, desculpando-se pelas agressões e prometendo mudar (nunca mais voltará a exercer violência).” Este ciclo caracteriza-se pela continuidade da violência. 
Por fim, devemos ressaltar. que esses tipos violência no âmbito familiar ou da unidade doméstica previstos no artigo 7°, pode ocorrer tanto na unidade doméstica quanto em uma relação íntima de afeto. Ressalta-se que em alguns casos é a mulher quem pratica a violência física ou emocional, prejudicando a vida do parceiro ou da parceira do mesmo sexo. Isso também acontece, embora com menos freqüência.
2 DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO
As medidas integradas de prevenção visa tanto a prevenção da violência quanto a proteção da mulher. O papel do Estado e da sociedade será sempre o de prevenir a violência contra a mulher e também, buscar assistência à mulher que sofreu algum tipo de violência. A lei Maria da Penha, lei n. 11340, prevê as medidas integradas de prevenção da violência no seu artigo 8°. É importante punir os agressores mas, também é importante prevenir a violência e proteger as mulheres. Para Alice Bianchini, o objetivo da lei é: “coibir e prevenir a violência de gênero no âmbito doméstico, familiar ou de uma relação íntima de afeto” (2013, p. 28).
O artigo 8° desta lei estabelece as medidas integradas de prevenção, são elas:
Art. 8° A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes:
I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação;
II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à freqüência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas;
III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1o, no inciso IV do art. 3o e no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal ;
IV - a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em particular nas Delegacias de Atendimento à Mulher;
V - a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres;
VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-governamentais, tendo por objetivo a implementação de programas de erradicação da violência doméstica e familiar contra a mulher;
VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia;
VIII - a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos deirrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia;
IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher.
3. DO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE POLICIAL.
A fim de proteger a integridade física das vítimas da violência, o STF apresentou um grande avanço em relação à Lei Maria da Penha, o Estado agora pode agir independentemente da vontade da vítima, assim se tornou uma ação pública incondicionada, ou seja, mesmo se a vítima não prestar queixa, o agressor poderá ser preso.Quem propôs a questão de ordem para a alteração foi o Ministro Rogério Schietti que disse que a decisão se deu “a fim de não se esvaziar a proteção à mulher e não prorrogar o quadro de violência, discriminação e ofensa à dignidade humana.”
Segundo a Lei n° 11.340 (Lei Maria da Penha), 
Art 11. “ No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a autoridade policial deverá, entre outras providências: 
I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério Público e ao Poder Judiciário;
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando houver risco de vida;
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar;
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos na Lei Maria da Penha e os serviços disponíveis. ”
Segundo a escritora Maria Berenice, o STF ao reconhecer a constitucionalidade da Lei Maria disse o óbvio. Os ministros ratificaram exatamente o que ela diz: que a ação penal independe de representação da vítima e não cabe ser julgada pelos Juizados Especiais. Somente quem tem enorme resistência de enxergar a realidade da vida pode alegar que afronta o princípio da igualdade tratar desigualmente os desiguais. Cada vez mais se reconhece a indispensabilidade da criação de leis que atendam a segmentos alvos da vulnerabilidade social. A construção de micros sistemas é a moderna forma de assegurar direitos a quem merece proteção diferenciada. Não é outra a razão de existir, por exemplo, o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto do Idoso e da Igualdade Racial. E nunca ninguém disse que estas leis seriam inconstitucionais. Além de afirmar sua constitucionalidade, o STF a interpretou a Lei Maria da Penha conforme a Constituição, que diz em seu artigo 226, parágrafo 8º: “O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações”. Atentando a esta diretriz constitucional foi reafirmada a dispensa da representação da vítima quando o crime desencadeia ação penal pública incondicionada. Reconhecer a legitimidade do Ministério Público para promover a ação, ainda que a vítima desista da representação, elimina a nociva prática que vinha se instalado: intimar a vítima para ratificar a representação, procedimento de nítido caráter coercitivo e intimidatório. A necessidade de representação foi reconhecida como um obstáculo à efetivação do princípio de respeito à dignidade da pessoa humana, pois a proteção da vítima seria incompleta e deficiente, uma violência simbólica à cláusula pétrea da República Federativa do Brasil. Outro dispositivo da Lei Maria da Penha que foi ratificado pelo Suprema Corte é o que afasta a aplicação da Lei dos Juizados Especiais (Lei 9.099/95) de todo e qualquer crime cometido com violência doméstica e familiar contra a mulher, independentemente da pena prevista. Assim resta proibida também aplicação das medidas despenalizadoras, quais sejam: composição civil dos danos, transação penal e suspensão condicional do processo. O único voto discordante traduz a preocupação de alguns, de que a impossibilidade de estancar a ação penal inibiria a vítima de denunciar a violência, pois muitas vezes o registro era feito com intenção correcional. No entanto, não serve a lei a tal desiderato. Diante de um ato que configura violência física, sexual, moral, psicológica ou patrimonial cabe a busca de medida protetiva. No entanto, quando alguma dessas práticas tipificam delito que enseje o desencadeamento de ação penal pública incondicionada, não há como deixar ao exclusivo encargo da vítima a responsabilidade pela instalação da ação penal. É um ônus que não cabe ser imposto, a quem conseguiu romper a barreira do silêncio, venceu o medo e buscou a proteção estatal. Como os delitos domésticos não podem ser considerados de pequeno potencial ofensivo, impositivo que a tutela assegurada pela Lei se torne efetiva, cabendo ao agente ministerial assumir a ação penal. Como a decisão foi proferida em sede de Ação Direta de Inconstitucionalidade, tem caráter vinculante e eficácia contra todos, ninguém – nem a Justiça e nem qualquer órgão da administração pública federal, estadual ou municipal podem deixar de respeitá-la, sob pena de sujeitar-se a procedimento de reclamação, perante o STF que poderá anular o ato administrativo ou cassar a decisão judicial que afronte o decidido. Mais uma vez a Corte Maior da Justiça deste país comprovou sua magnitude e enorme sensibilidade, ao impor verdadeira correção de rumos à Lei que logrou revelar uma realidade que todos insistiam em não ver: que a violência contra mulheres é o crime mais recorrente e o Estado não pode ser cúmplice da impunidade. (DIAS, 2012, p.1)
Feito o registro da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:
“Art 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar e contra a mulher, feito o registo da ocorrência deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se apresentada;
II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas circunstâncias;
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros exames periciais necessários;
 V - ouvir o agressor e as testemunhas;
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais contra ele;
VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.”
O ex-presidente Michel Temer, no dia 9 de Novembro de 2017 sancionou a a lei 13.505/17 que altera dispositivos da lei Maria da Penha e institui que o atendimento policial de mulheres vítimas de violência doméstica seja feito preferencialmente por servidores do sexo feminino, a fim de evitar constrangimentos, de acordo com essa nova lei, o atendimento pericial também será preferencialmente feito por mulheres. 
A lei Nº 13.505, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2017,
Acrescentou dispositivos à Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), para dispor sobre o direito da mulher em situação de violência doméstica e familiar de ter atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto e prestado, preferencialmente, por servidores do sexo feminino.
4. DAS MEDIDAS PROTETIVAS DE URGÊNCIA.
Temos como meio de denúncia o número 180, qualquer pessoa poderá denunciar casos de violência contra a mulher. 
As medidas de urgência estão previstas no artigo 22 da lei 11.340.
Atualmente, acrescenta-se que quando a lei prevê proibição de contato com a mulher ou pessoas de seu convívio, veda-se também o contato virtual.
São previstos dois tipos demedidas protetivas de urgência aquela que protege a mãe e seus descendentes, e a outra para que o agressor não cometa determinados atos. A presente norma dispõe:
Art. 22. Constatada a prática de violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos desta Lei, o juiz poderá aplicar, de imediato, ao agressor, em conjunto ou separadamente, as seguintes medidas protetivas de urgência, entre outras:
I - suspensão da posse ou restrição do porte de armas, com comunicação ao órgão competente, nos termos da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003;
II - afastamento do lar, domicílio ou local de convivência com a ofendida;
III - proibição de determinadas condutas, entre as quais:
a) aproximação da ofendida, de seus familiares e das testemunhas, fixando o limite mínimo de distância entre estes e o agressor;
b) contato com a ofendida, seus familiares e testemunhas por qualquer meio de comunicação;
c) frequentação de determinados lugares a fim de preservar a integridade física e psicológica da ofendida;
IV - restrição ou suspensão de visitas aos dependentes menores, ouvida a equipe de atendimento multidisciplinar ou serviço similar;
V - prestação de alimentos provisionais ou provisórios.
§ 1o As medidas referidas neste artigo não impedem a aplicação de outras previstas na legislação em vigor, sempre que a segurança da ofendida ou as circunstâncias o exigirem, devendo a providência ser comunicada ao Ministério Público.
§ 2o Na hipótese de aplicação do inciso I, encontrando-se o agressor nas condições mencionadas no caput e incisos do art. 6o da Lei no 10.826, de 22 de dezembro de 2003, o juiz comunicará ao respectivo órgão, corporação ou instituição as medidas protetivas de urgência concedidas e determinará a restrição do porte de armas, ficando o superior imediato do agressor responsável pelo cumprimento da determinação judicial, sob pena de incorrer nos crimes de prevaricação ou de desobediência, conforme o caso.
§ 3o Para garantir a efetividade das medidas protetivas de urgência, poderá o juiz requisitar, a qualquer momento, auxílio da força policial.
§ 4o Aplica-se às hipóteses previstas neste artigo, no que couber, o disposto no caput e nos §
§ 5o e 6º do art. 461 da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 ( Código de Processo Civil ).
Esse mecanismo foi criado pela lei com o intuito de proteger a mulher e coibir a violência contra ela, sem qualquer tipo de distinção. 
O ministério público deve ser prontamente comunicado, porém essas medidas poderiam ser concedidas de imediato visando a integridade física e mental da mulher.
A medida protetiva de urgência pode ser solicitada em uma delegacia através do boletim de ocorrência que deverá relatar a violência sofrida, assim o delegado deve encaminhar o pedido da medida protetiva ao juiz, tendo este o dever de apreciar o pedido em até 48 horas. Recomenda-se que a vítima vá acompanhada por advogado, porém não é exigido a presença deste. Essa medida protetiva de urgência poderá também ser solicitada diretamente ao ministério público ou ao juiz, essa opção poderá ser adotada em casos de maior urgência, nesse caso poderão ser apreciadas antes do prazo previsto de 48 horas. Nesses casos outra parte não é ouvida, só é intimado ou comunicado após a concessão da medida protetiva.
Referências
Brasil. (2006 de Agosto de 7). LEI Nº 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE 2006. Acesso em 28 de Abril de 2019, disponível em Planalto: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm
TJMG. (s.d.). Tribunal de Justiça Do Estado de Minas Gerais. Acesso em 28 de Abril de 2019, disponível em https://www.tjmg.jus.br/portal-tjmg/perguntas-frequentes/quais-as-atribuicoes-da-autoridade-policial-segundo-a-lei-maria-da-penha.htm

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