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1 UNIVERSIDADE DE PERNAMBUNCO-UPE POLO SERTÂNIA CURSO DE LINCENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Cíntia do Egito Gomes José Diego de Rezende O uso de células-troncos embrionárias e suas aplicações éticas SERTÂNIA-PE 2020 2 Cíntia do Egito Gomes José Diego de Rezende O uso de células-troncos embrionárias e suas aplicações éticas Trabalho apresentado a Professora Luiza Rayanna Amorim Lima de Citologia de ,curso de Licenciatura em Ciência Biológicas,ministrado pela Universidade de Pernambuco-UPE/Pólo Sertânia em cumprimento ás exigências para conclusão da disciplina. SERTÂNIA-PE 2020 3 O uso de células-troncos embrionárias e suas aplicações éticas Foi entendido que A célula-tronco (CT) é definida como a célula com capacidade de gerar diferentes tipos celulares e reconstituir diversos tecidos. Além disso, a CT apresenta a propriedade de auto-renovação, ou seja, gerar uma cópia idêntica a si mesma. As células- tronco podem ser chamadas de "adulta" e "embrionária". Porém vai ser destacado apenas o uso das células-tronco embrionárias (CTE) as quais são definidas por sua origem, e são derivadas do estágio do blastocisto do embrião. Normalmente utilizadas, em alguns países, a partir dos blastocistos gerados em clínicas de fertilização, onde o casal doa, para a pesquisa com fins terapêuticos, os blastocistos não utilizados para a fertilização in vitro. Esse blastocisto corresponde às células entre o quarto e quinto dia após a fecundação, mas antes ainda da implantação no útero, que ocorre a partir do sexto dia. O blastocisto compreende cerca de 150 células. Esse estágio precede a fase embrionária, denominada gástrula, é considerada uma célula indiferenciada da fase de mórula ou blástula de um embrião. Essas CTE apresentam grande plasticidade, que se refere à capacidade da célula em originar diferentes tipos de tecidos. Isso deve-se ao fato de o blastocisto ser capaz de originar todos os órgãos do corpo humano. Após a fecundação, o zigoto divide-se e diferencia-se até produzir um organismo adulto que consiste em mais de 200 tipos de células. Esses são, neurônios, células musculares (miócitos), células epiteliais, células sanguíneas, células ósseas (osteócitos), cartilagem (condrócitos) e outras. Sendo assim, as CTE podem reconstituir qualquer tecido do organismo humano, comprovando que as CTE são as células que mais apresentam plasticidade. Essa grande plasticidade a qual foi referida, onde as CTE têm sido vistas como a melhor fonte de células reconstituidoras de qualquer tecido do corpo humano, elas têm sido usadas na reconstituição de tecido cardíaco em pacientes que sofreram infarto do miocárdio. Foi visto também estudos experimentais realizados em modelos animais usando as células- tronco para doenças neurológicas, como doenças de Parkinson ou Alzheimer. Já a terapêutica com as CTE vem mostrando ser promissora, uma vez que pesquisas preliminares têm mostrado o sucesso do uso dessa nova tecnologia. As pesquisas com as CTE têm se tornado uma esperança no tratamento da diabetes, na reconstituição óssea e dentária, na regeneração de tecido renal e hepático. Muitos pesquisadores acreditam também que essas pesquisas com as CTS são a mais importante ferramenta na recuperação de pacientes que sofreram lesão na medula espinhal e hoje vivem em cadeiras de rodas. O uso clínico das células-tronco embrionárias apresenta-se como a principal esperança da ciência no tratamento de diversas doenças neuromusculares degenerativas e de inúmeras outras doenças sem cura até o este momento. 4 Pesquisas com células-tronco, elas podem ser utilizadas, células-tronco adultas ou embrionárias, células tronco embrionárias são aquelas obtidas a partir de embriões humanos nas suas primeiras fases de desenvolvimento, elas possuem um potencial de diferenciação e de utilização bem maior que os das células-tronco adultas, só que elas envolvem na sua manipulação, utilização uma série de dilemas e de questionamentos ético, morais e jurídicos, setores mais conservadores da sociedade e vou com a declaração americana de direitos humanos conhecido como pacto de São José da Costa Rica da qual o Brasil é signatário que no seu artigo 4º fala; “Que toda pessoa tem o seu direito à vida garantido desde a concepção” Só que essa questão no Brasil ela foi suplantada pelo menos em parte, a partir da promulgação da lei de biossegurança 11.105/2005, as leis no seu artigo 5º permitiu expressamente a pesquisa com células-tronco embrionárias, mas com algumas restrições. 1. Os embriões tem que ser produzidos artificialmente in vitro para fins de reprodução e não utilizados neste procedimento. 2. Embriões congelados há mais de 3 anos. 3. Ou embriões inviáveis. É necessário que haja o consentimento dos genitores, além disso é vedada qualquer forma de comercialização desse material. Qualquer projeto de pesquisa envolvendo células-tronco precisam aprovação do (CEP) O Comitê de Ética em Pesquisa que é o órgão interdisciplinar, independente e colegiado de local que tem esse caráter consultivo e deliberativo, e também passar pela aprovação do (CONEP) Comissão Nacional de Ética em Pesquisa que é um órgão também colegiado e vinculado ao (CNS) Conselho Nacional de Saúde. Hoje ainda há um anseio por uma mudança legislativa no sentido de diminuir as restrições ou então de ter uma lei mais específica sobre o tema, mas a lei foi essencial para poder permitir a pesquisa com células-tronco no contexto brasileiro, os questionamentos éticos não encerraram com essa lei porque alguns setores continuam defendendo a tese, de que o alegado direito à vida do embrião seria superior a alguns eventuais benefícios que poderiam ser alcançados com essas pesquisas, além dessa questão poderia colocar como questionamento ético a vedação da comercialização desse material. Muitos pesquisadores falam que se permitisse a comercialização do material genético humano poderia aumentar os investimentos de setores privados nesse setor, então há uma questão ética envolvida nessa questão da comercialização inclusive uma vedação constitucional para essa comercialização de material humano, outro questionamento, será que poderia criar embriões especificamente para pesquisa ou só pode usar os excedentários que são aquele que foram criados para fins de reprodução e não utilizados? A lei proíbe essa criação, mas será que esse limite se justificaria? ou então será que poderia usar embriões congelados há menos tempo do que o que a lei exige que seriam os 3 anos? Então algumas questões ainda permanecem porque é uma questão bastante polêmica a utilização de embriões humanos para pesquisa, ainda. Isso pode impactar na vida das pessoas que aguardam os avanços nessa área, porque pode paralisar as pesquisas, pode combinar em menos investimento então isso tem um 5 impacto na vida dessas pessoas que esperam e anseiam por curas e por tratamentos oriundos das pesquisas com esse material. Referências Bibliográficas: http://www.ghente.org/temas/celulas-tronco/discussao_etica.htm http://www.saocamilo-sp.br/pdf/bioethikos/57/celulas_tronco_embrionarias.pdf https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-26/celulas-tronco-limitacoes-eticas-e-juridicas- a-pesquisa-e-manipulacao/ http://www.ghente.org/temas/celulas-tronco/discussao_etica.htm http://www.saocamilo-sp.br/pdf/bioethikos/57/celulas_tronco_embrionarias.pdf https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-26/celulas-tronco-limitacoes-eticas-e-juridicas-a-pesquisa-e-manipulacao/ https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-26/celulas-tronco-limitacoes-eticas-e-juridicas-a-pesquisa-e-manipulacao/
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