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Resenha sobre Células Tronco - Grupo 01 Introdução a Biomedicina

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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais 
Unidade Universitária de Betim 
Curso de Graduação em Biomedicina 
 
 
 
Cecília Prado Nolasco Batista 
Geicimara Guimarães Batista 
Joyce Ellen Silva Machado 
Julia Beatriz Fernandes Fonseca 
Karla Karoline Santos Ramos 
Luiza Márcia Santos Ferreira 
Stephanie Megale Ferreira 
Sylvia Fernandes Faria 
 
 
INTRODUÇÃO A BIOMEDICINA: 
“Células Tronco” 
 
 
 
 
 
 
Betim 
2020 
 
 
Resenha do artigo: A importância do uso das células tronco para a saúde pública de Lygia da 
Veiga Pereira - Departamento de Genética e Biologia Evolutiva, Instituto de Biociências, USP. 
Publicado na revista Ciência e Saúde coletiva em Janeiro de 2008 – Fonte SciELO. 
 
 Resenha 
 O artigo, “A importância do uso das células tronco para a saúde pública”, publicado na 
revista Ciência e Saúde Coletiva, traz uma importante definição acerca da utilização das células 
troncos (CT’s) na saúde pública, bem como para o tratamento de diversas doenças. Essas células 
tem uma capacidade imensurável de diferenciação, sendo consideradas uma fonte ilimitada para 
a produção de tecidos que irão ser transplantados para a regeneração de algum órgão. 
 Assim, de acordo com esse editorial, é possível separar essas CT em dois grupos, as CT 
embrionárias e as CT adultas. As células adultas (CT adultas) são encontradas em nossa medula 
óssea e são transplantadas legalmente desde o 1950, porém, acreditava-se que ela tinha suas 
funções limitadas, não podendo diferenciar-se em outros tipos de tecidos. Contudo, com 
experimentos realizados em camundongos, foi possível constatar que essas CT adultas tem a 
capacidade de se multiplicarem e dar origem a células com funções diferentes. Entretanto, ainda 
não se sabe a eficácia deste método em humanos e nem a sua capacidade de diferenciação. Caso 
seja um atributo extremamente alto, essas células poderão ser utilizadas no tratamento de 
doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer. 
 Outrossim, as células tronco embrionárias (CT’s embrionárias) têm uma alta capacidade de 
pluripotência, podendo diferenciar-se em qualquer tipo de tecido. Elas são retiradas do embrião 
e cultivadas em um meio de cultura. Em um teste feito com animais, quando essas CT 
embrionárias foram inseridas em um camundongo com determinada doença, tiveram a 
capacidade de promover uma regeneração no tecido. Este método já é testado em humanos e 
essas células apresentam um grande potencial em medicina regenerativa, tanto como fonte de 
tecidos para transplantes quanto como modelo para o estudo do desenvolvimento embrionário 
humano. 
 Diante de tanta capacidade de regeneração, várias terapias são utilizadas com essas células, 
principalmente, com as embrionárias. Contudo, antes de se utilizar as CTs embrionárias como 
fonte de tecidos para transplante, temos que dominar a sua diferenciação, para que elas gerem 
apenas os tecidos de interesse, caso contrário, pode-se desenvolver teratomas, tumores 
compostos de vários tecidos diferentes. Outro fato é que as CT embrionárias não são eficazes 
em pessoas que apresentam doenças genéticas, porque elas já carregariam o gene defeituoso, o 
que as impede de gerar tecidos saudáveis. 
 Diante dos fatos supracitados, é evidente o quanto as células tronco são um avanço na saúde, 
bem como uma possível cura para várias doenças e também uma solução para as enormes filas 
para transplantes em todo o mundo. Conquanto, existe diversas polêmicas acerca desta 
temática. A obtenção de CT embrionárias envolve obrigatoriamente a destruição do embrião, o 
que para muitas pessoas consiste em uma interrupção da vida, um aborto. Outro fato conflitante 
é em relação a clonagem, atualmente no Brasil ela é permitida somente para fins terapêuticos, 
estando vedada a sua utilização na reprodução. 
 Por fim, concluímos confirmando tudo o que foi dito anteriormente, as células tronco são de 
fato uma esperança para a cura de diversas doenças, encaixam-se perfeitamente como uma carta 
“curinga”, adequando-se com o tecido que irá atuar. Hodiernamente, essa área da genética 
encontra-se com atuação restrita, mas com uma capacidade revolucionária, que nos faz refletir 
e questionar diversas questões bioéticas, como: “Futuramente, quando essa área já estiver bem 
avançada, será mais uma questão que contribuirá para a desigualdade entre pessoas e nações? 
Será utilizada para criar seres humanos perfeitos? Países que disporem de tal tecnologia, usará 
dela para dominar outras nações? Uma empresa sabendo que determinado indivíduo terá 
predisposição a ter tal doença irá contratá-lo mesmo assim? A quem ficará a responsabilidade 
destes dados?”. Desta forma, é inequívoco o quanto o desenvolvimento das CT é extremamente 
importante, porém as questões éticas e humanitárias devem estar diretamente relacionadas com 
tal difusão.

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