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ABCDE DA VIDA

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ABCDE DA VIDA
Curso de Emergência e Urgência
Introdução
O ABCDE do trauma são uma série de cuidados
básicos e extremamente importantes para garantir a
sobrevivência da vítima ao sofrer um acidente. Através
de uma análise simples e cuidados, um médico ou
socorrista pode manter uma pessoa a salvo antes de
precisar de outros tipos de tratamentos mais
específicos.
Ao contrário do que pode parecer, saber o
ABCDE do trauma não é algo exclusivo a
profissionais de saúde. Mesmo um leigo no
assunto pode, através de um treinamento
adequado, identificar e aplicar os padrões
necessários para socorro de vítimas em situações
de emergência.
Por que ABCDE do Trauma?
Esse termo, na verdade um protocolo de
atendimento a vítimas em trauma, foi cunhado em
1978 por Jim Styner, um cirurgião ortopédico que
desenvolveu os protocolos poucos semanas após sofrer
um acidente de carro junto a sua família em 1976.
Percebendo o quão falhos eram os procedimentos, seus
estudos e técnicas passaram a ajudar diversos médicos
e socorristas de modo geral.
A sigla é relacionada da seguinte forma:
O nome, ABCDE, é uma sigla em inglês para
cada uma das etapas do processo de socorro. E
foi através das técnicas bem apuradas, que o
método de Jim Styner se tornou um padrão
mundial no que diz respeito à primeiros-
socorros.
▪A – Airway
▪B – Breathing
▪C – Circulation
▪D – Disability
▪E – Exposure
Quem pode realizar o ABCDE?
Qualquer profissional de saúde e
pessoa treinada para tal. Os melhores
cursos de primeiros-socorros, seja para
leigos ou para outros profissionais de
saúde, sempre oferecem o treinamento
completo nesse aspecto.
O ABCDE do trauma chegou ao
Brasil por volta de 1992, e atualmente
conta com diversos tipos de programas
de treinamento para socorristas em todo
o território nacional.
Como funciona as etapas do ABCDE do Trauma?
Cada uma das letras, como vimos acima,
corresponde a uma parte do processo de
estabilização de uma vítima, cujos traumas
podem vir de acidentes de trânsito – os mais
comuns -, quedas, e outros tipos de acidentes
graves.
ABCDE do Trauma
ABCDE do trauma, o protocolo é o método mais utilizado por
equipes de pronto atendimento, socorristas e bombeiros.
Em casos de traumas causados por acidentes ou violência os
primeiros socorros são cruciais para salvar a vida das vítimas.
Protocolos específicos para não agravar o estado do paciente
são seguidos pelos serviços de urgência e emergência, durante
o socorro. Conduzi-lo o mais rápido possível à unidade de
atendimento (hospital ou centro especializado).
Quais são suas etapas?
Como o próprio nome já sugere, o
método se divide em 5 etapas: A, B, C,
D e E. Cada letra representa uma etapa
cuja inicial se refere a um termo em
inglês. Que tal conhecer uma a uma?
A de airway (ou via aérea)
Vias aéreas e controle da coluna cervical.
Nessa primeira fase do atendimento, o socorrista
deve checar se o paciente está com as vias aéreas
desobstruídas. É importante verificar se não há
corpos estranhos impedindo a respiração, fraturas
de face ou qualquer lesão na coluna cervical.
Todo o processo deve ser tátil, verificando
sinais de edemas ou sangramentos e observando se
a vítima não emite qualquer som durante a
respiração, tosse ou apresenta alguma agitação.
Garantida a permeabilização, o colar cervical deve
ser colocado.
A desobstrução das vias aéreas pode ser realizada 
pelas seguintes técnicas:
Usar a tração de mandíbula (JAW THRUST) em
vitimas de trauma;
Elevação da mandíbula (CHIN LIFT);
Hiperextensão do pescoço em casos clínicos;
Executar a manobra de HEIMLINCH em vitimas com
obstrução das vias aéreas por corpo estranho (OVACE).
JAW THRUST
CHIN LIFT
manobra de HEIMLINCH
B de breathing (ou respiração)
Respiração e ventilação. Depois de garantir a
permeabilidade das vias respiratórias, é preciso aferir
se o cidadão está, de fato, respirando bem. Nesse
ponto, é necessário observar os movimentos do tórax,
fazer auscultas a fim de eliminar qualquer lesão
torácica e, se necessário, utilizar métodos de
ventilação mecânica para reestabelecer a função.
Avaliar respiração e frequência ventilatória:
Verificar rapidamente a respiração da
vitima;
Fornecer suporte ventilatório com oxigênio
de 15 l/min; Se for preciso iniciar
reanimação ventilatória.
C de circulation (ou circulação)
Circulação com controle de hemorragia.
Após os primeiros procedimentos, é preciso
impedir que a vítima entre em quadros como
a hipovolemia (diminuição anormal do
volume do sangue de um indivíduo), que
podem trazer como consequência o choque
hemorrágico.
Assim, apalpar, verificar o dorso e identificar de
onde surgiu a hemorragia é o primeiro passo para sua
contenção. Impedir que o cidadão continue perdendo
sangue durante o atendimento pode ser decisivo para
que o óbito não aconteça. Nessa etapa também são
aferidos o nível de consciência, a coloração da pele, a
frequência e a amplitude do pulso, a perfusão
periférica, a pressão arterial e do pulso, ainda
notando se há sudorese.
ATENÇÂO! Se for preciso iniciar reanimação 
cardíaca.
Verificar a perfusão capilar, enchimento
normal menor que 2 segundos;
Efetuar o controle de hemorragias;
Prevenir e/ou tratar o estado de choque.
D de disability ou (ou incapacidade)
Exame neurológico sumário. Uma
avaliação primária do nível de consciência da
vítima deve ser determinada no momento do
primeiro atendimento para que, depois, seja
encaminhada e classificada pela Escala de
Glasgow.
A primeira verificação deve ser feita
pelo método AVDI: Alerta, resposta a
estímulo Verbal, resposta a estímulo
Doloroso ou inconsciente aos estímulos.
Depois da primeira classificação, o paciente
deve passar por um novo teste ao chegar na
unidade de atendimento.
A alteração do nível de consciência pode ocorrer 
pelos seguintes motivos:
▪Diminuição da oxigenação cerebral (hipóxia
ou hipoperfusão);
▪Traumatismo cranioencefálico (hipertensão
intracraniana);
▪Intoxicação por álcool ou droga;
▪Problema clínico metabólico.
AVIDI
▪ A – vítima acordada com resposta adequada ao ambiente. 
▪ V – vítima adormecida. Os olhos se abrem mediante 
estímulo verbal. 
▪ D – vítima com os olhos fechados que só se abrem 
mediante estímulo doloroso. O estímulo doloroso deve ser 
aplicado sob a forma de compressão intensa na borda do 
músculo trapézio, na região póstero lateral do pescoço. 
▪ I – vítima não reage a qualquer estímulo.
A avaliação também se utiliza da Escala de Coma 
de Glasgow
A escala de coma de Glasgow é um
método para definir o estado neurológico de
pacientes com uma lesão cerebral aguda
analisando seu nível de consciência.
Esse importante recurso foi atualizado
em abril de 2018 e é muito utilizado por
profissionais de saúde logo após o
trauma, auxiliando no prognóstico da
vítima e na prevenção de eventuais
sequelas.
Como é a escala de coma de Glasgow 
atualizada?
A escala considera três fatores principais e
determina uma pontuação de acordo com o nível de
consciência apontada em cada um desses casos
(espontaneamente ou através de estímulo).
São eles: Abertura ocular, Resposta
verbal e Melhor resposta motora. Após a análise
desses fatores, a publicação de 2018 indica mais
um ponto a ser observado: a Reatividade pupilar,
que é subtraída da pontuação anterior, gerando um
resultado final mais preciso.
De acordo com essas determinações, as notas
devem ser registradas ao longo do atendimento, para
que possam indicar a progressão do paciente. Em todos
os segmentos observados pelo profissional de saúde, a
primeira opção é uma resposta normal do paciente (nota
máxima na escala) e a última uma reação inexistente ou
“Ausente” (nota 1). É preciso marcar “NT” na
pontuação caso não seja possível obter resposta do
paciente por conta de alguma limitação.
Ocular:
(4) Espontânea: abre os olhos sem a necessidade de estímulo
externo.
(3) Ao som: abre os olhos quando é chamado.
(2) À pressão: paciente abre os olhos após pressão na
extremidade dos dedos (aumentando progressivamente a
intensidadepor 10 segundos).
(1) Ausente: não abre os olhos, apesar de ser fisicamente
capaz de abri-los.
Verbal:
(5) Orientada: consegue responder adequadamente o nome, local e
data.
(4) Confusa: consegue conversar em frases, mas não responde
corretamente as perguntas de nome, local e data.
(3) Palavras: não consegue falar em frases, mas interage através de
palavras isoladas.
(2) Sons: somente produz gemidos.
(1) Ausente: não produz sons, apesar de ser fisicamente capaz de
realizá-los.
Motora:
(6) À ordem: cumpre ordens de atividade motora (duas ações) como apertar a
mão do profissional e colocar a língua para fora.
(5) Localizadora: eleva a mão acima do nível da clavícula em uma tentativa de
interromper o estímulo (durante o pinçamento do trapézio ou incisura
supraorbitária).
(4) Flexão normal: a mão não alcança a fonte do estímulo, mas há uma flexão
rápida do braço ao nível do cotovelo e na direção externa ao corpo.
(3) Flexão anormal: a mão não alcança a fonte do estímulo, mas há uma flexão
lenta do braço na direção interna do corpo.
(2) Extensão: há uma extensão do braço ao nível do cotovelo.
(1) Ausente: não há resposta motora dos membros superiores e inferiores, apesar
de o paciente ser fisicamente capaz de realizá-la.
Pupilar (atualização 2018):
(2) Inexistente: nenhuma pupila reage ao
estímulo de luz
(1) Parcial: apenas uma pupila reage ao
estímulo de luz.
(0) Completa: as duas pupilas reagem ao
estímulo de luz.
5 passos para utilizar a escala de coma de Glasgow 
corretamente:
1- verifique: identifique fatores que podem
interferir na capacidade de resposta do paciente. É
importante considerar na sua avaliação se ele
possui alguma limitação anterior ou devido ao
ocorrido que o impede de reagir adequadamente
naquele tópico (ex: paciente surdo não poderá
reagir normalmente ao estímulo verbal).
2- Observe: Observe o paciente e fique
atento a qualquer comportamento
espontâneo dentro dos três componentes
da escala.
3- Estimule: Caso o paciente não
aja espontaneamente nos tópicos da
escala, é preciso estimular uma
resposta. Aborde o paciente na
ordem abaixo:
▪Estímulo sonoro: Peça (em tom de voz
normal ou em voz alta) para que o
paciente realize a ação desejada.
▪Estímulo físico: Aplique pressão na
extremidade dos dedos, trapézio ou
incisura supraorbitária.
4- Pontue e some: Os estímulos que obtiveram a
melhor resposta do paciente devem ser marcados em
cada um dos três tópicos da escala. Se algum fator
impede a vítima de realizar a tarefa, é marcado NT
(Não testável). As respostas correspondem a uma
pontuação que irá indicar, de forma simples e prática,
a situação do paciente (Ex: O4, V2 e M1 significando
respectivamente a nota para ocular, verbal e motora,
com resultado geral igual a 7).
5- Analise a reatividade pupilar (atualização
2018): suspenda cuidadosamente as pálpebras do
paciente e direcione um foco de luz para os seus
olhos. Registre a nota correspondente à reação ao
estímulo. Esse valor será subtraído da nota obtida
anteriormente, gerando um resultando final mais
preciso.
Essas reações devem ser anotadas
periodicamente para possibilitar uma
visão geral do progresso ou
deterioração do estado neurológico
do paciente.
Exemplo de uso da nova escala de coma de 
Glasgow 2018:
“Imagine que você é chamado para avaliar um paciente que
tenha sido projetado do assento do passageiro de um carro
em alta velocidade. Ele não faz movimentos oculares,
verbais ou motores espontâneos, nem em resposta às suas
solicitações verbais. Quando estimulados, os olhos dele não
abrem e ele emite apenas sons incompreensíveis, e os braços
dele estão em flexão anormal. Este paciente pode ser
classificado como O1V2M3 pela escala de coma de
Glasgow, dando uma pontuação total de 6".
Nenhuma das pupilas reage à luz, gerando uma
pontuação de reatividade pupilar igual a 2. Neste caso, a
escala de coma de Glasgow com reação pupilar será de
6 menos 2, ou seja, 4 pontos. “Com uma pontuação de 6
na escala de coma de Glasgow existe uma possibilidade
de morte de 29% em seis meses. Quando a reatividade
pupilar e a ECG são combinadas para dar a escala de
coma de Glasgow com reação pupilar, a mortalidade
aumenta para 39%".
E de exposure (ou exposição)
Exposição com controle da hipotermia.
Para identificar fraturas e hemorragias, a
vítima deve ser despida. Para facilitar o
trabalho e impedir novos traumas, corta-se a
roupa. Nesse procedimento, é comum que a
temperatura do corpo baixe, deixando os
cidadãos mais suscetíveis à hipotermia.
Com isso, outros problemas
podem surgir. Assim, antes da
remoção da vítima para o
atendimento, é preciso garantir que
sua temperatura esteja estável. Por
isso, é preciso ter mantas térmicas
sempre à mão.
Bandagens
INTRODUÇÃO
Os curativos e bandagens têm sido uma opção
terapêutica usada pelos profissionais que lidam com
tratamento de enfermidades e prevenção de doenças desde os
tempos antigos. Ilustrações revelaram que os gregos e
egípcios usavam folhas por sobre as feridas pois acreditavam
que havia ali um poder curativo. Esses povos também
usavam curativos e técnicas de bandagem em partes do
corpo. Algumas dessas técnicas ainda são usadas hoje.
FERIDAS
Uma ferida é a ruptura estrutural de um tecido.
Essa definição se aplica às lesões nas quais a pele
não mais está intacta, isto é, feridas abertas, e
também àquelas que envolvem os tecidos abaixo
da pele, articulação ou órgão (lesões internas ou
traumas). Nestes casos, a pele permanece intacta.
TÉCNICAS DE BANDAGEM
O corpo humano consiste em partes do corpo que
diferem em forma e que são capazes de vários movimentos
devido às articulações. Essa variedade de formas e
movimentos significa que não pode haver uma técnica de
bandagem universal. Há, entretanto, quatro técnicas básicas
que cobrem praticamente todas as partes do corpo, em
termos de aplicação de bandagens. Uma exceção são as
bandagens de suporte, que requerem combinações dessas
várias técnicas.
Na arte das bandagens, as seguintes formas do 
corpo são importantes:
Formas com extremidades cilíndricas, como dedos, mãos, ante pé, cabeça e braço ou perna.
Essas partes do corpo têm as bandagens aplicadas de acordo com a técnica de bandagens para
partes cilíndricas.
Partes do corpo com a forma de cone, onde as circunferência aumenta ou diminui. Para aplicar
bandagens a essas partes, como braço, perna ou tronco, a técnica de bandagens para partes
corporais em formato de cone deve ser aplicada.
Articulações que permitem um movimento de dobra, como joelho, cotovelo ou tornozelo.
Essas partes do corpo podem ter as bandagens aplicadas usando a técnica de bandagens para
articulações.
Partes do corpo com circunferência quase constante. Essas partes cilíndricas, palma da mão,
calcâneo e punho devem ser tratadas de acordo com a técnica para mão/punho e articulação de
tornozelo.
Cada técnica de bandagem consiste em várias formas 
básicas. As seguintes cinco formas podem ser utilizadas 
em quase todos os tipos de bandagem:
▪Bandagem circular
▪Bandagem em espiral
▪Bandagem em oito
▪Bandagem recorrente
▪Bandagem espiral inversa
bandagem circular
Na bandagem circular, a atadura envolve a parte afetada,
com cada volta sobrepondo-se à anterior.
A largura da bandagem é igual à do rolo. Quase todas as
técnicas iniciam e terminam com algumas voltas circulares.
Para prevenir o movimento da atadura quanto a segunda volta
está sendo aplicada, uma fixação deve ser feita. O início da
bandagem deve ser posicionado diagonalmente à parte do
corpo. A segunda volta deve ser aplicada em um ângulo reto
ao eixo do membro. A parte saliente na diagonal da bandagem
deve ser dobrada entre suas primeira e segunda camadas.
Bandagem em espiral
A faixa ascende obliquamente de maneira que a volta
posterior recubra metade ou 2/3 de sua largura. Se for
aplicada de forma correta, a bandagem terá um número igual
de camadas durante toda sua extensão. Esse tipo de
bandagem geralmente é utilizado em partes cilíndricas do
corpo.
Uma bandagem elásticatambém pode ser
usada com essa técnica em uma parte em formato
de cone do corpo. Apesar de aumentar o diâmetro
da parte corporal, a elasticidade fará com que a
bandagem se adeque à conformação da pele.
Bandagem em oito
Essa forma consiste em se fazer voltas oblíquas,
passando uma sobre as outras, que ascendem e
descendem alternadamente, sendo que cada uma segue
a precedente e assim parece uma figura em oito. É
geralmente usada para fixar uma articulação ou parte
do corpo acima da articulação. Pode ser aplicada
usando a faixa de duas formas:
Fazendo uma volta circular no entorno da articulação,
com cada uma das pontas na diagonal, formando um X, cujo
centro será a própria articulação. As pontas devem se cruzar
no lado do membro onde ocorre a flexão do membro.
O ponto de partida é abaixo ou acima da articulação,
indo em direção à articulação. Os pontos de cruzamento
devem estar ou onde ocorre a flexão ou no local de extensão
da articulação; o lado que não contém as faixas permanece
descoberto.
Bandagem recorrente
Essa bandagem é usada para partes irregulares
do corpo em voltas recorrentes. A faixa é
primeiramente segura com duas voltas circulares
ao redor da extremidade proximal da parte do
corpo afetada. Para fixar bem a bandagem, não
apenas a ferida, mas toda a extensão da parte do
corpo deve estar coberta.
Dependendo do comprimento da faixa e da
parte do corpo, voltas sucessivas cobrem a parte
total ou parcialmente. Para fixar são usadas voltas
circulares ou em espiral.
Bandagem espiral inversa
É uma atadura em espiral onde a faixa é dobrada sobre
si mesma em 180º após cada volta.
A dobra em forma de v permite que a faixa se encaixe
bem à forma de cone da parte do corpo. Esse tipo de atadura
é requerido quando se utiliza ataduras não-elásticas. O
desenvolvimento de ataduras elásticas, que podem ser
aplicadas usando a técnica em espiral, fez com que ao longo
do tempo a técnica de bandagem espiral reversa seja pouco
utilizada.
Quando aplicando bandagens, algumas regras 
devem ser observadas:
▪ Evitar congestão vascular. Aplicar uma bandagem muito apertada ou com
distribuição de tensões desiguais pode fazer com que a pressão exercida na
circulação seja maior em um ponto.
▪ Pressione a circulação venosa superficial em direção ao coração, aplicando a
bandagem ao membro em uma direção distal para proximal.
▪ Continue sobrepondo a faixa sobre si mesma em cada volta. A princípio, não deve
haver pele visível entre duas voltas consecutivas.
▪ Mantenha iguais os espaçamentos entre as voltas. Isso permite que as camadas da
faixa sejam distribuídas igualmente entre as partes do corpo.
▪ Quando remover a bandagem, mantenha a tensão constante. Isso permite que cada
volta exerça a mesma pressão no tecido. Diferenças em tensão são mais passíveis de
ocorrer quando se troca o rolo da atadura de uma mão para outra.
Dê suporte ao membro. Faça com que o paciente
repouse o braço ou a perna em uma mesa ou cadeira. Se
necessário, peça a alguém para segurar o membro. Se o
paciente segurar seu próprio membro, os músculos do
braço serão tensionados. Essa atividade muscular vai
fazer com que a circunferência do membro aumente.
Uma vez que os músculos estejam relaxados, a faixa
estará muito frouxa e não realizará mais seu propósito.
Mantenha a articulação na posição
fisiológica. Uma posição fisiológica é aquela
na qual a tensão dos músculos de extensão e
flexão está em equilíbrio. Esse equilíbrio
pode ser identificado movendo-se uma perna,
por exemplo, da posição fletida para a
posição estendida.
O ponto onde nenhuma tensão pode ser sentida
tanto na flexão ou extensão dos músculos é a posição
fisiológica. Se uma articulação está enfaixada na
posição incorreta, um alongamento constante dos
músculos flexores e/ou extensores pode resultar em
estresse e irritação. A posição fisiológica é expressa em
graus, medindo o ângulo no lado fletido da articulação.
▪ Escolha a largura da faixa de bandagem com cuidado. É difícil
discorrer sobre a largura ideal para cada parte do corpo e para cada
idade de paciente.
▪ Quando desenrolando a bandagem, posicione o lado exterior sobre
a pele. Essa posição também é conhecida como “olhando para a
faixa” (‘looking into the roll’). A imagem mostra como a faixa deve
ser segurada na mão. Desta forma, o número de movimentos do
dedo envolvendo o desenrolar da faixa é limitado, e o risco de
deixar o rolo cair é minimizado.
▪ Escolha uma direção fixa na qual as voltas serão feitas. Sempre
desenrole a faixa na mesma direção, a menos que as voltas tenham
de ir em uma direção específica.

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