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CAPACIDADES FÍSICAS BÁSICAS

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CAPACIDADES FÍSICAS BÁSICAS
Para a prática de uma atividade física, coloca-se em jogo várias capacidades físicas. Capacidades
físicas são ações musculares e processos motores que dizem respeito à formação corporal e a técnica de
movimentos, ou seja, qualidades que fazem parte de nosso corpo, essenciais para uma vida ativa e
saudável.
Entre as capacidades físicas, podemos citar: a coordenação, a flexibilidade, resistência, velocidade,
força, agilidade e equilíbrio. Cada um delas tem características, desenvolvimento e curiosidades muito
peculiares.
Quando assistimos ao desempenho de um atleta vencendo obstáculos, podemos ter certeza de que
ele está utilizando uma ou mais capacidades físicas. Mas o cidadão que não pratica esporte de alto nível
também deve melhorar o nível de suas capacidades físicas se estiver interessado em manter uma boa
postura, resolver as tarefas do cotidiano ou mesmo praticar atividade física voltada para o lazer.
(DARIDO E JUNIOR, 2007).
1.1 COORDENAÇÃO
A coordenação motora é a capacidade do cérebro de equilibrar
os movimentos do corpo, mais especificamente dos músculos e das
articulações. Pode-se verificar o desempenho motor de uma pessoa
através de sua agilidade, velocidade e energia.
A coordenação motora é dividida em:
• Coordenação geral
• Coordenação geral especifica
• Coordenação fina
Coordenação motora grossa ou geral - que visa utilizar os grandes músculos (esqueléticos) de
forma mais eficaz tornando o espaço mais tolerável à dominação do corpo, de fora global mais eficiente,
plástica e econômica. Este tipo de coordenação permite a criança ou adulto dominar o corpo no espaço,
controlando os movimentos mais rudes.
Ex: andar, pular, rastejar e etc.
Coordenação geral especifica - permite controlar movimentos específicos de uma atividade.
Ex: chutar uma bola (futebol), arremessar (basquete) e etc.
Coordenação motora fina - que visa utilizar os pequenos músculos de forma mais eficaz tornando
o ambiente controlável pelo corpo para o manuseio de objetos, produzindo assim movimentos delicados
e específicos.
Ex: recortar, lançar ao alvo, escrever, digitar e etc.
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1.2 FLEXIBILIDADE
Flexibilidade - É capacidade de aproveitar as possibilidades de
movimentos articulares, os mais amplos possíveis, em todas as
direções. Em diversos esportes e atividades físicas, pode-se perceber
a influencia de flexibilidade na execução de movimentos.
Amplitude de Movimento - Dimensão do deslocamento do
corpo ou de seus segmentos entre certos pontos, de orientação
convencionalmente escolhida, expressada em graus e unidades
lineares.
Mobilidade - Refere-se à amplitude de movimento permitida pela articulação em função de seus
diversos componentes.
Elasticidade - Diz-se à capacidade de extensão elástica dos componentes.
Plasticidade - É a capacidade dos elementos articulares de se distendem e não retornarem à sua
medida inicial. Em parte, no caso dos componentes articulares, a deformação é apenas temporária,
porém, uma pequena parte das deformações plásticas ocorridas como resultado do treinamento de
flexibilidade de alta intensidade são irreversíveis.
Porque a flexibilidade é importante?
• Para aumentar a qualidade e a quantidade dos
movimentos;
• Melhora a postura corporal;
• Diminui os riscos de lesões;
• Favorecer a maior mobilidade nas atividades diárias e esportivas.
Ligamentos - tem baixo coeficiente de elasticidade e alto coeficiente de plasticidade.
Tendões - tem baixo coeficiente de elasticidade e de plasticidade.
Músculos - tem alto coeficiente de elasticidade, principalmente quando trabalhados para tal.
Obs.: - Geralmente quando os limites são superados em seus coeficientes de elasticidade e
plasticidade, causa o rompimento das estruturas e o surgimento de lesões.
FATORES QUE LIMITAM A FLEXIBILIDADE
INFLUÊNCIAS INTERNAS INFLUÊNCIAS EXTERNAS
Tipo de articulação Temperatura ambiente
Resistência interna da articulação Hora do dia
Estrutura óssea que limita o movimento Idade
Elasticidade do tecido muscular Gênero (masculino ou feminino)
Elasticidade de tendões e ligamentos Roupa ou equipamentos inadequados
Elasticidade da pele Nível de condicionamento
Habilidade do músculo de contrair e relaxar de acordo
com a intensidade do movimento
Habilidade particular em alguns
movimentos
Temperatura das articulações associadas aos tecidos Recuperação da articulação ou músculo
após uma lesão
Quanto a Flexibilidade:
A flexibilidade é bastante específica para cada articulação podendo variar de indivíduo para
indivíduo e até no mesmo indivíduo com passar do tempo.
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Curiosidades e características da flexibilidade
A flexibilidade sofre a influencia de alguns fatores que podem ser caracterizados pela idade e pelo
sexo. Do nascimento até a velhice, a flexibilidade tem picos e quedas. Nos bebês, as articulações não
estão formadas por completo, por isso eles conseguem colocar os pés na boca.
Até a fase pré-púbere, a flexibilidade é grande. Na adolescência, há uma diminuição, que tende a
se acentuar na fase adulta e na velhice.
As meninas, em geral, têm flexibilidade maior que os meninos, porque, entre outros fatores, elas
tendem a ter uma quantidade menor de massa muscular, possibilitando uma maior mobilidade articular.
Existem meninos com mais flexibilidade do que as meninas, mas é uma minoria.
Tipos de Flexibilidade:
1- Ativa - é a máxima amplitude que se pode obter através de movimentos efetuados pelos
músculos de forma voluntária.
2- Passiva - é a máxima amplitude articular que se consegue em um movimento através da ação
de uma segunda pessoa, aparelhos, força da gravidade, etc.
1.3 RESISTÊNCIA
Resistência – é a capacidade de realizar trabalho muscular com uma dada intensidade e durante
um determinado período de tempo. O principal fator limitante e que simultaneamente afeta o resultado é
a fadiga. Considera-se que um atleta tem uma boa resistência quando não se cansa facilmente ou ainda
quando consegue continuar a realizar um determinado movimento em estado de fadiga. Dentro do
complexo das capacidades motoras, a resistência é a capacidade que deve ser desenvolvida em
primeiro. Sem uma boa resistência é difícil repetir suficientemente outros tipos de treino de modo a
desenvolver outros componentes da aptidão física.
Tipos de resistências:
• Resistência aeróbica;
• Resistência anaeróbica.
Resistência anaeróbia - É a capacidade de execução de
determinada atividade com alta intensidade em um curto espaço de tempo,
durante um período de tempo inferior a três minutos. O desenvolvimento da
resistência anaeróbia em atletas de alto nível possibilita o prolongamento
dos esforços máximos mantendo a velocidade e o ritmo do movimento,
mesmo com o crescente débito de oxigênio, da conseqüente fadiga
muscular e o aparecimento de uma solicitação mental progressiva.
Resistência aeróbia – Esse tipo de resistência permite manter o
esforço de intensidade moderada durante longo tempo, com equilíbrio
entre o que se capta de oxigênio e o que se consome.
A maratona, as corridas de longa distância do atletismo, como a
prova de 10 mil metros, a marcha atlética, o triatlo, o duatlo, a natação
de longa distância são exemplos de atividades físicas que requerem
bons níveis de resistência aeróbia.
1.4 VELOCIDADE
Velocidade – É a capacidade de execução de um movimento ou cobertura de
uma distância no menor tempo possível ou como a capacidade de realizar um
esforço de máxima freqüência e amplitude de movimentos durante um tempo curto.
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Podemos observar a velocidade em muitas atividades esportivas e recreativas, assim como no
nosso cotidiano. Nas atividades esportivas, a velocidade aparece no futebol, no atletismo,no basquete,
no vôlei, na natação. Nas atividades recreativas, está em jogos como pega-pega, pique-bandeira. Em
nosso cotidiano, aparecem situações como “atravessar a rua correndo”, “correr porque vai chover”.
A velocidade está dividida em três:
Velocidade de reação - “tempo requerido para ser iniciada
uma resposta a um estímulo específico”.
Velocidade de deslocamento ou velocidade de
movimento - “A capacidade máxima de um indivíduo deslocar-se
de um ponto para outro”, sendo importantíssima nos esportes
coletivos e no Atletismo (provas de velocidade).
Velocidade de movimento dos membros (superiores ou
inferiores) - “a habilidade de mover os braços ou pernas tão
rápido quanto possível”.
1.5 FORÇA
Força - É a capacidade física que permite a um músculo ou um
grupo de músculos produzir uma tensão e vencer uma resistência na
ação de empurrar, tracionar, elevar, apertar, abaixar, segurar, etc.
Tipos de Força: A força nunca aparece sob uma forma pura, mas
constantemente como uma combinação, ou mais ou menos como uma
mistura de fatores físicos de condicionamento da “performance”. São
elas:
Força dinâmica (isotônica) - É “o tipo de força que envolve as
forças dos músculos nos membros em movimentos repetidos durante
um período de tempo”.
Força de explosão (potência) - É a capacidade que o sistema neuromuscular tem de superar
resistências com a maior velocidade de contração possível. Esta combinação de velocidade de contração
muscular e velocidade de movimento designam-se freqüentemente potência.
Força estática (isométrica) - É “o tipo de força que explica o fato de haver força produzindo calor,
e não havendo produção de trabalho em forma de movimento”.
1.6 AGILIDADE
Agilidade - É a capacidade de deslocar o corpo no espaço o mais rápido
possível, mudando o centro de gravidade de posição, sem perder o equilíbrio e a
coordenação dos movimentos.
A agilidade aparece muito nas atividades esportivas e recreativas, assim
como em movimentos relacionados ao nosso dia-a-dia. Por exemplo: nos
esporte – basquete, esgrima, boxe, vôlei, tênis, futsal, futebol americano; nas
atividades recreativas – pega-pega, queimada, pique-bandeira; nas atividades
do cotidiano – o desviar de algum objeto lançado em nossa direção.
1.7 EQUILÍBRIO
Equilíbrio - É uma das capacidades físicas mais importantes e precisamos dele em diferentes
situações: ficar em pé, andar, andar de bicicleta, de patins, de skate, etc.
É a capacidade de manter o corpo estável em uma posição estática ou em movimento.
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Os principais órgãos responsáveis pelo equilíbrio são o labirinto do ouvido interno e o cerebelo, que
tem influência no equilíbrio por ser responsável pela coordenação de todos os movimentos.
A posição da cabeça nas atividades é importante para a manutenção ou perda do equilíbrio.
Observe uma bailarina quando faz giros, ela está sempre olhando para um ponto fixo e só gira a cabeça
após o corpo girar, sem tirar o olho do ponto.
Há alguns tipos de equilíbrio. O equilíbrio dinâmico é aquele que
o indivíduo mantém equilibrando-se durante um movimento. Por
exemplo, quando andamos de bicicleta, quando andamos em um muro,
quando corremos. O equilíbrio estático é a capacidade de equilibrar-se
em uma posição estática, sem movimento. Esse equilíbrio está presente
ao ficarmos de pé por exemplo. O equilíbrio de recuperação é a
capacidade de recuperar o equilíbrio em uma posição específica, após
sofrer um desequilíbrio. Por exemplo, quando um ginasta sai da barra
fixa, ou cavalo, após um salto, e tem que cair de pé, sem mover os dois
pés para frente ou para trás.
Atividade:
1. Marque V para afirmativa verdadeira e F para afirmativa falsa:
a) O desenvolvimento da força depende de alguns fatores, dentre eles, a idade e o sexo. ( )
b) A força aumenta desde o nascimento até a idade adulta, diminuindo na velhice. ( )
c) Existem mulheres “mais fortes” do que os homens. ( )
d) Pessoas altas são sempre mais fortes do que as mais “baixinhas”. ( )
e) Na maioria dos casos, os homens são mais fortes que as mulheres, em virtude da diferença de
massa muscular. ( )
f) A flexibilidade diminui com a idade. ( )
g) Exercícios de alongamento são importantes no ganho da flexibilidade. ( )
h) As moças, geralmente, têm mais flexibilidade do que os rapazes. ( )
i) A flexibilidade é uma capacidade física não treinável. ( )
j) As capacidades físicas só são necessárias para atletas. ( )
2. Assinale a segunda coluna de acordo com a primeira (deve-se analisar a capacidade física que está
sendo mais exigida):
( 1 ) Resistência
( 2 ) Velocidade
( 3 ) Força
( 4 ) Agilidade
( 5 ) Flexibilidade
( 6 ) Equilíbrio
( 7 ) Coordenação
( ) Escrever uma carta
( ) Exercícios de alongamento
( ) Correr por 10 km
( ) Desviar de um soco no boxe
( ) 50 metros livre na natação
( ) Deslocar uma TV da sala ao quarto
( ) Fazer uma faxina completa em casa
( ) Andar sobre um muro
( ) Dar uma finta no basquete
( ) 100 metros rasos no atletismo
( ) Ficar em pé por 30 minutos na fila do banco
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2. INTRODUÇÃO AOS PRIMEIROS SOCORROS
O corpo de bombeiros define socorros de urgência, ou primeiros socorros, como as medidas
inicialmente tomadas por alguém que esteja qualificado para prestar o socorro, a fim de manter os sinais
vitais e evitar o agravamento de lesões já existentes em uma pessoa que esteja fora do ambiente
hospitalar.
Já segundo a Cruz Vermelha Americana, socorros de urgência são os cuidados imediatamente
prestados a quem esteja lesionado ou subitamente adoecido. Quem presta os socorros de urgência
precisa saber também que encorajar aquele que recebe os socorros, com palavras tranquilizadoras e
motivadoras, que demonstrem sua competência para socorrer.
Assim, quem presta socorros deve saber o que fazer e o que não fazer, evitando os erros
frequentemente cometidos por quem não está preparado para lidar com situações de urgência. A
diferença entre a vida e a morte (em casos mais extremos) ou entre uma rápida recuperação ou um longo
período de hospitalização e tratamento pode depender da qualidade dos conhecimentos sobre socorros
de urgência daquele que presta esse atendimento.
Quando estamos em uma atividade corporal, seja em uma aula de educação física na escola, seja
uma atividade esportiva ou recreativa, o risco de ocorrer uma lesão ou um acidente está sempre
presente. Em tais situações, precisamos saber como fazer para prestar socorro a quem está lesionado,
acidentado ou subitamente se sente mal.
Toda pessoa que for realizar o atendimento pré hospitalar (APH), mais conhecido como primeiros
socorros, deve antes de tudo, atentar para a sua própria segurança. O impulso de ajudar a outras
pessoas, não justifica a tomada de atitudes inconseqüentes, que acabem transformando-o em mais uma
vítima.
A seriedade e o respeito são premissas básicas para um bom atendimento de APH (primeiros
socorros). Para tanto, evite que a vítima seja exposta desnecessariamente e mantenha o devido sigilo
sobre as informações pessoais que ela lhe revele durante o atendimento.
Quando se está lidando com vidas, o tempo é um fator que não deve ser desprezado em hipótese
alguma. A demora na prestação do atendimento pode definir a vida ou a morte da vítima, assim como
procedimentos inadequados.
Importante lembrar que um ser humano pode passar até três semanas sem comida, uma semana sem
água, porém, pouco provável, que sobreviva mais que cinco minutos sem oxigênio.
2.1 ALGUNS CONCEITOS APLICADOS AOS PRIMEIROS SOCORROS
Primeiros Socorros: São os cuidados imediatos prestados a uma pessoa, fora do ambiente hospitalar,
cujo estado físico, psíquico e ou emocional coloquem em perigo sua vida ou sua saúde, com o objetivo
de manter suas funções vitais e evitar o agravamento de suas condições (estabilização), até que receba
assistência médica especializada.
Prestadorde socorro: Pessoa leiga, mas com o mínimo de conhecimento capaz de prestar atendimento
à uma vítima até a chegada do socorro especializado.
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Socorrista: É a pessoa tecnicamente capacitada para, com segurança, avaliar e identificar problemas
que comprometam a vida. Cabe ao socorrista prestar o adequado socorro pré-hospitalar e o transporte do
paciente sem agravar as lesões já existentes.
Manutenção da Vida: Ações desenvolvidas com o objetivo de garantir a vida da vítima, sobrepondo à
"qualidade de vida".
Qualidade de Vida: Ações desenvolvidas para reduzir as seqüelas que possam surgir durante e após o
atendimento.
Urgência: Estado grave, que necessita atendimento médico, embora não seja necessariamente uma
emergência. Ex: contusões leves, entorses, luxações.
Emergência: Estado que necessita de encaminhamento rápido ao hospital. O tempo gasto entre o
momento em que a vítima é encontrada e o seu encaminhamento deve ser o mais curto possível. Ex:
Parada Cardiorrespiratória e hemorragias graves.
Acidente: Fato do qual resultam pessoas feridas e/ou mortas que necessitam de atendimento.
Incidente: Fato ou evento desastroso do qual não resulta pessoas mortas ou feridas, mas que pode
oferecer risco futuro.
Sinal: É a informação obtida a partir da observação da vítima.
Sintoma: É informação a partir de um relato da vítima.
Acidentes ocorrem a qualquer hora, em qualquer lugar e com qualquer pessoa. Devemos estar
preparados para enfrentá-los, e da melhor maneira possível.
2.2 OMISSÃO DE SOCORRO
Deixar de prestar socorro, ou seja, não dar nenhuma assistência a vítima de acidente ou a pessoa
em perigo iminente podendo fazê-lo, é crime segundo o artigo 135 do Código Penal Brasileiro.
A omissão ou a falta de um pronto atendimento eficiente são os principais motivos de mortes ou
danos irreversíveis em vítimas de acidentes de trânsito.
2.3 OBJETIVOS DOS PRIMEIROS SOCORROS:
Preservar a vida;
Reduzir o sofrimento;
Prevenir complicações;
Proporcionar transporte adequado, possibilitando melhores condições para receber o tratamento
definitivo.
2.4 ATITUDES BÁSICAS
Para que se possa realizar o primeiro atendimento a uma vítima, é necessário algumas atitudes, como:
Seriedade, compreensão e confiança;
Manter a calma de si mesmo e das outras pessoas;
Agilidade;
Bom senso;
Conhecimento técnico e científico;
Agir com segurança para não se tornar outra vítima;
Improviso;
Jamais ultrapassar os limites de atuação;
Não levar a mão à boca e olhos sem antes lavar com água e sabão;
Utilizar luvas de borracha no atendimento;
Lembre-se!!!
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2.5 OS 10 MANDAMENTOS DO SOCORRISTA
1o - Mantenha a calma;
2o - Tenha em mente a seguinte ordem de segurança quando você estiver prestando socorro: primeiro
eu (o socorrista), depois minha equipe (incluindo os transeuntes) e por ultimo a vítima. Isso parece ser
contraditório à primeira vista, mas tem o intuito básico de não gerar novas vítimas;
3o - Ao prestar socorro, é fundamental ligar para o atendimento pré-hospitalar assim que chegar ao local
do acidente. Podemos, por exemplo, discar 193 (número do corpo de bombeiros);
4o - sempre verificar se há riscos no local, para você e sua equipe, antes de agir no acidente;
5o - Mantenha sempre o bom-senso;
6o - Mantenha o espírito de liderança, pedindo ajuda e afastando os curiosos;
7o - Distribua tarefas, assim, os transeuntes que lhe atrapalhariam o ajudará e se sentirão mais úteis;
8o - Evite manobras intempestivas (realizar de forma imprudente, com pressa);
9o - Em caso de múltiplas vítimas, dê preferência aquelas que correm maior risco de vida como, por
exemplo, vítimas em parada cardiorrespiratória ou que estejam sangrando muito;
10o - Seja socorrista e não um herói (lembre-se do 2o mandamento).
2.6 ATENDIMENTO ÀS VÍTIMAS
Enquanto o socorro especializado não chegar, devemos tomar algumas precauções básicas.
Antes de qualquer procedimento, avaliar a cena do acidente e observar se ela pode oferecer riscos,
para o acidentado e para você. EM HIPÓTESE NENHUMA PONHA SUA PRÓPRIA VIDA EM RISCO.
Existem critérios internacionalmente aceitos, no que se refere a abordagem (atendimento) da
vítima. As etapas principais são as seguintes:
2.6.1 PRINCIPAIS ETAPAS
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA
Consiste na primeira avaliação feita ao chegar ao local do acidente, antes de se iniciar o socorro:
1o Avaliar o Local
É importante observar rapidamente se existem perigos para o
acidentado e para quem estiver prestando o socorro nas
proximidades da ocorrência. Por exemplo:
Fios elétricos soltos e desencapados; tráfego de veículos;
andaimes; vazamento de gás; máquinas funcionando; risco de
desmoronamento, explosão, queda de objetos, etc.;
Assumir o controle da situação;
Evitar o pânico e afastar os curiosos.
2o Avaliar a Vítima - o estado que ela se encontra:
Neste momento deverá ser feito um rápido exame da vítima, obedecendo a uma sequência
padronizada e corrigindo imediatamente os problemas encontrados.
O exame deverá ser feito rigorosamente nessa seqüência: O “ABCDE” da vida.
A - Abertura das vias aéreas com controle cervical - Estão desobstruídas? Existe lesão da cervical?
B - Boa ventilação, respiração - Está adequada?
C - Circulação, hemorragia e controle do choque - Existe pulso palpável? Há hemorragias graves?
D - Distúrbio neurológico, nível de consciência;
E - Exposição e proteção da vítima
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AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
É realizado após a estabilização dos sinais vitais da vítima. Consiste em uma avaliação minuciosa,
a qual se inicia na cabeça e vai até os pés, na parte anterior (frente) e posterior (costas), identificando
lesões que apesar de sua gravidade não colocam a vítima em risco iminente de morte.
2.6.2 CLASSIFICAÇÃO DA VÍTIMA
Pelo histórico do acidente deve-se observar indícios que possam ajudar ao prestador de socorro
classificar a vítima como clínica ou traumática.
Vítima Clínica: apresenta sinais e sintomas de disfunções com natureza fisiológica, como doenças, etc.
Vítima de Trauma: apresenta sinais e sintomas de natureza traumática, como possíveis fraturas.
Devemos nesses casos atentar para a imobilização e estabilização da região suspeita de lesão.
2.7 SINAIS VITAIS - FORMAS DE CHECAGEM: "VER / OUVIR / SENTIR"
Sinais vitais são aqueles que indicam a existência de vida. São reflexos ou indícios que permitem
concluir sobre o estado geral de uma pessoa. Os sinais sobre o funcionamento do corpo humano que
devem ser compreendidos e conhecidos são:
Temperatura (precisa de instrumental específico)
Pulso - braquial e carotídeo
Respiração - geralmente usa-se o dorso da mão para sentir
Pressão arterial (precisa de instrumental específico)
Parâmetros considerados normais para sinais vitais.
Temperatura: 36.5o C;
Pulso: 60 a 100 bpm;
FR: 12 a 20 ipm;
P.A: 120 x 80 mmHg.
Os sinais vitais são sinais que podem ser facilmente percebidos, deduzindo-se assim, que na
ausência deles, existem alterações nas funções vitais do corpo
2.7.1 TEMPERATURA CORPORAL
A temperatura resulta do equilíbrio térmico mantido entre o ganho e a
perda de calor pelo organismo. A temperatura é um importante indicador da
atividade metabólica, já que o calor obtido nas reações metabólicas se propaga
pelos tecidos e pelo sangue circulante.
A temperatura do corpo humano está sujeita a variações individuais e a
flutuações devido a fatores fisiológicos como: exercícios, digestão, temperatura
ambiente e estado emocional. A avaliação diária da temperatura de uma pessoa
em perfeito estado de saúde nunca é maior que um grau Celsius, sendo mais
baixa pela manhã e um pouco elevada no final da tarde. Existe pequena
elevação de temperatura nas mulheres após a ovulação, no período menstruale
no primeiro trimestre da gravidez.
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Nosso corpo tem uma temperatura média normal que varia de 36 a 37oC. A avaliação da
temperatura é uma das maneiras de identificar o estado de uma pessoa, pois em algumas emergências a
temperatura muda muito.
O sistema termorregulador trabalha estimulando a perda de calor em ambientes de calor excessivo
e acelerando os fenômenos metabólicos no frio para compensar a perda de calor. Graças a isto, o
homem é um ser homeotérmico que, ao contrário de outros animais, mantêm a temperatura do corpo
constante a despeito de fatores externos.
VARIAÇÃO DE TEMPERATURA DO CORPO
ESTADO TÉRMICO TEMPERATURA (oC)
Sub-normal 34-36
Normal 36-37
Estado febril 37-38
Febre 38-39
Febre alta (pirexia) 39-40
Febre muito alta (hiperpirexia) 40-41
Perda de Calor
O corpo humano perde calor através de vários processos que podem ser classificados da seguinte
maneira:
Eliminação - fezes, urina, saliva, respiração.
Evaporação - a evaporação pela pele (perda passiva) associada à eliminação permitirá a perda de calor
em elevadas temperaturas.
Condução - é a troca de calor entre o sangue e o ambiente. Quanto maior é a quantidade de sangue que
circula sob a pele maior é a troca de calor com o meio. O aumento da circulação explica o
avermelhamento da pele (hipermia) quando estamos com febre.
Verificação da Temperatura
Oral ou bucal - Temperatura média varia de 36,2 a 37oC. O termômetro deve ficar por cerca de
três minutos, sob a língua, com o paciente sentado, semi-sentado (reclinado) ou deitado.
Não se verifica a temperatura de vítimas inconscientes, crianças depois de ingerirem líquidos (frios
ou quentes) após a extração dentária ou inflamação na cavidade oral.
Axilar - Temperatura média varia de 36 a 36,8oC. A via axilar é a mais sujeita a fatores externos. O
termômetro deve ser mantido sob a axila seca, por 3 a 5 minutos, com o acidentado sentado, reclinado
ou deitado.
Não se verifica temperatura em vítimas de queimaduras no tórax, processos inflamatórios na axila
ou fratura dos membros superiores.
Retal - Temperatura média varia de 36,4 a 37oC. O termômetro deverá ser lavado, seco e
lubrificado com vaselina e mantido dentro do reto por 3 minutos com o acidentado em decúbito lateral,
com a flexão de um membro inferior sobre o outro.
Não se verifica a temperatura retal em vítimas que tenham tido intervenção cirúrgica no reto, com
abscesso retal ou perineorrafia.
A verificação da temperatura retal é a mais precisa, pois é a que menos sofre influência de fatores
externos.
O instrumento padrão para a medida da temperatura corpórea é o termômetro clínico de vidro com
mercúrio. Em nosso meio, o método mais aceito é a temperatura axilar o que satisfaz plenamente aos
propósitos clínicos. Vários instrumentos podem ser usados para a avaliação da temperatura da pele. A
literatura internacional adota a medida da temperatura retal ou oral.
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2.7.2 PULSO
O pulso é a onda de distensão de uma artéria transmitida pela pressão que o coração exerce sobre
o sangue. Esta onda é perceptível pela palpação de uma artéria e se repete com regularidade, segundo
as batidas do coração.
Existe uma relação direta entre a temperatura do corpo e a freqüência do pulso. Em geral, exceto
em algumas febres, para cada grau de aumento de temperatura existe um aumento no número de
pulsações por minuto (cerca de 10 pulsações).
O pulso pode ser apresentado variando de acordo com sua freqüência, regularidade, tensão e
volume.
a) Regularidade (alteração de ritmo)
Pulso rítmico: normal
Pulso arrítmico: anormal
b) Tensão
c) Freqüência - Existe uma variação média de acordo com a idade como pode ser visto no Quadro
abaixo.
PULSO NORMAL FAIXA ETÁRIA
60-100 bpm Adultos
80-90 bpm Crianças acima de 7 anos
80-120 bpm Crianças de 1 a 7 anos
110-130 bpm Crianças abaixo de um ano
130-160 bpm Recém-nascidos
d) Volume - Pulso cheio: normal
Pulso filiforme (fraco): anormal
A alteração na freqüência do pulso denuncia alteração na quantidade de fluxo sanguíneo.
As causas fisiológicas que aumentam os batimentos do pulso são: digestão, exercícios físicos,
banho frio, estado de excitação emocional e qualquer estado de reatividade do organismo.
No desmaio / síncope as pulsações diminuem.
Através do pulso ou das pulsações do sangue dentro do corpo, é possível avaliar se a circulação e
o funcionamento do coração estão normais ou não. Pode-se sentir o pulso com facilidade:
Procurar acomodar o braço do acidentado em posição relaxada.
Usar o dedo indicador, médio e anular sobre a artéria escolhida para sentir o pulso, fazendo uma
leve pressão sobre qualquer um dos pontos onde se pode verificar mais facilmente o pulso de
uma pessoa.
Não usar o polegar para não correr o risco de sentir suas próprias pulsações.
Contar no relógio as pulsações num período de 60 segundos. Neste período deve-se procurar
observar a regularidade, a tensão, o volume e a freqüência do pulso.
Existem no corpo vários locais onde se podem sentir os pulsos da corrente sanguínea.
Recomenda-se não fazer pressão forte sobre a artéria, pois isto pode impedir que se percebam os
batimentos.
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O pulso radial pode ser sentido na parte da frente do punho. Usar as pontas de 2 a 3 dedos
levemente sobre o pulso da pessoa do lado correspondente ao polegar, conforme a figura abaixo.
O pulso carotídeo é o pulso sentido na artéria carótida que se localiza de cada lado do pescoço.
Posicionam-se os dedos sem pressionar muito para não comprimir a artéria e impedir a percepção do
pulso.
Do ponto de vista prático, a artéria radial e carótida são mais fáceis para a localização do pulso,
mas há outros pontos que não devem ser descartados.
2.7.3 RESPIRAÇÃO
A respiração é uma das funções essenciais à vida. É através dela que o corpo promove
permanentemente o suprimento de oxigênio necessário ao organismo, vital para a manutenção da vida.
A respiração é comandada pelo Sistema Nervoso Central. Seu funcionamento processa-se de
maneira involuntária e automática. É a respiração que permite a ventilação e a oxigenação do organismo
e isto só ocorre através das vias aéreas desimpedidas.
A observação e identificação do estado da respiração de um acidentado de qualquer tipo de
afecção é conduta básica no atendimento de primeiros socorros. Muitas doenças, problemas clínicos e
acidentes de maior ou menor proporção alteram parcialmente ou completamente o processo respiratório.
Fatores diversos como secreções, vômito, corpo estranho, edema e até mesmo a própria língua
podem ocasionar a obstrução das vias aéreas. A obstrução produz asfixia que, se prolongada, resulta em
parada cardiorrespiratória.
O processo respiratório manifesta-se fisicamente através dos movimentos ritmados de inspiração e
expiração. Na inspiração existe a contração dos músculos que participam do processo respiratório, e na
expiração estes músculos relaxam-se espontaneamente. Quimicamente existe uma troca de gazes entre
os meios externos e internos do corpo. O organismo recebe oxigênio atmosférico e elimina dióxido de
carbono. Esta troca é a hematose, que é a transformação, no pulmão, do sangue venoso em sangue
arterial.
Deve-se saber identificar se a pessoa está respirando e como está respirando. A respiração pode
ser basicamente classificada por tipo e freqüência.
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A freqüência da respiração é contada pela quantidade
de vezes que uma pessoa realiza os movimentos combinados
de inspiração e expiração em um minuto. Para se verificar a
freqüência da respiração, conta-se o número de vezesque
uma pessoa realiza os movimentos respiratórios: 01
inspiração + 01 expiração = 01 movimento respiratório.
A contagem pode ser feita observando-se a elevação
do tórax se o acidentado for mulher ou do abdome se for
homem ou criança. Pode ser feita ainda contando-se as
saídas de ar quente pelas narinas.
A freqüência média por minuto dos movimentos respiratórios varia com a idade. Por exemplo: um
adulto possui um valor médio respiratório de 12 - 20 respirações por minuto.
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA (VALORES NORMAIS)
FAIXA ETÁRIA FREQUENCIA RESPIRATÓRIA (ipm)
Recém nascido 30-60
Lactente 24-40
Pré-escolar 22-34
Escolar 18-30
Adolescente 12-16
Adulto 12-20
TIPOS DE RESPIRAÇÃO
Eupnéia - Respiração que se processa por movimentos regulares, sem dificuldades, na
freqüência média.
Apnéia - É a ausência dos movimentos respiratórios, equivale à parada respiratória.
Dispnéia - Dificuldade na execução dos movimentos respiratórios.
Bradpnéia - Diminuição na frequência média dos movimentos respiratórios.
Taquipnéia - Aceleração dos movimentos respiratórios.
Ortopnéia - O acidentado só respira sentado.
Hiperpnéia ou hiperventilação - É quando ocorre o aumento da freqüência e da profundidade
dos movimentos respiratórios.
Fatores fisiopatológicos podem alterar a necessidade de oxigênio ou a concentração de gás
carbônico no sangue. Isto contribui para a diminuição ou o aumento da freqüência dos movimentos
respiratórios. A nível fisiológico os exercícios físicos, as emoções fortes e banhos frios tendem a
aumentar a freqüência respiratória. Em contra partida o banho quente e o sono a diminuem.
2.7.4 PRESSÃO ARTERIAL
A pressão arterial é a pressão do sangue, que depende da força de
contração do coração, do grau de distensibilidade do sistema arterial, da
quantidade de sangue e sua viscosidade.
Uma pessoa com hipertensão deverá ser mantida com a cabeça
elevada; deve ser acalmada; reduzir a ingestão de líquidos e sal e ficar sob
observação permanente até a chegada do médico. No caso do hipotenso,
deve-se promover a ingestão de líquidos com pitadas de sal, deitá-lo e chamar
um médico.
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É importante perguntar à vítima sua pressão arterial e passar essa informação ao profissional que
for prestar o socorro especializado.
CLASSIFICAÇÃO DIAGNÓSTICA DA HIPERTENSÃO ARTERIAL (> 18 ANOS DE IDADE)
PAD (mmHg) PAS (mmHg) CLASSIFICAÇÃO
<85 < 130 Normal
85-89 130-139 Normal limítrofe
90-99 140-159 Hipertensão leve (estágio 1)
100-109 160-179 Hipertensão moderada (estágio 2)
≥ 110 ≥ 180 Hipertensão grave (estágio 1)
< 90 ≥ 140 Hipertensão Sistólica isolada
2.8 SINAIS DE APOIO
Além dos sinais vitais do funcionamento do corpo humano, existem outros que devem ser
observados para obtenção de mais informações sobre o estado de saúde de uma pessoa. São os sinais
de apoio; sinais que o corpo emite em função do estado de funcionamento dos órgãos vitais.
Os sinais de apoio podem ser alterados em casos de hemorragia, parada cardíaca ou uma forte
batida na cabeça, por exemplo. Os sinais de apoio tornam-se cada vez mais evidentes com o
agravamento do estado do acidentado. Os principais sinais de apoio são:
Dilatação e reatividade das pupilas
Cor e umidade da pele
Estado de consciência
Motilidade e sensibilidade do corpo
2.8.1 DILATAÇÃO E REATIVIDADE DAS PUPILAS
A pupila é uma abertura no centro da íris - a parte colorida do olho - e sua função principal é
controlar a entrada de luz no olho para a formação das imagens que vemos. A pupila exposta à luz se
contrai. Quando há pouca ou quase nenhuma luz a pupila se dilata, fica aberta. Quando a pupila está
totalmente dilatada, é sinal de que o cérebro não está recebendo oxigênio, exceto no uso de colírios
midriáticos ou certos envenenamentos.
A dilatação e reatividade das pupilas são um sinal de apoio importante. Muitas alterações do
organismo provocam reações nas pupilas. Certas condições de "stress", tensão, medo e estados de pré-
choque também provocam consideráveis alterações nas pupilas.
Devemos observar as pupilas de uma pessoa contra a luz de uma fonte lateral, de preferência com
o ambiente escurecido. Se não for possível deve-se olhar as pupilas contra a luz ambiente.
MIOSE – Pupilas contraídas, sem reação a luz
Lesões no sistema nervoso central. Abuso de drogas
ANISOCORICA – Pupilas assimétricas (uma dilatada e
outra contraída)
Acidente vascular cerebral - AVC, Traumatismo crânio
encefálico - TCE.
MIDRIASE – Pupilas dilatadas
Ambiente com pouca luz, anóxia ou hipóxia severa,
inconsciência, estado de choque, parada cardíaca,
hemorragia, TCE.
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2.8.2 COR E UMIDADE DA PELE
A cor e a umidade da pele são também sinais de apoio muito útil no reconhecimento do estado
geral de um acidentado. Uma pessoa pode apresentar a pele pálida, cianosada ou hiperemiada
(avermelhada e quente).
A cor e a umidade da pele devem ser observadas na face e nas extremidades dos membros, onde
as alterações se manifestam primeiro. A pele pode também ficar úmida e pegajosa. Pode-se observar
estas alterações melhor no antebraço e na barriga.
ALTERAÇÕES ORGÂNICAS QUE PROVOCAM ALTERAÇÕES NA COR E UMIDADE DA PELE
ALTERAÇÃO OCORRÊNCIA
Cianose (pele azulada) Exposição ao frio, parada cardiorrespiratória, estado de choque,
morte.
Palidez Hemorragia, parada cardiorrespiratória, exposição ao frio,
extrema tensão emocional, estado de choque.
Hiperemia (pele
vermelha e quente)
Febre, exposição a ambientes quentes, ingestão de bebidas
alcoólicas, queimaduras de primeiro grau, traumatismo.
Pele fria e viscosa ou
úmida e pegajosa Estado de choque
2.8.3 Estado de Consciência
Este é outro sinal de apoio importante. A consciência plena é o estado em que uma pessoa
mantém o nível de lucidez que lhe permite perceber normalmente o ambiente que a cerca, com todos os
sentidos saudáveis respondendo aos estímulos sensoriais.
Quando se encontra um acidentado capaz de informar com clareza sobre o seu estado físico, pode-
se dizer que esta pessoa está perfeitamente consciente. Há, no entanto, situações em que uma pessoa
pode apresentar sinais de apreensão excessiva, olhar assustado, face contraída e medo. Esta pessoa
certamente não estará em seu pleno estado de consciência.
Uma pessoa pode estar inconsciente por desmaio, estado de choque, estado de coma, convulsão,
parada cardíaca, parada respiratória, alcoolismo, intoxicação por drogas e uma série de outras
circunstâncias de saúde e lesão.
No desmaio há uma súbita e breve perda de consciência e diminuição do tônus muscular. Já o
estado de coma é caracterizado por uma perda de consciência mais prolongada e profunda, podendo o
acidentado deixar de apresentar gradativamente reação aos estímulos dolorosos e perda dos reflexos.
2.8.4 Motilidade e Sensibilidade do Corpo
Qualquer pessoa consciente que apresente dificuldade ou incapacidade de sentir ou movimentar
determinadas partes do corpo está obviamente fora de seu estado normal de saúde. A capacidade de
mover e sentir partes do corpo são um sinal que pode nos dar muitas informações.
Quando há incapacidade de uma pessoa consciente realizar certos movimentos, pode-se suspeitar
de uma paralisia da área que deveria ser movimentada. A incapacidade de mover o membro superior
depois de um acidente pode indicar lesão do nervo do membro. A incapacidade de movimento nos
membros inferiores pode indicar uma lesão da medula espinhal.
O desvio da comissura labial (canto da boca) pode estar a indicar lesão cerebral ou de nervo
periférico (facial). Pede-se à vítima que sorria. Sua boca sorrirá torta, só de um lado.
Pedir à vítima de acidente traumático que movimente os dedos de cada mão, a mão e os membros
superiores, os dedos de cada pé, o pé e os membros inferiores
Quando um acidentado perde o movimento voluntário de alguma parte do corpo, geralmente ela
também perdea sensibilidade no local.
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Muitas vezes, porém, o movimento existe, mas o acidentado reclama de dormência e formigamento
nas extremidades. É muito importante o reconhecimento destas duas situações, como um indício de que
há lesão na medula espinhal. É importante, também, nestes casos tomar muito cuidado com o manuseio
e transporte do acidentado para evitar o agravamento da lesão. Convém ainda lembrar que o acidentado
de histeria, alcoolismo agudo ou intoxicação por drogas, mesmo que sofra acidente traumático, pode não
sentir dor por várias horas.
A verificação rápida e precisa dos sinais vitais e dos sinais de apoio é uma chave importante para
o desempenho de primeiros socorros. O reconhecimento destes sinais dá suporte, rapidez e
agilidade no atendimento e salvamento de vidas.
DICAS IMPORTANTES!!!
Toda vítima de trauma possui lesão cervical até provar o contrário!
O estado de uma vítima é inversamente proporcional ao número de informações obtidas pelo
socorrista.
Não se administra nada via oral para vítimas inconscientes!
Atividade:
1. Uma das ações do socorrista para manter a vítima viva é a estabilização dos seus sinais vitais. Cite
quais são esses sinais:
_______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
2. Antes de proceder à avaliação secundária, o socorrista deverá realizar:
a) O transporte, não se preocupando com qualquer análise.
b) A avaliação secundária.
c) A pesquisa do ambiente onde ocorreu o acidente, relacionando-o com os problemas da vítima.
d) A avaliação primária, afastando todos os perigos que ameaçam a vida
3. Dentre os objetivos dos primeiros socorros estão:
a) Preservar a vida.
b) Manter a vítima sofrendo.
c) Prevenir complicações.
d) Proporcionar transporte adequado
e) Os itens a, c e d estão corretas.
4. Midríase é o estado em que as pupilas encontram-se:
a) Contraídas.
b) Normais.
c) Dilatadas.
d) Assimétricas.
5. Existem no corpo vários locais onde se podem sentir os pulsos da corrente sanguínea, cite os dois
principais.
1 _____________________________________ 2 ____________________________________
6. Ao observar uma pessoa que acaba de acidentar-se o socorrista percebe que a vítima encontra-se
em apnéia respiratória, isso significa que:
a) A respiração apresenta movimentos regulares, sem dificuldades, na freqüência média.
b) Há uma ausência dos movimentos respiratórios.
c) Há uma diminuição na frequência média dos movimentos respiratórios.
d) Há uma dificuldade na execução dos movimentos respiratórios.
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3. POSTURA CORPORAL – COLUNA VERTEBRAL
A inteligência e a capacidade de deslocamento e movimentação, executando tarefas com precisão,
entre outros aspectos, é o que diferencia o ser humano de outros seres vivos.
Com exceção da visão, nem mesmo os outros sentidos como o olfato e a audição são tão
importantes para uma vida saudável como a motricidade da coluna e membros.
A coluna vertebral suporta o peso do corpo, contém e protege a medula espinhal que conduz todos
os estímulos nervosos do cérebro para os membros superiores, tronco e membros inferiores, permitindo
e controlando todas as funções musculoesqueléticas, viscerais do abdômen e estrutural do tórax (pulmão
e coração).
Qualquer doença que comprometa a coluna vertebral pode colocar em risco todas as estruturas e
funções descritas. Na prática, os principais problemas da coluna vertebral são os degenerativos
(desgastes) dos discos e articulações da coluna. Com o passar dos anos, o efeito da má postura, ganho
de peso corporal, levantar e carregar pesos e a falta de condicionamento físico podem desencadear
problemas na coluna.
O conhecimento da anatomia da coluna, como ela funciona, a importância de uma postura correta e
de técnicas adequadas para a realização de esforços ou de levantar pesos, pode prevenir e proteger a
coluna de lesões.
O reforço muscular, através de exercícios adequados e condicionamento físico, também são úteis
na prevenção de desgastes e lesões tanto no trabalho quanto fora dele.
A coluna vertebral é parte subcranial do esqueleto axial. De forma muito simplificada, é uma haste
firme e flexível, constituída de elementos individuais unidos entre si por articulações, conectados por
fortes ligamentos e suportados dinamicamente por uma poderosa massa musculotendinosa.
3.1 ASPECTOS GERAIS
3.1.1 ARRANJO ANATÔMICO GERAL DE COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral é uma série de ossos individuais – as
vértebras – que ao serem articulados constituem o eixo central
esquelético do corpo. A coluna vertebral é flexível porque as vértebras
são móveis, mas a sua estabilidade depende principalmente dos
músculos e ligamentos. Embora seja uma entidade puramente
esquelética, do ponto de vista prático, quando nos referimos à “coluna
vertebral”, na verdade estamos também nos referindo ao seu
conteúdo e aos seus anexos, que são os músculos, nervos e vasos
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com ela relacionados. Seu comprimento é de aproximadamente dois quintos da altura total do corpo.
A coluna vertebral, sob o ponto de vista de engenharia, é de uma constituição perfeita. Imaginem a
coluna de um prédio que tivesse que suportar toda a estrutura e ao mesmo tempo tivesse que
movimentar esse prédio. Seria "impossível". Mas a espinha faz isso.
Constituição óssea - A coluna é formada de 33 ossos que são chamados vértebras e está dividida
em 4 regiões: a região cervical (pescoço), com 7 vértebras; a torácica ou dorsal, com 12; a lombar, com
5; a região sacra, com 5 vértebras que se fundiram num só osso chamado sacro, e a região do cóccix,
com 3 ou 4 vértebras, que também se fundiram em um só osso, o cóccix. É a região sacrococcigeana.
As vértebras tornam-se progressivamente maiores na direção inferior até o sacro, tornando-se a
partir daí sucessivamente menores.
3.1.2 REGIÕES DA COLUNA VERTEBRAL
A coluna vertebral do adulto apresenta quatro curvaturas: cervical, torácica, lombar e sacral. Essas
curvaturas ajudam a centralizar a cabeça sobre o corpo, proporcionando um equilíbrio para andar na
posição ereta. É também a responsável pela proteção da Medula Espinhal. Esta estrutura (medula) é de
vital importância no organismo humano, pois todo o comando do Sistema Nervoso depende da
integridade medular, que está contido dentro do canal vertebral.
1. Cervical: constitui o esqueleto axial do pescoço e
suporte da cabeça.
2. Torácica: suporta a cavidade torácica.
3. Lombar: suporta a cavidade abdominal e permite
mobilidade entre a parte torácica do tronco e a pelve.
4. Sacral: une a coluna vertebral à cintura pélvica.
5. Coccígea: é uma estrutura rudimentar em humanos,
mas possui função no suporte do assoalho pélvico.
Como já vimos, a coluna é um eixo central do corpo humano, portanto ela apresenta uma série de
curvaturas conforme a nossa postura, por isso, quanto mais errado a postura, mais deformidades
ocorrerão na coluna, podendo ocasionar serias lesões, como a hérnia de disco, osteófitos (bico de
papagaio), escoliose, lordose, cifose, gibosidade (corcunda), etc.
A maioria destes desvios da coluna causa pinçamento de nervos que
partem de dentro da coluna. O mais famoso deles é o nervo ciático
(popularmente chamada de dor ciática).
Diversos fatores podem interferir para o desenvolvimento destas
lombalgias, tais como: dormir em posição errada, carregar objetos de
forma incorreta, posturas inadequadas, movimentos bruscos, entre outros.
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3.2 PRINCIPAIS PROBLEMAS POSTURAIS
A coluna vertebralpossui 3 tipos de curvas: a lordose, a cifose e
a escoliose . A lordose é presente na coluna cervical e na coluna
lombar e a cifose é presente na coluna torácica. A presença dessas
duas curvas é NORMAL nesses níveis ao lado, fazendo parte das
curvaturas normais da coluna. Apenas em casos em que a lordose e a
cifose aparecem em grau aumentado é que são consideradas
anormais e devem ser investigadas.
O aumento acentuado (anormal) do grau da cifose e da lordose
são denominados de:
• Hipercifose;
• Hiperlordose.
• A Escoliose é sempre uma curva anormal.
3.2.1 ESCOLIOSE
Definição
A escoliose é uma ou mais curvaturas laterais anormal, que atinge
geralmente as vértebras torácicas. Ela pode ser do tipo funcional (ou
fisiológica) e estrutural (patológica).
No caso da escoliose funcional a coluna curva-se lateralmente devido
à diferença de peso nas duas metades do corpo em conseqüência:
• Da poliomielite;
• Da diferença de comprimento dos membros inferiores, devido às
fraturas mal reduzidas, a uma prótese mal adaptada ou a um joelho
valgo unilateral;
• De uma má postura.
A escoliose estrutural, geralmente aparece na infância e é progressiva.
A causa é o crescimento desigual das vértebras. Dependendo da gravidade
da curvatura, esta pode comprimir órgãos abdominais e também prejudicar a
respiração.
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3.2.2 HIPERCIFOSE
Definição
A cifose é uma acentuada curvatura torácica,
deixando a pessoa com aspecto de corcunda. As
causas mais importantes dessa deformidade são a má
postura e o condicionamento físico insuficiente.
3.2.3 HIPERLORDOSE
Definição
A Lordose é um aumento exagerado nas
curvaturas cervical e/ou lombar. Pode ser uma
compensação de uma cifose ou à flacidez muscular
com um ou sem aumento de peso anterior à coluna –
como na obesidade e na gravidez.
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3.3 DICAS PARA UMA POSTURA SAUDÁVEL
3.3.1 POSTURA AO ANDAR
A má postura ao andar é a causa de muitas dores. Procure andar o
mais ereto possível, sempre olhando acima da linha do horizonte. Um bom
treino é andar em casa com um livro sobre a cabeça.
3.3.2 POSTURA AO LEVANTAR PESOS
A maneira correta para levantar pesos e volumes exige a flexão dos
joelhos e aproximação do objeto junto ao corpo, agachando-se sem
inclinar o corpo para frente.
Contraindo a musculatura abdominal, com a coluna ereta force os
músculos das coxas e pernas para elevar o peso. Utilizando as
articulações dos quadris, joelhos e tornozelos, pode-se atenuar a pressão
e esforços sobre as delicadas articulações da coluna vertebral. Se o
objeto é muito pesado para ser elevado com segurança ou se você não
consegue se posicionar corretamente, solicite auxílio de outra pessoa.
3.3.3 POSTURA SENTADO
Quando sentado, procure manter sua coluna bem
posicionada utilizando uma cadeira que ofereça suporte à sua
curvatura lombar (lordose).
3.3.4 POSTURA DEITADO
Sua coluna também necessita de suporte
quando você está deitado.
Procure utilizar colchão firme e manter os
joelhos dobrados (fletidos) para preservação do
balanço e equilíbrio da coluna. Um colchão muito
macio permite o corpo afundar causando torções à
coluna. Quando se está deitado de barriga para cima,
o posicionamento de uma almofada ou travesseiro sob
os joelhos também é útil para a manutenção do
posicionamento correto e relaxamento da musculatura
das costas.
√ CERTO X ERRADO
√ CERTO X ERRADO
√ CERTO X ERRADO
√ CERTO X ERRADO
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3.3.5 POSTURA AO LEVAR UMA MOCHILA OU SACOLA
No transporte das mochilas no ombro, tome cuidado para não
compensar o peso da mochila com a inclinação do tronco para frente.
Os alunos que transportam a mochila através de alças e rodinhas
devem variar o lado que carregam as mochilas, ora no lado direito ora
no lado esquerdo. Isso ajuda a evitar um “vício” postural inadequado.
No caso de sacola cheia, tentar dividir o peso em duas sacolas e levar
uma em cada lado, distribuindo melhor o peso.
Compreender que o nosso corpo e a nossa mente recebem
influências no nosso dia-a-dia é de fundamental importância para
entendermos os cuidados que devemos ter com eles.
Um aspecto bem interessante é analisarmos nossa postura e
nosso comportamento durante o dia, e verificar se estamos sentando
corretamente e alinhados, se ao ficar muito tempo em pé numa fila
estamos nos apoiando o tempo inteiro apenas numa das pernas, pois
estes fatos podem nos ajudar a identificar compensações estabelecidas ao nosso corpo que interferem
na postura corporal, e conseqüentemente em nossa saúde.
Ao ficar sentado em frente ao computador procure manter o corpo ereto e os pés apoiados no chão,
evite ficar com as pernas cruzadas e os joelhos muito flexionados. Observe se você não está projetando
para frente a cabeça e mantenha-a alinhada com seu tronco.
1 - Evite assistir televisão deitado.
2 - Evite ficar muito tempo com a cabeça baixa como ao passar
roupa, fazer tricô e nos casos de leitura prolongada.
3 - Evite flexionar (dobrar) a coluna para pegar objetos ou peso do
chão. Procure sempre se agachar (dobrar os joelhos).
4 - Evitar ou Reduzir o excesso de peso (obesidade).
5 - Procure sentar de maneira correta, evite sofá muito macio e
cadeira sem encosto ou banquinho.
6 - Procure fazer períodos de intervalo no uso do computador.
7 - Caminhe com a coluna reta, olhando para frente.
8 - Pratica de atividade física (como a caminhada) regularmente.
9 - Procure adaptar os móveis de sua casa e do trabalho de acordo com a sua altura (por exemplo a pia
da cozinha, o tanque de lavar roupa, a mesa ou escrivaninha).
10 - Evite carregar peso somente de um lado.
11 - Evite dormir de bruços (de barriga para baixo).
12 - Evite fazer musculação sem uma orientação adequada.
13 - Evite usar sapato de salto muito alto.
14 - Evite se virar bruscamente para olhar atrás de você.
√ CERTO X ERRADO
CUIDADOS BÁSICOS PARA
VOCÊ TER UMA COLUNA
VERTEBRAL SAUDÁVEL!!!
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Atividade:
Faça uma pesquisa em livros e/ou internet e responda:
1. Qual a definição de postura?
_______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
2. Existe uma “postura correta” para todas as pessoas?
_______________________________________________________________________________
3. Escolha uma atividade que você faz durante o dia (brincar, ver televisão, andar, dormir, etc.). Como
você acha que a sua coluna vertebral permanece enquanto você realiza esta atividade?
_______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________
4. Realize uma pesquisa em sua escola, sobre o número de alunos que relatam sentir dor nas costas
devido à má postura e/ou problemas na coluna.

Outros materiais