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Fisiologia Sistema Endócrino (Pâncreas)

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Camila Zanetti 
Turma 8 
FISIOLOGIA: PÂNCREAS 
• Pâncreas endócrino: secreta insulina e glucagon (cruciais para a regulação do 
metabolismo de glicose, lipídios e proteínas). 
• Células das Ilhotas de Langerhans: 
1- Alfa: secreta glucagon. 
2- Beta: secreta insulina e amilina. 
3- Delta: secreta somatostatina. 
4- PP: secreta polipeptídeo pancreático. 
• As inter-relações estreitas entre esses tipos celulares possibilitam a comunicação 
intercelular e um controle direto da secreção de alguns hormônios por outros. Ex: 
insulina → (-) glucagon; amilina → (-) insulina; GH → (-) insulina e glucagon; 
• Síntese de insulina: ocorre nas células beta. 
1- Tradução do RNAm da insulina, por meio de ribossomos ligados ao RE para formar 
um pré-pró-hormônio de insulina. 
2- O pré-pró-hormônio é clivado no RE para formar uma pró-insulina e sua maior parte 
é clivada no CG para formar a insulina. 
3- A insulina é revestida nos grânulos secretores e secretada na corrente sanguínea sob 
a forma livre. 
4- A porção de insulina que não se liga aos receptores das células-alvo é degradado pela 
enzima insulinase. 
• Ativação dos receptores das células alvo pela insulina: 
1- A insulina se liga e ativa um receptor proteico da MP (se acoplando as subunidades 
alfa do receptor). 
2- Ocorre a autofosforilação das subunidades beta do receptor, ativando a tirosina 
quinase que causa a fosforilação de enzimas intracelulares incluindo o grupo IRS 
(substratos do receptor insulina). 
3- As membranas aumentam acentuadamente a captação de glicose (células 
musculares e adiposas). 
4- A MP torna-se mais permeável a aminoácidos, K+ e íons de fosfato. 
• Efeito da insulina sobre o metabolismo de carboidratos: 
1- Promove a captação e o metabolismo da glicose nos músculos (se os mm. não 
estiverem se exercitando após uma refeição, e a glicose for transportada para as 
células musculares abundantemente, essa irá se armazenas na forma de glicogênio). 
2- Faz com que a glicose absorvida após uma refeição seja armazenada no fígado sob a 
forma de glicogênio: inativa a fosforilase hepática (que quebra o glicogênio hepático 
em glicose), aumenta a captação de glicose, aumenta a atividade das enzimas que 
promovem síntese de glicogênio (glicogênio sintase). 
3- Promove a conversão do excesso de glicose em ácidos graxos e inibe a gliconeogênese 
no fígado: quando a quantidade de glicose que penetra nas células é maior do que 
pode ser armazenada como glicogênio, a insulina promove a conversão de todo esse 
excesso em ácidos graxos que serão transportados para o tecido adiposo. 
4- As células neurais são permeáveis a glicose e podem utilizá-la sem intermediação da 
insulina. 
• Efeito da insulina no metabolismo de gorduras: 
1- Promove a síntese e o armazenamento das gorduras: inibe a hidrólise dos 
triglicerídeos previamente armazenados nas células adiposas, promove o transporte 
da glicose através da MP das células adiposas (para a formação do glicerol, que se 
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associa aos ácidos graxos para formar os triglicerídeos – forma de armazenamento 
de gordura nas células adiposas). 
2- A deficiência de insulina aumenta o uso das gorduras como fonte de energia: causa 
lipólise das gorduras armazenadas e a liberação de ácidos graxos livres, aumenta as 
concentrações de colesterol e fosfolipídios plasmáticos (aterosclerose). 
3- A deficiência de insulina causa cetose e acidose devido a utilização excessiva de 
gorduras. 
• Efeito da insulina no metabolismo de proteínas e no crescimento: 
1- Promove síntese e armazenamento de proteínas: estimula o transporte de muitos 
aminoácidos para dentro das células (assim como o GH estimula a captação de aa. 
para dentro das células), promove a formação de proteínas e impede sua degradação. 
2- No fígado, deprime a taxa de gliconeogênese: como os substratos utilizados para a 
síntese de glicose pela gliconeogênese são aminoácidos, a conservação dos aa. nas 
reservas de proteínas do corpo suprime a gliconeogênese. 
3- A ausência de insulina causa a depleção de proteínas e aumento dos aminoácidos 
plasmáticos: ocorre o catabolismo de proteínas, a síntese de proteínas para e os 
aminoácidos são usados como substrato para gliconeogênese. 
4- A insulina e o GH interagem de modo sinérgico para promover o crescimento: os 2 
hormônios são necessários para o crescimento pois, cada um promove a captação 
celular de diferentes aminoácidos, todos necessários para que ocorra o crescimento. 
• Secreção de insulina: 
1- Ocorre um influxo de glicose nas 
células beta pelos transportadores 
de glicose (GLUT-2), que é então, 
fosforilada pela glicoquinase (esse 
mecanismo é um sensor que irá 
ajustar a quantidade de insulina a 
ser secretada). 
2- A glicose-6-fosfato é oxidada, 
formando ATP, que inibe os canais 
de potássio sensíveis ao ATP, 
despolarizando a MP. 
3- Em seguida ocorre a abertura dos 
canais de cálcio, produzindo um 
influxo de cálcio que irá estimular a 
exocitose da insulina. 
• Controle da secreção de insulina: 
1- O aumento da glicose sanguínea estimula a secreção de insulina: o aumento da 
secreção de insulina sob estímulo da glicose é dramático (velocidade e grau). 
2- Aminoácidos potencializam fortemente o estímulo da glicose sobre a secreção de 
insulina. 
3- Hormônios gastrointestinais são liberados no trato gastrointestinal após uma 
refeição e são capazes de causar um aumento antecipatório na insulina sérica. 
• Glucagon e suas funções: secretado quando a concentração sanguínea de glicose cai 
(hormônio hiperglicêmico). 
• Síntese: o glucagon é produzido nas células alfa das ilhotas. O gene pró-glucagon é 
transcrito e seu RNAm é traduzido no RER, formando-se o pré-glucagon, que origina o 
pró-glucagon. Durante o empacotamento no CG, o pró-glucagon é clivado, dando origem 
ao glucagon que irá sofrer exocitose. 
Camila Zanetti 
Turma 8 
• Efeitos sobre o metabolismo da glicose: 
1- Provoca a quebra do glicogênio hepático (glicogenólise) e o aumento da concentração 
sanguínea de glicose: ocorre um mecanismo de amplificação em cascata, portanto 
poucos mg de glucagon podem aumentam o nível de glicose sanguínea em minutos. 
2- Aumenta a gliconeogênese: aumenta a taxa de capitação de aminoácidos pelas 
células hepáticas e sua conversão em glicose. 
• Regulação da secreção de glucagon: 
1- A glicose sanguínea aumentada inibe a secreção de glucagon. 
2- O aumento dos aminoácidos sanguíneos estimula a secreção de glucagon: promove 
a conversão rápida de aminoácidos em glicose, disponibilizando mais glicose para os 
tecidos. 
3- O exercício estimula a secreção de glucagon: impede a redução da glicose sanguínea. 
• Transportadores de glicose: 
1- GLUT-1: todos tecidos, abundante em cérebro e hemácias. 
2- GLUT-2: fígado, células β pancreática, rins, intestino delgado. 
3- GLUT-3: cérebro. 
4- GLUT-4: musculo esquelético e cardíaco, tecido adiposo. Medeia o transporte da 
glicose estimulado pela insulina. 
• Diabetes Melito: Tipo I (DMID) – dependente de insulina, causada pela ausência da 
secreção de insulina. Tipo II (DMNID) – não-dependente de insulina, causado pela 
diminuição da sensibilidade dos tecidos-alvo ao efeito da insulina. 
1- Perda de glicose na urina. 
2- Diurese osmótica (poliúria, desidratações extracelulares e intracelulares e aumento 
da sede). 
3- Nos estágios mais graves de diabetes tipo II, as células β pancreáticas tornam-se 
exauridas (após superprodução de insulina tentando compensar a hiperglicemia 
devido a diminuição da sensibilidade dos tecidos-alvos à insulina) e incapazes de 
produzir insulina suficiente para impedir uma hiperglicemia mais grave.

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