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RESUMO - A importância e a aplicabilidade do Desenho Livre para a Psicologia

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O desenho é uma forma de linguagem utilizada por todo o mundo e adaptado às diferentes culturas. É um instrumento de comunicação que acompanha a humanidade desde sua existência, ele está inserido em um esquema de representação. É um meio em que o indivíduo pode expressar seus sentimentos.
Os chamados Desenhos Livres são as produções gráficas realizadas por solicitação em situações específicas de diagnóstico psicológico ou pesquisa.  Em suas variadas formas, ele está presente nas atividades de seleção, avaliação e ajuda psicológica.  Estão inseridos no conjunto dos desenhos atemáticos,  onde não é solicitado um tema específico para sua produção, ficando assim livre.
Esse processo de psicodiagnóstico visa fazer algum tipo de intervenção em benefício das pessoas que sejam entrevistadas. Na  técnica do Desenho Livre, a personalidade do sujeito exprimi​- se,  sendo que, particularmente seus elementos subconscientes e  inconscientes projetam​- se em benefício da liberdade que lhe é concedida .
Quanto à técnica de aplicação do teste do desenho livre,  o material necessário consiste em folhas de papel em branco,  entregue na horizontal ; lápis grafite nº2 ; caixa de lápis 12 cores ;  borracha ;  folha para anotações.  
As instruções são:  “Desenhar o que quiser” ou “Fazer o desenho que quiser”.
 O uso da técnica proporciona avaliar  a expressão da afetividade dos examinandos e a interpretação deste processo dinâmico pode vir da resposta para algumas questões : Como é tratada a folha de papel? Que relações a pessoa estabelece com a folha como espaço e como a usa? Preocupa-se em ocupar a folha ou é há uma ocupação de todas as folhas e lápis que estão à sua frente, sem poder realmente desenhar. Trata-se de pura descarga de traços ou há uma elaboração no traçado? A forma do grafismo utilizado,  assim como a procura pela afetividade evidenciada pelo tipo de desenho e cores utilizadas pelo sujeito.  O examinador,  também precisa estar preparado para a rejeição com relação ao desenho e utilizar isto como dado ao final do psicodiagnóstico. 
O teste do desenho é uma série de atos, ou seja, de registros gráficos dos movimentos, onde o sujeito vai plasmando graficamente seu tipo de inteligência, sua sensibilidade, seus impulsos, suas tendências, suas reações, seus conflitos. A produção de imagens é uma forma de comunicação de afetos que, a partir daquele que a produz, estimula aquele que as observa a entrar em contato com elas, como uma espécie de linguagem. E o profissional tem como função ,a de acolher este código de linguagem e comunicação e tentar encontrar um sentido.
Esses elementos expressivos encontrados no desenho , contribui para a elaboração do raciocínio clinico do profissional na interpretação das técnicas projetivas gráficas. Dentro do processo psicodiagnóstico, além do desenho ter como função estabelecer contato e ser um instrumento de investigação, busca auxiliar no direcionamento do tratamento.
Dentre os vários testes projetivos gráficos existentes, o desenho livre e o desenho da família destacam-se pela frequência com que são utilizados pelos psicólogos, sendo considerados uma fonte frutífera de informação e compreensão da personalidade, além de econômica e profunda. Hammer (1991), referindo-se ao desenho infantil, diz que as crianças desenham o que sabem , não o que vêem, sendo o mesmo considerado a expressão do modo como a criança percebe e compreende o mundo. De acordo com ele, as crianças transmitem no desenho aquilo que jamais teriam condições de verbalizar. 
Permite às crianças organizar informações, processar experiências vividas e pensadas, estimulando-a a desenvolver um estilo de representação singular do mundo.
Portanto, as experiências gráficas fazem parte do crescimento psicológico e são indispensáveis para o desenvolvimento e para a formação de indivíduos sensíveis e criativos, capazes de transpor e transformar a realidade. 
Os estudos sobre o desenho infantil geralmente estão associados à investigação da inteligência, cognição, motricidade e afetividade, bem como dos aspectos sociais e culturais do meio ambiente das crianças ou à sua utilização como instrumento projetivo da personalidade.
 A inicialização do desenho infantil acontece, na maioria das vezes, antes do momento em que as crianças entram na escola. Os primeiros desenhos são realizados por prazer e são vistos como uma prática recreativa ou uma simples brincadeira. Riscam paredes, chão e até elas mesmas, qualquer lugar onde sintam vontade de o fazer. O desenho como possibilidade de brincar, falar ou
registrar um momento, nos traz a reflexão de que ele é um instrumento de muito valor .
Deve-se considerar o desenho, não como um "teste", mas como uma forma possível de diálogo com as crianças, introduzindo a ideia de que a produção gráfica da criança, a exemplo da produção onírica, é antes de tudo resultado de um trabalho psíquico e de que qualquer busca de sentido só será alcançada, se este puder ser inserido em um diálogo e uma certa postura de escuta. 
A área da investigação psicodiagnóstica está repleta de testes de personalidade que utilizam o desenho como veículo de comunicação e que, na maior parte das vezes, são acompanhados de pautas de interpretação dos
conteúdos simbólicos associados às diferentes partes dos desenhos (casa, árvore, pessoa ou família), tendendo a levar a uma postura de que é possível decifrar um desenho. 
Conclui-se que os desenhos são um instrumento de medida de fenômenos psicológicos que além de permitir a representação gráfica dos pensamentos e sentimentos, constitui-se também como uma forma de comunicação humana tanto no campo da intervenção, como no da pesquisa em diferentes contextos.
Podem ser considerados como expressão do desenvolvimento geral, pois além de projetar a imagem corporal, compõe projeções relacionadas ao autoconceito, a imagem ideal do eu, e as atitudes para com os outros, mesmo com o examinador na situação da testagem. O teste do desenho pode ser uma expressão consciente, como também inclui símbolos disfarçados e fenômenos inconscientes. Podemos considerar os desenhos como um todo, muito mais do que como mera somatória de sinais ou características, os desenhos contribuem para valorizar a utilização das técnicas projetivas gráficas dentro do processo
psicodiagnóstico.
Referências Bibliográficas :
Artigos Utilizados : 
TÉCNICA DO DESENHO LIVRE NO DIAGNÓSTICO PSICOLÓGICO EM CONJUNTO COM O RORSCHACH.
O desenho como instrumento diagnóstico:
reflexões a partir da psicanálise.
O desenho como instrumento de medida de
processos psicológicos em crianças hospitalizadas.

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