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Exames Psicológicos II - Resumo

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Exames Psicológicos II - Técnicas 
Projetivas 
 
Resumo e destaques dos textos 
Kelly Ramos, 6º semestre 
 
 
CAPÍTULO 1 | O CONCEITO DE PROJEÇÃO             
EM PSICOLOGIA 
 
1. HISTÓRICO 
 
no caderno 
 
2. ETIMOLOGIA 
 
Se o termo projeção, aplicado por 
Frank a um certo tipo de teste, 
ganhou terreno em psicologia, isto se 
deve ao fato dos diversos sentidos 
desta palavra. 
O primeiro sentido denota uma ação 
física, o jato: por exemplo, o 
lançamento de projéteis. Nesse 
sentido, os testes projetivos 
favorecem a descarga, sobre o 
material apresentado ao sujeito, de 
tudo aquilo que este recusa ser, que 
vivencia em si mesmo como mau, ou 
como pontos vulneráveis. 
O segundo sentido é matemático. 
Aparece no século XVII, ao se 
organizar a geometria projetiva. A 
projeção estabelece a 
correspondência entre um ponto (ou 
conjunto de pontos) do espaço e um 
ponto (ou conjunto de pontos) de uma 
reta ou de uma superfície. 
A noção de propriedade projetiva é 
aqui essencial: as propriedades 
geométricas de uma figura são 
conservadas em qualquer projeção 
plana da mesma figura. Os testes 
projetivos, analogamente, levam o 
sujeito a produzir um protocolo de 
respostas de tal modo que a 
estrutura do mesmo corresponde à 
estrutura de sua personalidade, 
estando conservadas no primeiro as 
características fundamentais da 
segunda. 
Tem origem na ótima, ao final do 
século XIX, o terceiro sentido. 
Partindo de um foco, a projeção 
luminosa envia raios ou radiações 
sobre uma superfície. 
Um teste projetivo é como um raio X. 
Atravessando o interior da 
personalidade, fixa a imagem do seu 
núcleo secreto sobre um revelador 
(aplicação do teste), permitindo 
depois sua leitura fácil, por meio da 
ampliação ou projeção ampliadora em 
uma tela (interpretação do 
protocolo). O que está escondido 
fica, assim, iluminado; o latente se 
torna manifesto; o interior é trazido 
à superfície; o que há em nós de 
estável e também emaranhado se 
desvenda. 
O primeiro sentido - de descarga de 
impulsos e emoções - delimita o nível 
onde opera o teste projetivo: 
trata-se, de qualquer modo, de uma 
psicanálise condensada; a aplicação 
de um teste desta natureza significa, 
em sentido pleno, pôr à prova o 
sujeito, ou seja, fazer o jogo da 
verdade. 
O segundo sentido estabelece uma 
correspondência estrutural entre a 
personalidade, concebida como o 
sistema de condutas próprias a cada 
um, e as produções individuais em 
uma situação definida por duas 
variáveis: uma superfície quase vazia 
(material de teste), que o sujeito deve 
preencher com suas respostas, e uma 
regra de projeção “oblíqua” 
(instruções de liberdade orientada do 
teste); este segundo sentido 
fundamenta o rigor científico das 
técnicas projetivas. 
Quanto ao terceiro sentido, é o 
veículo das representações arcaicas 
da imagem do corpo, onde o lado de 
dentro se opõe ao lado de fora, o 
escondido à superfície, o cheio ap 
perfurado, representações que 
marcam uma etapa importante na 
organização precoce da 
personalidade, representações cujo 
despertar, no entanto, devido à 
situação de teste projetivo, mobiliza 
medos profundos e antigos. 
 
3. A PROJEÇÃO SEGUNDO FREUD 
 
Duas explicações. Na primeira, “a 
projeção é a expulsão de um desejo 
intolerável e sua rejeição para fora 
da pessoa. Há projeção daquilo que 
não se quer ser” (p. 21). Na segunda, 
a projeção é entendida “como o 
simples desconhecimento (e não mais 
a expulsão) por parte do sujeito de 
desejos e emoções não aceitos por 
ele como seus, dos quais é 
parcialmente inconsciente e cuja 
existência atribui à realidade externa” 
(p. 21). 
 
4. A SITUAÇÃO DE TESTE PROJETIVO 
 
1. Características: 
“É possível definir a situação de teste 
projetivo com base em semelhanças e 
diferenças em relação à situação 
psicanalítica.” 
“O indivíduo submetido a um teste 
projetivo se encontra em uma 
situação análogo de liberdade, mas 
não de duração.” 
“No teste projetivo, o indivíduo fica 
livre para dizer ou fazer o que quiser, 
a partir do material apresentado e do 
tipo de atividades que lhe é proposto. 
Não há boas e más respostas 
predeterminadas.” 
“as pranchas são umas ‘mensagem’, 
emitida sobre o aplicador, com 
destino ao testando e orientando 
suas respostas.” (???) 
“O fato de se dispor, para o teste 
projetivo, de um número limitado de 
sessões coloca a diferença quanto à 
psicanálise.” 
“Liberdade de expressão e liberdade 
de tempo constituem, portanto, os 
dois princípios comuns ao tratamento 
psicanalítico e à aplicação de testes 
projetivos.” 
 
2. Efeitos: 
 
“a situação projetiva de modo geral 
provoca, em termos do aparelho 
psíquico, a regressão dos processos 
secundários - cuja base é a 
identidade de pensamentos e o 
princípio de realidade - aos 
processos primários - fundados na 
identidade de percepções e no 
princípio do prazer - desprazer. 
 
5. OS DIVERSOS TIPOS DE       
PROJEÇÃO 
 
“Bellak e Symonds propõem a 
distinção de: 
● técnicas expressivas, nas quais 
o sujeito fica inteiramente 
livre; tanto do ponto de vista 
das instruções quanto do 
material proposto; 
● técnicas projetivas, em que as 
respostas são livres, mas 
sendo material definido e 
padronizado; 
● testes psicométricos, onde 
uma só resposta é correta e o 
material requer uma precisão 
rigorosa, formando a categoria 
das técnicas de adaptação.” 
Diversas formas de projeção atuando 
nos testes projetivos: 
a. com a projeção especular, o 
indivíduo reencontra 
características, que pretende 
serem suas, na imagem de 
outro. 
b. na projeção catártica, o 
indivíduo atribui à imagem do 
outro as suas características 
que erradamente pretende não 
ter, recusa considerar como 
suas e das quais se livra 
(catarse), deslocando-as para 
outro, 
c. na projeção complementar, a 
pessoa atribui aos outros 
sentimentos e atitudes que 
justifiquem as suas. 
 
Na prática cotidiana, os psicólogos 
distinguem duas características de 
testes projetivos: 
a. os testes projetivos temáticos, 
cujo modelo ainda é o T.A.T., 
revelam os conteúdos 
significativos de uma 
personalidade. O sujeito pode 
neles projetar o que acredita 
ser, o que gostaria de ser, o 
que recusa ser, o que os 
outros são ou deveriam ser em 
relação a ele. 
b. Os testes projetivos 
estruturais têm o Rorscharch 
como protótipo. Não 
apreendem, como os 
precedentes, a manifestação 
das forças vivas da pessoas. 
Alcançam sobretudo um corte 
representativo do sistema da 
personalidade, de seu 
equilíbrio, de sua maneira de 
apreender o mundo. 
 
TEXTO 2 | OS MÉTODOS PROJETIVOS 
 
6. APONTAMENTOS SOBRE O     
STATUS CIENTÍFICO DAS     
TÉCNICAS PROJETIVAS 
 
Testes e técnicas projetivas podem 
ser utilizados na avaliação de 
personalidade e de outros elementos 
(relações interpessoais, dinâmica 
familiar) que se mostrem importantes 
para a compreensão de um sujeito ou 
de uma situação vivenciada ou 
percebida por ele. 
Concorda-se que a eleição do 
instrumento que será utilizado em 
cada situação de avaliação deve ser 
pautada por três grupos de fatores: 
1. os objetivos da avaliação; 
2. a orientação teórica e a 
preparação do avaliador para o 
uso de determinada técnica; 
3. as características do sujeito, 
como idade e outras 
peculiaridades. 
 
7. PROJEÇÃO,PSICOLOGIA   
PROJETIVA E TÉCNICAS     
PROJETIVAS 
 
A psicologia projetiva é um ramo da 
psicologia que se refere a um 
conjunto de pressupostos, hipóteses 
e proposições, expresso em métodos 
projetivos usados por psicólogos 
clínicos, para o estudo e o 
diagnóstico da personalidade humana. 
A psicologia projetiva baseia-se no 
estudo funcional dos indivíduos, 
investigando a estrutura intrínseca e 
as propriedades, internas dos 
sistemas, o que faz com que 
avaliações dessa ordem sejam 
expressas em termos dinâmicos. 
O principal objetivo da psicologia 
projetiva é “colocar em evidência o 
conjuntos dos fatores internos, de 
registro puramente psicológico, 
intervenientes nas condutas 
humanas”. 
O conceito de projeção e a psicologia 
projetiva foram aqueles que 
sustentaram o nascimento dos 
métodos projetivos, expressão 
utilizada pela primeira vez por L. K. 
Frank, em 1939, para se referir a três 
técnicas - teste de associação de 
palavras de Jung, Rorscharch e teste 
de apercepção temática (TAT) -, que, 
segundo ele, “formavam o modelo de 
uma investigação dinâmica e global da 
personalidade”, ideia central destes 
instrumentos. 
Os estímulo utilizados em técnicas 
projetivas são, de maneira geral, 
pouco estruturados, propiciando o 
aparecimento de elementos do 
funcionamento interno do indivíduo, 
impedindo que este se apoie e se 
refugie em informações ou dados 
convencionais e que podem ser 
controlados. 
Em oposição à tradição psicométrica, 
que valorizava os procedimentos 
quantitativos, estatísticos e 
normativos, as técnicas baseadas na 
projeção enfatizam os aspectos 
qualitativos e psicológicos do sujeito 
avaliado, identificando tendências 
espontâneas, motivadas por 
necessidades implícitas. 
Apercepção é o “processo pelo qual 
uma experiência é assimilada e 
transformada pelo resíduo da 
experiência passada, ou seja, é a 
interpretação subjetiva da percepção, 
que é apenas a interpretação objetiva 
de um estímulo. 
As tarefas menos estruturadas, 
como as do Rorscharch, têm maior 
probabilidade de fazer aparecer 
conteúdos primitivos do indivíduo que 
responde ao teste, em função da 
projeção. Nas técnicas aperceptivas, 
como o TAT, em que o produto final 
(histórias) requer um mínimo de 
organização, a projeção também 
acontece, mas, além dela, é 
necessário que o sujeito lance mão de 
outros recursos para a execução da 
tarefa, mais característicos do 
processo secundário. 
Na tarefa de interpretação de teste 
projetivos, cabe ao psicólogo 
desvendar as motivações 
inconscientes que se deflagram no 
momento em que as respostas são 
elaboradas. 
Especialmente nas técnicas 
projetivas, o caráter idiográfico é o 
ponto forte, uma vez que os sujeitos 
atribuem conteúdos subjetivos às 
suas respostas, mas desconhecem a 
relação entre eles. 
 
8. AS TÉCNICAS PROJETIVAS FORA       
DE UM CONTEXTO PSICANALÍTICO 
 
A apercepção é uma interpretação e, 
como tal, dá sentido à experiência do 
sujeito, que pode, por sua vez, ser 
compreendida à luz de diferentes 
correntes teóricas. 
 
9. O ​STATUS ​CIENTÍFICO DAS       
TÉCNICAS PROJETIVAS 
 
É algo sempre discutido; 
Nem sempre apresentam resultados 
psicométricos positivos, 
demonstrando discrepância entre 
teoria e prática. 
 
10.CRÍTICAS ÀS TÉCNICAS     
PROJETIVAS 
 
As críticas centralizam-se na 
suposta ausência de espírito 
científico por parte daqueles que 
constroem esses instrumentos como 
para os que os utilizam. 
Outra crítica relaciona-se ao valor 
intrínseco das técnicas projetivas, 
questionando seu ​status ​de 
verdadeiros testes, já que nesse tipo 
de instrumento as respostas do 
sujeito estariam demasiadamente 
influenciadas pelo examinador, 
assinalando para a impossibilidade de 
o profissional não deixar marcas de 
sua própria personalidade sobre a 
técnica por ele empregada. 
Uma última crítica encontra 
sustentação na fragilidade da maioria 
dos trabalhos realizados, na tentativa 
de validação das técnicas projetivas. 
 
11. PONTOS FORTES DAS TÉCNICAS         
PROJETIVAS 
 
Valorizam o comportamento do 
sujeito, que reflete o funcionamento e 
a estrutura de seu mundo interno 
único e singular; 
Não põem em risco o prestígio do 
sujeito, pois não apresentam 
respostas certas ou erradas; 
São menos suscetíveis a fraudes e 
simulações. 
 
12. FIDEDIGNIDADE E VALIDADE 
 
A fidedignidade é definida pela 
estabilidade das respostas de um 
mesmo sujeito, em aplicações 
sucessivas, ou pela concordância 
entre “juízes”, ao corrigirem e 
interpretarem protocolos dos 
mesmos sujeitos, de maneira 
independente (interpretação às 
cegas). 
A verificação da fidedignidade 
baseada na consistência interna do 
instrumento (coeficiente alfa) não é 
um método adequado para 
instrumentos como o TAT ou 
Rorscharch. 
Vários autores são unânimes ao 
afirmar que a técnica mais utilizada, 
para esses instrumentos, na 
verificação de sua fidedignidade, é a 
que se baseia na consistência das 
avaliações feitas por diferentes 
examinadores. 
Quanto à validade, a abordagem dos 
sinais independentes, baseada na 
correlação do resultado do teste com 
um critério externo, pode ser a ideal 
aos olhos do estatístico ou de um 
psiquiatra preocupado 
exclusivamente com um diagnóstico 
nosográfico. 
Porém, essa “abordagem é contrária 
à própria natureza dos testes 
projetivos, nos quais a personalidade 
é um sistema dinâmico de elementos 
em intercorrelação”. 
De que forma se pode estimar a 
validade convergente deste teste 
com outras medidas de 
personalidade, como os inventários 
de autorrelato? Certamente se 
atingirá pouco sucesso nessa 
investigação e, por isso, o que tem se 
usado com mais frequência, talvez em 
função da origem clínica do 
instrumento, é a validade relacionada 
a algum critério clínico, como 
diagnóstico, registros em prontuários 
médicos ou registros de terapeutas e 
história do sujeito. 
 
13.CONSIDERAÇÕES FINAIS -     
AFINAL, TÉCNICAS PROJETIVAS? 
 
As técnicas projetivas ganham 
destaque em avaliações clínicas por 
possibilitarem a emergência de 
manifestações pessoais e o acesso, 
de maneira mais individualizada, ao 
mundo interno dos sujeitos, no 
momento em que, através da projeção 
e da apercepção, tem-se informações 
sobre como um indivíduo, em 
particular, percebe determinada 
situação, o que auxilia na sua 
compreensão. 
Outros fatores favoráveis: 
mobilização da ansiedade no momento 
de sua aplicação e a possibilidade de 
simulação ou fraude. 
As técnicas projetivas ganham seu 
espaço no momento em que oferecem 
ao profissional a possibilidade de 
adentrar no mundo interno do sujeito 
avaliado, o que permite a construção 
de uma integração dinâmica de seu 
funcionamento, informação útil e 
importante para a prática clínica, 
para o julgamento clínico e, por 
consequência, para a tomada de 
decisões como consequência de 
avaliações psicológicas. 
 
TEXTO 3 | TÉCNICAS PROJETIVAS 
 
14.APONTAMENTOS SOBRE O     
STATUS CIENTÍFICO DAS     
TÉCNICAS PROJETIVAS 
 
Testes e técnic 
 
TEXTO 5 | OS TESTES PROJETIVOS           
GRÁFICOS 
 
Segundo Jaime Bernstein, “O 
instrumento principal da clínica 
psicológica é a entrevista; os testes 
projetivos estão a serviço da mesma 
pois, a rigor, não são senão 
mecanismos para conduzir uma forma 
de entrevista”. 
 
15. CARACTERÍSTICAS GERAIS DOS       
TESTES GRÁFICOS● A linguagem gráfica é a que 
está mais perto do 
inconsciente; 
● oferece maior confiabilidade 
que a linguagem verbal; 
● acessível às pessoas de baixo 
nível de escolaridade e 
dificuldades de expressão oral; 
● são de grande utilidade com 
crianças pequenas, que já 
possuem nível de simbolização; 
● sua administração é simples e 
econômica; 
● deve ser complementado com 
associações verbais que 
possibilitarão uma correta 
interpretação dos mesmos; 
● deve-se considerar as 
características individuais do 
indivíduo que fará o teste; 
● é imprescindível compará-lo 
com o material coletado em 
outros testes projetivos e 
objetivos da personalidade; 
● são escolhidos em instituições 
por sua simplicidade de 
administração e economia de 
tempo; 
● podem servir como excelentes 
recursos para melhorar a 
comunicação com um paciente 
quando há falhas na 
possibilidade de comunicação 
verbal. 
 
16. ENQUADRES EM GRÁFICOS 
 
● Usar folhas de papel ofício ou 
papel de carta, sem linhas; 
● usar sempre folhas do mesmo 
tamanho; 
● usar lápis nº 2 (nem claro nem 
escuro) e borracha macia; 
● é conveniente iniciar a bateria 
de testes com os gráficos 
porque são os mais simples. 
 
17. INTERPRETAÇÃO DOS TESTES       
GRÁFICOS 
 
● Visão gestáltica, observá-lo 
na sua totalidade; 
● Após a visão global, fazer uma 
análise detalhada, seguindo: 
1. indicadores formais; 
2. indicadores de 
conteúdo; 
3. análise das associações 
verbais; 
4. análise do conjunto das 
anteriores. 
● Seguir o modelo da 
interpretação dos sonhos de 
Freud - segundo ele, o sonho 
é um processo de regressão, o 
material é fragmentado, o 
processo de compressão o 
consensa e o deslocamento 
complementa o trabalho de 
elaboração onírica para que o 
verdadeiro significado não 
fique evidente. A elaboração 
interpretativa faz que o sonho 
se torne um relato 
compreensível. 
Isto pode ser observado nos 
desenhos de pessoas normais 
ou neuróticas. Os psicóticos, 
no entanto, projetam as suas 
imagens e fantasias 
inconscientes sem esses 
“disfarces” e sem que 
possamos registrar neles 
qualquer angústia ou 
tentativas de racionalizar a 
sua produção. 
Nem todos os gráficos 
permitem a aplicação desse 
método, assim como nem todas 
as pessoas lembram todos os 
seus sonhos ou trazem ricas 
associações livres. 
Freud aconselha a fazer a 
divisão do sonho em 
fragmentos, pedir associações 
com cada um e finalmente 
chegar à interpretação 
completa que vai revelar o 
desejo reprimido. 
Sendo que toda análise de 
gráficos projetivos parte da 
primeira captação gestáltica, é 
impossível estabelecer regras 
de interpretação idênticas 
para todos os protocolos. 
● elaborar uma hipótese sobre o 
diagnóstico e prognóstico; 
● fazer a correlação dos 
gráficos com as entrevistas 
projetivas. 
 
18. SISTEMA DE ESCORES PARA A           
ANÁLISE FORMAL DO DESENHO       
LIVRE 
 
● Qualidade dos traços, das 
formas, comparação e direção 
dos traços, valor tipológico 
dos indicadores gráficos. 
 
TEXTO 6 | TÉCNICAS PROJETIVAS         
GRÁFICAS E DESENHO INFANTIL 
 
19. A CRIANÇA E O DESENHO 
 
Ao interpretar uma produção gráfica, 
devem ser adotadas tanto a 
metodologia analítica quanto a 
intuitiva, pois ambas apresentam 
vantagens e desvantagens; se, por 
um lado, a análise mecânica do 
desenho, ponto por ponto, pouco 
revela das singularidades de quem o 
produziu, a aproximação intuitiva, por 
outro, não se presta à quantificação, 
o que tem gerado muitas críticas ao 
uso dessas técnicas. 
 
slidE 2 | AULA 2 
 
20. TIPOS DE REGRESSÃO 
 
Teste tipo T.A.T. e a oferta de um 
TEMPO VAZIO: necessidade de 
recursos como a linguagem verbal 
sintática, no qual o sujeito organiza 
conforme sua história pessoal, a 
limitação deste tipo de regressão 
existe pelo fato da necessidade de 
uma posse de sintaxe e a história 
vivida, ou seja, a segunda infância. 
Segunda Infância: Dos três anos de 
idade até os seis. 
Teste tipo Rorschach e a oferta de 
um ESPAÇO VAZIO: Remete a 
fase pré-verbal do desenvolvimento, 
no teste o espaço vazio é preenchido 
pela imagem corporal. A percepção 
de um corpo em pedaços vai tomando 
forma para uma posição narcísica, por 
meio das zonas erógenas e de prazer. 
 
 
21.AVANÇOS COGNITIVOS DURANTE     
A SEGUNDA INFÂNCIA 
 
A criança começa fazer uso de 
símbolos nesse estágio, não precisam 
mais estar em contato com o objeto 
para que possa pensar nele; além de 
atribuir, ou imaginar, que 
pessoas e objetos possuem outras 
características além das que eles 
realmente têm. 
Começam perceber que alguns 
acontecimentos têm causas por 
consequência de outras ações, ou 
seja, desenvolve o entendimento de 
causa e efeito. 
Desenvolvem a capacidade de 
classificar: podem organizar pessoas, 
objetos e eventos em categorias 
significativas. 
A criança começa apurar mais seus 
sentimentos e inicia-se a capacidade 
de imaginar como os outros podem se 
sentir, empatia. 
Conseguem perceber que o fato de 
mudar superficialmente uma 
determinada característica não muda 
as coisas como um tudo. 
Já são capazes de lidar com 
quantidades, ter noção de unidades e 
números. Mas ainda não possui um 
pensamento lógico. 
 
22. OS DIVERSOS TIPOS DE         
PROJEÇÃO 
 
Técnicas Expressivas: Sujeito fica 
inteiramente livre, tanto no ponto de 
vista das instruções quanto do 
material proposto. 
Técnicas Projetivas: As respostas 
são livres, mas sendo o material 
definido e padronizado. 
 
23. CATEGORIA DE TESTES       
PROJETIVOS 
 
Temáticos: O modelo usual é o 
T.A.T., através dele é revelado 
modelo significativo de uma 
personalidade, natureza de conflitos, 
desejos fundamentais, relação com o 
ambiente, mecanismo de defesa. O 
sujeito pode projetar o que deseja ser 
ou o que se recusa ser. 
Estruturais: O modelo usual é 
Rorschach, apresenta um ponto de 
vista dinâmico, um corte 
representativo das instâncias de id, 
ego e superego. 
 
24. PSICOLINGUÍSTICA DOS TESTES       
PROJETIVOS 
 
O teste Rorschach a tarefa do 
sujeito é essencialmente pragmática, 
se o sujeito diz que vê uma borboleta, 
o " Eu vejo" é somente uma 
modalidade de apresentação. 
Neste caso o teste apresenta 
diferenciação entre objetos animados 
e inanimados, outro fator que é 
levado em conta é a combinações de 
elementos apresentados. 
No T.A.T. o material é mais 
estruturado, as imagens contém 
elementos, tanto em um quanto em 
outro se um paradigma e muito 
evocado logo ele torna-se banal, na 
prancha I a maioria das pessoas veem 
um menino com violino, diferente de 
psicóticos que poderão ver um 
revólver onde um menino acaba de se 
suicidar. 
Personalidades neuróticas são 
reconhecidas principalmente pela 
alteração da função sintagmática: 
temas múltiplos, ausência de 
desfecho, estruturação deficiente do 
relato. 
 
slidE 5 | AULA 5 
 
25. INTRODUÇÃO 
 
A administração de um teste 
psicológico consiste em um conjunto 
de ações e conhecimentos que 
engloba o antes, o durante e o depois 
no processo de avaliação psicológica. 
A utilização do teste pressupõe que o 
usuário apresente competências para 
realizar um processo de avaliação 
psicológica. 
Esse instrumento psicológico deve 
ser utilizado somente dentro desse 
processo, o qual permitirá a 
contextualização dos resultado. 
 
26. A AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA -         
DEFINIÇÃO NORTEADORA 
 
Conforme a descrição do ConselhoFederal de Psicologia – CFP (2013): 
“A avaliação psicológica é um 
processo técnico e científico 
realizado com pessoas ou grupos de 
pessoas que, de acordo com cada 
área de conhecimento, requer 
metodologias específicas. Ela é 
dinâmica e constitui-se em fonte de 
informações de caráter explicativo 
sobre os fenômenos psicológicos, 
com a finalidade de subsidiar os 
trabalhos nos diferentes campos de 
atuação do psicólogo, dentre eles a 
saúde, educação, trabalho e outros 
setores que ela se fizer necessária. 
Trata-se de um estudo que requer 
um planejamento prévio e cuidadoso, 
de acordo com a demanda e fins para 
os quais a avaliação se destina (p. 13). 
 
27. ETAPAS DE UMA AVALIAÇÃO         
PSICOLÓGICA 
 
• levantar perguntas sobre o 
motivo da consulta e assim 
formular hipóteses iniciais e o 
objetivo da avaliação; 
• fazer um planejamento, seleção 
e utilização dos instrumentos 
psicológicos; 
• realizar uma busca de dados por 
meio quantitativo e qualitativo; 
• fazer uma análise dos dados, 
integrando as informações obtidas e 
inferir uma compreensão do sujeito 
tendo como base as hipóteses iniciais 
e os objetivos da avaliação; 
• e comunicar sobre os resultados 
advindos da avaliação, orientando as 
próximas etapas do caso e finalizar o 
processo. 
 
28. COMPORTAMENTOS QUE O       
PSICÓLOGO DEVE DESEMPENHAR     
PARA A REALIZAÇÃO DA       
AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA 
 
• identificar a razão do 
encaminhamento e as questões 
iniciais; 
• fazer um levantamento de dados 
psicológicos, sociais, médicos, 
profissionais, escolares, entre outros 
que se fizerem necessários sobre o 
sujeito e pessoas significativas, sendo 
muitas vezes necessária a informação 
de terceiros (pais, professores, 
médicos etc.) e demais fontes; 
• investigar a história clínica e 
pessoal do sujeito procurando 
similaridades com a situação atual; 
• realizar um exame do estado mental 
de maneira subjetiva e objetiva; 
• obter uma hipótese inicial e o 
objetivo da avaliação; 
• fazer o planejamento da avaliação; 
• propor um contrato de trabalho; 
• administrar testes, instrumentos e 
técnicas psicológicas; 
• fazer um levantamento de dados 
tanto quantitativos quanto 
qualitativos; 
• integrar as informações obtidas de 
forma organizada e relevante tendo 
como referência o objetivo da 
avaliação; 
• comunicar os resultados, quando 
necessário por meio de documentos, 
mas sempre com uma entrevista 
devolutiva na qual, caso pertinente, 
sejam feitos encaminhamentos para o 
benefício do sujeito; 
• e finalização do processo. 
 
29. AS 26 COMPETÊNCIAS PARA A           
ADMINISTRAÇÃO DO PROCESSO     
DE AVALIAÇÃO PSICOLÓGICA E       
DOS TESTES PSICOLÓGICOS 
 
• Conhecer os aspectos históricos da 
avaliação psicológica em âmbito 
nacional e internacional. 
• Conhecer a legislação pertinente a 
avaliação psicológica (Resoluções do 
CFP, Código de Ética Profissional 
do Psicólogo, histórico do Sistema de 
Avaliação dos Testes Psicológicos – 
SATEPSI e as políticas do CFP 
para a Avaliação Psicológica). 
• Considerar os aspectos éticos na 
realização da avaliação psicológica. 
• Saber avaliar se há condições de 
espaço físico adequadas para a 
avaliação e estabelecer condições 
suficientes para tal. 
• Ser capaz de compreender a 
avaliação psicológica enquanto 
processo, aliando seus conceitos às 
técnicas de avaliação. 
• Ter conhecimento sobre funções, 
origem, natureza e uso dos testes na 
avaliação psicológica. 
• Ter conhecimento sobre o 
processo de construção de 
instrumentos psicológicos. 
• Ter conhecimento sobre validade, 
precisão, normatização e 
padronização de instrumentos 
psicológicos 
• Saber escolher e interpretar 
tabelas normativas dos manuais de 
testes psicológicos. 
• Ter capacidade crítica para refletir 
sobre as consequências sociais da 
avaliação psicológica. 
• Saber avaliar fenômenos humanos 
de ordem cognitiva, afetiva e 
comportamental em diferentes 
contextos. 
• Ter conhecimento sobre a 
fundamentação teórica de testes 
psicométricos e do fenômeno 
avaliado. 
• Ter conhecimento sobre a 
fundamentação teórica de testes 
projetivos e/ou expressivos e do 
fenômeno avaliado. O argumento 
para a importância dessa 
competência é o mesmo para a 
competência anterior. 
• Saber administrar, corrigir, 
interpretar e redigir os resultados de 
testes psicológicos e outras técnicas 
de avaliação. 
• Planejar processos avaliativos e 
agir de forma coerente com os 
referenciais teóricos adotados. 
• Identificar e conhecer 
peculiaridades de diferentes 
contextos de aplicação da avaliação 
psicológica. 
• Saber estabelecer rapport no 
momento da avaliação 
• Conhecer teorias sobre entrevista 
psicológica e saber conduzi-las. 
• Conhecer teorias sobre 
observação do comportamento e 
saber conduzi-la. 
• Identificar as possibilidades de uso 
e limitações de diferentes técnicas de 
avaliação psicológica, analisando-as 
de forma crítica. 
• Saber comparar e integrar 
informações de diferentes fontes 
obtidas na avaliação psicológica. 
• Fundamentar teoricamente os 
resultados decorrentes da avaliação 
psicológica (ex.: cuidado com 
achismos, vieses de avaliação, 
excesso de subjetividade e ênfase em 
informações isoladas). 
• Saber elaborar laudos e 
documentos psicológicos, bem como 
sua aplicação a cada contexto. 
• Saber comunicar resultados 
decorrentes da avaliação psicológica 
aos envolvidos no processo, por meio 
de devolutiva verbal 
 
30. ADMINISTRAÇÃO DA AVALIAÇÃO       
PSICOLÓGICA E TESTES     
PSICOLÓGICOS PARA PESSOAS     
COM DEFICIÊNCIA 
 
Esse é um ponto que se encaixa em 
diversas competências do avaliador 
que consideram a demanda da 
população, peculiaridades da 
população, bem como a competência 
saber administrar, corrigir, 
interpretar e redigir os resultados de 
testes psicológicos e outras técnicas 
de avaliação. 
• Sobre essa questão de testes 
apropriados para pessoas com 
deficiência, o que realmente precisa 
ocorrer no Brasil é a construção, 
adaptação e validação de 
instrumentos para essa população, ou 
melhor, populações, pois as 
necessidades são variadas. 
 
31. CONCLUSÃO 
 
O usuário de teste é o principal 
responsável pelo uso apropriado e 
interpretação correta, essa 
afirmação pode ser estendida para a 
administração da avaliação 
psicológica. Como já citado, há 
diversos documentos que pontuam 
como deve ser realizada uma 
avaliação psicológica e a 
administração de testes nesse 
processo, no entanto, este capítulo 
teve o objetivo de contribuir para 
uma melhor compreensão sobre os 
cuidados que envolvem a realização 
de uma avaliação psicológica e 
utilização de testes psicológicos.

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