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Resenha Crítica - NPG1204

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM DIREITO PENAL E PROCESSUAL PENAL
Resenha Crítica de Caso: Uma questão de regra ou de princípio: a execução provisória da pena.
Mônica Bruna Santos Silva
Trabalho da disciplina Execução Penal
 Tutor: Prof. Sandor Diego Goes dos Santos
Caruaru-PE 
2020
Uma questão de regra ou de princípio: a execução provisória da pena.
Referência: 
SARLET, Ingo W. Uma questão de regra ou de princípio: a execução provisória da pena. Disponível em: <https://www.conjur.com.br/2018-ago-25/direitos-fundamentais-questao-regra-ou-principio-execucao-provisoria-pena>. Acesso em: 03 de abr. de 2020.
O artigo científico em questão aborda sobre as principais teses sustentadas à favor encontra a execução provisória da pena no Brasil, ocorre que o argumento mais discutido e que foi tomado como base para o atual entendimento jurisprudencial do Supremo Tribunal Federal encontra-se contra a execução provisória da pena, visto que deve-se levar em conta o princípio constitucional da presunção de inocência, bem como preservar a garantia plena do duplo grau de jurisdição, pois a presunção de inocência na Constituição Federal é veiculada por norma-princípio, exigindo assim uma apreciação de outros direitos e bens constitucionais.Assim, antes de analisar o caso é mister esclarecer acerca das seguintes questões: O direito se expressa por meio de normas, e essas através de regras ou princípios. 
As regras são apenas uma conduta descritiva, que diz como uma ação deverá ser conduzida em situações pontuais e determinadas. Já os princípios, na lição doutrinária de Mendonça (2017,p. 01) são uma “[...] espécie do gênero norma jurídica, caracterizando- se como um postulado que irá, de forma ampla, reger todo o ordenamento jurídico, desatrelado de situações determinadas e servindo como base norteadora para a criação das regras”. Sendo assim, são diretrizes gerais do ordena mento jurídico, que servem para fundamentar e interpretar as regulamentações jurídicas de forma mais ampla e constituindo as normas. Desta forma, no âmbito mais especifico dos princípios do processo penal, existem aqueles que estão previstos na constituição, sobre os princípios constitucionais do processo penal, afirma que eles funcionam “[...] como elementos limitadores dos poderes do Estado, assegurando ao acusado garantias frente à atuação punitiva estatal, em consonância com o sistema processual acusatório [...]” (2019, p.19 e 20). Logo os princípios constitucionais do processo penal são garantias que limitam o arbítrio do Estado em punir, de modo a garantir plena efetividade aos direitos individuais as segurados na Constituição Federal, tudo em favor da tutela da imunidade dos inocentes.
Como é o caso do princípio da presunção de inocência (artigo 5º, inciso LVII, da CF/88) que assegura: “ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória” (BRASIL, 1988, p.16). Dessa maneira tem-se o trânsito em julgado como “ [...] a sentença penal condenatória, ou seja, a decisão de que não mais cabe recurso, é a razão jurídica suficiente para que alguém seja considerado culpado. [...]”(COELHO apud CRETELLAJÚNIOR, 1990, p. 537). 
Entende-se com isso que o trânsito em julgado seria o fato que impede que a decisão seja objeto de recurso, pois enquanto pendente qualquer recurso não há o que se falar em iniciar o cumprimento da sentença penal condenatória, preconizando assim a liberdade do acusado que não poderá ser restringida antes da sentença definitiva com a execução provisória da pena, pois seria uma violação ao direito à liberdade do indivíduo.Diante disso, o atual entendimento do STF proferido acerca da inconstitucionalidade da execução provisória da pena tem como base o princípio da presunção de inocência na justificativa de que o cumprimento da pena somente pode ter início com o esgotamento de todos os recursos, sendo então, proibida a execução provisória da pena, já que o processo judicial deve se esgotar antes da prisão do réu. E sendo a presunção de inocência um princípio constitucional e processual penal ele ordena que algo seja realizado na medida do possível,dentro das possibilidades jurídicas e reais existentes e assim deve ser cumprido e respeitado.Diante do artigo científico apresentado nota-se, que se trata de uma violenta inconstitucionalidade a execução provisória da pena. Ou seja, só pode haver o aprisionamento por decisão de culpabilidade após o término do processo, caso contrário irá ferir o princípio da presunção de inocência e consequentemente a Constituição Federal. Portanto, passados os demais fatos apresentados, o caso ora resenhado traz grande contribuição para o estudo dos princípios constitucionais do processo penal, mais especificamente no âmbito da execução penal, indicando-se a leitura do caso as pessoas leiga são assunto e aos curiosos operadores e estudantes de Direito que buscam entender melhor a problemática.

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