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PCC EDUCAÇÃO ESPECIAL

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 CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DE SÁ- SERGIPE
LICENCIATURA HISTÓRIA - EAD
Discente: JULIANO LIMA NASCIMENTO
Matricula: 201602460108
Disciplina: EDUCAÇÃO ESPECIAL
PRATÍCA COMO COMPONENTE CURRICULAR (PCC)
ATIVIDADE ESTRUTURADA
TÍTULO: EDUCAÇÃO INCLUSIVA 
Aracaju
2020.1
OBJETIVOS:
Estabelecer os conteúdos que foram trabalhados nesta matéria, analisando na prática, como realmente são aplicados em sala de aula, avaliando o cotidiano escolar avaliando a prática pedagógica. Examinando os desafios dos educadores e das instituições de ensino na atuação e estruturação da escola inclusiva. Refletir sobre as barreiras que impedem e dificultam o processo de inclusão e como atuar para superar essas dificuldades.
INTRODUÇÃO TÉORICA: 
A educação especial na perspectiva da educação inclusiva, não substituiria a educação comum e tradicional, mas ofereceria recursos de forma complementar ao ensino regular. Pessoas que trazem alguma característica que as distinguem das demais, muitas vezes são estigmatizadas e excluídas do convívio social. A exclusão social gera danos Psicológicos, econômicos e culturais. O convívio de alunos com necessidades especiais de forma integrada com os outros alunos foi assegurado por lei.
Porém este convívio deve ser uma via de mão dupla como indicado por Stainback e Stainback (1999) eles afirmam que boas escolas são aquelas que se preocupam com a satisfação e aprendizagem de todas as pessoas, ou seja, dos profissionais da educação, dos alunos, da comunidade escolar e dos funcionários, dentro do ambiente escolar.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS:
O aluno se dirigiu a Escola Municipal Leonel Brizola e fizemos um acompanhamento da Profª Gleise Manoela Pereira Correia, a mesma é Pedagoga com especialização em gestão escolar e atualmente cursa o 1º Período de Licenciatura em História na Universidade Federal de Sergipe. A pedagoga é professora de escola pública desde 2005, já atuou na coordenação e direção escolar e como também supervisora do Programa Federal Gestar Matemática I, o aluno escolhido para ser a atividade estruturada foi Jadson Carvalho Braga, o aluno é cadeirante e possui um pequena deficiência mental. Foi analisado o convívio com outras crianças, a acessibilidade física da escola, se existiam recursos adaptados para professores e alunos, adequação do projeto pedagógico e se existia um planejamento individualizado para os alunos com PcD.
DESENVOLVIMENTO(ENTREVISTA):
Durante a visita técnica foi observado que a escola possui ótima acessibilidade para os alunos que possuem algum tipo de necessidade especial, a instituição de ensino esta munida de rampas, piso tátil, banheiro adaptado, cadeiras de rodas e mesa adaptada para estes alunos específicos.
Durante as visitas percebemos que existiam mais de uma dezena de alunos com deficiências, porém foi escolhido um aluno específico, o Jadson Carvalho Braga, 15, anos. A Professora não possui especialização em trabalhar com crianças deficientes, porém as cuidadoras sim.
O quantitativo de alunos deficientes depende do regimento interno, na escola analisada a LEONEL BRIZOLA, são no máximo três alunos por sala.
Entrevista:
1- A educação inclusiva funciona de forma ideal?
R- Mesmo sendo restrito o quantitativo de alunos por sala, ainda sim o sistema de educação inclusiva nas escolas públicas se torna falho, devido esses alunos necessitarem de fonoaudiólogos, psicólogos, cuidadores e assistentes, e na rede pública o número é muito pequeno, aqui no Leonel mesmo, temos o “Jadson”, que é cadeirante, deficiente mental e mora em um abrigo, temos outro aluno com deficiência mental leve e uma menina com síndrome de Down. O que acontece mais é uma socialização do que uma inclusão, onde os alunos aprendem a conviver, a cuidar do outro sem discriminações e preconceitos, a conviver com pessoas especiais sem taxar como inferior. Porém mesmo falho existem diversos pontos positivos, como por exemplo a evolução das crianças com síndrome de Down, que viviam bastante segregadas em casa e não iam pra escola, sendo que essa deficiência eles são bastantes sociáveis, quando há todo o aparato.
2- Quais as características e necessidades específicas que o aluno incluído na turma apresenta? 
R- O Jadson é cadeirante e possui paralisia cerebral com isso ele não possui muita fixação dos conteúdos, temos sempre que estar repetindo o que foi ensinado, por exemplo, em uma semana ele aprende as vogais, na outra semana já esqueceu. Ele necessita de uma fono, de uma cuidadora específica para ele, além de toda acessibilidade que nossa escola possui.
3- Como realiza as adaptações necessárias no planejamento da aula?
R- Há um planejamento voltado a atender as necessidades dele, o que existe é uma adaptação e adequação do projeto político pedagógico da escola, o PPP da escola foi feito antes dessa ampliação do atendimento a aos deficientes, esse ano estamos reformulando, já está em discussão formas mais eficazes de atendermos a eles.
4- Existe um planejamento individualizado? E Como funciona o processo de avaliação?
R- Sim / A avaliação é feita de forma contínua e somativa, são avaliados aspectos qualitativos e não quantitativos
5 – Qual a necessidade da construção de uma escola inclusiva?
R- EU acredito que a inclusão pode existir até determinado ponto, dependendo do grau de deficiência da criança. Nós recebemos agora uma criança com paralisia cerebral, que vive em estado vegetativo, não tem o que aprender na escola, nem o que o professor fazer. A escola deve ser inclusiva sim, mas deve haver uma seleção, onde aluno deveria ter um nível mínimo de condições de participar.
6- Os recursos são adequados?
R- É importantíssimo a construção da escola inclusiva, mas não só do professor, mas dos outros professores da instituição. Como acessibilidade, preparo das salas, banheiros, recursos didáticos, número de alunos por sala. Tendo em vista que os recursos já são falhos para os alunos ditos “normais”, os recursos são poucos as escolas públicas tem poucos recursos, acaba sendo falhos e deficitários para os alunos especiais também, por exemplo, Não temos recursos adaptados a ele, mas temos uma sala de atendimento especializado (AEE) mas que falta recursos totalmente, observo que existe uma precariedade nesse atendimento, há até uma profissional especializada pra isso, porém não conta com Investimentos em recursos pra isso.
7- Ocorrem parcerias entre professor, aluno, a equipe pedagógica, gestor da escola e a família do aluno incluído? 
R- No caso dessa criança, ele é uma criança sobre proteção do governo, é interno de abrigo, mas sempre temos contato com os profissionais do abrigo, e por conta dele está abrigado, lá ele conta vários profissionais, como assistente social, psicólogo, pedagogo, que ajuda no desenvolvimento dele, porém a deficiência dele é de moderada a severa, ele tem bastante limitações cognitivas.
8- Quais os maiores desafios enfrentados pelo professor na construção de uma proposta inclusiva de educação? 
R- O meu maior desafio é adequar o currículo para atender as necessidades dele visto que ele tem problemas neurológicos que fogem do meu conhecimento, tipo percebi que ele não grava informações, o que é ensinado agora não consegue ficar gravado na memória dele, não sei eu se é uma limitação da doença ou se foi o recurso utilizado que não foi adequado, outra dificuldade é a falta de recursos adaptados a deficiência dele, tipo, ele tem as mãos um pouco atrofiadas, então precisaria de um suporte para pegar no lápis, e não temos, já vi vídeos que professores criaram um suporte para o aluno, porém eu tenho muito receio de elaborar algo que não seja saudável para ele ( acredito eu que não faça parte do meu conhecimento realizar isso) acabo utilizando canetinhas grossas para que ele possa conseguir segurar, outra questão é um assistente de sala, ele tem um cuidador que não tem a formação pedagógica, que acaba não tendo trato na hora de ensinar e ajudar a ele a executar as atividades.
9- CONCLUSÃO
Ficaa conclusão que a escola inclusiva atual, não é feita de forma ideal, pois faltam cuidadores, assistentes, psicólogos, não existe uma regra de quantidades de alunos por sala de aula, cada escola tem seu regimento interno. O aluno e a professora entraram em um consenso que deveria existir uma avaliação mínima para o aluno com deficiência ser absorvido na escola, por que existem alguns alunos que não tem condições alguma de frequentar o ambiente escolar, alguns são extremamente agressivos, outros estão em estado vegetativo onde a evolução é nula. Dessa forma a integração acaba sendo parcial e os alunos continuam tendo um tratamento diferenciado dentro do mesmo ambiente.
BIBLIOGRAFIA:
SILVA, A. M. Inclusão escolar: definição, caracterização e bases legais. In: SILVA, A. M. Educação especial e inclusão escolar: história e fundamentos. Curitiba: Intersaberes, 2012. Disponível em: http://bagozzi.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788582121689. 
Acesso em: 11/04/2020. p. 91 – 130. 
STAINBACK, S. et al. A aprendizagem nas escolas inclusivas: e o currículo?. In: STAINBACK, S. & STAINBACK, W. Inclusão: Um guia para educadores. Tradução de Magda França Lopes. Porto Alegre: Artmed Editora S.A., 1999. pg. 240 – 250.

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