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PRÁTICA V - CASO 9 - NÃO CORRIGIDO

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excelentíssimo senhor doutor ministro presidente do supremo tribunal federal
(10 linhas)
PARTIDO PROGRESSISTA, com representação no Congresso Nacional, representado por seu Presidente, CNPJ nº, com sede na, bairro, cidade, por seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na, bairro, cidade, endereço, que indica para fins do artigo 106, do CPC/2015, devidamente constituído, conforme procuração com poderes especiais em anexo (Lei nº 9.868/99), vem, respeitosamente, perante Vossa Exceleência, com fulcro no artigo 103, §2º, da CF, sendo também disciplinada nos artigos 12-A a 12-H da Lei nº 9.868/99, alterada pela Lei nº 12.063/2009 que acrescentou à lei nº 9.868/99, o Capítulo II-A, propor
	AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
com base no artigo 103, §2, da CF e na Lei nº 9,868/99, por omissão do EXMO. SR. GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA em face do descumprimento e da falta de emissão de norma regulamentadora do disposto no artigo 37, X, da Constituição Federal, esperando que seja recebida e seguindo as formalidades de estilo, seja distribuída e ao final declarada a mora do Poder competente, que inviabiliza a aplicação da norma constitucional, conforme será demonstrado ao longo da presente petição, nos termos e motivos que passa a expor.
DA LEGITIMIDADE
	A legitimidade ativa do partido política para a propositura da presente encontra assento no artigo 103, VIIII, da CF, e conforme pacificado por esta corte, segundo o Ministro Celso de Mello, independe de pertinência temática "... os partidos políticos tem legitimidade para ajuizamento de ação direta de inconstitucionalidade, independentemente da matéria versada na norma atacada" "O reconhecimento da legitimidade ativa das aagreiações partidárias para a instauração de controle normativo abstrato, sem as restrições decorrentes do vínculo de pertinência, constitui natural derivação da própria natureza e dos fins institucionais, que justificam a existência em nosso sistema normativo, dos partidos políticos." (STF - ADI 1396). Portanto, o requerente por ser considerado autor neutro e universal, encontra-se dispensado de demonstrar pertinência temática.
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
	Na forma do artigo 102, I, "a" da CF, é de competência originária do STF o processamento e julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão. É certo que frente a omisão legislativa federal que se discute no caso em questão, a competência originária do Supremo Tribunal Federal resta evidenciada.
DA CONCESSÃO DA MEDIDA CAUTELAR
	Torna-se imprescindível, in casu, a concessão de medida cautelar inaudita altera pars (com fulcro na Lei Federal nº 9.868/99), para que seja concedido a fixação de prazo para a edição da Lei Complementar, considerando os requisitos ensejadores para o deferimento da medida, já que o fumus boni iuris reside na omissão legislativa de norma garantidora do direito de revisão geral anual dos servidores públicos, na mesma data e com índices idênticos, para reajuste aual dos servidores públicos do Estado de Santa Catarina, e o periculum in mora no fato de que os servidores públicos encontram-se desamparados em sua regulamentação, restando impedidos de exercer direito constitucional.
DO CABIMENTO
	A competência legislativa dos Órgãos Estatais é um poder-dever, porquanto o princípio fundamental do Estado de Direito Republicano exige que o poder político deve ser exercido para a realização não de interesses particulares, mas do bem comum do povo (res publica).
	Segue-se daí que toda competência dos órgãos oúblicos, em lugar de simples faculdade ou direito subjetivo, representa incontestavelmente um poder-dever.
	Assim, ao dispor a Constituição da República que o Legislativo, o Executivo e o Judiciário são "Poderes da União, independentes e harmônicos entre si" (artigo 2º), reforça o princípio que se acaba de lembrar, pois quando os órgãos estatai constitucionalmente dotados de competência exclusiva deixam de exercer seus poderes-deveres, o Estado de Direito desaparece.
	Sabe-se ser imprescindível, para o cabimento da ação direta de inconstitucionalidade por omissão a existência de um direito previsto na Constituição Federal que não possa ser exercido por ausência de lei especifica e, no caso em tela, tal direito, pode ser encontrado no artigo 37, X da CF.
DOS FATOS E FUNDAMENTOS
	Trata-se de ação declaratória de inconstitucionalidade por omissão, proposta pelo Partido Progressista com representação no Congresso Nacional, considerando o descumprimento e da falta de emissão de norma regulamentadora do disposto no atigo 37, X, da Constituição Federal, o qual prevê a revisão geral anual dos servidores públicos, na mesma data e com índices idênticos, para reajuste anual dos servidores públicos do Estado de Santa Catarina.
	É nítida a omissão do Governador do Estado de Santa Catarina, do dever de encaminhar ao Poder Legislativo projeto de lei que regulamente a revisão geral anual, na mesma data e sem distinção de índices, da remuneração dos servidores públicos dessa unidade da Federação, conforme o disposto no artigo 37, X, da CF.
	Cabe salientar que a última revisão remuneratória ocorrida nesse Estado-membro se deu com a edição da Lei nº xxx, de 10 de outubro de 2013, assim, os servidores acumulam desde então, sucessivas perdas salariais geradas pela inflação, e mesmo após decorrido todo esse tempo, não há qualquer sinal de que o Executivo Estadal pretenda cumprir o ditame ora destacado.
	Assim, configurando o comportamento omissivo do Chefe do Poder Executivo catarinense, corroborado tanto pelos reajustes pontuais concedidos a determinadas carreiras estaduais como pela ausência, nas leis orçamentárias dos últimos anos, de dotações visando restituir as perdas salariais dos servidores, pretende a presente ação para ver declarada a omissão, tendo em vista a inexistência de norma regulamentadora do art. 37, X, da CF, pretendendo-se também o estabelecimento do prazo de 30 (trinta) dias para que o Exmo. Sr. Governador do Estado de Santa Catarina encaminhe ao Poder Legislativo, projeto de lei específico, destinado a fixar ou manter a periodicidade máxima de 12 (doze) meses para reajuste dos vencimentos.
	Considerando os fatos acima expedidos, é nítido o direito que ora se pleiteia, dado o caráter obrigatório da revisão geral anual prevista para que o Governador proponha a lei reclamada, prazo este de acordo com o artigo 103, §2º, da CF, ou ao menos qualquer outro prazo razoável que faça respeitar as garantias constitucionais dos servidores públicos catarinentes.
	Ademais, a omissão perpetrada pelo Excelentíssimo Sr. Governador afronta também, ainda que indiretamente, os preceitos constitucionais estribados no artigo 6º, caput, da CF, direitos sociais do cidadão como educação, saúde, lazer, etc, não apenas para si, mas também para sua família, pois a ausência de reajuste priva diretamente o servidor do exercício de tais direitos, considerando a baixa do poder aquisitivo.
	Por fim, cabe ressaltar que se esta a incorrer em crime de responsabilidade, posto que tal omissão atenta contra o cumprimento da Constituição Federal, situação que se enquadra no artigo 85, inciso VII, da CF, pelo que deve ser reconhecida e declarada a inconstitucionalidade por omissão.
DOS PEDIDOS
	Ex positis, requer a Vossa Excelência:
a) o deferimento da medida cautelar, com fulcro no artigo 12-F da Lei nº 9.868/99, para fixar prazo na forma do artigo 103, §2º da CF, ou qualquer outro prazo entendido por razoável para que o Chefe do Poder Executivo providencie a Lei Complementar de forma a atender o artigo 37, X, da CF;
b) a notificação do Exmo. Sr. Governador do Estado ..., para que, como órgão/autoridade responsável pela elaboração da Lei, manifeste-se, querendo, no prazo legal;
c) a notificação, caso Vossa Excelência entenda pertinente, do Exmo. Sr. Advogado-Geral da União para manifestar sobre o mérito da presente ação, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do artigo 12-E, §2º, da Lei nº 9.868/99;
d) a oitiva do Exmo. Sr. Procuradorda República para que emita o seu parecer, nos termos do artigo 12-E, §3º, da Lei º 9.868/99;
e) a procedência do pedido para que seja declarada a mora legislativa do Exmo. Sr. Governador do Estado na elaboração da Lei específica do artigo 37, X, da CF.
DAS PROVAS
	Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na forma do artigo 14, parágrafo único, da Lei nº 9.868/99, em especial documental (em anexo cópia das decisões judiciais).
DO VALOR DA CAUSA
	Dá-se à causa do valor de R$...
	 Nestes termos, pede deferimento.
LOCAL E DATA
ADVOGADO
OAB/UF

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