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AVALIAÇÃO CORPORAL O interesse em medir a quantidade dos diferentes componentes do corpo humano iniciou- se no século XIX e aumentou no final do século XX, devido a associação do excesso de gordura corporal ao aumento do risco em desenvolver doenças como hipertensão, diabetes tipo II, dentre muitas outras. Avaliação é a coleta e interpretação da informação dada pelo cliente, pelos protetores consentidos do cliente e pelos profissionais médicos que estão encaminhando, bem como a informação coletada pelo profissional. COMPOSIÇÃO CORPORAL Refere-se a quantidade e proporção dos diferentes componentes corporais como: Massa magra Massa gorda Massa óssea Massa residual O interesse em quantificar a composição corporal tem aumentado nos últimos anos, e consequentemente ocorreu o surgimento de novas técnicas para medição dos componentes corporais. Quantificar a composição corporal pode ser utilizado para melhorar vários aspectos, como: Obesidade; Emagrecimento; Treinamento esportivo; Mudanças que ocorrem durante o processo de crescimento e desenvolvimento; Nutrição; Diferenças socioculturais; Tratamentos estéticos FICHA DE AVALIAÇÃO CORPORAL A elaboração da ficha de avaliação propicia o fundamento do processo de tratamento clinico. As etapas na fase de avaliação giram em torno da formulação e confirmação de uma hipótese a respeito do problema clínico do cliente. Avaliação: é a coleta e interpretação da informação dada pelo cliente, pelos protetores consentidos do cliente e pelos profissionais médicos que o estão encaminhando, bem como a informação coletada pelo profissional. A interpretação da informação colhida durante uma avaliação possui dois objetivos: Determinar se o cliente deve ser encaminhado a outro profissional; Obter informações do cliente, usadas para desenvolver o plano de cuidados/tratamento; Aos profissionais da área de estética cabe criar, selecionar e aplicar os modelos que sejam mais adequados ao tipo de serviço que prestam, propiciando condições de individualizar o cuidado com o cliente, possibilitando maior integração do esteticista com o cliente. As orientações ao paciente e/ou cliente podem ser oferecidas somente depois de ser realizada uma anamnese bem detalhada. Isso não significa que o profissional esteja apto a fazer diagnósticos de doenças, as orientações são para auxiliar no tratamento estético. A ficha de avaliação é confidencial, e ninguém, exceto o terapeuta pode ter acesso a ela. A Ficha de Avaliação consiste na elaboração de um planejamento das ações de cuidar, que consiste em quatro fases: 1 – Levantamento de dados e avaliação: 2 – Conclusões diagnósticas 3 – Planejamento 4 – Termo de Compromisso e Documentação Fotográfica Entrevista: uma boa comunicação com o cliente permite a obtenção de dados precisos e pertinentes tanto para a sessão inicial como para as sessões subsequentes. A primeira entrevista com o cliente é importantíssima, pois assenta as bases do relacionamento profissional. Portanto os conceitos a seguir devem sempre ser incorporados: - Apresentação formal, inclusive nomes, aperto de mão, contato visual e uma declaração que identifique claramente o terapeuta; - Comunicação verbal que dê ao cliente o controle sobre o tratamento; - Revelação de alguns efeitos da sessão que poderão ser observados nos próximos dias; - Estabelecer relação de confiança; - Possuir uma boa capacidade de ouvir; - Perguntas abertas e indutivas. 1 – LEVANTAMENTO DE DADOS: é dividida em quatro partes: 1.1 Dados de identificação 1.2 Anamnese 1.3 Exames físicos 1.4 Exame visual e palpatório 1.1 - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: devem ser coletados todos os dados de identificação do cliente, como: nome data de nascimento, idade, endereço, telefone para contato, telefone para casos de emergência, profissão, médico responsável e a data da avaliação. 1.2 - ANAMNESE: é a investigação de toda a história clínica do cliente. Através da anamnese, é possível reunir informações sobre os hábitos de vida do cliente, além da história passada, podendo assim desenvolver um plano de tratamento específico. Devem ser coletados dados como: Queixa principal / outras queixas; Cor da pele; Número de gestações / número de filhos; Ciclo menstrual, TPM, menopausa e gestação; Cuidados com a pele; Cirurgias; Tabagista / etilista; Nível de estresse; Função intestinal; Medicações; Patologias cardíacas; Patologias dérmicas; Antecedentes oncológicos; Outras patologias; Hábitos alimentares; Atividade física; Durante o processo de entrevista, é importante evitar perguntas que possam ser respondidas com apenas uma palavra. As perguntam abertas encorajam a conversa. A finalidade da entrevista é ajudar o cliente a comunicar seu histórico de saúde e revelar a razão para qual está ali e deseja o tratamento. 1.3 EXAME FÍSICO: consiste em: 1.3.1 Relação peso-altura 1.3.2 Distribuição da gordura Corporal: Circunferência da Cintura 1.3.3 Relação Cintura-quadril 1.3.4 Medidas de circunferência 1.3.5 Bioempedancia BIPOLAR 1.3.6 Medidas das Dobras Cutâneas 1.3.7 Avaliação Postural 1.3.8 Inspeção e Palpação Questionar qual é o valor da pressão arterial normal do cliente, sua altura, seu peso e calcular o IMC (Índice e Massa Corporal = peso/altura 2 ). 1 RELAÇÃO PESO-ALTURA: a relação peso-altura permite identificar o Índice de Massa Corporal (IMC). É um método relativamente comum para julgar se uma pessoa apresenta ou não excesso de peso. Entretanto, independentemente da tabela utilizada como referência, há a impossibilidade de identificar se o indivíduo apresenta uma grande massa muscular ou se simplesmente é obeso. O IMC representa apenas uma estimativa razoável da composição corporal, mais adequada para adultos (18 a 65 anos), que não sejam atletas ou que tenham a massa muscular muito desenvolvida. PESO CORPORAL: Instrumento: balança antropométrica; Procedimento: o cliente deve estar em pé, com o mínimo de roupas possível, de costas para a escala da balança, com afastamento lateral dos pés, estando no centro da plataforma e na posição anatômica com o peso do corpo igualmente distribuído em ambos os pés. ESTATURA: Instrumento: estadiômetro, antropômetro ou fita métrica; Procedimento: o cliente deve estar em pé, descalço, de costas para a escala da balança antropométrica, com os calcanhares unidos, estando no centro da plataforma e na posição anatômica com o peso do corpo igualmente distribuído em ambos os pés. A estatura é a distância entre a planta dos pés e o ponto mais alto da cabeça. Fórmula para o cálculo do IMC: Peso do indivíduo (em kg) Altura x Altura (m) IMC Kg/M 2 – Homens e Mulheres Menor que 18,5 Baixo peso 18,5 – 24,9 Normal 25 – 29,9 Sobrepeso 30 – 34,9 Obesidade Nível I 35 – 39,9 Obesidade Nível II Maior que 40 Obesidade Nível III (Mórbida) Fonte: O.M.S. – 1997 2. DISTRIBUIÇÃO DA GORDURA CORPORAL: além de determinar o nível de gordura corporal, os profissionais da área da saúde devem avaliar outros fatores de risco – como as características do padrão de obesidade. OBESIDADE CENTRAL: tipo androide ou maçã Este tipo de obesidade atinge mais os homens, geralmente adultos, cuja disposição na camada de gordura é de preferência víscero- abdominal. Algumas mulheres também desenvolvem a obesidade andróide. OBESIDADE PERIFÉRICA: tipo ginóide ou pêra É característica das mulheres, com localização da camada gordurosa na zona glútea, o que é conferido por fator genético preferencial.OBESIDADE MISTA: apresenta as duas características: Camada gordurosa na zona glútea Disposição na camada de gordura é de preferência víscero-abdominal. Os riscos de doenças e maior em pessoas que acumulam gordura na região abdominal (central), particularmente ao redor das vísceras (padrão de gordura abdominal visceral). Deve-se ficar atento quando o IMC está acima de 27. CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA – menor perímetro logo abaixo da costela- é maior que 102 cm em homens e maior que 88 cm em mulheres. Nesses casos de gordura tipo centrais o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão arterial é maior. CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA Circunferência da Cintura Risco Moderado Alto Risco Homens > 94 cm >102 cm Mulheres >80 cm >88 cm 3. RELAÇÃO CINTURA QUADRIL – RCQ: outro método utilizado para determinar o padrão de obesidade é o Coeficiente entre as medidas da circunferência da cintura e as medidas da circunferência do quadril: Neste caso mede-se a circunferência da cintura - menor perímetro logo abaixo da costela e divide-se pela circunferência do quadril – ponto de maior dimensão. Deve-se lembrar de que a fita métrica deve estar paralela ao solo. RCQ RCQ : Circunferência da cintura = ? Circunferência do quadril O risco de doenças é maior quando o RCQ atinge os seguintes valores: HOMENS RCQ > 0,95 MULHERES RCQ > 0,85 Na maioria dos casos de sobrepeso e obesidade moderada pode ser tratada com terapias comportamentais conjuntas: alimentação adequada, atividade física, tratamentos estéticos. Em casos mais graves, o acompanhamento médico, com uso de medicamentos e até mesmo caso cirúrgico, pode ser necessário. Em muitos os casos é necessário também o acompanhamento de psicólogos, o que demonstra a importância de dispor de equipes multiprofissionais para a adequada abordagem, como médicos, nutricionistas, educadores físicos, e PROFISSIONAIS DA ESTÉTICA. 4. MEDIDAS DE CIRCUNFERÊNCIAS – PERIMETRIA: medidas que determinam os valores de circunferências de um segmento corporal perpendicular ao eixo longitudinal do mesmo segmento. A fita métrica utilizada para a mensuração de circunferências deve ser utilizada sobre a superfície cutânea, de forma que fique justa, mas não apertada, evitando-se desvios nas medidas ocasionados pela compressão cutânea. Os pontos de referência para as várias circunferências em homens e mulheres adultos são: Pescoço: logo abaixo da proeminência laríngea; Ombros: saliência dos músculos deltóides, abaixo do acrômio (bilateral), no final da expiração; Peito: quarta articulação esterno-costal; Cintura: no ponto médio entre a margem da costela inferior e crista ilíaca, no ponto mais estreito do tronco; Abdômen: 2,5 cm abaixo da cicatriz umbilical, ao final da expiração; Quadril: na linha dos trocânteres maiores; Coxa proximal: imediatamente abaixo da prega glútea; Coxa medial: no ponto médio entre a linha inguinal e a borda proximal da patela; Coxa distal: próximo aos epicôndilos femorais; Joelho: no nível médio da patela; Panturrilha: na maior protusão muscular a esse nível; Tornozelo: sobre os maléolos; Braço: ponto médio entre o ombro e o cotovelo; Antebraço: circunferência máxima da porção proximal; Punho: sobre os processos estilóides do rádio e da ulna. A execução de procedimentos padronizados aumentará a fidedignidade e exatidão das medidas. Há possibilidade de alterações nas medições por retenção de fluidos ou edema subcutâneo, particularmente em mulheres durante certos estágios de seu ciclo menstrual. 5. BIOIMPEDÂNCIA: a Bioimpedância é um método avaliativo da composição corporal, duplamente indireto que realiza a estimativa da massa gorda e da massa magra. Neste método a MASSA GORDA é toda gordura corporal, independente de sua localização ou profundidade (subcutânea ou intravisceral). A MASSA MAGRA será todo restante da composição corporal que não for gordura (ossos, músculos, vísceras, etc.). A Bioimpedância elétrica utiliza um aparelho que gera um impulso elétrico de baixa intensidade, que passa pelo corpo, através dos líquidos corporais. Água conduz impulso elétrico melhor que gordura. TIPOS DE APARELHOS BIOIMPEDÂNCIA BIPOLAR A corrente elétrica passa nas extremidades superiores do corpo e faz uma estimativa da composição corporal do corpo todo. A paciente fica em pé, com as pernas levemente afastadas, deverá segurar o aparelho com as duas mãos a frente do corpo, com os braços estendidos. O aparelho que passa a corrente elétrica nos membros inferiores e faz a estimativa da composição corporal do corpo todo. BIOEMPEDÂNCIA TETRAPOLAR Aparelho que passa corrente elétrica em um lado do corpo, através de 4 eletrodos, dois nos membros superiores e dois nos membros inferiores (dorso da mão e pé), e faz a estimativa da composição corporal do corpo todo. Os eletrodos devem ser posicionados do lado direito do corpo com o paciente em decúbito dorsal, sobre uma superfície não condutora de corrente elétrica, numa temperatura de aproximadamente 22 C Corrente elétrica com frequência de 50 Hz BIOEMPEDÂNCIA OCTAPOLAR Aparelho mais completo que faz a avaliação da composição corporal: Gordura Total de água Proteína Mineral Análise de músculo/gordura Diagnóstico de obesidade Equilíbrio Corporal Controle de peso Avaliação nutricional Distribuição Segmentada de massa magra Metabolismo basal 6. AVALIAÇÃO DAS DOBRAS CUTÂNEAS: um dos métodos mais utilizados para se determinar a composição corporal é a medida das dobras cutâneas. Para a realização deste procedimento utiliza-se o adipômetro, considerado um método duplamente indireto. Segundo McArdle (1985), a lógica para as medidas das dobras cutâneas baseia-se no fato de que aproximadamente metade do conteúdo corporal total da gordura fica localizada nos depósitos existentes diretamente abaixo da pele e está diretamente relacionado com a gordura total. Lohman (1981), afirma também que um dos mais práticos caminhos para a avaliação da composição corporal de populações de adultos entre 20 e 50 anos de idade é o uso das dobras cutâneas, isto porque de 50% a 70% da gordura corporal está localizada subcutaneamente e algumas das dobras cutâneas têm mostrado relação com a adiposidade corporal total. As medidas da espessura das dobras cutâneas devem sempre ser realizadas no hemicorpo direito do avaliado, com o cliente na posição em pé. Deve-se então pinçar fortemente uma dobra de pele e gordura, utilizando o dedo indicador e o polegar para destacar o tecido adiposo subcutâneo do tecido muscular. Aproximadamente 1,0 cm abaixo da dobra pinçada, deve-se introduzir a extremidade da pinça, que deve exercer tensão constante, esperando-se de 2 a 3 segundos para a realização da leitura, a qual será realizada em milímetros. As hastes do compasso devem estar perpendiculares à superfície da pele no local da medida. Os locais utilizados para a mensuração das dobras cutâneas são predeterminados nas seguintes dobras: Dobra cutânea tricipital: dobra vertical medida na linha média, na face posterior do braço, no ponto que compreende a metade da distância entre a borda lateral do acrômio e o olécrano; Dobra cutânea subescapular: dobra oblíqua em relação ao eixo longitudinal, imediatamente abaixodo ângulo inferior da escápula; Dobra cutânea supra-ilíaca: dobra ligeiramente oblíqua em relação ao eixo longitudinal, acima da crista ilíaca; Dobra cutânea abdominal: dobra vertical medida 2,5 cm à direita da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudinal; Dobra cutânea da coxa medial: dobra vertical medida na linha média da coxa. Para facilitar o pinçamento o membro inferior (MI) do indivíduo deverá ser deslocado à frente, com uma semiflexão do joelho, mantendo-se o peso do corpo no membro oposto. Obs.: A medida da dobra cutânea do peitoral também pode ser realizada e deve ser mensurada lateralmente ao músculo peitoral maior no hemicorpo direito. O desenvolvimento de equações para a estimação da densidade corporal ou da porcentagem da gordura corporal tem sido muito popular durante as últimas décadas. Deve ficar claro que nenhuma das equações desenvolvidas apresenta uma quantificação precisa, já que são de aplicações gerais, incluindo geralmente como variáveis a soma dos valores das dobras cutâneas para os homens (do peitoral, abdominal e coxa) e para as mulheres (tricipital, abdominal, supra-ilíaca e coxa) e a idade completa. LEITURA DO ADIPÔMETRO: No início da leitura, os ponteiros A (PA - ponteiro grande) e B (PB - ponteiro pequeno) deverão se encontrar sobre o número zero. Ao pressionar o aparelho para medir uma espessura de dobra cutânea, o ponteiro A deverá girar no sentido horário enquanto o ponteiro B se movimentará no sentido anti-horário. Selecione a dobra a ser mensurada, introduza o adipômetro a aproximadamente 1 cm abaixo da dobra, soltando lentamente sobre a dobra selecionada. Neste momento o ponteiro indicador pequeno deverá se encontrar entre dois números da escala de graduação, ou seja, estará entre 0 e 10; 10 e 20; 20 e 30 e assim por diante. Para que seja efetuada uma leitura precisa, deverá ser descartado o maior entre os dois números indicados pelo ponteiro B, toma- se o menor entre eles e soma-se ao número indicado pelo ponteiro A. No exemplo da figura acima temos: PB entre os números 10 e 20, descartando-se o maior entre eles teremos o número 10. Já o ponteiro A está indicando o número 3 mais 5 divisões, ou seja, 3,5. Para finalizar é só somar 10 aos 3,5 encontrados e teremos uma dobra cutânea com espessura de 13,5 mm. Lembrando que a medida deve ser realizada três vezes em todas as dobras, onde será utilizado como referência o valor intermediário. REFERÊNCIAS ANTÔMICAS PARA AS MEDIDAS DAS DOBRAS CUTÂNEAS: Vista Posterior Vista Anterior FONTE: GUIRRO & GUIRRO Vista Posterior: Dobra Subescapular; Dobra Tricipital. Vista Anterior: Dobra Supra-ilíaca; Dobra abdominal; Dobra Coxa Medial. OBS: PARA A AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL E PERCENTUAL DE GORDURA DO CORPO DEVEM-SE UTILIZAR ALGUMAS FÓRMULAS, COMO: AS EQUAÇÕES PARA ESTIMATIVA DA DENSIDADE CORPORAL PARA OS DIFERENTES SEXOS DE JACKSON & POLLOCK EQUAÇÃO PARA A CONVERSÃO DO VALOR DA DENSIDADE CORPORALEM PERCENTUAL DE GORDURA CORPORAL DE SIRI. Como o trabalho da Tecnóloga em Estética e Cosmética é mais específico em Lipodistrofia Localizada, não utilizaremos essas equações. Faremos a mensuração das dobras cutâneas antes do início do tratamento durante a avaliação corporal e na reavaliação, verificando se houve ou não diminuição de gordura no tecido adiposo subcutâneo. 7. AVALIAÇÃO POSTURAL: cada indivíduo desenvolve seus próprios padrões de postura, que podem ser influenciados por fatores como: Hereditários, Hábitos; Algumas doenças. Uma completa avaliação postural devera ser realizada por um profissional especializado, entretanto, algumas características muito aparentes são bons indicadores de anormalidades e auxiliam os profissionais da estética avaliar o estado postural da paciente/cliente e planejar o tratamento. A roupa, os sapatos e os móveis afetam a maneira como uma pessoa usa o corpo. A observação da postura começa com o paciente/cliente em pé, quando certos desvios de coluna tornam-se perceptíveis. A postura ereta é uma batalha interminável com a gravidade. Diversos grupos de músculos posturais são recrutados para facilitar o movimento e manter a posição vertical. A disfunção dos mecanismos envolvidos neste controle faz o corpo se desviar do que é considerada uma posição normal. Um fator comum para esse desvio é o desequilíbrio na função muscular, onde certos músculos estão muitos encurtados e outros muito flácidos. Desalinhamento e anormalidades ósseas exercem influencias similares, neste caso, desvios da curvatura normal da coluna ou de alinhamentos corporais. Lordose: é uma das curvaturas da coluna vertebral (pra dentro). Quando essa curvatura possue a concavidade voltada para trás é chamada de lordose. Dentre as lordoses temos a cervical, que fica na região do pescoço, e a lombar, mais perto do abdômen. Quando há alguma alteração nestas curvaturas dizemos que existe um problema de lordose. Cifose: A cifose é uma curvatura normal da coluna, localizada na parte torácica da coluna vertebral. Uma alteração possível nesta parte da coluna é a hipercifose, que é um aumento no grau da cifose torácica. Tanto a Lordose como a Cifose é possível observar de lado. Escoliose: A escoliose é uma curva anormal na coluna vertebral para o lado direito ou esquerdo, formando um “S” ou “C”. Esse tipo de curva aparece no plano coronal, isso é, aparece quando olhamos a pessoa ou “de frente” ou “de costas”. Posturas desalinhadas facilitam o acúmulo de gorduras localizadas, pois exigem pouca ação dos músculos para mantê-las e, consequentemente, um baixo gasto energético, ou seja, queimam menos calorias. 8. INSPEÇÃO e PALPAÇÃO: Inspeção é o ato de observar e examinar as pessoas. Palpação é o ato de sentir ou tocar a superfície externa do corpo, com a finalidade de fazer considerações físicas. Transtornos circulatórios; Cor da pele; Ressecamento; Umidade; Edema; Fibro Edema Gelóide; Estrias Atróficas; Flacidez; Gordura localizada; Cicatrizes inestéticas; 2 CONCLUSÃO DIAGNÓSTICA: Na conclusão diagnóstica devem ser relatados os principais achados da avaliação, ou seja, os distúrbios estéticos para os quais será traçado o plano de tratamento. 3 PLANEJAMENTO ou PLANO DE TRATAMENTO: O planejamento envolve a identificação dos comprometimentos que são apropriados para o tratamento e para a seleção das técnicas que são mais prováveis de resultar em melhoria dos comprometimentos do cliente. Ele é o caminho que se recomenda aos clientes para atingir suas metas, sendo que os três principais componentes englobam. - Objetivos: os objetivos do tratamento são traçados de acordo com a conclusão diagnóstica. São as metas esperadas para cada um dos distúrbios estéticos relatados; - Conduta: é a elaboração do tratamento, através dos recursos manuais e eletroterápicos, de acordo com os objetivos traçados. 4 TERMO DE CONSENTIMENTO E DOCUMENTAÇÃO: A documentação é utilizada para possibilitar a criação e a manutenção de registros para os pacientes e o desenvolvimento de um plano de tratamento para cada sessão, bem como permitir a comunicação entre os profissionais da área. Através da documentação o profissional terá registros por escrito para se proteger na rara eventualidade de processo por imperícia; poderá mostrar para o cliente que suas metas foram atingidas; transmitirá confiança ao conduzir uma entrevista que garante um tratamento rigorosamente profissional, entre outros. Deve ser relatado na ficha de avaliação o uso do termo de consentimento e da documentação fotográfica e a data em que os mesmosforam realizados. Vantagens em registrar imagens do cliente durante avaliação: O cliente é capaz de ver o que o terapeuta vê; O terapeuta tem acesso às fotos na ausência do paciente, enquanto planeja o tratamento; Se o terapeuta tiver um computador, as fotos podem ser digitalizadas; As fotos tiradas antes e depois do tratamento documentam as mudanças. IMPORTÂNCIA E NECESSIDADE DA DOCUMENTAÇÃO: Para se certificar de que não existem contraindicações aos procedimentos que serão realizados; Para fornecer um tratamento mais eficaz ao mesmo cliente em ocasiões diferentes; Terá uma prova por escrito do progresso alcançado pelo cliente em relação as metas terapêuticas; Transmitirá confiança ao conduzir uma entrevista que garante um tratamento rigorosamente profissional; Tomará nota dos antecedentes de saúde e do progresso alcançado pelo cliente; Poderá mostrar aos clientes que suas metas foram atingidas; Terá registro por escrito para se proteger na rara eventualidade de processo por imperícia; MODELO DE FICHA DE AVALIAÇÃO CORPORAL 1. Identificação: Nome: _____________________________________________________________________________ D/N: _______________Idade: ________ Sexo: ( ) F ( ) M Data:_______________ End: _________________________________________________________________________ Cidade: ______________________ Bairro: _____________________CEP:________________ Profissão: ____________________________________ Tel: ____________________________ Médico Responsável: ___________________________________________________________ 2. Anamnese: Queixa Principal: _____________________________________________________________________________ N o de Gestação: ______________________ N o de Filhos: ______________________________ Ciclo Menstrual: ( ) Normal ( ) Irregular ( ) Menopausa ( ) Gestante_________mês TPM: ( ) SIM ( ) NÃO............................................................... Tabagista: ( ) SIM ( ) NÃO............................................................... Etilista: ( ) SIM ( ) NÃO............................................................... Implantes Metálicos: ( ) SIM ( ) NÃO............................................................... Nível de Estresse: ( ) Baixo ( ) Médio ( ) Alto Função Intestinal: ( ) Normal ( ) Irregular........................................................... Obs:_________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Possui Patologias: ( ) Cardíacas ( ) Dérmicas ( ) Oncológicas ( ) Outras Obs:_________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Hábitos Alimentares: ( ) Vegetariana ( ) Não Vegetariana Número de refeições ao dia: ___________________________________________________ Suplemento alimentar: _______________________________________________________ Ingestão de líquidos (l/dia): ___________________________________________________ Sedentário (a): ( ) SIM ( ) NÃO Atividade Física:_____________________________ Freqüência: ________________________ Obs:_________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Exame Físico: Pressão Arterial: __________ mmHg Altura:_____________ Peso: ______________ IMC: ________________Kg/m 2 3. Inspeção e Palpação: Transtornos Circulatórios: ( ) Presente ( ) Ausente ( ) Telangectasia ( ) Microvarizes ( ) Varizes ( ) Sensação de Peso ( ) Dormência ( ) Formigamento Localização:___________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Fibro Edema Gelóide (FEG): - Inspeção: ( ) Presente ( ) Ausente - Palpação: Grau: ( ) I ( ) II ( ) III Tipo: ( ) Edematoso ( ) Flácido ( ) Consistente ( ) Misto Temperatura: ( ) Normal ( ) Diminuída ( ) Aumentada Sensibilidade: ( ) Normal ( ) Diminuída ( ) Aumentada Localização:___________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Estrias Atróficas: - Inspeção: ( ) Presente ( ) Ausente Coloração: ( ) Vermelhas ( ) Rosadas ( ) Nacaradas Localização:___________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ - Palpação: Sensibilidade: ( ) Normal ( ) Diminuída ( ) Aumentada Temperatura: ( ) Normal ( ) Diminuída ( ) Aumentada Flacidez: - Inspeção: ( ) Presente ( ) Ausente Localização:___________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ - Palpação: Tipo: ( ) Tissular ( ) Muscular Gordura Localizada: - Inspeção: ( ) Presente ( ) Ausente Localização:___________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ 5. Perimetria (cm): Membros Superiores (MMSS) 1ª Av. data: 2ª Av. data:__________ 3ª Av. data: MSD MSE MSD MSE MSD MSE Braço Antebraço Tronco 1ª Av. data: 2ª Av. data: 3ª Av. data: Peito Cintura Abdome + 2,5cm - 2,5cm Quadril Membros Inferiores (MMII) 1ª Av. data: 2ª Av. data: 3ª Av. data: MID MIE MID MIE MID MIE Coxa Proximal Coxa Medial Coxa Distal Panturrilha Conclusão Diagnóstica: _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Planejamento e Conduta de Tratamento: Objetivos:____________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ Plano de Tratamento: _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ _____________________________________________________________________________ - Termo de Consentimento: Concordo e estou ciente de todas as informações relatadas acima, bem como é de minha livre e espontânea vontade a procura do tratamento. Informo ainda que toda e quaisquer mudanças no meu estado de saúde durante o tratamento será informado ao terapeuta. Assinatura do cliente:__________________________________ Data: ____________ ____________________________________________ Assinatura do Tecnólogo Responsável
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