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PEDAGOGIA HOSPITALAR Lais Cruz 6°semestre

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PEDAGOGIA HOSPITALAR: O PEDAGOGO E SUAS PRÁTICAS EDUCATIVAS EM ESPAÇOS NÃO ESCOLARES
Introdução 
 O direito a educação para crianças e adolescentes foram negados por muitos anos durante uma eventual hospitalização, os descasos eram visíveis e frequentes, era como se não tivessem direitos e necessidades. Estes eram privados da vida acadêmica, correndo o risco de um fracasso escolar e maiores transtornos em seu desenvolvimento intelectual, considerando as peculiaridades do tratamento de saúde que estavam passando, a preocupação é direcionada aos danos na aprendizagem. Dada a importância da aprendizagem das crianças e adolescentes internados em hospitais ou em tratamento de saúde, o tema a ser desenvolvido levanta a seguinte problemática: Como pode o hospital ser considerado um espaço de atuação profissional do pedagogo? Compreendendo a relevância dessa problemática, percebe-se que a educação se encontra cada vez mais em constantes modificações na sociedade, levando seus profissionais da educação além dos espaços escolares, como em hospitais onde se encontram crianças e adolescentes internados, sendo temporariamente cessados de seu processo de ensino-aprendizagem. Assim, o objetivo geral desta pesquisa foi compreender o desafio de atuação do pedagogo que atua no ambiente hospitalar. Os objetivos específicos foram: apresentar as peculiaridades do trabalho pedagógico no hospital; e, destacar a importância da formação continuada para professores da classe hospitalar. Para a realização desta pesquisa foi necessária uma abordagem qualitativa, onde seus instrumentos utilizados foram revisões bibliográficas de vários autores, livros, revistas, artigos, dissertações e outros tipos de documentos que abordam o assunto em questão.A pesquisa veio desvendar uma cruel realidade que estava até então oculto de progressões incontroláveis, trazendo assim o comprometimento para crianças e adolescentes indefesos e familiares leigos dos seus direitos, o qual pela falta de instrução e carência socioeconômica e cultural faz com que seus anseios e desânimos sejam sufocados.
A prática do pedagogo em espaços não escolares 
Atualmente, a prática do pedagogo deixou de ser atuada somente dentro das salas de aula, ou seja, numa educação formal. De acordo com Farfus (2012, p. 81), “A educação, atualmente, não se faz mais apenas dentro dos muros escolares, mais vai além”. Diante disso, percebe-se que o desenvolvimento global tecnológico e ideológico de uma sociedade inclusiva e da igualdade social, forçou o surgimento de uma nova maneira de pensar sobre a educação. Assim, processo de ensino-aprendizagem se tornou prioridade, não somente nos muros das escolas, mas em outros espaços, cujo objetivo é a formação humana. Farfus (2012, p. 81), complementa que: “A organização dos espaços educativos requer um olhar mais amplo para o processo educacional”. Segundo a autora, compreende-se que são muito diferentes os espaços onde a atuação do pedagogo é necessária, para que seja aplicada a prática pedagógica sistematizada, sendo necessário um profissional que esteja preparado.
 Assim, cabe aos profissionais que atuam na educação um processo de formação para atuar em diferentes espaços escolares.Libâneo (2001) destaca que, Diante disso, percebe-se que o pedagogo, pode executar suas práticas educativas em espaços alternativos, promovendo uma educação eficaz aqueles que são privados de poder ir à escola devido a sua situação. Assim, as práticas educativas na “educação formal compreenderiam instâncias de formação, escolares ou não, onde há objetivos educativos explícitos e uma ação intencional institucionalizada, estruturada, sistemática” (LIBÂNEO, 2001, p. 23). Várias outras instâncias e atividades sociais e foram se desenvolvendo e vendo a necessidade de ações e projetos educativos. Com isso, surge necessidade de um mediador capaz de unir a teoria e a prática, este profissional não podia ser ninguém melhor do que o pedagogo. De acordo com Farfus (2012).Desta forma, percebe-se que os profissionais da educação devem possuir capacidade, para desenvolver e refletir sobre suas ações pedagógicas, bem como de poder oferecer uma atuação sustentada pelas necessidades e peculiaridades de cada criança e adolescente hospitalizado ou em tratamento de saúde.
 Assim, percebe-se que outros locais estão abertos e aceitam o trabalho pedagógico, na medida em que esses requisitos forem concretizados pelos acadêmicos. Cabe não só as universidades, mas também aos alunos e futuros pedagogos a preparação profissional para o desenvolvimento de um bonito trabalho fora dos muros da escola. 
Os desafios da educação hospitalar para o pedagogo
 A presença dos profissionais da educação “pedagogo” nas instituições hospitalares traz um grande avanço para educação e com isso, visa também muitos desafios e empecilhos para que este exerça seu papel com conformidade e qualidade em seus atendimentos. Essa modalidade de ensino em hospitais favorece a continuidade no desenvolvimento pedagógico da criança e adolescente hospitalizado para tratamento de saúde. Assim, ganhando cada dia mais espaço, sendo que, está se tornando uma prioridade, já que saúde e educação são direitos adquiridos, e estão respaldados por Lei, fornecendo a esses sujeitos o atendimento necessário. Seria necessário que, houvesse mudanças positivas para que essa modalidade tivesse mais qualidade e êxito, uma união de universidades x hospitais x governantes, assim tudo poderia ser melhor. Um dos primeiros desafios a ser enfrentado por esse educador é a pouca oferta de formação continuado já incluso no curso de formação em pedagogia, onde muitos alunos em formação, nunca nem sequer ouviram falar em Pedagogia Hospitalar.
 É importante destacar que, outro desafio é o tempo e espaço para atendimentos nos hospitais, pois muitos profissionais ignoram essa necessidade por parte do educando, dando prioridade somente para parte clínica e deixando de lado, a parte intelectual da criança/adolescente. Esquecendo que ao sair do hospital e retornar o cotidiano normal, este vai estar em atrasos com seu desenvolvimento intelectual e social. Em muitas instituições hospitalares não há sequer uma classe hospitalar, local adequado para esse atendimento, onde o educador se obriga ao atendimento pedagógico nos leitos mesmo, muitas vezes em enfermarias individuais. 
 Tendo o atendimento já é delicado pelo ambiente, se torna mais improdutivo ainda. Os horários de atendimento para esses estudantes não são específicos, ou seja, não possuem um horário fixo, onde às vezes precisa dar pausa no meio do atendimento para que esse possa ser ministrado um medicamento ou muitas vezes esse atendimento precisa ser adiado, deixando para o outro dia, devido ao mal-estar, dores e diagnóstico do educando.
 O currículo deve ser previamente elaborado para cada criança/adolescente, pois cada um tem uma especificidade, mas, o educador não requer de muito tempo para isso, pois a demanda de atendimento é muita, para pouco profissional com formação especifica. Muitas crianças e adolescentes internados com algum tipo de doença crônica requerem tratamentos prolongados e isso requer um tempo maior de internamento, podendo passar até anos em um leito de hospital. Diante disso, Straub (2005), destaca que: 
 
estará causando para seu desenvolvimento intelectual. Por isso, é necessário que o pedagogo(a) tenha uma formação continuada de qualidade e saiba colocar em prática os aprendizados teóricos. Quando a situação chega nesse estágio, a Uma criança com uma doença crônica fatal apresenta estresse especialmente intenso e desafios de e ela enfrentamento para sua família. Para a criança, há a dor e medo da quimioterapia, da radiação ou de procedimentos cirúrgicos e, é claro, a ameaça de morrer; para os pais, o custo emocional de ter uma criança doente ou terminal muitas vezes é o suficiente para desencadear sérios sintomas psicológicos e fisiológicos em indivíduos que de outra forma seriam saudáveis (STRAUB, 2005, p.535).
 Mediante os argumentos apresentados,nota-se que o afastamento de criança/adolescente por um tempo muito prolongado do convívio social e de suas rotinas pode provocar traumas, alterações de humor e conduta. O tratamento de uma doença crônica pode causar danos irreversíveis em uma criança, ás vezes para a família e até para o doente, o melhor a se fazer é o afastamento das atividades pedagógicas, não levando em conta o mal que família procura consolo e suporte em todas as partes, e acaba vendo o pedagogo(a) como um psicólogo ou um assistente social, e é de suma importância que este saiba se parar o atendimento pedagógico de assistencialismo. Pois, o mesmo não poderá dar este tipo de assistência, e deixar bem claro para família que seu papel é o de educador, e não mantendo nenhum vínculo emocional ou assistencial com a criança/adolescentes. Assim, esse é um dos grandes desafios enfrentado pelo educador em classe hospitalar, pois muitas vezes o sentimento emocional e psicológico é maior que o esperado, e quando o educando é de estágio terminal, a família e o educador firmam fortes laços de amizades. Em algumas instituições hospitalares essa modalidade teve algumas dificuldades por empecilhos dos próprios profissionais de saúde, pois esses acabavam muitas vezes dificultando o atendimento pedagógico, não levando em consideração os direitos e obrigações dele para com o paciente. Muitos profissionais da área da saúde querem constatar que a presença do pedagogo.
Formação continuada de professores para atuar em instituições hospitalares
 Ao referirmos sobrea formação continuada, os seguintes aspectos são enfatizados: a formação, a profissão, a avaliação e as competências que cabem ao profissional, ou seja, “[...] o pedagogo e o profissional da educação tem um papel fundamental no rompimento de paradigmas e na construção de um novo modelo sociocultural” (FARFUS, 2012, p. 89). Segundo a autora, percebe-se que os campos de trabalho desses profissionais da educação estão sempre em busca de uma formação continuada, tendo como tendência ampliar caminhos nas opções e propostas de trabalho. 
 Na visão de Farfus (2012): 
 Os pedagogos e os profissionais que atuam em educação atualmente devem ter competências técnicas e humanas desenvolvidas, pautadas em conceitos atuais que permitam olhar a realidade e recriá-la com certeza da promoção do desenvolvimento local e da sua ação para geração de diversos espaços educacionais (FARFUS, 2012, p. 72).
 Diante disso, compreende-se que é necessário que estes profissionais, estejam sempre em busca de inovar e aprimorar seus conhecimentos, e não há outra maneira que isso possa se dar se não através da formação continuada. Pois, sabe-se que o professor tem um papel social na formação do estudante, fazendo o estudante assimilar melhor a sociedade onde vive, mais para que isso aconteça é necessário que o professor tenha consciência disso.
 Dada a importância de uma educação de qualidade atualmente, torna-se cada vez mais à necessidade de formação de um professor, em sintonia com a evolução da sociedade, para que possa prestar aos atendimentos as necessidades dos alunos. Assim, preparando os diversos e complexos contextos pedagógicos, de maneira que possa contribuir as demandas dessas necessidades. Portanto, cabe destacar que ao colocar em prática, e nos cursos de formação de professores e pedagogos, seria a união de faculdades de educação com hospitais universitários, já que esses locais são para formação de extensão da área da saúde, porque não ser também para projeto de extensão para profissionais de educação.
Inovação Social: a construção de um novo conceito
 Com as inúmeras necessidades da nova sociedade, os hospitais já começaram a ser apresentado um novo modelo a ser seguido, que é o atendimento pedagógico. Com isso dando oportunidade aos indivíduos hospitalizados, de restabelecer ao convívio social e fazendo valer as leis que os amparam. De acordo com a autora, nota-se que os novos espaços educativos exerceram papeis fundamentais,para essa mudança, e sabemos também que a sociedade exerce seu papel, mas quer que os direitos delas também sejam cumpridos. Toda inovação social é um processo constituído de inúmeros agentes que interagem solidariamente para a recreação contínua da sociedade e precisa ser respeitado, pois na unidade da natureza humana todos somos iguais por participarmos da mesma espécie.
 Desta forma, compreende-se que devemos deixar bem claro que para que seja um espaço educativo, não é necessário que se esteja em sala de aula, ou muros da escola, mas sim onde tenham oportunidade e diferentes pessoas estejam de acordo para a mesma realidade pedagógica. O papel de cada um na sociedade não é delimitado por um governo nem por um líder, mas por si próprio. Assim, percebe-se que o papel do pedagogo (a) não é só o de processo de ensino aprendizagem no âmbito hospitalar, mas também o de socializar, trazer para criança/adolescente uma rotina menos estressante, possibilitando a eles o mundo da leitura, o lúdico. Ou seja, não deixando que ela perca a essência, e que o cotidiano do internamento não faça com que esqueça que ainda existe um mundo fora das paredes hospitalares.
Considerações finais 
 A partir da pesquisa, evidenciou-se que o hospital ao contrário de que muitos pensam, é também um espaço propicio para educação. É um local onde se tem mostrado um ambiente para ampla atuação do pedagogo ou professor para que se faça acompanhamento pedagógicoeducacional para crianças/adolescentes em tratamento de saúde. Esse processo de acompanhamento pedagógico para educandos internados não é algo simples, pelo contrário, é tão complexa quanto nos espaços escolar, dito normal ou regular, pois o indivíduo assistido sofre diversas alterações no decorrer das aulas. Não há um modelo, um padrão a ser seguido, para que desenvolvimento pedagógico e tratamento andem juntos, pois cada público tem sua necessidade e especificidade. Portanto, ao conclui este trabalho, percebe-se que a prática pedagógica em ambientes hospitalares exige dos profissionais envolvidos maior flexibilidade. A atuação nessas classes hospitalares requer mais dedicação, atenção e planejamento para cada especificidade, pois cada indivíduo a ser atendido tem uma dificuldade em particular. Pois, a proposta da Pedagogia Hospitalar posiciona-se, nestas condições, entre outros, em situação de vanguarda, desfraldando uma bandeira de luta, na busca de maiores e melhores benefícios para o escolar hospitalizado, cujo problema se estende a todas as comunidades.
Referências 
 
BOGDAN, R. & BILKEN, S. Investigação qualitativa em educação. Porto: Porto Editora, 1994. 
CAIADO Kátia Regina Moreno. Aluno deficiente visual na escola: lembranças e depoimentos. 1° edição, Campinas SP, ed. Autores Associados: PUC, 2003. 
FARFUS, Daniele. Espaços educativos: um olhar pedagógico. Curitiba: Intersaberes, 2012. 
LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e Pedagogos para Quê? 4ª edição. São Paulo, Cortez, 2001. 
MATOS. Elizete l. M. Diante dos desafios tecnológicos a pedagogia hospitalar vem apontando novos olhares para o educador. (Artigo cientifica publicado em 2006-PUCPR). Disponível em: 
STRAUB, R. O. (2005). Psicologia da Saúde. (R. C. Costa, trad.). Porto Alegre: Artmed (trabalho original publicado em 2002). Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151608582011000100012.> Acesso em: 10 fev. 2016.
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