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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ MBA EM DIREITO CIVIL E PROCESSO CIVIL Resenha Crítica de Caso Trabalho da disciplina de Mecanismos de Solução de Conflitos Tutor: Prof. CLAUDIA ABBASS CORREA DIAS Pontal do Paraná 2020 Tomando Emprestado do Baseball: Os Benefícios Surpreendentes da Arbitragem para Oferta Final Referência: GOLDBERG, Stephen G. Tomando Emprestado do Baseball: Os Benefícios Surpreendentes da Arbitragem para Oferta Final. Disponibilizado pela profª CLAUDIA ABBASS CORREA DIAS. O autor inicia o artigo, fazendo o leitor Stephen B. Goldberg pensar sobre uma solução suficientemente boa para as duas partes da história. Ele leva o leitor a imaginar-se como um jovem de grande potencial, gerente de uma grande empresa que é parte da lista Fortune 500, e que tem se destacado por um ótimo trabalhando, proporcionando que o lucro da empresa dobre, porém percebe que o salário está incompatível com todo o trabalho que está desempenhando, o CEO oferece um significativo aumento, porém o jovem acredita que possa receber mais, e nenhum dos dois lados quer ceder. Stephen B. Goldberg explica que se fosse um caso de um jogador Major League Baseball, não existiria conflitos de interesse, pois, a MLB e a Associação de Jogadores da MBL teriam concordado que se um clube e jogador com mais de três, mas menos de seis anos de serviço no time não conseguem combinar o salário do jogador, então essa disputa seria encaminhada para arbitragem de oferta final. Se esse jogador tiver mais de seis anos ele pode buscar outro time, ou ambos definirem em arbitragem. Na MBL um arbitro é quem define qual deverá ser o salário do jogador, com base no desempenho do jogador e salários de outros jogadores na mesma posição. A escolha previamente da arbitragem para resolver qualquer eventual conflito contratual pode ter por resultado uma resolução negociada ou até evitar a arbitragem propriamente dita. O autor exemplifica usando o exemplo anterior do empregado e do CEO que poderiam usar a arbitragem para ambos apresentarem suas ofertas finais e o árbitro neutro decidir. Ou a hipótese de resolver o impasse sozinhos ao invés de ter alguém de fora para decidir e que o acordo pré-negociação dispões que poderiam continuar a negociar mesmo com ofertas finais, chegando a um acordo final. A MLB sustenta a teoria providenciar arbitragem para oferta final no caso de impasse tende a levar a acordo, não a arbitragem. Isto porque desde que a arbitragem final foi adotada de 1974 até 2005 em média 83% dos jogadores chegaram a um acordo com seu time antes da arbitragem, restando apenas 17% que resolveram a contenda pela arbitragem. O autor informa que a arbitragem como oferta final nem sempre leva em acordo, pois diante das duas ofertas o árbitro seria requerido a exigir entre uma dessas ofertas não razoáveis e um lado ficaria muito infeliz. Em caso de uma das partes sentir que com a decisão ficaria lesada, então essa parte é livre para retirar-se da arbitragem. Com esta modificação de não participação, cada uma das partes poderiam concordar com segurança com a arbitragem para oferta final no caso de impasse. Porém se as partes desejam profundamente realizar o acordo, provavelmente evitarão de fazer uma oferta insensata para que a outra parte não saia. Stephen B. Goldberg orienta que para precaução é melhor ser definido o arbitro antes de iniciar a negociação, ou seja, o autor descreve que é mais fácil escolher o arbitro quando as partes não estão cogitando a hipótese de impasse, do que quando já estão irritados. O arbitro deve conhecer sobre o negócio em discussão, ou pode-se buscar um na Associação Americana de Arbitragem ou o Instituto CPR para Resolução de Disputas, ambos sediados na Cidade de Nova York. A arbitragem não pode ser um processo nem demorado e nem longo, segundo o autor a responsabilidade do arbitro é decidir qual oferta final é mais justa e mais razoável nas circunstâncias e deve incluir esses critérios como prática da indústria e antes das negociações entre as partes. O autor explica o porque destaca a arbitragem da oferta final do que a arbitragem tradicional, pois segundo ele, a arbitragem tradicional desencoraja o acordo, pois como não fica limitado a selecionar os termos contratuais de uma das partes, e pode por si mesmo definir os termos, então isso pode provocar as partes a oferecer acordos extremos e assim poderá reduzir a chance de acordo. Stephen B. Goldberg finaliza o artigo esclarecendo que nem sempre a arbitragem é apropriada para resolver todo litigio sobre termos contratuais, pois muitas vezes as partes não concordam sobre a análise de um árbitro e por outras vezes muitas outras questões podem separar as partes, fazendo com que a arbitragem fique inviável, mas que ele, o autor, aconselha a quando o acordo estiver apenas com poucos pontos para resolver a tentar realizar a arbitragem de oferta final, mesmo que com uma clausula de não participação.
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