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Curso - Horta Orgânica em Casa

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Horta 
 
 
em Casa 
 
 
1. Introdução................................................ 
2. Por que fazer uma horta........................... 
3. O que plantar............................................ 
4. Qual o material necessário..................... 
5. Qual o local mais adequado................... 
6. Como organizar a horta......................... 
7. Como preparar a terra........................... 
8. Como adubar......................................... 
9. Como plantar......................................... 
10. Como conservar a horta........................ 
11. Por que comer hortaliças...................... 
12. Quando colher as hortaliças................. 
13. Como preparar as hortaliças................ 
14. Algumas dicas para a sua horta............ 
15. Como controlar pragas e doenças........ 
16. Como Plantar Alface....................... 
17. Como Plantar Repolho.................... 
18. Como Plantar Alho.......................... 
19. Como Plantar Mandioca................. 
20. Como Plantar Abobrinha................ 
21. Como Plantar Tomate 
22. Como Plantar Pepino 
23. Como Plantar Batata 
24. Como Plantar Salsa 
25. Como Plantar Beterraba 
26. Como Plantar Berinjela 
27. Como Plantar Manjericão 
28. Como Plantar Pimenta 
29. Como Plantar Milho 
30. Como Plantar Pimentão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Introdução 
 
Este trabalho tem como finalidade orientar 
famílias urbanas ou rurais na instalação e 
condução de uma horta e apresentar sugestões 
sobre como utilizar as hortaliças em suas 
refeições. 
 
De forma simples e objetiva, procura mostrar o 
valor nutritivo das hortaliças, obtidas em 
sistema de plantio orgânico, como fontes de 
vitaminas e minerais. 
 
Informar sobre as técnicas de plantio e, 
finalmente, sugerir algumas formas de controle 
alternativo das pragas e doenças mais 
frequentes. 
 
 
 
 
2. Por que fazer uma horta? 
 
 
Uma das grandes vantagens em ter sua própria 
horta orgânica é ter a certeza de que os frutos, 
ervas e folhas colhidos são realmente 
orgânicos e ricos em nutrientes, ao contrário 
de alimentos processados e industrializados 
que carregam em sua composição inúmeros 
ingredientes químicos, o que leva a perda de 
parte do seu valor nutritivo. 
 
Outra vantagem é a possibilidade de criar um 
ambiente agradável e bonito dentro de casa, e 
transformar qualquer pequeno espaço, como 
uma cozinha ou varanda, em uma horta 
orgânica. Por exemplo, a horta orgânica de 
temperos, garantindo que as especiarias 
estejam sempre frescas e ao alcance das mãos. 
 
3. O que plantar? 
 
Algumas hortaliças são mais apreciadas pela 
família do que outras, entretanto, 
recomendase variar ao máximo, utilizando 
tanto as folhosas (alface, couve, salsa, 
cebolinha, mostarda, etc.), como os frutos 
(vagem, quiabo, abóbora, tomate, etc.) e 
tubérculos/ raízes (batata-doce, cenoura, 
inhame, mandioca, nabo, rabanete, etc.). 
 
Porque uma alimentação mais diversificada 
tem melhor qualidade para a boa saúde de 
todos. 
 
4. Qual o material necessário? 
 
Para os canteiros, necessita-se, principalmente, 
de pá, enxada, ancinho, estacas e barbante. 
Outros materiais se tornam importantes na 
manutenção das hortas: carrinho de mão, 
enxadinha (sacho), enxadão, mangueira, 
regador e pulverizador. 
 
5. Qual o local mais adequado? 
 
O terreno deve ficar próximo à residência e 
distante de fossas e esgotos. É conveniente 
que seja arejado, recebendo a luz direta do sol. 
O excesso de sombra compromete muito o 
desenvolvimento das hortaliças, entretanto, 
não é necessário que o local fique muito longe 
das árvores, porque elas abrigam pássaros que 
são úteis no controle dos insetos. 
 
O terreno deve ser cercado para evitar a 
entrada de animais e, se na área ocorrerem 
problemas com ventos, recomenda-se a 
utilização de cercas vivas, que funcionam como 
barreiras. Outra precaução é evitar áreas 
alagadiças; no caso de não ter outra 
alternativa, fazer valetas para drenagem do 
excesso de água. 
 
Finalmente, a qualidade da água para a rega é 
extremamente importante, pois a água com 
impurezas pode contaminar os alimentos. 
 
6. Como organizar a horta? 
 
 
 
Inicialmente, o portão de entrada da horta 
deve ficar na parte mais próxima da casa ou da 
escola. Junto à cerca, pode-se colocar um 
canteiro de contorno, com mais ou menos 
60cm, para o plantio das hortaliças ou fruteiras 
trepadeiras (chuchu, bertalha, maracujá, 
pepino, etc.). 
 
Um lado da cerca deve estar livre para preparo 
de algumas tarefas, como adubações, 
pulverizações, sementeiras, esterqueira, etc. 
No espaço interior da horta, os canteiros 
devem ter orientação norte-sul para 
receberem sol na maior parte do dia. 
 
Deve-se escolher cuidadosamente as hortaliças 
a serem plantadas. Ao plantar, variar os tipos 
de hortaliças, nunca plantando uma só espécie. 
 
Existem plantas que, quando cultivadas ao lado 
de outras, ajudam-se mutuamente (plantas 
companheiras), como por exemplo: alface e 
nabo, alface e beterraba, alface e feijão-
devagem. 
 
Há outras que, pelo fato de serem vizinhas, não 
ajudam nem prejudicam (são indiferentes), 
como por exemplo: alface e cenoura, alface e 
abobrinha, alface e espinafre. E, por último, 
existem plantas que terão seu crescimento 
prejudicado se estiverem ao lado de outras; 
são ditas antagônicas (desfavoráveis), como 
por exemplo: alface e salsa, ervilha e 
cebolinha. Entretanto, todas as associações 
citadas devem ser testadas em cada local de 
cultivo, pois podem existir algumas variações 
quanto à época e local de plantio. 
 
7. Como preparar a terra? 
 
 
O preparo do terreno é um dos fatores que 
contribuem para o êxito da horta. O local deve 
ser limpo, capinado e livre de pedras, tocos e 
ervas invasoras. Após a limpeza, revolver a 
terra com enxadão para que fique bem fofa e, 
por fim, emparelhar o terreno com ancinho. 
 
A sementeira é um canteiro especial, devendo 
ser preparada cuidadosamente, pois receberá 
as sementes que produzirão as mudas. Para a 
horta domiciliar, a sementeira pode ser bem 
pequena (com um metro de largura, dois 
metros de comprimento e dez centímetros de 
altura). 
 
No seu preparo, aconselha-se usar a mistura de 
duas partes de terra, uma de esterco e meia de 
areia. 
 
Para hortas maiores, a sementeira deverá ser 
planejada para poder atender às necessidades 
de cultivo. 
 
Os canteiros devem ser marcados perpendicularmente 
à maior inclinação do terreno, tomando-se o cuidado 
de respeitar o relevo dos morros e encostas. 
 
Recomenda-se construí-los com 1 metro de 
largura, 20 centímetros de altura e o 
comprimento variando de acordo com o 
tamanho da horta. Entre os canteiros, deixar 
um espaço de 50 centímetros para facilitar o 
trabalho na horta. 
 
As covas devem ser abertas com 20cm x 20cm 
x 20cm, tomando-se o cuidado de misturar o 
esterco com a terra que foi retirada da cova. 
Logo após, encher a cova com esse solo 
preparado. Já as leiras são preparadas nas 
linhas de plantio, amontoando-se terra e 
esterco misturado, de modo a ficar com 40cm 
de altura e mais ou menos 60cm de largura na 
base. 
 
 
8. Como adubar? 
 
 
A adubação orgânica do solo é muito 
importante por cooperar com a saúde da terra, 
possibilitar a produção de hortaliças de alta 
qualidade e ajudar no controle da erosão do 
solo. 
 
Pode ser feita diretamente com esterco animal 
e através de sua utilização em composto 
orgânico e em caldo de estrume. 
 
O esterco animal bem curtido, 
preferencialmente de bois ou aves, é um 
adubo de excelente qualidade. Para curtir o 
esterco, deve ser feita uma esterqueira, que é 
o local onde o esterco irá fermentar para que 
possa ser usado como adubo. Assim,ele não 
prejudicará as sementes e mudinhas. 
 
O esterco deve ser colocado nos canteiros 20 
dias antes da semeadura, misturando-o bem 
com a terra e, se não chover, fazer duas ou três 
regas. Recomenda-se, em média, de 5 a 10 
litros de esterco curtido de boi por metro 
quadrado de canteiro e a metade quando se 
utilizar esterco de aves. 
 
O composto orgânico pode ser feito no próprio 
quintal a partir de restos, como lixo caseiro, 
folhas, cascas de legumes, casca de ovos, etc. 
Nesse caso, deve-se fazer uma composteira, 
procedendo-se da seguinte maneira: 
- Abrir um buraco no chão de 
aproximadamente 1m x 1m x 1m ou separar 
um caixote para depositar a matéria orgânica. 
 
- Depositar em camadas: cascas de legumes, de 
ovos, de frutas, papéis, pó de café ou chá, 
poda de grama, folhas verdes ou secas, 
serragem, cinzas ou restos de cultura. Cada 
vez que colocar restos, acrescentar uma 
pequena quantidade de esterco e um pouco 
de terra. 
 
- Regar para manter a umidade do composto. 
 
- Quando o buraco estiver bem cheio, cobrir a 
superfície com um saco molhado. Uma vez 
por semana, revirar o composto e manter a 
umidade correta. 
 
- Após três semanas, colocar dentro do buraco 
ou caixote a maior quantidade de minhocas 
que puder encontrar. 
- Em dois meses, o adubo poderá ser utilizado. 
 
- O composto deverá ser colocado na mesma 
quantidade que o esterco puro nos locais de 
plantio. 
 
O esterco animal também pode ser usado na 
forma de caldo de estrume, pois ajuda a 
manter as plantas sadias e vigorosas. 
 
É feito da seguinte maneira: em um tonel de 
200 litros, bem limpo, colocar 50 litros de 
esterco fresco e 150 litros de água; cobrir com 
tampa de madeira e deixar em local com 
bastante sol; mexer o caldo no mínimo duas 
vezes por semana; estará pronto dentro de 60 
a 90 dias, quando não tiver cheiro forte, não 
formar bolhas e não juntar moscas. 
 
Para utilizar, misturar 5 litros de caldo em 10 
litros de água, regar a base das plantas de 7 em 
7 dias, tomando o cuidado de não deixar cair 
nas folhas. 
 
O esterco animal pode ser usado, ainda, na 
forma de biofertilizante líquido, que é ótimo 
adubo foliar, além de contribuir na defesa das 
plantas contra ataques de fitopatógenos e 
insetos-pragas. 
 
9. Como plantar? 
 
Algumas espécies de hortaliças, como alface, 
cebola, repolho, beterraba, brócolis, chicória, 
couve-flor, couve, alface e jiló, necessitam 
passar, inicialmente, pelo plantio em 
sementeira e, quando as plantinhas estiverem 
com 4 ou 5 folhas, são transplantadas para 
canteiros definitivos. 
 
Outras são plantadas definitivamente em 
canteiros, como alho, cenoura, nabo, 
espinafre, rabanete, ervilha, pepino, melancia 
e vagem. 
 
Já outras hortaliças, como tomate, berinjela e 
pimentão, precisam passar, além da fase de 
sementeira, por canteiros de repicagens por 
mais ou menos um mês, que possibilitarão 
maior desenvolvimento das plantinhas e, 
finalmente, irão para os canteiros definitivos. 
 
A batata-doce, por sua vez, é plantada em 
leiras e a abóbora, a abobrinha, o inhame, a 
mandioca, a batatabaroa (mandioquinha salsa) 
e o quiabo são plantados diretamente em 
covas. 
 
Detalhes como época de plantio, espaçamento 
e outros são apresentados no guia de plantio 
(Quadro 1). 
 
 
Independentemente do sistema de plantio 
utilizado, é muito importante utilizar sementes 
ou mudas de boa qualidade, pois o sucesso da 
horta depende em grande parte delas. De 
preferência, usar sementes compradas em 
embalagens fechadas, que garantem a 
germinação e o prazo de validade. 
 
A semeadura é feita em sulcos de um 
centímetro de profundidade, distanciados de 
10 em 10 centímetros. Os sulcos devem ser 
feitos no sentido da largura da sementeira e 
neles distribuídas as sementes uma a uma para 
que não fiquem amontoadas. 
 
Após a semeadura, cobrir as sementes com 
uma leve camada de terra peneirada, 
apertando-a levemente com uma ripa. Sobre a 
terra, colocar uma camada de capim seco, sem 
semente e, logo a seguir, regar. Repetir a 
irrigação diariamente, pela manhã e à tarde. 
 
Logo que as sementes começarem a germinar, 
retirar o capim que foi colocado sobre o solo. 
Quando todas as plantas estiverem 
aproximadamente com 5cm, fazer o desbaste. 
Posteriormente, as mudas das sementeiras 
serão transplantadas para os canteiros. O 
transplante deve ser feito com o auxílio de uma 
pequena pá ou colher, aproximadamente 30 
dias depois da semeadura, quando as mudas 
estiverem com cerca de 10cm de altura ou com 
5 a 6 folhas definitivas. 
 
É recomendável regar as sementeiras antes de 
retirar as mudas, evitando-se, assim, machucar 
as raízes. O horário do dia mais adequado para 
essa tarefa é o final da tarde ou em dias de 
chuva ou nublados. 
 
A semeadura nos canteiros definitivos é feita 
diretamente, semeando-se nos espaçamentos 
adequados as diferentes espécies de hortaliças 
(Quadro 1). 
 
 
10. Como conservar a horta? 
 
 
Algumas tarefas são importantes para manter a 
horta em condições ideais de produção: 
 
- Desbaste: é feito quando são realizados 
plantios diretamente nos canteiros. Ao plantar 
algumas hortaliças, como cenoura, rabanete, 
nabo, quiabo e feijão-devagem, é comum que 
as sementes nos sulcos e covas fiquem 
próximas. 
 
Quando as plantinhas estiverem com mais ou 
menos 5cm, devem ser arrancadas as que 
estiverem em excesso, mantendo o 
espaçamento adequado entre as plantinhas 
(Quadro 1). 
 
 
 
- Rega: as plantas precisam de umidade para 
o seu desenvolvimento. Entretanto, o excesso 
de água pode prejudicar as plantas e favorecer 
o aparecimento de doenças. A rega deve ser 
feita lentamente, de maneira que a água não 
escorra por cima do canteiro. 
 
- Rotação de cultura: a rotação de cultura é 
a prática de variar o local de cultivo de um 
mesma hortaliça. Ajuda na defesa das plantas 
contra as pragas e doenças, além de favorecer 
o solo. 
 
- Capina: não é necessário retirar todo o 
mato dos canteiros. Capinar apenas aqueles 
que estiverem abafando ou prejudicando as 
hortaliças. 
 
11. Por que comer hortaliças? 
 
A alimentação adequada exige alimentos 
contendo carboidratos (açúcares e amidos), 
proteínas, gorduras, sais mineiras e vitaminas. 
Arroz, carne, manteiga, frutas e, 
principalmente, as hortaliças, são exemplos de 
alimentos populares ricos nas substâncias 
citadas. Sendo assim, somente uma 
alimentação variada pode fornecer o 
necessário à manutenção da saúde. 
 
Portanto, as hortaliças são indispensáveis à 
saúde, pois possuem elevados teores de sais 
minerais e vitaminas. É recomendável a 
ingestão de pelo menos três variedades, 
preferencialmente de cores diferentes, em 
cada refeição. 
 
O consumo diário de hortaliças na dieta é uma 
boa garantia de saúde. Quando frescas, 
possuem melhor sabor e maior teor de 
vitaminas. Por isso, é importante ter em casa 
uma horta, mesmo que seja pequena. 
 
Além do valor nutritivo, as hortaliças, pelo seu 
sabor e coloração, valorizam os cardápios, 
dando-lhes melhor aspecto e aumentando a 
sua aceitação. Por tudo isso, a dona de casa 
deve planejar e preparar as refeições utilizando 
bem as hortaliças. 
 
Convém lembrar que as hortaliças com folhas 
de coloração verde-escuro são ricas fontes de 
vitamina A, vitaminas do complexo B, vitamina 
C etc., além de ferro e cálcio, quando 
comparadas com as folhas de coloração clara 
(Quadro 2). 
 
 
 
Entre essas hortaliças, algumas são 
consideradas como mato e não são utilizadas 
pela população: caruru, serralha, línguadevaca, 
beldroega, taioba, etc. 
 
O uso de folhas de mandioca, de batata-doce, 
de quiabo e de outras espécies deve obedecer 
a algumas recomendações, que são 
normalmente citadasem apostilas sobre 
alimentação alternativa. 
 
 
 12. Quando colher as hortaliças? 
 
A colheita deve ser efetuada quando a 
hortaliça atingir o ponto ideal de 
desenvolvimento. Se ela vai ser utilizada na 
cozinha da família, deve ser colhida pouco 
antes, pois assim a sua riqueza em vitaminas e 
sais mineiras é máxima. Então, horas antes da 
refeição, a dona de casa vai à sua horta e colhe 
somente o que for necessário. 
 
 13. Como preparar as hortaliças? 
 
Podem ser preparadas cruas, cozidas, 
refogadas, assadas ou então em saladas, sopas, 
suflês, bolinhos, ensopados, recheados, etc. 
 
- Hortaliças cruas: utilizar frescas e sadias, 
lavando-as muito bem em água corrente. 
 
- Hortaliças cozidas: para reduzir as perdas 
de vitaminas e minerais, o preparo e o 
cozimento devem ser feitos observando-se 
alguns cuidados: 
 
a) não deixá-las de molho antes ou depois de 
serem cozidas; 
 
b) colocá-las em panelas tampadas, com 
pouca água fervendo e que já contenha o 
sal, cozinhando-as por pouco tempo; 
 
c) cozinhá-las inteiras e com as cascas, 
sempre que for possível; 
 
d) servir logo depois de serem preparadas; 
 
e) utilizar a água do cozimento em outras 
preparações, como no arroz, em sopas e 
molhos. Esta água contém minerais e 
vitaminas; 
f) não colocar bicarbonato de sódio, porque 
destrói as vitaminas. 
 
14. Algumas dicas para a sua horta 
 
- As abóboras têm seu melhor lugar no 
centro do canteiro, especialmente as 
variedades que dão os frutos em volta do caule 
e que não se espalham muito, como a 
abobrinha italiana. 
 
- Observe sempre as variedades das plantas 
que semear para melhor adaptálas à época do 
ano. Exemplo: existem variedades de alface 
para plantar no verão e outras para o inverno. 
 
- É prático colocar as plantas medicinais e os 
temperos no início do canteiro, porque ficam 
mais próximos ao portão da horta. 
 
- O gergelim protege a horta das formigas; o 
plantio deve ser feito nas pontas dos canteiros 
e perto da cerca que contorna a horta. 
 
- A mamona é um repelente natural de 
moscas e mosquitos. 
 
- Recomenda-se, também, plantar algumas 
flores ao redor da horta. Além de embelezar, 
algumas flores podem ser usadas em receitas 
caseiras para controle de pragas e doenças, 
como o cravo de defunto. 
 
15. Como controlar pragas e doenças? 
 
As hortas implantadas conforme as sugestões 
dadas nesta cartilha não terão maiores 
problemas com pragas e doenças. Caso 
ocorram alguns insetospragas, como grilo, 
lagartas e outros, recomenda-se a catação 
desses animais. 
 
Caso surjam plantas doentes, a eliminação 
delas é o controle mais eficaz. 
 
- O girassol protege as plantas do ataque de 
muitas pragas. 
 
16. Como Plantar Alface 
 
A alface é uma das hortaliças mais conhecidas 
e mais cultivadas no mundo, e que tem um 
grande número de cultivares, que variam 
principalmente na forma, cor e textura das 
folhas, havendo inclusive alfaces que são 
cultivadas para o consumo dos seus compridos 
e grossos caules (alface-aspargo). Exemplos 
comuns de grupos de cultivares são as alfaces-
manteiga, alfaces-americanas ou alfaces-
iceberg, alfaces-de-folhas-soltas e alfaces-
romanas. 
 
Clima 
A temperatura ideal para cultivar alface se 
situa entre 10°C e 24°C, embora existam 
cultivares que toleram temperaturas mais altas 
e outras que toleram temperaturas mais 
baixas. Alta temperatura pode induzir um 
florescimento precoce (pendoamento), 
impedindo a formação de uma cabeça de 
folhas. 
 
Luminosidade 
A alface necessita de boa luminosidade, 
preferencialmente com luz solar direta, mas é 
tolerante a sombra parcial. Assim, em regiões 
de clima quente a alface pode se beneficiar se 
plantada de forma a receber sombra parcial 
durante as horas mais quentes do dia. 
 
Solo 
As plantas precisam de solo bem drenado, rico 
em matéria orgânica, fértil, com boa 
disponibilidade de nitrogênio. A faixa de pH 
ideal para o solo é de 6 a 7. 
 
Irrigação 
A alface deve ser irrigada com frequência para 
manter o solo úmido, mas sem que o solo 
permaneça encharcado. 
 
Plantio 
É importante escolher cultivares adaptadas a 
temperatura da estação em que ocorrerá o 
cultivo. Há cultivares ditas de inverno, para 
cultivo em temperaturas amenas ou frias, e 
cultivares ditos de verão para cultivo com 
temperaturas mais altas. 
 
Em clima ameno, as sementes podem ser 
semeadas no local definitivo ou em 
sementeiras, módulos e outros recipientes, e 
depois transplantadas. Para outras regiões, de 
clima quente, recomenda-se que as sementes 
sejam plantadas em um viveiro onde o 
ambiente é mais fresco, pois as sementes 
podem se tornar dormentes em temperaturas 
mais altas que as da faixa de temperatura 
ideal, resultando em baixas taxas de 
germinação. Outra possibilidade é plantar as 
sementes diretamente na horta no fim da 
tarde, irrigando em seguida, o que diminui a 
probabilidade de ocorrer dormência nas 
sementes, visto que a temperatura tenderá a 
ser mais amena. Deixe as sementes a menos de 
1 cm de profundidade no solo. 
 
O transplante das mudas de alface pode ser 
feito quando estas têm de 4 a 6 folhas. Em 
regiões de clima quente, transplante de 
preferência em dias nublados e chuvosos, ou 
no fim da tarde com o solo já bem irrigado, 
pois as mudas de alface pode murchar e 
morrer se o transplante ocorrer quando o 
tempo está quente e seco. 
 
O espaçamento entre as plantas pode ser de 20 
a 35 cm para a maioria das cultivares, 
geralmente usando 20 ou 25 cm para cultivares 
de menor tamanho ou que serão colhidas 
precocemente, e 30 ou 35 cm para as 
cultivares de maior tamanho. 
 
A alface pode ser cultivada em vasos e 
jardineiras. Também é uma das hortaliças mais 
cultivadas em sistemas hidropônicos. 
 
Tratos culturais 
Chuvas fortes e granizo podem prejudicar 
muito as frágeis folhas da alface. Se sua região 
está sujeita as essas condições, é melhor 
construir uma proteção com telas agrícolas ou 
filmes plásticos sobre a horta para a proteção 
dos pés de alface. 
 
Retire plantas invasoras que estejam 
concorrendo por recursos e nutrientes. 
 
Colheita 
A colheita pode ser feita entre 55 e 130 dias 
depois da semeadura, dependendo da cultivar 
plantada e das condições de cultivo. Em muitas 
das cultivares, a planta normalmente pode 
rebrotar após o corte da cabeça da alface, 
podendo proporcionar assim uma nova 
colheita de cabeças menores após algumas 
semanas. Para isso, corte a planta cerca de 2,5 
cm acima do solo, permitindo que fique um 
pequeno pedaço do caule, onde surgirão os 
novos brotos. 
 
Com cultivares de folhas soltas é fácil colher 
individualmente as folhas necessárias, sem 
cortar a planta toda. 
 
17. Como Plantar Repolho 
 
Os repolhos são plantas da espécie Brassica 
oleracea que produzem uma cabeça compacta 
de folhas durante seu ciclo de vida. Outras 
plantas da mesma espécie são a couve, a 
couve-rábano, a couve-flor e o brócolis. 
 
Há cultivares de repolho com cabeças que 
variam em tamanho, forma e cor, sendo que 
existem dois grupos principais de cultivares, o 
que têm folhas lisas (Brassica oleracea Grupo 
capitata) e o que têm folhas crespas (Brassica 
oleracea Grupo sabauba), conhecidos como 
repolhos-crespos, repolhos-savoy ou couves-
lombardas. 
 
O repolho pode ser consumido cru ou cozido, e 
é muito comum seu uso em conservas. 
Contudo, o cozimento exagerado do repolho 
produz um sabor e um cheiro desagradáveis, 
resultado da produção de sulfeto de 
hidrogênio durante o cozimento. Dentro de 
certos limites, quanto mais tempo o repolho 
for cozido, mais forte será seu sabor e mais 
desagradável seu odor (poucos minutos de 
cozimento podem fazer uma grande 
diferença). O tempo ideal de cozimento para o 
repolho cortado emtiras finas é de 
aproximadamente 4 minutos, podendo variar 
de cultivar para cultivar. 
 
Clima 
O repolho é uma hortaliça de clima frio, sendo 
que algumas variedades cultivadas podem 
sobreviver mesmo quando a temperatura 
chega a -10°C por curtos períodos de tempo. 
Algumas variedades cultivadas de repolho 
estão adaptadas a climas mais quentes e 
toleram temperaturas mais altas. É importante 
escolher uma variedade cultivada de repolho 
de acordo com o clima local e a época do ano 
em que ocorrerá o plantio. Há cultivares de 
inverno e cultivares de verão. 
 
Longos períodos com temperaturas muito altas 
ou muito baixas podem induzir plantas bem 
desenvolvidas a florescer precocemente. 
 
Luminosidade 
Necessita de alta luminosidade, devendo ser 
cultivado com luz solar direta. 
 
Solo 
O solo deve reter bem a umidade, mas deve 
ser bem drenado, e deve ser fértil e rico em 
matéria orgânica. O pH do solo pode ficar entre 
6 e 7,5. 
 
Irrigação 
É exigente quanto a disponibilidade de água e 
deve ser irrigado com frequência, de forma 
que o solo fique sempre úmido, mas sem ficar 
encharcado. 
 
Plantio 
O plantio é feito através de sementes, que 
podem ser semeadas diretamente no local 
definitivo ou podem ser semeadas em 
sementeiras, com as mudas de repolho sendo 
transplantadas quando atingem 
aproximadamente 10 a 15 cm de altura. A 
profundidade da semeadura pode ser de 1 a 2 
cm e a germinação normalmente ocorre em 
menos de uma semana. 
 
O espaçamento recomendado entre as plantas 
pode variar de 30 a 60 cm, dependendo da 
variedade cultivada e do tamanho da cabeça 
que se deseja colher. Dentro de certos limites, 
quanto maior o espaçamento, maiores 
poderão ser as cabeças formadas. 
 
Tratos culturais 
Retire as plantas invasoras que estiverem 
concorrendo por recursos e nutrientes. 
 
Colheita 
A colheita do repolho ocorre de dois a quatro 
meses após o plantio, dependendo da 
variedade cultivada e das condições de cultivo. 
Colha quando as cabeças estão bem formadas, 
firmes e compactas. 
 
Algumas variedades cultivadas podem rebrotar 
e produzir uma segunda colheita de pequenas 
cabeças se as plantas forem deixadas no solo 
com um caule de pelo menos 10 cm de altura. 
 
18. Como Plantar Alho 
 
O alho é uma planta que pode atingir de 30 cm 
a até 120 cm de altura, e que forma um bulbo 
que contêm vários segmentos, normalmente 
denominados "dentes de alho". Estes podem 
ser consumidos tanto crus quanto cozidos ou 
assados, sendo geralmente utilizados como 
tempero ou condimento em diversos tipos de 
pratos culinários devido ao seu sabor 
marcante. Embora menos utilizados, as folhas 
jovens, os escapos (caules das flores), as flores, 
os bulbilhos que surgem junto as flores e as 
sementes também podem ser consumidos. 
 
Muito utilizado popularmente para fins 
medicinais, alguns estudos indicam que o 
consumo regular de alho oferece benefícios 
cardiovasculares, além de possuir outras 
propriedades medicinais benéficas. No 
entanto, o consumo de alho produz um odor 
característico no corpo e mau hálito. Pessoas 
que ingerem regularmente ácido acetilsalicílico 
ou outras substâncias anticoagulantes devem 
evitar o consumo de alho, pois pode haver um 
aumento do risco de sofrer hemorragias. 
 
O alho também pode ser usado como pesticida 
natural, sendo comum o uso de extratos ou 
macerados de alho para combater algumas 
pragas em hortas e pequenas plantações. 
 
Clima 
O alho pode ser cultivado em diversas regiões 
climáticas, havendo diversas cultivares 
adequadas a diferentes regiões. No entanto, 
regiões quentes e chuvosas não são adequadas 
para o plantio, pois é necessário que haja um 
período de frio no início ou na metade de ciclo 
de cultivo, com temperaturas entre 0°C e 15°C, 
para estimular a formação dos bulbos (a 
cabeça do alho). As plantas geralmente não 
formam os bulbos se a temperatura 
permanece acima de 25°C. 
 
O ideal são temperaturas amenas enquanto as 
plantas crescem, com um período de baixas 
temperaturas no estágio em que os bulbos 
devem começar a se formar, seguido de meses 
mais quentes na época de maturação das 
cabeças. 
 
Luminosidade 
Um cuidado necessário para ter sucesso ao 
plantar alho é escolher cultivares adaptadas ao 
fotoperíodo de sua região, ou seja, ao tempo 
de horas de luz, do nascer ao pôr do sol. 
Existem muitas cultivares adaptadas a 
diferentes fotoperíodos e condições climáticas, 
assim procure se informar acerca das melhores 
cultivares para o plantio em sua região. 
 
O alho precisa receber luz solar direta pelo 
menos por algumas horas diariamente. 
 
Solo 
O alho não é muito exigente quanto ao solo, 
podendo ser plantado em solos menos férteis, 
com menor disponibilidade de nitrogênio. O 
ideal é um solo leve, bem drenado e rico em 
matéria orgânica. O pH do solo pode ser de 5,5 
a 8,3 (pH ideal de 6,2 a 7). O plantio em 
camalhões é recomendado se o cultivo será 
feito em solos argilosos pesados. 
 
Irrigação 
O alho deve ser irrigado com frequência para 
que o solo seja mantido sempre úmido durante 
a fase inicial de crescimento da planta. 
Diminua a frequência das irrigações quando os 
bulbos estiverem crescendo. Cerca de 10 a 20 
dias antes da colheita, suspenda a irrigação. 
 
Plantio 
O alho pode ser cultivado a partir de sementes, 
mas é muito mais comum plantar os dentes do 
alho. Em plantações comerciais é 
recomendado separar os dentes por tamanho, 
pois o plantio de dentes de mesmo tamanho 
tende a produzir plantações mais uniformes. 
Contudo, em pequenas plantações domésticas, 
isso é menos importante. Dentes muito finos, 
danificados ou com sinais de apodrecimento 
devem ser descartados. 
 
Plante cada dente no local definitivo a uma 
profundidade de 3 a 5 cm (pode chegar a ser 8 
cm ou mais em regiões de inverno rigoroso). 
Os dentes também podem ser plantados em 
bandejas ou sementeiras, sendo 
transplantados após brotarem. É muito 
importante plantar os dentes na posição 
correta, com a parte mais fina do dente 
voltada para cima. O espaçamento pode ser de 
25 a 30 cm entre as linhas de plantio, e 10 cm 
entre as plantas. Em pequenas plantações, sem 
linhas de plantio, o espaçamento pode ser de 
15 a 18 cm entre as plantas. Espaçamentos 
maiores que esses propiciam que as plantas 
gerem cabeças maiores, mas a produtividade 
por área diminui. O alho também pode ser 
cultivado facilmente em vasos e jardineiras. 
 
Geralmente o plantio é realizado no outono. 
Em regiões mais frias, pode ser plantado no fim 
do verão, no começo do outono ou no início da 
primavera. Em regiões com inverno ameno, o 
plantio pode ser feito no outono ou no 
inverno. Normalmente as melhores cabeças 
são colhidas de plantas que foram plantadas 
durante o outono. Para o cultivo em regiões 
mais quentes, os dentes podem ser 
armazenados sob refrigeração (0°C a 10°C) por 
um ou dois meses antes do plantio ser 
realizado (o período adequado de refrigeração 
varia com a cultivar). 
 
Tratos culturais 
Retire as plantas invasoras que podem 
competir com o alho por nutrientes e recursos, 
pelo menos durante os três primeiros meses 
de cultivo. 
 
Não plante alho em locais onde houve cultivo 
de alho ou cebola recentemente, pois seu 
cultivo no mesmo local aumenta muito o risco 
de surgimento de doenças na plantação. 
 
Colheita 
A colheita do alho ocorre de 16 a 36 semanas 
após o plantio, dependendo da cultivar 
utilizada, da região onde o plantio é realizado, 
da época do ano, etc. 
 
As cabeças de alho estão prontas para a 
colheita quando as folhas mais velhas 
começarem a amarelar e secar. Arranque a 
planta inteira, sem destacar as folhas, 
preferencialmente em dias secos e 
ensolarados. 
 
A cura é o processo em que o alho perde o 
excesso de água e consiste em deixar os bulbos 
secando ao sol por algunsdias. Após este 
período, quando as folhas e a camada externa 
dos bulbos estiverem completamente secas, os 
bulbos podem ser armazenados em locais 
frescos e secos, em tranças, amarrados em 
varais de madeira ou bambu, ou em bandejas. 
É importante para a conservação das cabeças 
de alho mantê-las em ambiente seco e com 
boa ventilação. As cabeças de alho podem ser 
armazenadas por até quase um ano, 
dependendo da cultivar e das condições de 
armazenagem. Dentes soltos e cabeças 
danificadas não duram muito tempo. 
 
19. Como Planta Mandioca 
 
A mandioca é classificada como mandioca-
brava ou mandioca-mansa, de acordo com o 
teor de cianeto produzido em suas raízes 
tuberosas, sendo este muito maior nas 
mandiocas-bravas que nas mandiocas-mansas. 
A mandioca-mansa também é chamada de 
aipim ou macaxeira. 
 
Clima 
A mandioca é uma planta de origem tropical, 
nativa do Brasil, e necessita de temperaturas 
acima de 18°C para se desenvolver bem, sendo 
que o ideal para o cultivo é um clima quente e 
úmido. 
 
Luminosidade 
A mandioca necessita de boa luminosidade, 
podendo ser cultivada com luz solar direta ou 
em sombra parcial . 
 
Solo 
A mandioca pode ser cultivada até em solos 
pouco férteis, desde que sejam bem drenados. 
Solos argilosos pesados e solos compactados 
não são adequados, pois prejudicam o 
crescimento das raízes. O mais indicado é que 
o solo seja permeável, fértil, rico em matéria 
orgânica, com pH entre 5 e 6. 
 
Irrigação 
Irrigue de forma a manter o solo sempre 
úmido, sem que fique encharcado. A planta é 
muito sensível à falta de água durante os cinco 
primeiros meses de cultivo. Quando bem 
desenvolvidas, as plantas são tolerantes a 
períodos de seca. 
 
Plantio 
O plantio é realizado a partir de pedaços de 
caule de plantas adultas saudáveis, 
denominados manivas, com 15 a 25 cm de 
comprimento e cerca de 2,5 cm de diâmetro. 
As manivas são colocadas em sulcos ou covas 
de 5 a 10 cm de profundidade, podendo ser 
dispostas na posição horizontal, vertical ou 
obliqua. Fincadas na posição vertical ou 
inclinadas, as manivas dão origem a plantas 
cujas raízes serão mais profundas, resultando 
em uma colheita mais trabalhosa. Dispostas na 
horizontal, no sentido do sulco, as raízes serão 
mais superficiais, facilitando a colheita. A 
vantagem do posicionamento vertical e do 
inclinado é que a porcentagem de manivas que 
brotarão é maior que no plantio horizontal, 
resultando em um maior rendimento por área. 
 
O espaçamento geralmente recomendado é de 
1 m entre as fileiras e 50 a 60 cm entre as 
plantas, podendo variar com a fertilidade do 
solo, do clima da região e da cultivar utilizada. 
Também é recomendado o plantio com fileiras 
duplas, onde a distância entre os sulcos é 
alternadamente de 2 m e de 60 cm, isto é, uma 
distância de 2 m entre duas fileiras e depois 60 
cm até a próxima fileira, então 2 m até a 
seguinte, etc., mantendo 50 a 60 cm entre as 
plantas de uma mesma fileira. 
 
Embora seja uma prática incomum e não seja o 
procedimento recomendado, a mandioca 
também pode ser cultivada a partir de 
sementes extraídas de seus frutos. 
 
Tratos culturais 
É necessário retirar regularmente plantas 
invasoras que concorrem com a mandioca por 
nutrientes e recursos, pelo menos durante os 
cinco primeiros meses de cultivo. 
 
Podar as plantas diminui a produção, assim 
evite qualquer poda, a não ser que seja 
necessária a obtenção de manivas para o 
plantio em uma época que não corresponde a 
época da colheita. 
 
Colheita 
A colheita da mandioca pode ocorrer de 6 
meses a 3 anos (geralmente de 12 a 18 meses) 
após o plantio das manivas, dependendo da 
cultivar e das condições de cultivo. 
 
A planta inteira contém dois glicosídeos 
cianogênicos, linamarina e lotoaustralina. 
Quando a planta é cortada ou sofre algum 
dano, uma enzima chamada linamarase 
decompõem estes glicosídeos, liberando 
cianeto de hidrogênio (HCN), também 
chamado de ácido cianídrico ou ácido prússico, 
uma substância muito tóxica. Assim nem a 
mandioca, nem suas folhas e ramos devem ser 
consumidos crus. A mandioca mansa pode ser 
consumida cozida, frita ou transformada em 
farinha. Suas folhas podem ser utilizadas em 
refeições cozidas ou fritas depois que as folhas 
são picadas e lavadas várias vezes. A mandioca-
brava deve ser utilizada após cuidadoso 
preparo como farinha e derivados. 
 
 
 
20. Como Plantar Abobrinha 
 
Abobrinha é o nome popular dado a algumas 
variedades ou cultivares de abóboras cujos 
frutos são colhidos e consumidos quando ainda 
estão imaturos. A grande maioria destas 
variedades são da espécie Cucurbita pepo, mas 
há exceções. Quase todas as cultivares de 
abobrinha formam moitas que não se alastram 
muito. 
 
As abobrinhas podem ser classificadas como 
segue: 
 
Abobrinhas-italianas ou Zuchinni - C. pepo - é o 
grupo de cultivares mais comum e mais 
cultivado, cujos frutos são cilíndricos e não 
alargam ou alargam pouco em direção a 
extremidade. 
 
Cocozelle - C. pepo - apresenta longos frutos 
cilíndricos que alargam na extremidade 
formando um bulbo. 
 
Crookneck - C. pepo - apresenta frutos 
cilíndricos curvos, com alargamento em 
direção a extremidade. Geralmente 
apresentam uma casca com aparência 
enverrugada, embora também possa ser lisa. 
 
Straightneck - C. pepo - apresenta frutos 
cilíndricos sem curvatura pronunciada, com 
alargamento em direção a extremidade. Pode 
apresentar aparência externa que pode ir de 
enverrugada a lisa. 
 
Patty pan ou scallop - C. pepo - apresenta 
frutos achatados ou com forma de disco, 
frequentemente com ondulações ou projeções 
na superfície lateral. 
 
Abobrinha-redonda - C. pepo - apresenta 
frutos arredondados. 
 
Tromboncino ou zucchetta - C. moschata - uma 
variedade que produz longos frutos curvos com 
uma extremidade bulbosa. Esta abobrinha 
apresenta hábito rastejante, não forma moita. 
 
Abobrinha-redonda-escura ou Zapallito - C. 
máxima - apresenta frutos redondos verde-
escuros. 
 
Clima 
A abobrinha cresce melhor em clima quente, 
sendo que a temperatura média ideal para o 
cultivo é de 18°C a 27°C. A temperatura 
mínima recomendada para o plantio é de 15°C, 
pois a planta não suporta geadas e baixas 
temperaturas. 
 
Luminosidade 
Preferencialmente deve ser cultivada em locais 
ensolarados, mas pode ser cultivada em 
sombra parcial, desde que haja uma alta 
luminosidade. 
 
Solo 
Cultive em solo bem drenado, fértil, rico em 
matéria orgânica, com pH entre 5,5 e 6,8. 
 
Irrigação 
Irrigue de forma a manter o solo sempre 
úmido, sem que fique encharcado. 
 
Plantio 
Semeie as sementes de abobrinha no local 
definitivo na horta, colocando 2 ou 3 sementes 
por cova a cerca de 2 cm de profundidade, 
seguindo a recomendação de espaçamento 
para a cultivar utilizada (geralmente vai de 0,9 
m x 0,9 m a 1 m x 1,5 m). 
 
As sementes também podem ser semeadas, 
por exemplo, em sementeiras grandes, em 
vasos pequenos, saquinhos plásticos próprios 
para mudas ou copinhos de 10 cm de altura e 5 
cm de diâmetro feitos com papel jornal ou 
outro material. O transplante das mudas de 
abobrinha para a horta pode ser feito quando 
as mudas têm pelo menos três folhas 
definitivas. 
 
Algumas cultivares de abobrinha podem 
crescer bem em vasos grandes. 
 
Tratos culturais 
Como outras cucurbitáceas, as aboboreiras são 
monoécias, ou seja, são plantas que 
apresentam flores masculinas e flores 
femininas separadas, embora cada planta 
tenha os dois gêneros de flores. Flores 
masculinas produzem pólen e não formam 
frutos. Flores femininas têm um ovário inferior 
que lembra uma minúscula abobrinha e este se 
desenvolve no fruto quando a flor é polinizada. 
 
A presença de insetos polinizadores, 
principalmente abelhas, é necessária para a 
polinização das flores e a formaçãodos frutos. 
Se não houver abelhas e não houver formação 
de frutos, realize a polinização das flores 
manualmente com a ajuda de um pequeno 
pincel de cerdas suaves, transferindo o pólen 
das flores masculinas para as flores femininas. 
Outra alternativa é colher algumas flores 
masculinas e esfregar levemente as anteras 
carregadas de pólen destas flores no estigma 
das flores femininas. 
 
Quando a floração se inicia, surgem apenas 
flores masculinas. As flores femininas 
começam a aparecer bem depois (de duas 
semanas a um mês ou mais). Altas 
temperaturas e dias longos aumentam a 
proporção de flores masculinas, que todavia 
sempre são mais numerosas que as flores 
femininas. As flores se abrem apenas por 
algumas horas, no início da manhã. 
 
Colheita 
A colheita da abobrinha pode começar de 45 a 
80 dias depois do plantio, dependendo da 
cultivar e das condições de cultivo. Colha a 
abobrinha quando bem desenvolvida, mas 
ainda imatura (o tamanho adequado para a 
colheita varia com a cultivar). 
 
21. Como Planta Tomate 
 
 
 
O tomate é um dos frutos mais cultivados do 
mundo, havendo milhares de cultivares que 
variam na forma, tamanho, cor e sabor. 
 
Cultivado nos Andes, na América Central e no 
México muito antes das viagens marítimas 
europeias, o tomateiro foi introduzido na 
Europa no século XVI, sendo primeiramente 
cultivado como planta ornamental nos jardins, 
pois foi inicialmente considerado inadequado 
para o consumo, visto que é uma planta da 
família da mortal beladona (Atropa 
belladonna), a família das solanáceas, que 
também inclui outras plantas tóxicas. De fato, 
as folhas e os caules do tomateiro contém o 
alcaloide tomatina, e até mesmo os frutos 
imaturos contêm esta substância, porém em 
pequenas quantidades, de forma que o 
consumo de tomates verdes geralmente não 
causa intoxicação, embora isso possa 
teoricamente ocorrer caso sejam consumidos 
em grandes quantidades. Além disso, há alguns 
estudos que sugerem que o consumo 
moderado de tomatina traz benefícios para a 
saúde. Quando o tomate amadurece, a 
concentração deste alcaloide no fruto diminui 
muito. 
 
Os tomates cultivados atualmente variam 
bastante no tamanho, indo dos pequenos 
tomberries, com cerca de 5 mm de diâmetro, a 
grandes tomates com mais de 10 cm de 
diâmetro. Também variam muito na forma, 
indo de tomates arredondados e lisos a 
tomates ovalados, oblongos, angulosos, 
tomates com formato de pera e tomates ocos 
que lembram um pimentão ou pimento. 
Quanto a cor, os tomates geralmente são 
vermelhos quando maduros, mas há cultivares 
com frutos amarelos, laranja, rosados, brancos, 
creme, roxos e tomates que permanecem 
verdes quando maduros, além de haver 
tomates bicolores rajados. 
 
A principal característica que varia nos 
tomateiros é o hábito de crescimento, sendo 
que uma parte das cultivares tem hábito 
determinado, formando moitas e produzindo 
todos os frutos em um curto período de 
tempo, e outra parte das cultivares têm um 
hábito indeterminado, com ramos que 
continuam crescendo por vários metros, que 
necessitam de tutoramento e que continuam 
produzindo frutos enquanto a planta cresce (o 
maior tomateiro que se tem registro alcançou 
quase 20 m de comprimento). Além destes 
dois hábitos principais, há também cultivares 
com um hábito intermediário, crescendo mais 
que os tomateiros de hábito determinado, e 
que assim necessitam de tutoramento, mas 
que apresentam um crescendo limitado. Outro 
tipo são as cultivares anãs, que podem ser 
consideradas como sendo do tipo 
determinado, mas que têm a distinção de 
serem plantas bastante pequenas. 
 
Clima 
Os tomateiros são cultivados no mundo todo, 
mas não suportam extremos de temperatura, 
ou seja, não crescem bem nem em baixas 
temperaturas (temperaturas diurnas abaixo de 
15°C), que prejudicam o crescimento da planta 
e diminuem a taxa de germinação das 
sementes, nem em altas temperaturas (acima 
de 27°C), que podem prejudicar a formação 
dos frutos. Geralmente o tomateiro cresce 
melhor com temperaturas diurnas entre 20°C e 
26°C, com uma variação de temperatura entre 
o dia e a noite. Em regiões sujeitas a geadas e a 
baixas temperaturas, os tomateiros costumam 
ser cultivados dentro de estufas. 
 
Quanto à umidade do ar, os tomateiros são 
sujeitos a menos doenças quando cultivados 
sob uma condição de baixa umidade do ar. Alta 
umidade do ar favorece o surgimento de 
doenças e pragas nas plantações de tomate. 
 
Luminosidade 
Os tomateiros geralmente crescem e 
produzem melhor em condições de alta 
luminosidade, com sol direto pelo menos 
algumas horas por dia. 
 
Solo 
O tomateiro é tolerante quanto ao tipo de solo, 
devendo-se apenas evitar solos argilosos com 
tendência ao encharcamento. 
 
Os melhores resultados são obtidos em um 
solo bem drenado, fértil e rico em matéria 
orgânica, com pH entre 5,5 e 7. 
 
Atualmente o tomateiro é também muito 
cultivado em estufas sem o uso de solo natural. 
Por exemplo, é cultivado com o uso de solos 
artificiais, sistemas hidropônicos e sistemas 
aeropônicos. 
 
Irrigação 
Irrigue de forma a manter o solo sempre 
úmido, mas sem que permaneça encharcado. 
 
Plantio 
As sementes de tomate podem ser semeadas 
diretamente no local definitivo ou em 
sementeiras, copos ou saquinhos de plástico 
ou papel, com cerca de 10 cm de altura e 7 cm 
de diâmetro. Coloque de duas a cinco 
sementes em cada recipiente, a no máximo 1 
cm de profundidade, deixando posteriormente 
apenas uma ou duas plantas por recipiente, 
mantendo as mudas que são mais vigorosas. O 
transplante das mudas de tomate é realizado 
quando as mudas atingem de 15 cm a 25 cm de 
altura, e no transplante parte do caule pode 
ser enterrado para propiciar o surgimento de 
mais raízes. 
 
O espaçamento recomendado varia 
amplamente e depende da variedade cultivada 
e das condições de cultivo. Em geral, as 
cultivares de hábito indeterminado podem ser 
cultivadas com um espaçamento de 50 cm a 
1,6 m entre plantas, e as cultivares de hábito 
determinado podem ser cultivadas com um 
espaçamento de 50 cm a 1 m entre plantas. 
Cultivares anãs podem ser plantadas com um 
espaçamento de 30 cm entre as plantas. 
 
Os tomateiros podem ser plantados em vasos, 
jardineiras, cestas suspensas, sacos plásticos 
com terra e outros tipos de recipientes, mas a 
cultivar a ser plantada deve ser escolhida de 
forma a adequar o tamanho da planta com o 
tamanho do recipiente. Em vasos grandes é 
possível plantar a maioria das cultivares, senão 
todas, mas as plantas podem ter seu tamanho 
e sua produtividade limitadas. Há cultivares de 
porte anão que podem ser cultivadas até 
mesmo em vasos relativamente pequenos, e 
que além de produzir frutos, também são 
bastante ornamentais. 
 
Tratos culturais 
Muitas cultivares de tomate apresentam 
crescimento indeterminado e precisam ser 
cultivadas com tutoramento. Isso pode ser 
feito amarrando a planta a uma cerca, a varas 
dispostas em X ou a um caramanchão, a cada 
10 ou 15 dias. A altura mínima do suporte deve 
ser de 1,5 m (geralmente é de mais de 2 m). 
Nestas cultivares as flores e frutos surgem 
continuamente ao longo do ramo, assim os 
brotos laterais podem ser removidos das 
plantas semanalmente, para manter um 
crescimento linear até que a planta atinja a 
altura máxima do suporte. 
 
Para as cultivares que têm crescimento 
determinado não há necessidade de 
tutoramento, e os brotos laterais da planta não 
devem ser retirados, pois são principalmente 
os novos ramos que produzirão flores e frutos. 
Estes tomateiros são mais compactos e são 
bastante ramificados. 
 
Para as cultivares que apresentam 
características intermediárias entre os tipos de 
crescimento determinado e os tipos de 
crescimento indeterminado, também são 
usados suportes. 
 
Retire as plantasinvasoras que estiverem 
concorrendo por recursos e nutrientes. 
 
Colheita 
O início da colheita depende da cultivar de 
tomate plantada e das condições de cultivo. 
Geralmente a colheita dos tomates inicia-se 
em 7 ou 8 semanas após o plantio para 
cultivares de crescimento determinado, e de 
10 a 16 semanas para cultivares de grande 
porte. 
 
Para a grande maioria das cultivares, os frutos 
serão mais saborosos se colhidos quando estão 
completamente maduros, visto que a 
concentração de açúcares será maior se o fruto 
permanecer na planta até sua completa 
maduração. Em plantações comerciais os 
tomates são colhidos quando bem 
desenvolvidos mas ainda imaturos ou quase 
maduros, dependendo da distância aos 
mercados a que se destinam. 
 
Tomateiros são plantas perenes de vida curta e 
em condições adequadas podem produzir 
frutos por alguns anos, embora essa não seja a 
prática em plantações comerciais, onde os 
tomateiros são cultivados apenas por alguns 
meses. 
 
22. Como Plantar Pepino 
 
O pepino é uma planta trepadeira, cujos ramos 
podem crescer de 1 a 3 m de comprimento. 
Seus frutos são normalmente consumidos 
ainda imaturos, crus ou em conservas. 
 
Clima 
O pepineiro prefere clima quente, crescendo 
bem em locais com temperaturas entre 18°C e 
30°C. Em regiões sujeitas a geadas e a baixas 
temperaturas, o pepino pode ser cultivado 
dentro de estufas. A planta não deve ser 
cultivada em local exposto ao vento. 
 
Luminosidade 
O pepino cresce melhor em condições de alta 
luminosidade, com luz solar direta pelo menos 
algumas horas por dia. 
 
Solo 
Plante em solo rico em matéria orgânica, fértil 
e bem drenado. Esta planta não precisa de um 
solo rico em nitrogênio. O pH ideal do solo é de 
5,5 a 6,8. 
 
Irrigação 
O pepineiro deve ser irrigado com a frequência 
necessária para que suas raízes nunca fiquem 
secas, porém sem que o solo fique encharcado. 
 
Plantio 
As sementes de pepino não germinam bem em 
temperaturas abaixo de 20°C. Semeie de 
preferência diretamente na horta, pois as 
mudas não suportam bem o transplante. 
Entretanto, se desejar ou for conveniente 
(como por exemplo, se sua região tem invernos 
frios e você deseja plantar no início da 
primavera, quando ainda existe risco de baixas 
temperaturas), as sementes podem ser 
semeadas em vasos, saquinhos de plástico 
para mudas ou copos feitos de papel jornal, 
mantidos em locais aquecidos, e 
posteriormente transplantadas com cuidado 
para o local definitivo. As sementes podem ser 
semeadas a 2 ou 3 cm de profundidade, e a 
germinação leva de 5 a 15 dias. 
 
O espaçamento indicado para o pepino pode 
variar muito com a cultivar e o método de 
cultivo. No cultivo tutorado, o espaçamento 
geralmente pode ser de 60 cm a 1 m entre as 
linhas de cultivo e 45 a 50 cm entre as plantas. 
Para cultivo com as plantas crescendo 
rasteiras, o espaçamento pode ser de 2 m 
entre as linhas e de 75 cm a 1 m entre as 
plantas. Para a produção de pepino destinado 
a conservas, o espaçamento pode ser de 1 m a 
1,2 m entre as linhas de cultivo e de 20 cm 
entre as plantas. 
 
É possível cultivar pepino em vasos que 
tenham pelo menos 30 cm de diâmetro e 
profundidade, mas a maioria das cultivares não 
cresce e produz bem nestas condições. 
 
Tratos culturais 
O pepino pode ser cultivado como uma planta 
rasteira ou pode ser tutorado, crescendo então 
em uma cerca, uma treliça, um caramanchão, 
etc. Existem algumas poucas cultivares que 
formam moitas e não se espalham pelo 
terreno. 
 
As pontas das ramas principais podem ser 
cortadas para promover uma maior 
ramificação das plantas. Para plantas 
tutoradas, isso só deve ser feito quando as 
ramas atingem a altura total do suporte. 
 
A maioria das cultivares necessita da presença 
de abelhas para a polinização e consequente 
formação dos frutos. Algumas poucas 
cultivares são partenocárpicas, ou seja, 
apresentam a formação do fruto sem que 
tenha ocorrido a polinização. Estas cultivares 
geralmente produzem apenas flores femininas, 
mas ocasionalmente podem produzir algumas 
flores masculinas, que podem ser retiradas. 
Nestas cultivares a polinização deve ser 
evitada, pois os frutos perdem qualidade se 
produzirem sementes. Para isso, ou impeça as 
abelhas de chegar às flores, por exemplo, 
fazendo o cultivo dentro de uma estufa 
fechada, ou não plante nas proximidades 
outras cultivares de pepino. 
 
Colheita 
Geralmente a colheita dos pepinos inicia-se em 
30 a 70 dias depois do plantio, dependendo da 
cultivar, da finalidade (pepinos para conserva 
são colhidos mais cedo) e das condições de 
cultivo. A colheita dos frutos da maioria das 
cultivares deve ser feita quando estes estão 
bem desenvolvidos, mas antes que comecem a 
amadurecer. O pepino destinado a conservas é 
colhido ainda jovem, quando tem de 3 cm a 9 
cm de comprimento. O pepineiro é uma planta 
anual. 
 
23. Como Plantar Batata 
 
A batata, também conhecida como batata-
inglesa apesar de sua origem ser as regiões 
andinas do Peru e da Bolívia, é um dos 
principais alimentos de origem vegetal 
cultivados no mundo, sendo apenas menos 
cultivada que a cana-de-açúcar, o milho, o trigo 
e o arroz. 
 
A batata propriamente dita é um tubérculo, ou 
seja, um órgão de armazenamento de 
nutrientes desenvolvido nos rizomas da planta, 
que por sua vez são caules que crescem abaixo 
do solo. Estes tubérculos são ricos em amido, 
contendo além dos carboidratos, uma 
quantidade razoável de proteínas de alta 
qualidade, potássio e algumas vitaminas. 
Muito da má reputação atual da batata como 
alimento se deve ao seu modo de preparo. Em 
particular, seu uso em frituras, assados ou 
produtos de panificação, com uma exposição 
prolongada a altas temperaturas (>120°C), leva 
ao surgimento de acrilamida, uma substância 
com potencial cancerígeno. Batatas cozidas 
não contêm acrilamida. 
 
A batateira é uma planta que pode atingir de 
30 cm a cerca de 1 m de altura. Suas flores 
podem ser brancas, rosas ou violetas, seus 
frutos têm 1 ou 2 cm de diâmetro e contêm 
algumas centenas de sementes. Todas as 
partes da planta contém alcaloides tóxicos, 
principalmente solanina e chaconina, mas os 
tubérculos normalmente contém uma 
concentração muito menor do que os ramos, 
folhas e frutos. 
 
Atualmente há mais de quatro mil variedades 
cultivadas de batata, com grande variação nos 
tubérculos, principalmente de tamanho, forma, 
cor interna e externa. A quantidade de 
solanina e chaconina também pode variar 
bastante, com algumas cultivares contendo 
muito pouco destes alcaloides a cultivares 
contendo o suficiente para serem amargas e 
potencialmente tóxicas. A maioria das 
cultivares apresenta uma concentração de 
alcaloides abaixo de 200 mg/Kg, e são assim 
consideradas seguras para o consumo. 
 
Clima 
A batata cresce melhor em clima ameno, sendo 
que a temperatura ideal para o cultivo situa-se 
entre 15°C e 25°C. Quando a temperatura do 
solo ultrapassa 27°C, a formação dos 
tubérculos é inibida. 
 
Luminosidade 
A batateira necessita de boa luminosidade para 
crescer bem, com pelo menos algumas horas 
de luz solar direta diariamente. Em regiões de 
clima quente, a batata pode ser cultivada com 
sombra parcial. 
 
Solo 
Plante a batata em solo bem drenado, sem 
pedras e outros detritos, fértil, rico em matéria 
orgânica e rico em nitrogênio. Solos argilosos 
pesados são menos adequados para o cultivo. 
O pH ideal do solo situa-se entre 5 e 6, mas a 
batateira é bastante tolerante quanto ao pH do 
solo. 
 
Irrigação 
Irrigue de forma a manter o solo sempre 
levemente úmido. O excesso de água facilita o 
surgimento de doenças na plantação. 
Suspenda a irrigação nas duas últimas semanas 
antes da colheita. 
 
Plantio 
Plantações comerciais fazem o plantio de 
batata com as assim chamadas batatas-sementes certificadas, que tradicionalmente 
são batatas cultivadas em regiões livres de 
doenças que afligem a batateira. Geralmente 
essas regiões são sujeitas a invernos rigorosos, 
onde o solo congela no inverno, matando 
insetos vetores de viroses e patógenos que 
causam doenças. Atualmente as batatas-
sementes certificadas também podem ser 
obtidas de plantas cultivadas com técnicas 
modernas em ambiente controlado. 
 
Em hortas domésticas o plantio pode ser 
realizado com batatas que não apresentam 
sinais de doenças. O ideal é deixar as batatas 
em ambiente bem iluminado até que os brotos 
(ou rebentos) cresçam (cada olho do tubérculo 
produz um broto ou rebento). As batatas 
podem ser plantadas quando os brotos 
atingem aproximadamente 2 cm de 
comprimento. 
 
É possível utilizar tanto batatas grandes 
cortadas quanto batatas de qualquer tamanho 
inteiras. Batatas grandes podem ser cortadas 
para produzir mais plantas, bastando deixar 
pelo menos dois olhos ou brotos por pedaço. 
Os pedaços devem ser deixados em ambiente 
arejado ao menos por um dia para que as 
superfícies dos cortes sequem antes do plantio. 
 
Algumas cultivares de batata podem também 
ser cultivadas a partir de sementes retiradas do 
fruto da batateira, que são plantadas em 
sementeiras e posteriormente transplantadas 
quando têm pelo menos 4 folhas. Plantas 
originadas por sementes demoram mais pra 
crescer e produzir, além de não apresentarem 
a uniformidade obtida pelo plantio de 
tubérculos, razão pela qual o plantio por 
sementes é normalmente utilizado somente 
para a obtenção de novas variedades. 
 
Batatas podem ser cultivadas em vasos, sacos e 
recipientes, desde que estes tenham pelo 
menos 30 cm de largura e de profundidade, 
que é o espaço mínimo recomendado para o 
plantio de uma única batata-semente. 
 
Tratos culturais 
O principal cuidado é não permitir que os 
tubérculos da planta (as batatas que serão 
colhidas) fiquem expostos à luz solar. Isso deixa 
as partes expostas da batata com uma cor 
esverdeada por causa da produção de clorofila 
e induz a produção de alcaloides tóxicos. 
Assim, amontoe terra junto aos pés das 
batateiras a cada 30 dias, mantenha o solo com 
uma boa camada de cobertura morta ou cubra 
o solo com um plástico preto opaco desde o 
início do plantio. 
 
Retire plantas invasoras que estejam 
concorrendo por nutrientes e recursos. 
 
Colheita 
As batatas podem ser colhidas quando as 
ramas estão amareladas e os tubérculos estão 
se soltando com facilidade. Deixar a planta 
secar antes de iniciar a colheita permite que as 
batatas fiquem armazenadas por um período 
maior, mas é necessário que o solo não esteja 
úmido. A batata pode estar pronta para ser 
colhida de 75 dias a 180 dias (na maioria das 
vezes, 100 a 150 dias), dependendo da cultivar, 
do clima e de outros fatores regionais. 
 
A batateira é uma planta tóxica e suas ramas, 
folhas e frutos não devem ser utilizados na 
alimentação humana ou de animais. Batatas 
esverdeadas podem ainda ser consumidas se 
um bom pedaço da parte que estiver verde for 
descartado, mas é preferível descartar a batata 
inteira ou usá-la como batata-semente. 
 
24. Como Plantar Salsa 
 
A salsa ou salsinha é uma planta cultivada 
desde a antiguidade, e é atualmente a erva 
culinária mais utilizada no ocidente. Apesar de 
ser mais conhecida como uma erva de folhas, 
também há uma variedade que produz grossas 
raízes semelhantes a cenouras ou pastinacas, 
de cor branca e sabor forte, e que podem ser 
consumidas cruas ou cozidas. As variedades de 
folhas podem apresentar folhas lisas e folhas 
crespas. 
 
As folhas da salsa contêm grande quantidade 
de ácido oxálico e assim não devem ser 
consumidas em grande quantidade. Mulheres 
grávidas também devem evitar um consumo 
excessivo de salsa, sendo que é considerado 
seguro o consumo nas quantidades 
normalmente utilizadas na culinária. 
 
Petroselinum crispum var. crispum – salsa de 
folhas crespas 
 
Petroselinum crispum var. neapolitanum – 
salsa de folhas lisas 
 
Petroselinum crispum var. tuberosum – salsa 
de raiz 
 
Clima 
A salsa ou salsinha pode ser cultivada em uma 
variedade de climas, embora cresça melhor se 
cultivada em regiões de clima ameno, com 
temperaturas entre 10ºC e 22°C. 
 
Luminosidade 
A salsa pode ser cultivada em lugares 
ensolarados ou em sombra parcial com alta 
luminosidade. Em regiões de clima quente, 
cultive em locais frescos e bem iluminados, 
mas sem que fique exposta a luz solar direta 
nas horas mais quentes do dia. 
 
Solo 
Cultive a salsa de preferência em solo bem 
drenado, fértil, rico em matéria orgânica, com 
pH entre 5,8 e 7,2. Contudo, a salsa é uma 
planta rústica, que tolera bem várias condições 
de solo, crescendo mesmo em solos pouco 
férteis. 
 
Irrigação 
Irrigue de forma a manter o solo sempre 
úmido, sem que fique encharcado. 
 
Plantio 
As sementes de salsa podem tomar um longo 
tempo para germinar, variando de 2 a 6 
semanas. Deixar as sementes de molho em 
água morna por um dia pode apressar a 
germinação. Semeie as sementes no local 
definitivo na horta. 
 
A salsa pode ser cultivada em vasos e 
jardineiras, porém vasos muito pequenos 
limitam muito o crescimento da planta e a 
duração de sua vida, que pode atingir até 80 
cm de altura na floração e cuja raiz pode 
ultrapassar a 50 cm de profundidade. Portanto, 
para obter um bom desenvolvimento, os vasos 
e jardineiras utilizados devem ter pelo menos 
30 cm de profundidade e diâmetro. 
 
Tratos culturais 
Retire plantas invasoras que estejam 
competindo por recursos e nutrientes. 
 
Colheita 
A colheita das folhas da salsa pode começar de 
60 a 90 dias depois do plantio, quando a planta 
tem aproximadamente 12 a 16 cm de altura. 
Colha as folhas mais externas inteiras, ou seja, 
com o pecíolo (o talo da folha), e procure não 
retirar mais do que um terço das folhas. A salsa 
ou salsinha é uma planta bienal. 
 
25. Como Plantar Beterraba 
 
A beterraba olerácea é uma planta cultivada 
para o consumo de sua raiz primária e de suas 
folhas, que são muito nutritivas. A maioria das 
cultivares têm raízes de cor vermelha ou 
vermelha-arroxeada, mas também há 
cultivares amarelas, alaranjadas e brancas. Das 
cultivares avermelhadas também é extraída a 
substância betanina, utilizada como um 
corante vermelho para alimentos (é o corante 
E-162 encontrado em alguns alimentos 
industrializados, como alguns molhos de 
tomate e sorvetes). 
 
A beterraba olerácea, originou-se da espécie 
selvagem conhecida como beterraba-marítima 
ou beterraba-do-mar, que como o nome 
indica, é encontrada em regiões litorâneas da 
Europa, norte da África, sul da Ásia e nos 
arquipélagos da Madeira e Açores. Outras 
plantas cultivadas com o mesmo ancestral 
selvagem são a beterraba-açucareira, a 
beterraba-forrageira e a acelga. 
 
A beterraba-açucareira é cultivada para a 
extração de sacarose (o açúcar comum) ou 
para a produção de álcool. Sua raiz primária, 
que armazena o açúcar produzido nas folhas, é 
geralmente maior e mais longa que a raiz da 
beterraba olerácea, e pode ser branca ou 
amarelada. 
 
A beterraba-forrageira é cultivada 
principalmente para fornecer alimento para o 
gado, mas também pode ser consumida por 
humanos, especialmente se colhida ainda 
jovem. São geralmente plantas maiores que as 
cultivares oleráceas e suas raízes também 
podem ser brancas, amarelas, alaranjadas ou 
vermelhas. 
 
As beterrabas são plantas bienais, florescendo 
normalmente no segundo ano, embora não 
floresçam se não há um período de baixas 
temperaturas no inverno e um verão com dias 
longos. 
 
Clima 
Cresce melhor em clima ameno (temperatura 
entre 10°C e 24°C). Há cultivares que crescem 
bem em temperaturas mais altas, mas muitas 
cultivares, especialmente cultivares de 
beterrabasaçucareiras e forrageiras, não 
crescem bem em climas mais quentes. Por 
outro lado, plantas bem desenvolvidas podem 
suportar baixas temperaturas e geadas. 
 
Luminosidade 
A beterraba necessita de boa luminosidade, 
com pelo menos algumas horas de sol direto 
diariamente. 
 
Solo 
A beterraba precisa de solo bem drenado, 
profundo, leve, sem pedras e outros detritos, 
fértil, rico em matéria orgânica e com pH entre 
6 e 7,5. Em particular, o solo deve ser rico em 
boro para que as plantas cresçam melhor, de 
forma que este deve ser adicionado, se 
necessário, usando adubos que contêm boro 
ou adicionando bórax ao solo. 
 
Irrigação 
Irrigue com a frequência necessária pra que o 
solo fique sempre úmido, mas sem que 
permaneça encharcado. 
 
Plantio 
O que se planta são os glomérulos de frutos, 
cada um contendo algumas sementes, de 
forma que é necessário retirar o excesso de 
plantas quando as mudas estão com 5 a 10 cm 
de altura. Semeie a uma profundidade de 
aproximadamente 1 cm no solo, 
preferencialmente diretamente no local 
definitivo da horta, pois as mudas de beterraba 
podem facilmente sofrer danos. Ainda assim, é 
possível semear em sementeiras e outros 
recipientes. O transplante das mudas para a 
horta deve então ser realizado quando atingem 
aproximadamente 5 cm de altura, sendo que o 
transplante deve ser feito com cuidado para 
não danificar as raízes das mudas. A 
germinação das sementes geralmente leva de 
uma a três semanas, dependendo das 
condições ambientais. 
 
O espaçamento recomendado para as 
cultivares oleráceas de beterraba pode ser de 
30 cm entre as linhas de plantio e 5 a 10 cm 
entre as plantas. Para as cultivares açucareiras, 
o espaçamento pode ser de 30 a 60 cm entre 
as linhas e 15 a 30 cm entre as plantas. Para a 
beterraba-forrageira, o espaçamento pode 
variar entre 40 e 100 cm entre as linhas e 15 a 
60 cm entre as plantas, dependendo do 
tamanho da cultivar. 
 
Tratos culturais 
Retire as plantas invasoras que estiverem 
concorrendo por recursos e nutrientes. 
 
Não deixe as raízes ficarem expostas, pois elas 
podem endurecer. Cubra as raízes que ficarem 
expostas com terra ou palha. 
 
Colheita 
A colheita das beterrabas oleráceas inicia-se 
em 60 a 90 dias depois da semeadura. A 
colheita não deve ser muito atrasada, pois as 
raízes podem se tornar fibrosas. 
 
A colheita da beterraba-açucareira ocorre de 4 
a 6 meses após o plantio. 
 
26. Como Plantar Berinjela 
 
A berinjela é uma planta cuja origem é 
disputada, tendo sido cultivada na Índia e no 
sul da China por pelo menos dois mil anos. Há 
um grande número de cultivares, com plantas 
que podem atingir de 40 cm a mais de dois 
metros de altura, e seus frutos podem ter 
diversos tamanhos, formatos e cores, embora 
os mais cultivados sejam roxo-escuros. O fruto 
é a única parte comestível da planta, pois suas 
folhas e flores contêm o alcaloide tóxico 
solanina. 
 
Clima 
A berinjela é uma planta tropical que necessita 
de temperaturas acima de 20°C para se 
desenvolver bem. Em regiões de clima quente 
pode ser cultivada o ano todo. Em regiões 
onde o inverno apresenta baixas temperaturas, 
pode ser cultivada nos meses mais quentes do 
ano. O cultivo em estufas agrícolas é indicado 
para regiões onde a temperatura pode cair 
abaixo dos 13°C durante o período de cultivo. 
Chuvas durante o período de floração podem 
prejudicar a polinização e afetar a 
produtividade. 
 
Luminosidade 
Esta planta necessita de alta luminosidade, 
com pelo menos algumas horas de sol direto 
diariamente. 
 
Solo 
O solo deve ser bem drenado, fértil, com boa 
disponibilidade de nitrogênio, rico em matéria 
orgânica, com pH entre 5,5 e 6,8. 
 
Irrigação 
Irrigue com frequência para que o solo seja 
mantido úmido, porém sem que permaneça 
encharcado. 
 
Plantio 
As sementes podem ser deixadas na água por 
um dia para facilitar a germinação. Semeie as 
sementes na superfície do solo, podendo cobri-
las com uma leve camada de terra peneirada 
ou serragem fina. As sementes podem ser 
semeadas em sementeiras, saquinhos de 
plástico ou copinhos de papel, realizando o 
transplante das mudas de berinjela quando 
estas estão com 8 a 10 cm de altura. A 
germinação das sementes geralmente ocorre 
em uma ou duas semanas. 
 
O espaçamento ideal varia com o porte da 
cultivar e o clima da região (maior em clima 
mais quente, ligeiramente menor em clima 
mais ameno), podendo variar de 60 cm a 1 m 
entre as linhas de plantio e de 50 cm a 1 m 
entre as plantas. 
 
É possível cultivar em vasos grandes as 
cultivares de berinjela mais comuns, mas as 
cultivares que apresentam plantas de pequeno 
porte são as mais recomendadas para o cultivo 
em vasos. 
 
Tratos culturais 
Dependendo do porte da cultivar e do 
tamanho dos frutos, a berinjela pode precisar 
de tutoramento para que a planta ou seus 
ramos não tombem. As plantas podem ser 
amarradas com cuidado a estacas verticais ou 
podem ser usados outros suportes, como por 
exemplo, suportes circulares de arame 
apropriados para este fim. 
 
Retire as ervas invasoras que estiverem 
concorrendo por recursos e nutrientes. 
 
Colheita 
A colheita das berinjelas inicia-se de três a seis 
meses após o plantio, dependendo da cultivar 
e das condições de cultivo. Os frutos são 
colhidos quando estão bem desenvolvidos, 
lustrosos, lisos e com cor brilhante, antes de se 
tornarem opacos e começarem a enrugar, 
ocasião em que suas sementes começam a 
endurecer e a escurecer. Os frutos devem ser 
manuseados com cuidado para não sofrerem 
ferimentos que podem apressar muito sua 
deterioração. 
 
A berinjela é uma planta cultivada geralmente 
como anual, no entanto é uma perene de vida 
curta em regiões de clima quente e pode 
produzir por alguns anos, embora a produção 
seja maior no primeiro ano. 
 
27. Como Plantar Manjericão 
 
O manjericão ou basílico é uma planta anual 
que atinge de 30 cm a mais de 1,5 m de altura. 
Cultivado desde a remota antiguidade, o 
manjericão apresenta atualmente mais de uma 
centena de cultivares, e suas folhas são 
utilizadas como erva culinária, especialmente 
na cozinha italiana e na de vários países do sul 
da Ásia. 
 
Clima 
O manjericão é uma planta que cresce melhor 
em temperaturas acima de 18°C. A planta não 
suporta baixas temperaturas, devendo ser 
cultivada dentro de estufas em regiões de 
clima frio, ou apenas durante os meses do ano 
em que as temperaturas não descem abaixo de 
15°C. Em regiões de clima quente o manjericão 
pode ser cultivado durante todo o ano. 
 
Luminosidade 
O manjericão necessita de alta luminosidade e 
deve receber luz solar direta ao menos por 
algumas horas diariamente. 
 
Solo 
O solo deve ser bem drenado, leve, fértil, rico 
em matéria orgânica. A planta é bastante 
tolerante quanto ao pH do solo, e apenas solos 
muito ácidos são inadequados. 
 
Irrigação 
Irrigue com frequência para que o solo seja 
mantido levemente úmido. Tanto a falta 
quanto o excesso de água prejudicam o 
manjericão. 
 
Plantio 
As sementes podem ser semeadas diretamente 
no local definitivo da horta, especialmente em 
regiões de clima quente. Também pode ser 
semeadas em sementeiras, pequenos vasos ou 
copinhos feitos de papel jornal com 
aproximadamente 10 cm de altura por 5 cm de 
diâmetro. Neste caso, as mudas de manjericão 
são transplantadas quando têm 6 folhas 
definitivas e cerca de 10 a 15 cm de altura. 
 
O manjericão pode ser cultivado facilmente em 
jardineiras e vasos de tamanho médio ou 
grande, embora geralmente cresça menos. No 
solo e em boas condições de cultivo, algumas 
cultivares de manjericão podem ultrapassar a 1 
metro de altura. Assim, para plantio em vasos 
e jardineiras, dê preferência a cultivares de 
menor porte, ainda que seja possível plantar 
qualquer uma das cultivares disponíveis.Tratos culturais 
Retire plantas invasoras que estejam 
concorrendo por nutrientes e recursos. 
 
Eliminar as flores pode favorecer o crescimento 
de mais folhas. 
 
Colheita 
A colheita das folhas pode começar quando a 
planta estiver bem desenvolvida, o que 
geralmente ocorre de 60 a 90 dias após a 
semeadura. As flores também são comestíveis. 
 
28. Como Plantar Pimenta 
 
 
Há mais de vinte espécies de pimentas no 
gênero Capsicum, mas apenas cinco espécies 
são normalmente cultivadas. Seus frutos de 
sabor picante são muito apreciados na 
culinária de várias regiões do mundo, mas nem 
todas as cultivares produzem as substâncias 
que geram a sensação de ardência ou as 
produzem em quantidade suficiente para 
deixar o fruto picante. Os cultivares destas 
espécies cujos frutos não são picantes, são 
conhecidos como pimentas doces, que apesar 
do nome, não têm necessariamente um sabor 
adocicado, apenas não têm um sabor picante. 
Os pimentões ou pimentos são pimentas doces 
de um grupo de cultivares de uma destas 
espécies de pimenta. A pimenta também é 
muito usada para fins medicinais e há muitas 
cultivares de pimenta que são cultivadas como 
plantas ornamentais. 
 
A capsaicina e algumas outras substâncias 
relacionadas denominadas capsaicinoides são 
as responsáveis pela ardência destas pimentas. 
Estas substâncias, que estão presentes apenas 
nos frutos e não estão presentes dentro das 
sementes, ativam sensores nervosos sensíveis 
ao calor e a abrasão, daí surgindo a sensação 
de ardência, sem provocar qualquer real 
queimadura no corpo. Em quantidades 
moderadas, sua ingestão pode levar a uma 
sensação de bem-estar, graças às endorfinas 
produzidas pelo sistema nervoso central como 
resposta ao estímulo gerado pela presença 
destas substâncias. Mas a pimenta também 
pode facilmente produzir sensações muito 
desagradáveis, tanto quando ingeridas quanto 
quando manuseadas. Beber leite ou lavar o 
local com leite é uma maneira efetiva de aliviar 
a ardência exagerada. Ingeridas em 
quantidade, as pimentas podem provocar 
problemas de saúde, como náuseas, dor 
abdominal e diarreia. 
 
A concentração de capsaicina e outros 
capsaicinoides no fruto é um dos fatores que 
determina sua ardência. Outro fator é quais 
destas substâncias estão presentes no fruto. 
Cada uma destas substâncias provoca um 
efeito e uma sensação de ardência 
ligeiramente diferentes (há 14 alcaloides 
capsaicinoides conhecidos, incluindo a 
capsaicina, que é a mais comum). Assim as 
cultivares de pimenta podem ser mais ou 
menos picantes, e mesmo pimentas diferentes 
que estão na mesma escala de ardência podem 
produzir sensações diferentes, dependendo de 
quais destes alcaloides estão presentes e quais 
suas respectivas concentrações. 
 
Uma graduação de ardência das pimentas é 
dada pela escala de Scoville. Primeiramente 
era uma escala subjetiva, onde determinada 
quantidade de extrato de alguma pimenta era 
diluída em quantidades cada vez maiores de 
água e açúcar até que algumas pessoas não 
pudessem mais detectar a ardência da solução. 
A quantidade de água necessária até que a 
solução não fosse mais descrita como picante 
pelos provadores dava a quantidade de 
unidades de scoville da cultivar de pimenta 
testada. Por exemplo, se o extrato precisasse 
ser diluído em 10.000 partes de água, a 
pimenta em questão era dita ter um “grau de 
calor” ou uma ardência de 10.000 unidades de 
calor de scoville. Atualmente é utilizada a 
cromatografia líquida de alta eficiência para a 
determinação das concentrações de 
capsaicinoides presentes nos extratos das 
pimentas e a graduação é dada pelas unidades 
de pungência da American Spice Trade 
Association (ASTA), embora estas possam ser 
convertidas para as unidades de calor de 
scoville (1 unidade de pungência da ASTA 
multiplicada por 15 é uma unidade de calor de 
scoville). 
 
Uma importante observação a ser feita sobre 
qualquer escala de ardência de pimentas é que 
os valores apresentados para cada cultivar são 
valores médios obtidos a partir de algumas 
amostras. Fatores ambientais e de cultivo 
influenciam a quantidade de capsaicinoides 
presentes nos frutos, de forma que o real grau 
de ardência de uma nova amostra de pimenta 
pode ser tanto maior quanto menor que o 
valor encontrado nas tabelas para aquela 
determinada cultivar. 
 
Espécies mais cultivadas de pimenta 
Capsicum annuum - Esta é a espécie de 
pimenta mais cultivada no mundo. Suas flores 
são brancas (algumas poucas cultivares têm 
flores roxas) e há apenas uma flor por nó. Os 
pimentões ou pimentos são um grupo de 
cultivares desta espécie que não produzem 
capsaicinoides nos frutos. Há um grande 
número de cultivares desta espécie, e alguns 
dos grupos mais famosos são, além dos 
pimentões ou pimentos, a pimenta-de-caiena, 
a jalapenho ou jalapeño, a pimenta-banana, a 
pimenta-thai, a ancho, a chiltepin, a guajillo, a 
cascabel, a shishito ou pimenta-japonesa, a 
peperoncino ou peperoncini, a Peter pepper, a 
serrano e a mulato. 
 
Capsicum baccatum - Uma característica que 
distingui esta espécie facilmente das outras é 
que suas flores são brancas, mas as pétalas 
têm manchas amareladas ou esverdeadas. 
Inclui entre outras, a pimenta-dedo-de-moça, a 
pimenta-cumari, a pimenta-cambuci ou 
pimenta-chapéu-de-bispo, a pimenta-pitanga e 
a Lemon drop. 
 
Capsicum chinense - apesar do nome científico, 
também é nativa do continente americano 
(originária da Bacia Amazônica). Os frutos 
normalmente têm um aroma característico, há 
duas ou mais flores brancas por nó, sendo que 
as anteras das flores são roxas. São desta 
espécie as pimentas mais picantes conhecidas. 
Inclui a pimenta-murupi, a pimenta-de-cheiro, 
a pimenta-de-bode, a pimenta-biquinho e as 
pimentas Habanero, Bhut Jolokia, Carolina 
Reaper, Trinidad Scorpion, Scotch bonnet e 
Fatalii. 
 
Capsicum frutescens - Os frutos desta espécie 
crescem tipicamente eretos (porém há 
pimenteiras de outras espécies que também 
têm frutos que não são pendentes, crescendo 
eretos). Há duas ou mais flores por nó e as 
flores são branco-esverdeadas ou amarelo-
esverdeadas, com anteras roxas ou azuladas. 
Inclui a pimenta-malagueta e a tabasco. 
 
Capsicum pubescens – é a espécie mais 
diferente, as folhas são pubescentes (têm 
pelos) e suas sementes são escuras. Suas flores 
são roxas. É considerada uma pimenta mais 
difícil de cultivar. Inclui as pimentas Rocoto e 
Manzano. 
 
Algumas outras espécies de pimenta são por 
vezes cultivadas também, mas este cultivo é 
geralmente restrito a alguns poucos locais do 
continente americano onde estas plantas são 
nativas. 
 
Clima 
A faixa de temperaturas que vai de 16°C a 35°C 
é adequada para a maioria das espécies e 
cultivares. A maioria destas pimenteiras são 
plantas tropicais ou subtropicais e crescem 
melhor em clima quente, mas as pimenteiras 
da espécie Capsicum pubescens e algumas 
cultivares de outras espécies que são 
adaptadas a regiões de clima mais ameno, 
crescem melhor em temperaturas abaixo de 
26°C. Nenhuma destas plantas pode suportar 
geadas e longos períodos de baixas 
temperaturas. 
 
Luminosidade 
A pimenteira cresce melhor em condições de 
alta luminosidade, com sol direto. Em locais 
muito quentes pode ser benéfico prover 
sombra parcial nas horas mais quentes do dia. 
 
Solo 
O ideal é que o solo seja leve, bem drenado, 
fértil e rico em matéria orgânica. Quanto ao pH 
do solo, as pimenteiras geralmente toleram um 
pH entre 4,5 e 8, mas o ideal é um pH entre 5,5 
e 7. 
 
Irrigação 
A pimenteira deve ser irrigada com frequência 
para manter o solo úmido, mas este nunca 
deve permanecer encharcado. 
 
Plantio 
As sementes de pimenta podem ser semeadas 
diretamente no local definitivo, mas o mais 
comum é semear em sementeiras, copos ou 
saquinhos de plástico ou

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