Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO PROVA 2- TÉCNICA DIETÉTICA ➢ AULA CEREAIS Cereais são frutos de plantas herbáceas da família das gramíneas, cujas sementes dão em espiga. Temos como exemplo, o arroz, aveia de várias formas (aveia em flocos, farinha de aveia), quinoa, sorgo, cevada, centeio e milho. É um grupo grande, faz parte da base da pirâmide porque fornecem uma boa porcentagem de cho. De forma geral os cereais são deficientes no aminoácido lisina, dessa forma temos os cereais modificados os híbridos, para poder melhorar a quantidade de lisina. • Triticale (trigo+centeio), forma uma cereal que é rico em lisina, metionina e cistina. Pode ser usado na fabricação do macarrão, talharim e espaguete. Encontrá- lo em sua forma natural para o consumo é mais difícil. Amidos São os produtos amiláceos extraídos de partes comestíveis de cereais, tubérculos, raízes ou rizomas originados de arroz, milho e trigo. É uma forma de CHO Utilizados como espessante, porque ao misturara agua com amido formamos gel. A concentração de amido vai determinar a concentração do gela, para um gel mais concentrado adiciona-se mais amido. Forma comercial: farinha de trigo, creme de arroz (utilizado para intolerantes ao glúten, o arroz não possuí glúten), amido de milho, farinha de milho e fubá. Possuem maior concentração de amilose e > poder de gelatinização Amido é formado pelas cadeias de amilose (cho com cadeias simples) e amilopectina (cho com cadeias ramificadas). O amido possui mais cadeias de amilose, que da o maior poder de gelatinização. Féculas São originados de batata e mandioca Por formarem um produto menos espesso podem ser utilizados em alimentação infantil (> teor de amilopectina) Forma comercial: fécula de batata, polvilho, tapioca e sagu (são bolinhas pequenas de fécula de mandioca) Mandioca: farinha de mandioca ela é ralada, prensada, sofre uma secagem e depois é moída Polissacarídeos • Celulose De forma geral os cereais integrais tem grande quantidade de celulose, de fibras. Forma a estrutura das plantas É pouco digerível e pobre em nutrientes. Auxilia no funcionamento intestinal • Dextrina É o elemento intermediário da hidrólise do amido, em altas temperaturas, quebra o amido formando a dextrina, processo de dextrinização. O que aconteceu também durante a preparação das torradas. As torradas são interessantes para a dieta de idosos, umidificando-as facilitando o consumo. felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce Responsável pela cor dos pães, torradas, bolos e tortas Possui características diferentes durante a cocção Cereais – estrutura e composição • Endosperma: 84% do grão: Mais amido e menos proteínas e sais minerais. Por isso os cerais de forma geral são fortificados, pois esses componentes durante o beneficiamento são perdidos. • Gérmen ou embrião: 1,5% do grão: mais lipídeos, proteínas, açúcares, sais minerais e vitaminas do complexo B e E. Geralmente são retirados, para aumentar a vida de prateleira, a alta quantidade de lipídeos propiciam a oxidação. Pode ser comercializado na forma de óleos. • Casca ou envoltório: 14,5% do grão: mais celulose, proteínas, sais minerais e vitaminas (tiamina, niacina e riboflavina). • Fibras Celulose: farelo de trigo(cascas) Hemicelulose: farelo e grãos integrais Lignina: trigo. Excretada pelo sistema digestivo Gomas: aveia e cevada Lignina é excretada pelo sistema digestivo, as demais podem ser fermentadas produzindo gases que causam incômodos. Arroz É a base da alimentação de grande parte do mundo • Branco ou polido é o mais comum: perde grande parte dos nutrientes, melhor conservação. Os nutrientes perdidos podem ser repostos por outros alimentos. É rico em amido (90%). As cascas estão mais presentes na cascas, dessa forma o arroz integral é melhor. Pode ter grãos longos (tipo 1) e curtos ou quebradiços (tipo 2) • Tipo 1: 16 a 25% de amilopectina • Tipo 2: 12 a 15% (absorve menos água). Possuí maior quantidade de grãos quebrados, o preço é menor e o rendimento também é menor. O custo real acaba ficando maior. Arroz possui teor de proteína menor teor, principalmente quando descascado e polido Teor de proteína pode ser aumentado combinando-o com feijão,ovos, carnes e leite. Tendo os seguintes tipos de arroz: • Arroz agulha: é o arroz branco polido, o mais comum na culinária brasileira. Mais acessível. • Arroz parboilizado: tratado por um processo especial com vapor antes do polimento, fornece 2 vezes mais cálcio, fósforo e potássio que o polido. Conteúdo semelhante ao polido: ferro, tiamina e niacina. Sofre por um tratamento onde fica em um taque grande com água quente, que faz com que as vitaminas da casca passe para o grãos, de forma que quando esse arroz é descascado ele não perde essas vitaminas. Dessa forma, em escala de qualidade nutricional do arroz, em primeiro lugar está o integral, seguido pelo parboilizado e por último o polido. • Arroz integral: não foi completamente descascado e tem uma película natural. É rico em fibras, proteínas, cálcio, fósforo, ferro e vitaminas do complexo B. Apresenta uma textura mais firme. • Arroz vermelho: apresenta uma película vermelha em seus grãos. felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce • Arroz basmati: possui grãos longos e superfinos, e aroma de sândalo. Esta variedade é originária do norte da Índia e do Paquistão. É considerado pelos especialistas como um dos mais seletos e agradáveis do mundo, pelo seu aroma intenso durante a preparação e o seu longo e delicado grão de brancura excepcional. Muito utilizado na Itália, Portugal e Espanha, principalmente nas paellas. • Arroz tailandês: também conhecido como Jasmine, possui grãos brancos, longos e aromáticos. Os grãos se aglutinam quando cozidos. Apresenta aroma e textura macia. • Arroz arborio: origem Italiana, arroz branco, de grão médio, perfeitamente desenhados, mantendo a forma quando cozidos. A parte central do grão é firme e a camada exterior contém grau moderado de amilose, que confere cremosidade delicada e, portanto, um risoto mais firme. Ele retém muito bem os sabores. Costuma atingir o ponto entre 15 a 17 min. • Arroz selvagem: é a semente de um capim aquático, encontrado na América do Norte e na Ásia. Não pertence à mesma família do arroz. É chamado assim porque cresce na água. É o único cereal nativo do continente americano. Os grãos são nutritivos e 2 vezes mais leves que o arroz comum. Tem um sabor peculiar e pode ser preparado com legumes e frutos do mar. • Arroz japonês (Cateto): grão curto e arredondado, tem grande capacidade aglutinadora e seu uso é bastante popular na cozinha japonesa e no preparo de sushi. • Arroz ráris: um tipo que reúne sete cereais, entre eles, o arroz integral e o selvagem. Aveia Grãos da espécie Avena Sua cultura é típica das regiões temperadas e acredita-se que seja originária da Escócia. Rica em fibras, vit. complexo B, vit. E, Ca, P, Fe, proteínas Tem praticamente todo o germe preservado e por isso tem maior teor de gordura menor oxidação rica em tocoferol (vit E) Pode ser servida como mingau, biscoitos ou ainda substituindo parte da farinha de pães. Muito utilizada para substituir farinha de trigo, para aumentar o aporte de fibras, uma vez que a farinha de trigo branca mão tem anda de fibras. Tipos de aveia • Flocos de aveia: são feitos através da prensa desses grãos de forma integral. Podem ser pré-cozidos e requerem apenas a adição de leite ou águaquente antes de serem servidos. Mais nutritivos. • Farinha de aveia • Farelo de aveia: feito da parte mais externa do grão, rico em fibras. Aveia orgânica tem diferença na forma de cultivo. Centeio Originário da Ásia Vit. complexo B, Fe, Mn, Zn, Cu e K. É transformado em farinha para produção de pães Por ser integral possui maior teor de nutrientes e fibras Produz um pão mais compacto e de cor escura Brasil: misturado com farinha de trigo felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce Milho É muito difundido na alimentação do brasileiro sob a forma de fubá, farinha de milho, amido de milho, canjica, canjiquinha, pipoca, etc. Outros produtos: óleos, xaropes, cereais prontos. • Fubá: mais usado, pode ser produzido com ou sem germe (↑ deterioração) • Amido de milho: utilizado na alimentação infantil (< teor de amilose e > de amilopectina) • Canjica: é um doce típico da culinária brasileira. • Canjiquinha, milho quebrado. Alto rendimento. • Milho flocado (farinha de biju): produto obtido pela torração do grão de milho, desgerminado ou não, previamente macerado, socado e peneirado. Trigo É o mais importante ingrediente utilizado na fabricação de pães. Pode ser moído para vários usos: cereal para o desjejum, farinha de pão, bolos, produtos de pastelaria, biscoitos e massas. Farinhas São os produtos obtidos de partes comestíveis de uma ou mais espécies de cereais, leguminosas, frutos, sementes, tubérculos e rizomas por moagem e ou outros processos tecnológicos considerados seguros para produção de alimentos (BRASIL, 2005 – RDC 263). Glúten Encontrado no trigo, aveia, centeio e cevada. E seus derivados Formado pela hidratação das proteínas do trigo: gliadina e glutenina • Gliadinas: pegajosas, coesividade de massas • Glutenina: resistência à extensão Fornece à massa características viscoelásticas: produtos de panificação. Doença celíaca: hipersensibilidade ao glúten, precisa retirar todos esses produtos e seus subprodutos. Nem vestígios são tolerados. Farinha de trigo Farinha forte, alto teor de glúten, pão e macarrão Semolina e sêmola, parte intermediária entre envoltório e centro do cereal, rico em glúten macarrão e massa para distender Farinha de milho • Farinha fraca com menor teor de glúten, bolos • Fina fubarina, mais fina que a canjiquinha • Média fubá • Grossa canjiquinha • Purificação amido de milho Amido Principal componente das farinhas Funções: engrossar e geleificar as preparações durante a cocção. Propriedades físicas do amido: • Higroscópico (condições normais: retém cerca de 10% de umidade) felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce • Insolúvel em água fria • Solução coloidal Processos de modificação do amido Digestibilidade • Possui fácil digestão mesmo quando crú (exceto tubérculos) • Os grãos mais refinados possuem melhor digestão por serem pobres em celulose • A cocção completa facilita a digestão Solubilidade • Insolúveis em água fria, mas se dissolvem se agitados • Sua mistura em repouso causa decantação (indústria) Dextrinização • Hidrólise do amido • Ocorre no aquecimento prolongado causa rompimento gradativo das membranas que envolvem o grão de amido liberando dextrina (substância semi-solúvel) Dextrinização • Torna o amido mais solúvel e com cor amarelada • Possibilita uma melhor dissolução do produto sendo aplicada em preparações como molhos e alimentos infantis (< poder de gelatinização) Umidade • Substância higroscópica, cuidado no armazenamento! Sacos ou potes de vidro tampados Gelatinização • Os grãos de amido quando aquecidos, perdem sua cristalinidade, absorvem água, incham e formam uma solução viscosa (solução coloidal) inicia em 60 °C e chega a 95 °C, finaliza quando começa a ferver • Amidos puros (milho e féculas) produzem uma solução gelatinizada com pouco sabor e translúcidas (ideais para espessamento) • A farinha de trigo produz um produto final mais espesso e opaco, além do sabor característico (presença de outras proteínas) • A formação do gel está ligada a presença de amilose que quando cozida forma uma massa opaca e maleável e de amilopectina que forma uma pasta menos consistente, pegajosa e translúcida. Os dois formam gel, dependendo da concentração. Amilopectina forma um gel mais translúcido. Retrogradação • Ocorre durante o resfriamento e armazenagem da pasta de amido gelatinizado • Consiste de um processo de cristalização das moléculas provoca um aumento da firmeza e opacidade das pastas, e exsudação de parte da água absorvida na gelatinização (sinerese), perda de água do gel. felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce Fatores que afetam as propriedades dos géis Temperatura: • 70ºC: líquido viscoso • 85ºC: sólido gelatinoso • 95ºC: máximo da gelatinização Açúcar • Adição géis transparentes e macios; • Excesso inibe a hidratação dos grânulos de amido compete pela água os grânulos tendem a desintegrar menos durante a cocção gel mais fraco no resfriamento < retenção de água produto mais firme Ácido • Suco de limão • Pudins, torta de limão, recheio de tortas • Hidrolisa o amido gel mais fraco • Capacidade de engrossar está relacionada com o tamanho das moléculas do amido Confecção de massas Massa para abrir farinha de trigo duro; Massas de bolos macios e biscoitos farinha de trigo mole Características de outros ingredientes usados nas massas 1. Agentes de crescimento • Físico: ex.: clara de ovo (incorporação do ar). • Biológico: m.o. (leveduras, bactérias), que produzem CO2 durante seu processo de reprodução e crescimento. • Químico: bicarbonato, sal ácido. 2. Glúten • proporciona liga e retenção de CO2; • Pão fresco crocante coagulação do glúten; • Pão velho elástico glúten absorve água. 3. Gorduras • Favorecem a retenção de gás, garantindo maciez e umidade à massa. • Excesso: dificulta a ação do fermento • Gorduras mais apropriadas para massas de pastelarias, pão, bolos, doces, etc. que se apresentam sólidas à temperatura ambiente. • Massa folhada: 1 kg de gordura/1kg de farinha/ 150 a 200 mL de água/1 ou 2 gemas; • Receitas comuns de bolo: gordura batida com açúcar e gemas adição de farinha creme age nas partículas de glúten afeta a elasticidade do glúten massa mais macia. felip Realce felip Realce felip Realce 4. Ovos • Preparações só com gema: cor, sabor e isolante do glúten. • Clara • Início da preparação sem bater: ↑ efeito do glúten por ser também uma proteína. • Ao final, batida em neve: contribui para incorporação de ar e crescimento da massa. 5. Líquidos • Mais usados: água, suco de frutas, leite e derivados. • Função principal: embeber as partículas do amido e desenvolver juntamente com as proteínas o glúten. • Proporção variável: 60; 80; 120; 180; 240% de acordo com a porcentagem de glúten e grau de embebição do amido. Dicas e proporções dos vários ingredientes O peso do açúcar não deve exceder ao da farinha. O volume dos ingredientes líquidos deve corresponder ao da farinha. A quantidade, em peso, de claras deve ser igual ou maior que a gordura. A gordura deve entrar na proporção de 50% do peso do açúcar. Para 5 g de fermento - 1 xícara de farinha (120 g a 150 g). Para que a casca do pão fique macia, pincele-a com mais manteiga antes de ir ao forno. Em dias mais frios aumente a quantidade de fermento da receita. Esquente o forno ligeiramente, desligue-o e acrescente a massa ao forno para crescer. Coloque a massa para crescer fora de correntes de ar, em lugar quente, para apressar a fermentação. Verifique se a massa cresceu bem: coloque uma bolinha de massa dentro de um copo de água. Assimque a bola vier à tona, a massa estará no ponto. Para dar um sabor especial aos pães, use gergelim, orégano, erva-doce e cominho. Macarrão – tipos Cocção dos cereais Grão integral remolho prévio; Grão tratado cocção fácil; Ato de refogar gordura impede a penetração rápida da água e adesão da superfície de um grão ao outro; Grão em excesso de água e cocção prolongada desintegra-se (papa); Calor seco milho assado, pipoca; Indústria calor seco + trituração e esmagamento do grão cereais pré-cozidos Per capitas Entrada: 100 g Prato principal:150 g Exemplos de Preparações: Macarronese: Macarrão Parafuso: 28 g Macarrão Parisiense: Macarrão Talharim: 35 g Creme de milho verde: milho verde: 15 g Arroz à grega: 60g e arroz simples: 80 g Canjiquinha: 25 g Massa para lasanha: 30g Fubá para polenta: 50 g Farinha de mandioca para farofa: 30 a 50 g ➢ AULA FUNDAMENTOS PARA FUNCIONAMENTO DE UNIDADE DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO (UAN) Conceito Organização ou Setor da organização responsável pela produção de refeições coletivas, segundo os critérios recomendados pela ciência da Nutrição e pela Administração. Aspecto nutricional - UAN serviço de alimentação Buscar o fornecimento de alimentação balanceada e adequada à coletividade atendida; Ao mesmo tempo que se configura como um local de desenvolvimento de atividades educacionais, assistência nutricional e pesquisa na área de alimentação e nutrição. Caracteriza produção em larga escala, onde se fazem presentes as diversas funções administrativas, sobretudo o planejamento, a coordenação das operações, a supervisão e a avaliação.” Divisão do mercado da alimentação • Alimentação coletiva • Alimentação comercial Estabelecimentos que trabalham com produção e distribuição de alimentos para coletividades atualmente recebem o nome de UAN. Tipos de UAN comercial Restaurantes/ Churrascarias/ Pizzarias Confeitarias /Bares/ Cafés/ Buffets/ Fast Food Público flutuante e diversificado; Número de refeições muito instável; Maior preocupação com competitividade; felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce Diversidade de serviços e preços; Investimento em marketing e inovação; Preocupação maior com custos e desperdícios. Alimentação coletiva Alimentação coletiva Objetivo geral Contribuir para manter, melhorar ou recuperar a saúde da clientela a que atendem, por meio de alimentação equilibrada. Objetivos específicos Elaborar e fornecer dieta que seja balanceada; hospital Elaborar e fornecer dietas modificadas; Desenvolver atividades relacionadas com a educação, pesquisa, assessoria e consultoria na área de nutrição. As UAN devem garantir o fornecimento de uma refeição equilibrada nutricionalmente, apresentando bom nível de sanidade(educação por parte dos funcionários), e que seja adequada ao comensal(todos que comem naquele restaurante). Tipos de UAN Coletividade sadia (SAN) Serviço de Alimentação e Nutrição. Ex: empresas, escolas, quartéis. Coletividade enferma(SND) Serviço de Nutrição e Dietética. Ex: Hospitais, centros de saúde e asilos. A UAN pode ser considerada um subsistema desempenhando atividades: FINS ou MEIOS FINS (recuperação da saúde do indivíduo) • Serviços em hospitais, centros de saúde, asilos • UAN colabora diretamente com o objetivo final da entidade, • Uma vez que presta um conjunto de bens e serviços destinados a prevenir, melhorar e/ou recuperar a população atendida. MEIO (para indivíduos saudáveis, manter) • Serviços ligados a escolas, empresas, forças armadas, e quaisquer outras que reúnam pessoas por um período de tempo que justifique o fornecimento de refeições. • O objetivo da empresa é o fornecimento de alimentação para reduzir índices de acidentes, taxas de absenteísmo, rotatividade, melhorar a aprendizagem, prevenir e manter a saúde daqueles que são atendidos. Formas de Gerenciamento Uma UAN pode ser estabelecida em complexo industrial, empresa e escolas sob diversas formas de gerenciamento felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce I.Auto-gestão: a própria empresa possui e gerencia a UAN, produzindo refeições que serve a seus funcionários. Poucas empresas possuem, é caro fornecer alimentação de qualidade e equilibrada. II.Terceirização ou concessionárias: Concessão (ou comodato): a empresa cede seu espaço de produção e distribuição para um particular ou para uma empresa especializada em administração de restaurantes, livrando-se dos encargos da gestão da UAN, a empresa entra com os insumos (alimentares, mão de obra, equipamentos etc). Maior parte das empresas tem esse contrato. A empresa contratada faz tudo. Refeição transportada: a UAN está estabelecida em uma empresa especializada na produção de refeições, transportando e distribuindo para um local conveniado que não dispõe de cozinha, somente de refeitório. Pode ser individualizada ou a granel (marmitex). Refeições transportadas. III. Refeição Convênio: Empresa credencia restaurantes comerciais para seus funcionários fazerem suas refeições, mediante apresentação de tickets. “A administração da UAN deve ser delegada ao nutricionista, que é o profissional melhor preparado para essa função.” Atribuições do Nutricionista em UAN Planejar; Organizar; Dirigir; Supervisionar e avaliar; Realizar assistência e educação nutricional a coletividade. Planejamento físico –funcional Dimensionamento; projeto e ambiência; Setores de uma UAN; Equipamentos. Sala da administração Chefia geral: Deve estar situada no corpo da UAN, permitindo o acesso das pessoas que não trabalham na UAN Subchefia de produção: Deve estar inserida na área de produção, elevada cerca de 120 cm do nível do piso da área de produção, de forma que se possa controlar e supervisionar com maior eficiência os diversos setores. Subchefia de dietoterapia: Deve ser acessível a UAN, no entanto, próxima às unidades de internação. Instalações Físicas: As instalações devem ser abastecidas de água corrente (tratada, fria e quente) e dispor de conexões com rede de esgoto ou fossa séptica e caixa de gordura grande. felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce Instalações sanitárias: Não devem se comunicar com a área de preparação e armazenamento de alimentos. Devem estar supridas de lavatórios e produtos de higiene pessoal (sabonete antisséptico, toalha de papel não reciclado), coletores de resíduos com tampas, acionados sem contato manual. Uma bacia sanitária com tampa, um mictório, um lavatório e um chuveiro: para cada 20 funcionários do sexo masculino. Uma bacia sanitária com tampa, um lavatório e um chuveiro: para cada 20 funcionários do sexo feminino. Área para higienização das mãos: Deve existir lavatórios em todas as áreas de manipulação de alimentos e deve contar com: exclusivos para higiene das mãos; Água corrente, de preferência quente a 42 ºC, com misturador quente e frio; Torneiras acionadas por pedal ou outro material não manual; Saboneteiras específicas para sabão líquido e para antisséptico alcoólico ou apenas sabão antisséptico; suporte para papel toalha ou outro equipamento para a secagem das mãos, como ar quente; Cesto com tampa acionada sem o uso das mãos. Lavabos e sanitários para comensais: deverão estar localizados próximos ao refeitório (sanitários próximos da saída e lavabos próximos da entrada). Área de abastecimento e estocagem: Área externa ao prédio, bem próxima à estocagem de alimentos. Consiste: Plataforma de descarga; Setor de recepção e controle; Áreas de estocagem (almoxarifados, câmaras frigoríficas e despensa diária, coloca os produtos que serão utilizados de forma imediata, no mesmo dia ou no dia seguinte). Plataforma de descarga: Rampa suave, lateral à plataforma com corrimão nas extremidades. De outro lado, uma escada; Porta corrediçaou de levantar (tipo garagem - 2,00 m de largura por 2,40 m de altura); Torneiras de água fria e quente para a higienização da área; Rede de escoamento contendo ralos com grelhas e filtros. Setor de recepção e controle: destinado às operações de inspeção, separação, contagem, pesagem e pré-higienização das mercadorias. Recepção das matérias-primas: Área protegida e limpa; Medidas que evitem contaminação de alimentos preparados; Matéria prima deve ser submetida a inspeção na recepção. Embalagem primária íntegra. Área para descarte de embalagens e recipientes: Adjacente ao posto de controle, com porta única para a plataforma ou exterior da UAN; Área de acordo com o porte da UAN, revestida de material liso, antiderrapante e resistente; Piso com ligeiro declive para boa drenagem. Estoque ou almoxarifado, normas: Porta única, larga e alta, simples ou com seções, com molas ou similar; com dimensões mínimas de 1,50 m de largura x 2,40 m de altura. Borracha de vedação na parte inferior da porta .Piso de material lavável e resistente; Controle de temperatura, ≤ 26ºC; acima disso faz-se necessário o uso de ar condicionado; Umidade relativa do ar de 50-60%;Ausência de ralos para escoamento; Boa iluminação e aeração, ventilação cruzada ou mecânica;: Janelas e aberturas com telas milimétricas (2mm);Inexistência de tubulações de água e de vapor; Piso resistente, antiderrapante e de fácil higienização; Prateleiras a 25 cm do piso, com profundidade não superior a 45 cm e afastadas da parede 35 cm (limite mínimo de 10 cm)Alcance máximo para objetos leves sem escada: do primeiro plano a 1m e 70cm.Alcance máximo para objetos pesados sem escada: 70 cm a 1m e 50 cm. Estrados para sacarias, elevados do piso no mínimo 25 cm; felip Realce felip Realce Armazenagem separada de produtos de limpeza e descartáveis; Inexistência de refrigerador, freezer, aquecedor, etc.; A mesa de trabalho do estoquista, bem como seus materiais, podem permanecer nesta área. Despensa de material de limpeza: Área física separada; Evita odores, confusão de sal com produtos clorados, contaminação química, etc. Materiais e objetos de limpeza (vassouras, rodos, esfregões, pano de chão, baldes e outros, deve ser guardados em área própria, de maneira que não provoquem a contaminação de alimentos, utensílios, equipamentos, etc. Importante que esta área disponha de um tanque para higienização destes materiais. Estocagem de gêneros perecíveis: Devido a grande diversificação das características dos alimentos utilizados, recomenda-se a instalação de três câmaras frigoríficas (com antecâmara ou geladeiras). Câmaras - destina-se à estocagem de gêneros perecíveis em condições ideais de temperatura e umidade. Câmara de Hortifruti “in natura”:10ºC para frutas e verduras. Não deixar as caixas com os alimentos diretos no chão. Retirar as embalagens originais como sacos de ráfias. A fim de facilitar o processo, organizar a câmara por tipo de alimento (frutas, verduras, etc.). Ovos em caixas brancas. Câmara ou refrigerador para sobremesas ou lanches: Manter todas as folhas já higienizadas; Identificar os frios fatiados com etiqueta de validade seguindo-se o critério de validade; Manter caixas de hambúrguer dentro de sacos plásticos; Manter bifes e filés de fra Câmara de Carnes: Temperatura de até 4ºC para conservação de carnes; Não deixe as caixas brancas direto no chão usem estrados e caixas laranja como apoio; Não utilizem GN’s dentro da câmara faça uso apenas das caixas brancas; Não deixe caixa de papelão sem proteção plásticas em recipientes tampados e identificados com etiqueta de validade. Áreas de preparo de uma UAN: Área de preparo de carnes; Pré-preparo e preparo de Hortifrutis; Àrea de preparo e montagem de sobremesas/massas; Área de cocção; Áreas de Higienização: Efetuam a remoção dos detritos e a higienização de utensílios utilizados pelos setores de pré-preparo e cocção. Deve estar adjacente à área de cocção e fora das linhas de circulação. Junto a essa área, deve existir local para guarda dos utensílios higienizados. Área para depósito de lixo: Deve ser localizada em ponto que facilite a sua remoção. Fechada: de preferência climatizada a 10ºC, dotada de esguicho de pressão com água fria e quente; Duas portas em inox: com sistema de alarme e cadeado, sendo que uma delas deve abrir para o interior da UAN (abastecimento) e a outra para o exterior (retirada de lixo);Revestimento e piso: de material resistente (azulejos) e antiderrapante, de cor clara. Área para depósito de botijões de gás (glp): De acordo com a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas): deve ser delimitada por cerca de tela, grades vazadas. Planejamento operacional Cardápios; Aquisição de materiais; Controle de estoque; Controle de produção; Controle de distribuição. Planejamento de Recursos humanos Dimensionamento; Profissionais; Escolaridade, Capacitação; Segurança e saúde do trabalhador. Os recursos humanos são de extrema importância e estão relacionados à qualidade do serviço prestado Treinamento constitui um dos poderosos meios para aumentar competências inatas ou adquiridas da equipe, melhorar o clima organizacional, satisfação do trabalho e melhorar o desempenho. • Atendimento ao cliente • Boas práticas • Segurança do trabalho ➢ AULA FRUTAS Conceito Compõe uma grande variedade de produtos de importância comercial. São os frutos de certas plantas com características especiais. É a parte carnuda e comestível que envolve as sementes das plantas. O seu tecido é suculento e a sua consistência varia de acordo com a espécie e variedade da planta. Podem ser classificadas de diversos modos. Alguns frutos são inseridos na classe das hortaliças de fruto, tais como tomate, pepino e berinjela. Outros são classificados como frutas, diferenciando-se do grupo anterior principalmente pelos sabores doce e ácido. Características Sabor doce: rico em açúcares solúveis (frutose) Natureza polposa Aroma característico Rica em suco Tipos de frutas Frutas com caroço Frutas duras Frutas moles Frutas cítricas Frutas mediterrâneas e tropicais Valor nutritivo 75 a 95% de água ↑ teor de vitaminas e minerais 5 a 20% de CHO (glicose, frutose, sacarose, amido, pectina, celulose) Fibras: solúveis (pectina e gomas) e insolúveis (celulose e hemicelulose) Pobre em proteínas Lipídios: 0 a 35% Classificação Segundo o teor de glicídios (carboidratos) • Frutas A: 5 a 10% de glicídios • Até 5% de glicídios: abacaxi, caju, carambola, goiaba, melancia, melão, pitanga, umbu. • Até 10% de glicídios: cajá, jaca, jambo, laranja, lima, limão, maracujá, pêssego, romã. • Frutas B: 10 a 20% de glicídios • Até 15% de glicídios: ameixa, amora, cereja, figo, pinha, framboesa, maçã, mamão, manga, pêra, abacate (16% de gordura). • Até 20% de glicídios: banana, caqui, marmelo, nêspera, pequi, uva. Para comercialização • Extra – elevada qualidade, sem defeitos, bem desenvolvida e madura. Tamanho, cor e conformação uniformes. Não são permitidas manchas e defeitos na casca. Melhor fruta. • De 1ª - boa qualidade, sem defeitos. Tamanho, cor e conformação uniformes. Deve ser bem desenvolvida e madura. • De 2ª - boa qualidade, ligeiros defeitos na cor, desenvolvimento e conformação. A casca não pode estar danificada. • De 3ª - fins industriais. Características preservadas. São aceitas frutas com rachaduras cicatrizadas, pequenos defeitos e manchas na casca. Outras • Cítricas • Não cítricas • Oleaginosas Frutas Oleaginosas • 16% de CHO, 20% de PTNS e 60% de LIP • Amêndoas, avelãs, castanha-de-caju, castanha-do-pará, nozes • Alta concentração de calorias e PTN de AVB • Minerais: selênio, cobre e magnésio Frutas especiais Tamarindo: contém 53% de CHO Fr Physalis: típica da Colômbia e da região amazônica. Conhecida também como Camapum,Bucho de rã e Mata-fome.utas exóticas. Mirtilo Bananas, temos vários tipos Sabor Mistura de muitos compostos: açúcares solúveis, minerais, ácidos orgânicos, componentes aromáticos, ésteres que dão odor característicos as frutas – metilbutirato (abacaxi). Reação ácida acidez varia com a maturidade da planta Ex.: Ácido málico: maçã Ácido cítrico: nas frutas cítricas Ácido tártarico: uva Ácido benzóico: ameixa Ácido oxálico: morango, laranja, etc. Consistência Fornecida pela celulose e compostos pécticos que são componentes de sua estrutura Pectina: substância cimentante, utilizada para formas géis. Frutas verdes: pró-pectina Frutas muito maduras: ácido péctico Geleias precipitação da pectina em meio ácido em concentração de 60% de açúcar assumindo aspecto maleável e transparente. Pigmentos Predominam antocianinas, carotenóides e flavonóides Flavonol: queratina na maçã, ameixa e uva Flavonas: luteolina na casca de limão; hisperidina na laranja Amadurecimento Natural • Intensifica-se o colorido • Amaciamento da parte polposa: transformação dos compostos pécticos • Ocorre a ação enzimática sobre a envoltura celular e sobre o amido, transformando-o em açúcares solúveis responsáveis pelo sabor adocicado Ex.: banana verde – amido banana madura – açúcares • Diminui acidez da fruta • Transformação da pró-pectina em pectina e ácido péctico que causa a desintegração da fruta por falta de substância cimentante. Artificial • Gás etileno estímulo ao metabolismo celular acelera o amadurecimento reduz o teor de vitaminas, principalmente a vitamina C. Padrões de atividade respiratória Frutos climatéricos: o amadurecimento é acompanhado por um distinto aumento da atividade respiratória geralmente associado a elevadas produções de etileno. Susceptíveis a mudanças na cor, sabor, textura durante o processo de amadurecimento, mesmo após a colheita. Ex: pêssego, nectarina, ameixa, maçã, abacate, melão, goiaba, banana, manga, mamão, maracujá, pêra, caqui, kiwi. Podem ser colhidos em estádios anteriores ao amadurecimento. Frutos não-climatéricos: não apresentam aumentos na atividade respiratória e na produção de etileno. Devem ser colhidas apenas quando maduras, processos bioquímicos são interrompidos após a colheita. Ex: uva, limão, laranja, abacaxi, morango, romã, caju, cereja, nêspera, carambola, figo, framboesa, amora. Não podem ser colhidos antes da maturação. Etileno É o único hormônio gasoso conhecido, é um hidrocarboneto, ativo em baixas concentrações e considerado o hormônio do amadurecimento. Também está relacionado à resposta do vegetal a estresses. Liga-se a receptores na membrana celular levando à síntese de enzimas responsáveis por alterações no metabolismo. Armazenamento Temperatura ambiente: antes do amadurecimento Sob refrigeração (4 a 8 ºC): ↓ processo respiratório – maduras Bananas: mesmo maduras não refrigerar escurecimento da casca; perda de textura; aceitabilidade prejudicada. Pré-preparo Higienização e cortes. Cocção Calor seco: frutas assadas Calor úmido: compotas, doces em pasta Maior percentual de açúcares solúveis Menor quantidade de celulose Per capita: em média de 80 a 100 gramas da fruta limpa ➢ AULA HORTALIÇAS Definição São vegetais cultivados na horta, dos quais algumas partes são utilizadas como alimento em forma natural. De modo geral compreendem as partes comestíveis das plantas: raízes tuberosas, folhas, flores, frutos e sementes. Classificação Pela botânica • Folhas, ex; alface, couve, agrião. Em UAN ter cuidado com a higienização das folhas, quanto mais lisa maior. • Sementes, ex: ervilha, milho, vagem • Raízes ex: cenoura, beterraba • Tubérculos ex: batata, mandioca • Bulbos ex: alho poro, alho, cebola • Flores ex: couve flor, brócolis, alcachofra • Frutos ex: abóboras, chuchu, jiló, berinjela, tomate, pimentão • Caules ex: palmito, acelga Pelo teor de glicídios (CHO) • Hortaliças do grupo A: cerca de 5% de glicídios. Ex: Abobrinha, acelga, agrião, aipo, alcachofra, alface, almeirão, aspargo, berinjela, bertalha, brócolos, broto de bambu, cebolinha, coentro, couve, couve-flor, espinafre, folhas de (abóbora, batata, beterraba, cenoura, couve-flor, inhame, mandioca, quiabo), jiló, maxixe, mostarda, ora-pro-nobis, palmito, pepino, pimentão, rabanete, repolho, serralha, salsa, taioba, tomate, etc. felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce • Hortaliças do grupo B: cerca de 10% de glicídios. Ex: Abóbora, beterraba, cenoura, chuchu, ervilha verde, fava, nabo, quiabo, vagem, etc. • Hortaliças do grupo C: cerca de 20% de glicídios. Ex :Aipim, batata-baroa, batata doce, batata, cará, inhame, mandioca, etc. Possui mais CHO. Pela pigmentação • Hortaliças verdes: clorofila • Hortaliças amarelas e alaranjadas: caroteno e xantofila • Hortaliças vermelhas: licopeno • Hortaliças vermelho-arroxeadas: antocianina (flavonóide) • Hortaliças brancas e branco-amareladas: antoxantina (flavonóide) Valor nutritivo Fontes: vitaminas, minerais e fibras • Tubérculos e raízes ricos em carboidratos. Em geral pobres em lipídios • Folhas: ricas em ferro, cálcio, pró-vitamina A, celulose. Têm menos 20 kcal/100g. • Sementes: fontes de vitaminas do complexo B, ferro. Ricas em calorias, 40-80 kcal/100g. • Tubérculos: fornecem 80 ou mais kcal/100g, devem ser cozidos para modificar o amido. • Raízes: possuem alto teor de caroteno e ferro, e fornecem em torno de 40 kcal/100g. • Bulbos: contêm vitamina C, são pobres em calorias. • Flores: baixo teor calórico (20 kcal/100g), sendo o brócolis ótima fonte de vitamina C e suas folhas ricas em pró-vitamina A, a alcachofra é fonte de ferro. • Caule: pobre em calorias, tendo cada um deles características próprias, especialmente de sabor. Outros componentes Sabor: açúcares, ácidos orgânicos, sais minerais, compostos aromáticos e tanino Sabor acentuado – compostos sulfurados voláteis: • sulfato de alilo: cebola e alho • Isotiocianato de alilo: mostarda • Sinigrina (CHO + sulfocianeto de alilo): repolho, couve-flor, etc. Preparo - Características dos Pigmentos e Forma de Cocção Clorofila • Presente em muitas partes dos vegetais desaparece com amadurecimento • Pouco solúvel em água • Possui Mg no centro de sua molécula, cuja substituição por 2 átomos de hidrogênio, na presença de ácidos fracos, transforma-se em feofitina felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce felip Realce • O calor e cocção prolongado e em recipiente fecha destroem a clorofila, castanho acinzentado • Cocção inicial em panela sem tampa volatilização dos ácidos responsáveis pela formação de feofitina. Início da cocção deixar destampado. • Uso de bicarbonato contraindicado, ocorre perda de nutrientes. Caroteno, xantofila e licopeno • Não são solúveis em água • Alteração mínima na presença de ácidos ou álcalis • Cocção em pouca água e fogo brando evitar perdas por dissolução e calor Antocianina • Solúvel em água • Com adição de ácido torna-se vermelha. Ex. beterraba, repolho roxo • Presentes mais na casca que na polpa Antoxantina • São solúveis em água • Presença de ácidos brancas ou álcalis amarelas • Cocção em pouca água e fogo brando evitar perdas por dissolução e calor • Calor seco acentua a cor dextrinização do amido (ex. batata). Alimentos ricos em CHO, tendem a dextrinização. Fatores que influenciam a cocção Melhor forma de cocção, pouca água por pouco tempo. 1.Tempo de cocção Ex.: repolho cozido por 10 min 15% de perda de ferro e por 30 min 60% de perda Fe. 2.Volume de água e forma de cocção Perdas de minerais por dissolução Em média: 20 a 50% do ferro; 15 a 45% do fósforo; 10 a 30% de cálcio. Perdas de vitaminas por dissolução Maiores perdas: hidrossolúveis e vitaminaC Calor úmido: Tiamina: 5 a 25% de perda Riboflavina: 25% vit. C: 10 a 50% felip Realce felip Realce Maiores perdas de vit. C: meio alcalino e temperatura elevada 3. Componentes da água Água “mole”: alto conteúdo de sódio e baixo de potássio facilitam a cocção Água “dura”: ricas em sais de potássio, cálcio e magnésio dificultam a cocção Cálcio e magnésio combinam-se com a celulose endurecimento. Acréscimo de cloreto de sódio (0,7%) favorece o sabor, abranda o vegetal e reduz perdas por dissolução. Pode enferrujar a tubulação. Regras de Cocção Prepará-las na hora de cozinhar; Prepará-las inteiras ou parti-las em pedaços grandes; Cozinhá-las com casca, sempre que possível, Nunca adicionar bicarbonato de sódio; Colocá-las na água já em ebulição; Nunca deixá-las em remolho, pois perdem vitaminas e minerais, Cozinhar hortaliças de sabor forte, como repolho e couve-flor, em panela destampada em quantidade maior de água. Usar a água de hortaliças para sopas e molhos; aproveita os nutrientes, mais tem compostos ruins também. Cozinhá-las em pequena quantidade de água e sal; é melhor adicionar os temperos ao final. Cozinhar couve-flor e brócolis com o talo voltado para baixo; Adicionar vinagre ou suco de limão na água de cocção de vegetais vermelhos; As partes mais duras dos vegetais e aqueles que levam mais tempo para abrandar-se devem ser colocados primeiro na panela e depois os mais tenros, para obter uma cocção uniforme. Cuidados no recebimento das hortaliças Frescas, sem defeito, com folhas verdes, sem traço de descoloração. Grau de evolução completa do tamanho, aroma e cor própria da espécie e variedade. Firmes, intactas e bem desenvolvidas. Livres de enfermidades e insetos ou larvas. Sem ressecamentos, queimaduras e perfuração ou corte. Não estar suja de terra. Não conter corpos estranhos aderentes à superfície externa. Livre de resíduos fertilizantes. Livre da presença de bolor ou mucosidade. Características de qualidade das hortaliças Presença de manchas, rachaduras. Higienização Selecionar, retirando as folhas, partes e unidades deterioradas; Lave em água corrente os vegetais folhosos (alface, escarola, rúcula, agrião, etc.) folha a folha, e as frutas e legumes um a um; Colocar de molho por 10 min. em água clorada, utilizando produto adequado para este fim (ler o rótulo da embalagem), na diluição de 200 ppm (1 colher de sopa para 1 litro); Fazer o corte dos alimentos para a montagem dos pratos com as mãos e utensílios bem lavados Manter sob refrigeração até a hora de servir. Utilização das hortaliças em diversos tipos de preparações Sucos Saladas Sopas Purê Pudim Suflê Recheadas Fritas Empanadas Bolinhos e croquetes Sauté Ensopados Refogadas Gratinadas Galantina Cortes dos vegetais Diversos cortes. ➢ AULA LEGUMINOSAS Definições São sementes comestíveis de plantas que dão em vagens. As leguminosas são grãos contidos em vagens ricas em tecidos fibrosos e algumas podem ser consumidas ainda verde (ervilhas e vagens). Leguminosas Tremoço 36 a 52% de proteína, 5 a 20% de gordura, 30 a 40% de fibra alimentar. possui 3 vezes mais fibra do que a aveia e o trigo . a farinha de tremoço bolachas, pães, biscoitos, massas; alimentação para animais; indústria farmacêutica. Grão seco tóxico lupanina (sabor amargo) Sementes oleaginosas composição nutricional As castanhas possuem alto teor de gordura, uma razoável quantidade de proteínas (menos que o feijão), ferro, selênio e vitaminas do complexo B. ↑ teor de gordura oxidação rancificação, manter em recipientes fechados Fatores antinutricionais Inibidores da tripsina: 90% inativado em 100 ºC (60 min.) Fitatos e polifenóis: quelam Fe, Zn, Mg, Ca Oligassacarídeos (rafinose e estaquiose): flatulência por fermentação no IG. Feijão (Phaseolus vulgaris) PTN: 18 – 30% Fatores que limitam seu valor nutricional: deficiência de aminoácidos sulfurados digestibilidade presença de proteínas tóxicas e outros fatores antinutricionais Portaria n. 161, o feijão é classificado em Grupos e Classes. Grupos - classificação segundo a espécie da qual o feijão é proveniente, sendo do grupo I o feijão proveniente da espécie Phaseolus vulgaris L., e do grupo II o feijãode- corda, ou macaçar, proveniente da espécie Vigna unguiculata L. Walp. Classes - classificação de acordo com a coloração da película do feijão. Por exemplo, o feijão anão, do grupo I, é classificado em quatro classes, assim identificadas: branco - o produto que contiver, no mínimo, 95% de grãos de coloração branca. preto - o produto que contiver, no mínimo, 95% de grãos de coloração preta. cores - constituído de grãos coloridos, admitindo-se, no máximo, 5% de mistura de outras classes e até 10% de outras cultivares da classe cores, desde que apresentem cores contrastantes ou tamanhos diferentes. misturado - o produto que não atender às especificações de nenhuma das classes anteriores, devendo constar, obrigatoriamente, no certificado de classificação, as porcentagens de cada uma das classes e o porcentual da cultivar predominante. Condições de estocagem altas temperaturas (> 21°C) elevadas taxas de umidade relativa do ar (UR > 71%) digestibilidade a biodisponibilidade da metionina Soja (Glycine max (L.) Merril) Proteínas: 35 - 40% Lipídeos: 18 - 22% Carboidratos: 30% Vitaminas: A, B, C e E Minerais: Mg, S, Cl e K. Razoável quantidade de Fe (8%) 10 aa essenciais em teor adequado, exceto a metionina Leite de soja” ou extrato hidrossolúvel de soja (EHS) Intolerância à lactose Enzimas lipoxigenases Óleo de soja Extração do óleo as sementes são colocadas em uma prensa de alta pressão que as espremerá até retirar-se todo o ól Shoyu: fermentação dos grãos de soja com trigo, que após torrados, são organizados em blocos e removidos e imersos várias vezes em um caldo de água fria e sal, o processo demora cerca de um ano, em vasos de argila. Usado como tempero ou molho Proteínas, vitaminas do complexo B Sal (cuidado!)eo contido nelas. Tofu: 豆腐 Tipo de “queijo” elaborado a partir do EHS, por coagulação (sulfato de cálcio ou CaCl2) e prensagem. Inclusão de farinha de soja na fabricação de massas melhora rendimento: 100 Kg de farinha de trigo = 98 Kg de massa 99 Kg de farinha de trigo + 1 Kg de farinha de soja = 98,6 Kg de massa PTS: principal ingrediente nas formulações proteicas Industrializadas Cocção Calor seco: amendoins, soja Calor úmido sob pressão redução de tempo Panela de pressão: o volume total a ser preparado não deve ultrapassar 1/3 de sua capacidade entupimento das válvulas Fatores que Interferem na Cocção: Variedade da leguminosa: • Lentilhas e ervilhas (15 a 40 min.) • Grão de bico (3 h) • Feijões de diversas variedades (1 a 3 h) • Soja: cocção demorada! Fatores que Interferem na Cocção: Tempo de armazenamento: • > tempo de armazenamento, + tempo leva para cozinhar (desidratação contínua) • ↓ B1 • Leguminosa guardada por 1 ano a 4 °C cozinha em menos tempo do que armazenada a 24 °C (> B1) Dureza da água de cocção: • Água rica em sais de cálcio e magnésio endurecem as cascas das leguminosas Fervura (15 a 20 min.) carbonatos insolúveis Quando rica em sulfatos de cálcio e magnésio se precipitam sob a forma de carbonatos pela adição de cal e carbonato de sódio em pequena quantidade • O sal (cálcio e magnésio) se adicionado antes da cocção em água dura pode contribuir para o enrijecimento da casca da leguminosa, portanto deve ser adicionado quando já estiver quase pronto. Tempo de cocção: • varia conforme a leguminosa, forma de cocção, temperatura e prévia hidratação. • Efeito do bicarbonato de sódio na água de cocção: destrói vitaminas, alcaliniza pH do estômago podendo dificultar a digestão, reidrataçãoPeso dos grãos: ↑ em cerca de 100% Antes do remolho: escolhidos e bem lavados Estudos mostram que o remolho por 10 a 18 h produz um resultado semelhante ao remolho por 1 h após 2 minutos de fervura. Funções da reidratação: Favorece a digestibilidade e a cocção; Reidrata a celulose, amaciando-a; Desenvolve ou aguça o sabor característico; Diminui o tempo de cocção. O uso de água fervida modifica as substâncias pécticas da casca da leguminosa mais rapidamente além de destruir m.o. presentes As leguminosas devem sofrer reidratação antes de serem cozidas (exceto: lentilha e ervilhas) Índice de Reidratação IR = Peso reidratado Peso seco O grão de bico e o tremoço devem ter a película externa retirada após o remolho A água de remolho pode ser utilizada e deve corresponder a cerca de 3 vezes a quantidade da leguminosa cocção Ácidos enrijecem a casca da leguminosa dificultando seu cozimento Temperatura de cocção: sempre fogo médio (gelatinização mais lenta) e < gasto de gás Panela de pressão: tempo deve ser contado a partir do início da cocção, após iniciar a saída de vapor contar 2 a 4 min., desligar e deixar esfriar com a panela tampada até acabar todo o vapor. Ebulição normal: panela deve ser bem tampada para evitar evaporação excessiva e a chama deve ser mantida de forma a proporcionar o ponto de ebulição contínuo. Caso seja necessário a adição de mais água para formar caldo, acrescentar água quente. Depois de completamente cozido, normalmente se soca o feijão para que alguns grãos se rompam e seu amido passe para o caldo. O feijão apresenta-se totalmente cozido quando o grão está totalmente macio, inclusive a casca. O tempero que pode ter alho, cebola, sal e especiarias deve ser refogado a parte e colocado dentro do feijão cozido deixando ferver por alguns minutos. Características do feijão bem cozido: Completamente cozido sabor agradável Casca e miolo macios Sabor característico Grãos roliços e inteiros Boa aparência e cor própria Não deve ficar nem muito seco nem muito aguado Caldo suficiente para cobrir os grãos depois de cozidos Cuidados na armazenagem: devem ser armazenados em locais livres de umidade e com boa ventilação a utilização de embalagens bem fechadas é aconselhável devem ser mantidos livre de insetos e roedores a ocorrência de umidade pode causar o desenvolvimento de fungos produtores de micotoxinas amendoim aflatoxina doenças e morte
Compartilhar