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Acesse: www.temporario.engemarinha.com.br/curso-smv-marinha 1 PERÍODO REGENCIAL (1831-1840) Pressionado pela população, em 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou do trono em favor de seu filho, D. Pedro de Alcântara, que tinha apenas cinco anos de idade. Como o herdeiro não tinha idade para assumir o trono, instalou-se no Brasil um governo regencial. No período regencial, o conturbado ambiente político da Corte refletiu nas províncias do Império em movimentos armados que explodiram por todos os principais centros regionais. CONFLITOS INTERNOS A Marinha da Independência e da Guerra Cisplatina, constituída por elevado número de navios de grande porte, foi sendo transformada em uma Marinha de unidades menores, onde revoltas deflagradas em diversas províncias foram abafadas pelo governo regencial com a utilização da Marinha e do Exército. História Naval A Atuação da Marinha nos Conflitos da Regência Quais são os meus objetivos? ❖ Reconhecer a influência da Marinha nos conflitos internos ❖ Descrever a importância da Marinha na Guerra Cisplatina ❖ Identificar os feitos da Marinha na Guerra contra Oribe e Rosas Th aís G on ça lve s S erm en ho CP F 0 56 .98 3.9 67 -01 http://www.temporario.engemarinha.com.br/curso-smv-marinha Acesse: www.temporario.engemarinha.com.br/curso-smv-marinha 2 A Marinha se fez presente: • No rápido transporte de tropas do Exército Imperial da Corte e de outras províncias até as áreas conflagradas; • No abastecimento das tropas que lutavam nas províncias rebeladas, pois não existiam estradas que ligassem a Corte às províncias do Norte e do Sul; • Cumpriu ações de bloqueio nos portos ocupados pelos rebeldes, evitando que recebessem qualquer abastecimento vindo do mar, como armas e ou compradas no estrangeiro. • Atuando diversas vezes em desembarques, lutando com grupos rebelados, lado a lado com tropas do Exército, da Guarda Nacional e milicianos; REVOLTA ATUAÇÃO DA MARINHA BRASILEIRA Cabanagem (1835 – 1840) Bloqueou o porto de Belém, dificultando o seu abastecimento, bombardeou posições rebeldes, desembarcou tropas do Exército e embrenhou-se nos rios amazônicos para dar combate aos mais isolados focos de revolta. Guerra dos Farrapos (1835 – 1840) Transporte e abastecimento das tropas e apoiando ações em terra com o fogo dos canhões embarcados. Combateu uma pequena flotilha de embarcações armadas dos rebeldes. Sabinada (1837 – 1838) Combatida com um bloqueio naval na província e o combate a uma diminuta Força Naval montada pelos rebeldes com navios apresados. Balaiada Teve a participação do Capitão-Tenente Joaquim Marques Lisboa, futuro Marquês de Tamandaré (Patrono da Marinha do Brasil). A Marinha atuou combatendo os rebeldes isoladamente ou apoiando forças em terra. Revolta Praieira Contingentes de marinheiros e fuzileiros navais desembarcaram dos navios para reunir-se aos defensores da capital na batalha, enquanto os canhões da Marinha fustigaram as investidas dos revoltosos. Th aís G on ça lve s S erm en ho CP F 0 56 .98 3.9 67 -01 http://www.temporario.engemarinha.com.br/curso-smv-marinha Acesse: www.temporario.engemarinha.com.br/curso-smv-marinha 3 GUERRA DA CISPLATINA (1825-1828) O Brasil recém- independente envolveu-se numa guerra com as Províncias Unidas do Rio da Prata, atual Argentina, pela posse da então Província brasileira da Cisplatina, atual República Oriental do Uruguai, anexada ainda por D. João VI, em 1821. A Marinha Imperial brasileira na Guerra Cisplatina lutou com a Força Naval argentina, mas também atuou contra os corsários que, com Patentes de corso emitidas pelas Províncias Unidas do Rio da Prata e pelo próprio Exército de Lavalleja, atacavam os navios mercantes brasileiros por toda a nossa costa. A guerra não envolvia só a disputa pela posse do território da Província Cisplatina, mas tinha como objetivo o controle do Rio da Prata, área geográfica de suma importância estratégica desde o início da colonização europeia na América do Sul. No estuário do Rio da Prata desembocavam dois grandes rios (Uruguai e Paraná), que constituíam o caminho natural para a penetração no continente sul-americano, representando uma estrada fluvial para a colonização, o acesso aos recursos naturais e a viabilização das trocas comerciais por todo o interior da América do Sul. O embate entre a Esquadra brasileira e a Esquadra argentina teve lugar no estuário do Rio da Prata e nas suas proximidades – região com grande número de bancos de areia que dificultava a navegação. Os navios argentinos atacavam e, quando repelidos, escapavam da perseguição dos navios brasileiros pelos estreitos canais que se formavam entre os vários bancos de areia da região, em sua maioria desconhecidos dos marinheiros brasileiros. Como primeira ação de guerra, a Força Naval brasileira no Rio da Prata, comandada pelo Vice- Almirante Rodrigo Lobo, estabeleceu um bloqueio naval no Rio da Prata, pretendendo impedir qualquer ligação marítima entre as Províncias Unidas e os rebeldes de Lavalleja, e dos dois adversários com o exterior. O adversário, apesar de contar com um menor número de navios de guerra, tinha suas ações facilitadas não só pelo conhecimento da conformação hidrográfica do estuário do Rio da Prata, como Th aís G on ça lve s S erm en ho CP F 0 56 .98 3.9 67 -01 http://www.temporario.engemarinha.com.br/curso-smv-marinha Acesse: www.temporario.engemarinha.com.br/curso-smv-marinha 4 também por permanecer operando próximo ao seu porto base, o ancoradouro de Los Pozos, em Buenos Aires, onde seus navios eram abastecidos e reparados. A batalha de Monte Santiago eliminou o poder combatente argentino, restando-lhe o corso. No fim, os altos custos da guerra para ambos os países, somados à intermediação inglesa, levaram ao reconhecimento da independência do Uruguai. GUERRA CONTRA ORIBE E ROSAS Rosas era da liderança da Confederação Argentina e Oribe era líder do partido de oposição ao governo uruguaio, ambos queriam anexar o Uruguai às Províncias Unidas. O Império brasileiro, que se opunha frontalmente à anexação, apoiava o governo constituído do Uruguai, exercido pelo Partido Colorado. A Força Naval brasileira, composta por quatro navios com propulsão a vapor e três navios a vela, tinha como obstáculo o Passo de Tonelero, onde o inimigo instalara uma fortificação guarnecida por 16 peças de artilharia e 2.800 homens. Devido à pouca largura do rio naquele trecho, os navios brasileiros seriam obrigados a passar a menos de 400 metros daquela fortificação, recebendo o peso da artilharia inimiga. A solução encontrada pelo Chefe- de-Esquadra Grenfell foi o emprego conjunto dos navios a vela e a vapor na operação de transposição daquele obstáculo. Os navios a vela, mais artilhados, foram rebocados pelos navios a vapor, mais rápidos e ágeis nas manobras. Tonelero foi vencida em 17 de dezembro de 1851, com as tropas desembarcando em Diamante com sucesso. O Exército de Buenos Aires foi derrotado pelas tropas brasileiras e de seus aliados platinos, em fevereiro de 1852. Th aís G on ça lve s S erm en ho CP F 0 56 .98 3.9 67 -01 http://www.temporario.engemarinha.com.br/curso-smv-marinha
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