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História Naval - Tópicos Resumidos

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HISTÓRIA NAVAL
RESUMO
CAPÍTULO 1
1- A IMPORTÂNCIA DO MAR NOS DIVERSOS PERÍODOS DA HISTÓRIA DO BRASIL
O mar sempre teve uma importância fundamental na história do Brasil. Antes de tratar da importância do mar na história do Brasil, vamos conhecer alguns conceitos importantes para a formação da mentalidade marítima. O primeiro conceito, a saber, é sobre as comunicações marítimas.
1.1 Comunicações Marítimas 
Comunicações Marítimas são os caminhos existentes no mar para o comércio externo ou interno, isto é, as rotas por onde trafegam os navios, desde seus portos de origem até os de destino
1.2 - Poder Marítimo 
É a capacidade que resulta da integração dos recursos que dispõe o Brasil para a utilização do mar e também das águas interiores, quer como instrumento de ação política e militar, quer como fator de desenvolvimento econômico e social, visando a conquistar e a manter os objetivos nacionais. 
1.3 - Poder Naval
Poder Nava é o componente militar do Poder Marítimo, capaz de atuar no mar e nas águas interiores (rios, lagoas) na conquista e manutenção dos objetivos estabelecidos pela Nação. O Poder Naval compreende os meios navais, aeronavais e de fuzileiros navais, as bases e posições de apoio, suas estruturas de comando e controle, e demais relacionados. Podemos, assim, observar que um Poder Naval, para ser eficaz, necessita ser capaz de dotar atitudes tanto defensivas quanto ofensivas, com aproveitamento de suas características de mobilidade, permanência, versatilidade e flexibilidade. Veja: MoPeVeFlex
A mobilidade representa a capacidade de deslocar-se prontamente e a grandes distâncias, mantendo elevado nível de prontidão em condições de emprego.
A permanência indica a possibilidade de operar continuamente por longos períodos em áreas distantes e de grandes dimensões com independência.
A versatilidade permite regular o poder de destruição e alterar a postura militar, mantendo a aptidão para executar uma grande gama de tarefas. 
A flexibilidade pode ser sintetizada pela capacidade de organizar grupamentos operativos de diferentes valores, em função da missão recebida. 
CAPÍTULO 2
2- O PAPEL DA MARINHA NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Emergindo das dificuldades do período revolucionário (1789 - 1799), a França erguia-se perante a Europa aristocrática com o “Grande Exército” chefiado por Napoleão Bonaparte. 
As guerras napoleônicas (1804-1815) foram caracterizadas por dois aspectos: o primeiro na luta de uma nação burguesa contra uma Europa aristocrática; e o segundo na luta entre França e Inglaterra.
Portugal sempre manteve laços comerciais com a Inglaterra e a sua não adesão ao bloqueio foi determinante para a decisão de sua invasão por Exército francês sob o comando do General Junot. Ao saber da chegada do Exército invasor de Napoleão, o Conselho de Estado com o Príncipe Regente D. João acordaram na retirada para o Brasil de toda a Família Real. 
A 29 de novembro de 1807, a Família Real embarcou rumo ao Brasil. O comboio de transportes que conduziu todo o aparato (15.000 pessoas dentre militares e civis) era de 30 navios, e várias embarcações, protegidas por uma escolta inglesa composta por 13 naus.
No dia 28, D. João proclamava a independência econômica do Brasil com a publicação da famosa carta régia que abriu ao comércio estrangeiro os portos do país; e a 7 de março de 1808 D. João, à testa de uma força naval composta por três naus, um bergantim e um transporte, entrou na Baía de Guanabara.
Com o retorno de D. João VI para Portugal, permaneceu no Brasil seu filho D. Pedro, que passou a sofrer pressão vinda da Corte de Portugal para que regressasse a Lisboa. Como consequência, temos o Dia do Fico (09/01/1822) e, posteriormente, após novas pressões, D. Pedro proclama a nossa Independência.
2.1 O RETORNO DE D. JOÃO VI PARA PORTUGAL
 O estado revolucionário da antiga metrópole provocou o retorno do Rei em 26 de abril de 1821, deixando seu filho D. Pedro como Príncipe Regente. 
A pressão das Cortes pela restauração do pacto colonial com o consequente esvaziamento das suas atribuições de regente levaram D. Pedro a defender a autonomia brasileira perante a restauração da condição de colônia pretendida pelas Cortes.
2.2 A REGÊNCIA DE D. PEDRO I E A PROCLAMAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA (1822- 1831)
Em 7 de setembro de 1822, o Príncipe D. Pedro declarava a Independência do Brasil. Porém, só as províncias do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais atenderam de imediato à conclamação emanada das margens do Ipiranga.
Os principais focos de resistência à Independência eram Pará; Maranhão; Piauí e Cisplatina, porém, a resistência mais forte estava justamente em Salvador, Bahia, onde essa guarnição era mais numerosa.
2.3 A FORMAÇÃO DA ESQUADRA BRASILEIRA
O governo brasileiro, por intermédio de seu Ministro do Interior e dos Negócios Estrangeiros José Bonifácio de Andrada e Silva, percebeu que somente com o domínio do mar conseguiram manter a unidade territorial brasileira, pois eram por meio do mar que as províncias litorâneas, onde estava concentrada a maior parte da população e da força produtiva brasileira se interligavam e comercializavam seus produtos. O nascimento da Marinha Imperial, portanto, se deu nesse regime de urgência, aproveitando os navios que tinham sido deixados no porto do Rio de Janeiro pelos portugueses, que estavam em mau estado de conservação, e os oficiais e praças da Marinha portuguesa que aderiram à Independência, portanto no dia 10 de novembro de 1822 nasceu a Esquadra brasileira. 
2.4 PERÍODO REGENCIAL (1831-1840): A ESQUADRA BRASILEIRA E A MANUTENÇÃO DA INTEGRIDADE TERRITORIAL BRASILEIRA
A peculiar Independência brasileira, que pôs à frente do processo de emancipação da excolônia o herdeiro do trono real português, produziu uma divisão na política brasileira que marcaria o reinado de D. Pedro I: a separação entre brasileiros, liberais, que defendiam a monarquia constitucional, e portugueses, que propunham a concentração de poder nas mãos do Imperador. O Imperador D. Pedro I tornava-se cada vez mais autoritário, buscando o apoio da facção dos portugueses que defendiam maior poder ao monarca. Já a facção dos brasileiros queria que o poder do Estado brasileiro fosse dividido entre o Imperador e a Assembleia Legislativa, constituída de representantes eleitos da sociedade, que redigiria a Carta Constitucional e faria as leis. Ou seja, defendiam que a monarquia de D. Pedro fosse uma monarquia constitucional. A Assembleia Constituinte foi reunida, em maio de 1823, para redigir a primeira Constituição brasileira. A maioria dos deputados constituintes queria uma Constituição que limitasse os poderes do Imperador. Tal fato desagradava D. Pedro e os homens que o apoiavam, já que o monarca queria no Brasil uma monarquia absolutista. O conflito entre D. Pedro e os deputados constituintes acabou quando o Imperador dissolveu a Assembleia Constituinte em 1823. Em seguida, nomeou um Conselho de Estado composto por dez membros, com a tarefa de redigir um projeto de Constituição. Resultando na imposição uma Constituição, outorgada em 1824, que praticamente resgatava o regime absolutista. A atitude autoritária do Imperador aumentou em muito a oposição liberal a ele, representada pelo Partido Brasileiro. Pressionado pela população, em 7 de abril de 1831, D. Pedro I abdicou do trono em favor de seu filho, D. Pedro de Alcântara, que tinha apenas cinco anos de idade. Como o herdeiro não tinha idade para assumir o trono instalou-se no Brasil um governo regencial. O Poder Executivo seria composto por três membros, uma regência trina, conforme determinava a Carta Constitucional. Posteriormente, a regência seria constituída de uma só pessoa, a regência una. No período regencial, o conturbado ambiente político da Corte se refletiu nas províncias do Império em movimentos armados que explodiram por todos os principais centros regionais. As revoltas que estouraram no Brasil no período Regencial foram:
2.4.1 Cabanagem 
A primeira sublevação ocorrida no período regencial foi a Cabanagem, no Grão-Pará, que se generalizouem 1835 com a ocupação da capital da província, Belém. Durante o conflito, as forças militares atuaram contra focos rebeldes espalhados por um território inóspito e desconhecido, a floresta amazônica. A Marinha bloqueou o porto de Belém, com a atuação do Capitão-Tenente Frederico Mariath, dificultando o seu abastecimento, bombardeou posições rebeldes, desembarcou tropas do Exército e embrenhou-se nos rios amazônicos para dar combate aos mais isolados focos de revolta. O desgaste que as forças militares impuseram aos cabanos levou-os ao abandono da capital em maio de 1836 continuando a resistir no interior. A luta se estendeu até 1840, com a ação conjunta da Força Naval e das tropas do Exército debelando a resistência dos cabanos por todo o Pará.
2.4.2 Guerra dos Farrapos
A Guerra dos Farrapos, rebelião no sul do Império que durou dez anos, de 1835 a 1845, atingiu uma região de fronteira já conturbada por conflitos externos. A Marinha novamente atuaria em cooperação com o Exército no transporte e abastecimento das tropas e apoiando ações em terra com o fogo dos canhões embarcados.
Foi neste conflito regional que pela primeira vez a Marinha brasileira empregou um navio movido a vapor em operações de guerra.
2.4.3 Sabinada
A Sabinada, revolta que eclodiu contra a autoridade da Regência na Bahia, em novembro de 1837, foi combatida pela Marinha Imperial com um bloqueio da província e o combate a uma diminuta Força Naval montada pelos rebeldes com navios apresados. A revolta foi finalmente sufocada em 1838.
2.4.4 Balaiada
A Balaiada, agitação que tomou conta das Províncias do Maranhão e do Piauí, entre 1838 e 1841, reuniu a população pobre e os escravos contra as autoridades constituídas da própria província. Em agosto de 1839, seguiu para o Maranhão o Capitão-Tenente Joaquim Marques Lisboa, futuro Marquês de Tamandaré, nomeado comandante da Força Naval em operação contra os insurretos.
A partir de 1840 e até o final da Balaiada, o Capitão-Tenente Joaquim Marques Lisboa atuaria em cooperação com o então Coronel Luís Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, que comandava a Divisão Pacificadora do Norte, reunida para debelar a revolta. A união dos futuros patronos das forças singulares de mar e terra no combate à Balaiada simboliza uma situação recorrente em todos os conflitos internos durante a Regência e o Segundo Império: a atuação conjunta da Marinha e do Exército na manutenção da ordem constituída e da unidade do Império.
2.5 O GOLPE DA MAIORIDADE (1840)
O Período Regencial foi marcado por disputas de partidos políticos em busca de projeção e abandono para as províncias, culminando com sucessivas revoltas de caráter separatista, o que representou um sério perigo à integridade territorial brasileira, destaca-se nesse momento a atuação da Esquadra brasileira no combate aos movimentos separatistas. Para muitas pessoas essa situação só mudaria com o retorno de um imperador brasileiro ao poder a partir de então, alguns políticos brasileiros ligados ao partido liberal “arquitetaram” e colocaram em prática o Golpe da Maioridade, em junho de 1840. Com o golpe, o príncipe regente com 14 anos de idade assumiu o poder com o título de D. Pedro II. O seu governo foi de 49 anos, ou seja, iniciou em 1840 e durou até o ano de 1889.
CAPÍTULO 3
3- A MARINHA DO BRASIL NA GUERRA DO PARAGUAI
3.1 O GOVERNO DE D. PEDRO II (1840 – 1889)
O governo de D. Pedro II iniciou com a missão de combater os movimentos separatistas e para isso ele fez uso do Pode Moderador, concentrando os poderes políticos em suas mãos. No aspecto político, D. Pedro II procurou organizar o governo de maneira a estabilizar as divergências políticas entre o partido liberal e conservador, que se revezavam no comando da Câmara dos
Deputados. No plano interno, D. Pedro II teve que combater a Farroupilha que terminou em 1845, a revolta Praieira que estourou na província de Pernambuco em 1848, considerada uma grande revolta. A revolta foi duramente sufocada em 1850 pelas tropas do governo. No plano externo, D. Pedro II enfrentou dois conflitos: As duas Guerras civis no Uruguai que estouraram nos anos de 1851/1852 e a guerra civil de 1864 e o maior de deles que foi a Guerra do Paraguai de 1865-1870. Nos dois conflitos a Marinha do Brasil atuou com eficácia com sua Esquadra protegendo e defendendo a integridade territorial.
3.2 ANTECEDENTES DA GUERRA
A livre navegação nos rios e os limites entre o Brasil e o norte do Paraguai eram motivos de discordância entre os dois países. Não se chegou a um acordo satisfatório até a conclusão da Guerra da Tríplice Aliança.
Apesar dessas questões, o entendimento entre o Brasil e o Paraguai era cordial, excetuando-se algumas crises que não chegaram a ter maiores consequências.
Com a morte de Carlos López, ascendeu ao governo do Paraguai seu filho, Francisco Solano López, que ampliou a política externa do País, inclusive estabelecendo laços de amizade com o General Justo José de Urquiza, que liderava a Província argentina de Entre Rios, e com o Partido Blanco uruguaio. Essas alianças, sem dúvida, favoreciam o acesso do Paraguai ao mar. Com a invasão do Uruguai por tropas brasileiras, na intervenção realizada em 1864, contra o governo do Presidente uruguaio Manuel Aguirre, do Partido Blanco, Solano López considerou que seu próprio país fora agredido e declarou guerra ao Brasil. 
3.3 CAUSAS DA GUERRA
Foram vários os atos de hostilidades que indiciavam a eclosão da guerra, porém como causa principal podemos destacar: as pretensões de Solano Lopes em aumentar o tamanho do Paraguai, o que para isso teria que conquistar terras da região da Bacia do Prata, além da primordial saída para o Oceano Atlântico.
O início da guerra pode ser marcado pelos seguintes atos:
• Em novembro de 1864, o navio mercante Marquês de Olinda foi aprisionado pelos
paraguaios, quando passava pelo rio Paraguai;
• Em dezembro de 1864, o Paraguai invadiu o sul de Mato Grosso, tomando o Forte Coimbra;
• Em abril de 1865, as tropas paraguaias invadiram a cidade de Corrientes, na Argentina.
• Em 1º de maio de 1865, Brasil, Argentina e Uruguai selaram um Tratado conhecido como Tríplice Aliança contra o Governo do Paraguai.
 A aliança com os argentinos era, na opinião de um dos observadores estrangeiros, uma “aliança de cão e gato”. Havia muitas desavenças recentes e ao Brasil não interessava subordinar sua Força Naval a um comandante argentino. Império não queria criar uma situação em que um estrangeiro pudesse decidir o destino de seu Poder Naval. No início da Guerra da Tríplice Aliança, a Marinha do Brasil dispunha de 45 navios armados. Destes, 33 eram navios de propulsão mista, a vela e a vapor, e 12 dependiam exclusivamente do vento. A propulsão a vapor, no entanto, era essencial para operar nos rios. Todos tinham casco de madeira. Muitos deles já estavam armados com canhões raiados de carregamento pela culatra. Era uma época de frequentes inovações tecnológicas no hemisfério norte e a Guerra Civil Americana trouxera muitas novidades para a guerra naval e, especificamente, para o combate nos rios. Sua influência, logo depois dessa primeira fase de navios de madeira, na Guerra da Tríplice Aliança fez-se sentir, principalmente, com o aparecimento dos navios protegidos por couraça de ferro, projetados para a guerra fluvial, e a mina naval.
3.4 A BATALHA NAVAL DO RIACHUELO
Em 11 de junho de 1865, a Armada brasileira infligiu uma terrível derrota ao Paraguai, sob o comando do Almirante Barroso. Se vencessem, os paraguaios iriam apoderar-se dos nossos navios e incorporá-los a sua esquadra. Apesar de terem apoio dos canhões de suas forças que operavam na margem esquerda do Rio Paraná, perderam a batalha. O Almirante Barroso destruiu a força naval
paraguaia. Antes do pôr-do-sol de 11 de junho, a vitória era brasileira. Foi uma batalha naval, em alguns aspectos, decisiva. A Esquadra paraguaia foi praticamente aniquilada, e não teria mais participação relevante no conflito. A cidade de Corrientes continuava ocupada pelo inimigo e a Força Naval brasileira,que mostrara sua presença, fundeada próxima a ela, precisou iniciar, alguns dias após o 11 de junho, a descida do rio, que estava baixando. Tudo levava à ilusão de que a Tríplice Aliança venceria a guerra em pouco tempo, mas tal não ocorreu. O que parecia fácil estagnou. O Paraguai era um país mobilizado para a guerra que, aliás, foi ele que iniciou, achando que tinha vantagens. Humaitá ainda era uma fortaleza inexpugnável enquanto não estivessem disponíveis os novos meios navais que estavam em obtenção pelo Brasil: os navios encouraçados. Para avançar ao longo do Rio Paraguai, era necessário vencer diversas passagens fortificadas, destacando-se, inicialmente, Curuzu, Curupaiti e Humaitá. Navios oceânicos de calado inapropriado para navegar em rios, de casco de madeira, sem couraça, como os da Força Naval brasileira que combatera em Riachuelo, não teriam bom êxito.
3.4.1 Os navios encouraçados e a invasão do Paraguai
Os navios encouraçados começaram a chegar à frente de combate em dezembro de 1865. O encouraçado Brasil, encomendado à França, foi o primeiro que chegou a Corrientes em dezembro de 1865. No Arsenal de Marinha da Corte, no Rio de Janeiro, iniciara-se a construção de outros navios encouraçados, especificados para lutar naquele teatro de operações fluviais. A ofensiva aliada para a invasão do Paraguai necessitava de apoio naval. Passo da Pátria foi uma operação conjunta de forças navais e terrestres. Coube, inicialmente, à Marinha fazer os levantamentos hidrográficos, combater as chatas paraguaias e bombardear o Forte de Itapiru e o acampamento inimigo. Em março de 1866, já estavam disponíveis nove navios encouraçados, inclusive três construídos no Brasil: Tamandaré, Barroso e Rio de Janeiro. A reação da artilharia paraguaia ceifou vidas preciosas, como a do Tenente Mariz e Barros, comandante do Tamandaré. Com a invasão, os paraguaios abandonaram Itapiru e Passo da Pátria e, após tentativas Infrutíferas de derrotar o invasor em Estero Bellaco e Tuiuti, concentraram suas defesas nas fortificações que barravam o caminho: Curuzu, Curupaiti e Humaitá.
3.4.2 O ataque a Curuzu
Em 31 de agosto de 1866, as tropas comandadas pelo General Manoel Marques de Souza, o Barão de Porto Alegre, desembarcaram na margem esquerda para atacar Curuzu e, no dia seguinte, os navios começaram a bombardear a fortificação. Em 2 de setembro, o navio encouraçado Rio de Janeiro foi atingido por duas minas flutuantes e afundou com perda de vidas humanas. Curuzu foi conquistada pelo Barão de Porto Alegre, apoiado pelo fogo naval, em 3 de setembro.
3.4.3 A passagem de Curupaiti
Em 15 de agosto de 1867, já promovido a Vice-Almirante, Joaquim Ignácio comandou a Passagem de Curupaiti, enfrentando o fogo das baterias de terra e obstáculos no rio. Pelo feito,recebeu, logo depois, o título de Barão de Inhaúma. Participaram da passagem dez navios encouraçados que, em seguida, fundearam um pouco abaixo de Humaitá e começaram a bombardeá-la. A posição desses navios, porém, expunha-os aos tiros das fortificações paraguaias e Inhaúma considerava que ainda não era o momento de forçar Humaitá. Caxias apoiou esta decisão. O apoio logístico a essa Força Naval operando entre Curupaiti e Humaitá era muito difícil e exigiu que os brasileiros fizessem o caminho pela margem direita do Rio Paraguai, no Chaco. Logo depois construiu-se uma pequena ferrovia nesse caminho, para transportar as provisões necessárias. Há meses que a Força Naval bombardeava diariamente Curupaiti, tentando diminuir seu poder de fogo e abalar o moral dos defensores. 
3.4.4 A passagem de Humaitá
Na madrugada de 19 de fevereiro de 1868, iniciou-se a Passagem de Humaitá. A Força Naval de Inhaúma intensificou o bombardeio e a Divisão Avançada, comandada pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra Delfim Carlos de Carvalho, depois Almirante e Barão da Passagem, avançou rio acima. Essa Divisão era formada por seis navios: os Encouraçados Barroso, Tamandaré e Bahia e os Monitores Rio Grande, Pará e Alagoas. Eles acometeram a passagem formando três pares
compostos, cada um, por um encouraçado e um Monitor amarrado ao seu contrabordo. Estava, no entanto, vencida Humaitá, que aos poucos seria desguarnecida pelos paraguaios. Solano López decidiu que era necessário retirar-se com seu exército para uma nova posição defensiva, mais ao norte.
3.4.5 O recuo das forças paraguaias
Na madrugada de 3 de março de 1868, López se retirou de Humaitá com cerca de 12 mil homens. Os aliados fecharam o cerco. Em 25 de julho, os últimos defensores abandonaram Humaitá, que foi ocupada pelos aliados. Era preciso reforçar o cerco para evitar que eles se juntassem ao grosso do Exército paraguaio. Para isso, os aliados criaram uma flotilha de escaleres, lanchas e canoas para bloquear a passagem dos fugitivos pela Lagoa Verá.
3.4.6 A ocupação de Assunção e a fase final da guerra
Como não havia mais obstáculos até Assunção, ela foi ocupada pelos aliados e a Força Naval fundeou em frente à cidade, em janeiro de 1869. Em fevereiro, o Chefe-de-Esquadra Elisário Antônio dos Santos assumiu o comando da Força Naval. Ficaram no Paraguai os navios de menor calado, mais úteis para atuar nos afluentes. Uma Força Naval subiu o Rio Paraguai até território brasileiro, em Mato Grosso. Houve um último combate no Rio Manduvirá. Seguiu-se a Campanha da Cordilheira, em que a Marinha não mais confrontou o inimigo. Em 1870, o Paraguai estava derrotado e seu povo dizimado. Solano Lopes fugiu para Cerro Corá, onde não se rendeu, sendo atingido fatalmente por um tiro.
CAPÍTULO 4
4- A EVOLUÇÃO DA ESQUADRA BRASILEIRA NOS SÉCULOS XIX E XX
4.1 A MARINHA NA REPÚBLICA
Os primeiros anos da República foram marcados pela progressiva desmobilização da Esquadra brasileira. As revoltas que assolaram a Nação e o desgaste econômico provocaram o gradativo desmantelamento das unidades da Força Naval. A situação interna do País se refletia nos orçamentos insuficientes que negavam à Marinha os recursos necessários à modernização dos meios flutuantes e à criação de uma infra-estrutura de apoio. Em 1904, o Ministro das Relações Exteriores, Barão do Rio Branco, percebeu que a Marinha, apesar de querer se equipar com os melhores meios, não alcançava um nível aceitável de
Força Armada para o porte do Brasil. Apresentou então ao atual Almirante Júlio de Noronha pessoas interessadas em oferecer navios ou indicar estaleiros para a construção daqueles que fariam parte do Programa Naval que o Almirante imaginava. Em 1904 surgiu um programa de autoria de Júlio de Noronha, que apresentava a vantagem de ser um plano de conjunto, ou seja, incluía a criação de um moderno arsenal e um porto militar, que juntamente com os navios formaria um tripé de sustentação da Marinha brasileira. Foi o Almirante Júlio de Noronha quem fez nascer a campanha de remodelação da Esquadra, que deveriam pressionar principalmente a opinião pública e que gerou os resultados necessários para a reforma da nossa Marinha. Em 15 de novembro de 1906 assumiu a pasta da marinha o Almirante Alexandrino Faria de Alencar. Nesse programa, foi cancelado o projeto de um novo arsenal. Em seu lugar, optou-se por modernizar as instalações da Ilha das Cobras, porém, admitia-se a construção de bases secundárias em Belém e em Natal, e um porto militar de pequeno porte em Santa Catarina. Como consequência direta do Programa Alexandrino, a Esquadra de 1910, assim chamada por haver chegado ao Brasil nesse ano a maior parte de seus componentes, representou um verdadeiro revigoramento militar e tecnológico da Marinha brasileira. A Esquadra brasileira passou a ser organizada, essencialmente, em divisões de encouraçados e cruzadores, e flotilhas de contratorpedeiros e de submarinos. Porém, com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o Ministro da Marinha Alexandrino de Alencar determinou que as principais unidades operativas de superfície fossem reorganizadas em três divisões a fim de patrulhar as águas costeiras dentro de cada área de responsabilidade, sendo criadas as Divisões Navais do Sul (São Franciscodo Sul), Centro (Rio de Janeiro) e Norte (Belém).
4.2 CONFLITOS QUE MARCARAM O INÍCIO DA REPÚBLICA
Voltando às questões políticas na República, destacamos duas revoltas que marcaram esse período: as revoltas da Armada e a revolta da Chibata.
4.2.1 As revoltas da armada
A primeira revolta da Armada aconteceu logo após a proclamação da República em 15 de novembro de 1889, movimento liderado pelo Exército, em que, a partir de então, o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu o poder no Brasil, contrariando os setores ligados à Marinha do Brasil, que, aliás, esteve praticamente ausente desse movimento. O Marechal Deodoro da Fonseca foi escolhido Chefe do Governo Provisório e o Marechal Floriano Peixoto para vice. Deodoro encontrou muita dificuldade para governar devido a forte oposição dentro do partido Republicano Paulista, a ponto de decretar Estado de Sítio e tentar fechar o Congresso Nacional. O Vice-Almirante Custódio de Melo, Comandante da Armada, resistiu ao golpe e ameaçou a bombardear o Rio de Janeiro. Temendo uma guerra civil, Deodoro renunciou. A reação de Custódio de Melo é conhecida como a Primeira Revolta da Armada. Em 6 de setembro de 1893, o Vice Almirante Custódio de Melo, liderou a segunda Revolta da Armada. Ao mesmo tempo, no Rio Grande do Sul, eclodiu um movimento contra Floriano Peixoto, a Revolução Federalista. Com o apoio do Exército e do Partido Republicano Paulista, Floriano Peixoto reagiu aos movimentos rebeldes. Ele governou até o final do mandato de Deodoro, ganhando o apelido de o “Marechal de Ferro”.
4.2.2 A Revolta da Chibata
No final de novembro de 1910, eclodiu a Revolta da Chibata, movimento organizado pelos marinheiros para a abolição dos castigos físicos e melhoria das condições de trabalho na Instituição. Embora bem-sucedidos nas justas reivindicações a repressão que se seguiu aos participantes foi violenta e implacável. Os castigos físicos aplicados aos marinheiros nesse período eram chibatadas, ou seja, os marinheiros eram submetidos a castigos semelhantes aos aplicados no período escravista. Essa insatisfação ganhou proporção a ponto de surgir um grupo liderado pelo marinheiro João Cândido, ganhando adesão de mais de dois mil colegas de farda, que em 22 de novembro de 1910, assumiram o controle dos encouraçados Minas Gerais, São Paulo e do cruzador-ligeiro Bahia (recém-construídos na Inglaterra) e do antigo encouraçado Deodoro. Os marinheiros de posse dos rádios de comunicação enviaram para as autoridades suas exigências: fim dos castigos corporais, aumento dos salários e melhores condições de trabalho. João Cândido ( conhecido como o almirante negro) comandou as tripulações dos navios em manobras no litoral, chegando a disparar alguns tiros de canhão. Diante da ameaça contra a capital, o governo decidiu atender às reivindicações dos marinheiros, que se entregaram em 26 de novembro de 1910.
4.3 A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918)
No ano de 1914, as relações entre as principais nações europeias estavam tensas. Nos últimos 60 anos havia ocorrido a Segunda Revolução Industrial e várias potências econômicas surgiram ameaçando a supremacia da Grã-Bretanha, com destaque para os Estados Unidos, Itália, Rússia, Alemanha e Japão. Isto significava que todos esses países tinham como produzir, mas
precisavam de matérias-primas e de mercados para vender sua produção. Naquele ano de 1914, vigorava a Paz Armada, uma situação em que todas as nações procuravam se armar para inibir o adversário de atacá-las. Duas grandes alianças político-militares predominavam: a Tríplice Aliança, formada pelo Império Austro-Húngaro, Itália e Alemanha, e a Tríplice Entente, formada pela França, Inglaterra e Rússia. Pequenas frentes de luta surgiam nas áreas em disputa. Todos queriam se apossar de territórios. Um terrorista sérvio conseguiu assassinar o Arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, em um atentado em Sarajevo, na Bósnia. Esta morte imediatamente provocou a guerra entre a Áustria e a Sérvia; a Rússia, fiadora da Sérvia, iniciou um confronto com a Áustria, provocando a intervenção alemã e unindo a França e a Inglaterra. Aliados de um ou outro lado entraram na Guerra. Iniciava-se a Primeira Guerra Mundial. Em 1917, o Brasil entrou no conflito quando a campanha submarina alemã atingiu seus navios mercantes, afundados em razão do bloqueio alemão a Grã-Bretanha. O Brasil enviou então uma Divisão Naval para operar com a Marinha britânica entre Dakar e Gibraltar em 1918.
A Alemanha, depois de uma fracassada ofensiva no teatro de operação ocidental, se viu exausta com as perdas sofridas, vindo a assinar o Armistício com os aliados no mês de novembro de 1918.
A disposição do Brasil em manter-se neutro no conflito foi evidenciada desde o primeiro minuto de combates na Europa em 1914. Era o nosso Presidente da República o Exmo. Sr Wenceslau Braz. Naqueles dias conturbados, prevalecia no País uma tendência natural de simpatia a favor dos aliados, principalmente porque a elite nacional via na educação e na cultura francesas seus principais paradigmas. O que veio a modificar a atitude brasileira foi o afundamento do Navio Mercante Paraná ao largo de Barfleur, na França, apesar de ostentar a palavra Brasil pintada no costado e a Bandeira Nacional içada no mastro. Naquela oportunidade, a população na capital Rio de Janeiro atacou firmas comerciais alemãs.
Como estava formada nossa Esquadra?
Eram dois encouraçados, tipo dreadnought, o Minas Gerais e o São Paulo, dois cruzadores tipo scouts, o Rio Grande do Sul e o Bahia, que viria a ser perdido tragicamente na Segunda Guerra Mundial, e dez contratorpedeiros de pequenas dimensões. Esses meios eram todos movidos a vapor, queimando carvão.
Desde o início da participação brasileira no conflito, o governo nacional decidiu-se pelo envio de uma divisão naval para operar em águas europeias, o que representaria um grande esforço para a Marinha. contribuição significativa foi a designação de 13 oficiais aviadores, sendo 12 da Marinha e um do Exército para se aperfeiçoarem como pilotos de caça da RAF no teatro europeu.
No principal porto do país, o do Rio de Janeiro, centro econômico e político mais
importante, instituiu-se uma linha de minas submarinas cobrindo 600 metros entre as Fortalezas da Laje e Santa Cruz. Duas ilhas oceânicas preocupavam as autoridades navais devido a possibilidade de serem utilizadas como pontos de refúgio de navios inimigos. As de Trindade e Fernando de Noronha. A primeira foi ocupada militarmente em maio de 1916 com um grupo de cerca de 50 militares. Uma estação radiotelegráfica mantinha as comunicações com o continente e frequentemente Trindade era visitada por navios de guerra para o
seu reabastecimento. Quanto a Fernando de Noronha, lá existia um presídio do Estado de Pernambuco. A Marinha, então, passou a assumir a defesa dessa ilha, destacando um grupo de militares para guarnecê-la. Não houve nenhuma tentativa de ocupação por parte dos alemães.
4.3.2 A divisão naval em operações de guerra
O Presidente da República, Wenceslau Braz decidiu enviar uma divisão naval, a D.N.O.G. (Divisão Naval em Operações de Guerra) para operar sob as ordens da Marinha britânica, na ocasião a maior e mais poderosa do mundo.
O Comandante da D.N.O.G era o Almirante Pedro Max Fernando de Frontin. A principal tarefa a ser cumprida por essa divisão seria patrulhar uma área marítima contra os submarinos alemães, compreendida entre Dakar no Senegal e Gibraltar, na entrada do Mediterrâneo, com subordinação ao Almirantado inglês. Depois de três meses de adestramento contínuo com as tripulações, os navios suspenderam do Rio de Janeiro em grupos pequenos para se juntarem na Ilha de Fernando de Noronha. Inicialmente, os contratorpedeiros deixaram a Guanabara no dia 7 de maio de 1918, seguidos no dia 11 pelos dois cruzadores. Em 6 de julho, suspendeu do Rio de Janeiro o Cruzador Auxiliar Belmonte e, dois dias depois, o Rebocador Laurindo Pitta. Esses navios ficaram responsáveis de transportar o carvão necessário para a DNOG, daí sua grandeimportância logística. No dia 1º de agosto a Divisão unida suspendeu de Fernando de Noronha com destino a Dakar, passando por Freetown. O propósito dessa primeira derrota até Freetown era destruir os submarinos inimigos que se encontravam na rota da DNOG. Outro ponto interessante na travessia Fernando de Noronha–Freetown era a faina de transferência de carvão em alto-mar. Esses recebimentos aconteciam em quaisquer condições de tempo e de mar e obrigavam a atracação dos navios ao Cruzador-Auxiliar Belmonte e a utilização
do Rebocador Laurindo Pitta para auxílio nas aproximações.
Foram manobras perigosas que demandaram muita capacidade marinheira dos tripulantes, além da natural vulnerabilidade durante os abastecimentos, quando os submarinos inimigos poderiam aproveitar a baixa velocidade dos navios para o ataque torpédico. Em 3 de novembro, a DNOG largou de Dakar em direção a Gibraltar, sem o Rio Grande do Sul, o Rio Grande do Norte, o Belmonte e o Laurindo Pitta, os dois primeiros avariados e os dois seguintes designados para outras missões. Sete dias depois os navios da Divisão faziam sua entrada
em Gibraltar. No dia seguinte, o Armistício foi assinado, dando a Grande Guerra como terminada. A vitória dos aliados seria confirmada em Paris, em 28 de junho de 1919, quando se reuniram os representantes de 32 países e assinaram o Tratado de Versalhes, que foi imposto à Alemanha derrotada.
Em 9 de junho de 1919, depois de parar Recife por breves dias, os navios da DNOG entravam na Baía de Guanabara, porto sede da Divisão Naval. Acabara assim, a participação da Marinha na Primeira Guerra Mundial
4.4 A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL (1939-1945)
Estas medidas do Tratado de Versalhes atingiram duramente a economia alemã, afligindo seu povo, que passou a nutrir um sentimento de aversão às principais potências da época. Estavam constituídos os elementos que os nazistas necessitavam para alcançar o poder. Muitas dessas restrições, sob o comando de Hitler, começaram a ser ignoradas. A Alemanha crescia e, por isso, necessitava de mercado para os seus produtos e de colônias onde pudesse adquirir matérias-primas. Em 1936, a Alemanha nazista começou a mostrar suas intensões ocupando a Renânia (região situada entre a França e a Alemanha),indo juntar-se à Itália fascista e intervir na Guerra Civil Espanhola a favor do General Franco. Neste ano de 1936, Itália, Alemanha e Japão assinaram um acordo para combater o comunismo internacional (Pacto Anti-Comintern), formalizando o Eixo Roma-Berlim-Tóquio. Em agosto de 1939, a Alemanha e a União Soviética firmaram entre si um Pacto de Não Agressão, que estabelecia, secretamente, a partilha do território polonês entre as duas nações. Hitler se sentiu à vontade para agir, invadindo a Polônia e dando início à Segunda Guerra Mundial, que se alastrou por toda a Europa. Os primeiros ataques à nossa Marinha Mercante ocorreram quando o Brasil ainda se mantinha neutro no conflito europeu. Em 22 de março de 1941, no Mar Mediterrâneo, o Navio Mercante (NM) Taubaté foi metralhado pela Força Aérea alemã, tendo sido avariado apesar da pintura em seu costado da Bandeira Brasileira. Com a entrada dos Estados Unidos da América naquele conflito, os submarinos alemães passaram a operar no Atlântico ocidental, ameaçando os
navios de bandeiras neutras que tentassem adentrar portos norte-americanos. Em 28 de janeiro de 1942, o Brasil rompeu relações diplomáticas com os países que compunham o Eixo, A colaboração militar entre o Brasil e os Estados Unidos, que desde meados de 1941 já era notória, intensificou-se com a assinatura de um acordo político-militar em 23 de maio de 1942. Neste período deslocava-se para o saliente nordestino brasileiro a Força-Tarefa 3 da Marinha norte-americana, tendo governo Vargas colocado os portos de Recife, Salvador e, posteriormente, Natal à disposição das forças norte-americanas.
4.4.1 A lei de empréstimo e arrendamento e modernizações de nossos meios
A Lei de Empréstimo e Arrendamento – Lend Lease – com os Estados Unidos permitia, sem operações financeiras imediatas, o fornecimento dos materiais necessários ao esforço de guerra dos países aliados. Ela foi assinada a 11 de março de 1941. Em acordo firmado a 1o de outubro de 1941, o Brasil obteve, nos termos dessa lei, um crédito de 200 milhões de dólares, o qual, por ordem do presidente da República, coube ao Exército 100 milhões e à Marinha e à Força Aérea 50 milhões cada. Como primeira medida de caráter orgânico, foram instalados os Comandos Navais, criados pelo Decreto no 10.359, de 31 de agosto de 1942, com o propósito de prover uma defesa mais eficaz da nossa fronteira marítima, orientando e controlando as operações em águas a ela adjacentes, não só as relativas à navegação comercial, como às de guerra propriamente ditas e de assuntos correlatos. A área de cada Comando abrangia determinado setor de nossas costas marítimas e fluviais. Foram instalados os seguintes Comandos: Comando Naval do Norte, com sede em Belém, abrangendo os Estados do Acre, Amazonas, Pará, Maranhão e Piauí.
Comando Naval do Nordeste, com sede em Recife, abrangendo os Estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Comando Naval do Leste, com sede em Salvador, abrangendo os Estados de Sergipe, Bahia e
Espírito Santo. Comando Naval do Centro, com sede no Rio de Janeiro, abrangendo os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Comando Naval do Sul, com sede em Florianópolis, abrangendo os Estados do Paraná, Santa
Catarina e Rio Grande do Sul. Comando Naval do Mato Grosso, com sede em Ladário, abrangendo as bacias fluviais de Mato Grosso e Alto Paraná.
4.4.2 Defesa ativa da costa brasileira
atuando em pontos focais da costa, com a finalidade de repelir qualquer ataque aéreo ou naval inimigo, por meio de ações coordenadas da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica. Adotaram-se medidas de defesa ativa nos portos do Rio de Janeiro, Recife, Salvador, Natal, Vitória, Ilhas Oceânicas, Santos e Rio Grande.
4.4.3 A missão da Marinha do Brasil na segunda guerra mundial
A missão da Marinha do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi patrulhar o Atlântico Sul e proteger os comboios de navios mercantes que trafegavam entre o Mar do Caribe e o nosso litoral sul contra a ação dos submarinos e navios corsários germânicos e italianos. A criação da Força Naval do Nordeste, pelo Aviso nº 1.661, de 5 de outubro de 1942, foi parte de um rápido e intenso processo de reorganização das nossas forças navais para adequar-se à situação de conflito. Sob o comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra Alfredo Carlos Soares Dutra, a recém-criada força foi inicialmente composta pelos seguintes navios: Cruzadores Bahia e Rio Grande do Sul, Navios Mineiros Carioca, Caravelas, Camaquã e Cabedelo posteriormente reclassificados como corvetas) e os Caça-Submarinos Guaporé e Gurupi. Um dos principais pontos desse relacionamento Brasil–Estados Unidos foi a integração operacional entre as duas Marinhas. Foram aperfeiçoados procedimentos comuns e táticas eficazes na luta anti-submarino. Em 7 de novembro de 1945, concluída a sua missão, a Força Naval do Nordeste regressou ao Rio de Janeiro em seu último cruzeiro, tendo contribuído para a livre circulação nas linhas de navegação do Atlântico Sul.
CAPÍTULO 5
5- O PAPEL ATUAL DA MARINHA DO BRASIL NO DESENVOLVIMENTO DA NAÇÃO
5.1 O EMPREGO PERMANENTE DO PODER NAVAL NA GUERRA E NA PAZ
A guerra resulta de conflitos de interesses. Ela ocorre porque n.o h. um .rbitro supremo para resolver completamente as quest.es entre os pa.ses. Existem organiza..es internacionais, como a Organiza..o das Na..es Unidas (ONU) e a Organiza..o dos Estados Americanos (OEA), por exemplo, que muito ajudam para evitar a viol.ncia e manter essas quest.es no campo da diplomacia. Verifica-se, no entanto, que o poder delas . limitado, porque as na..es s.o ciosas de sua
soberania. Cada pa.s precisa se precaver, cuidando da defesa de seus interesses, para que os outros nunca pensem em empregar meios violentos para resolver os conflitos. 
No caso do Brasil,por exemplo, na paz que desejamos:
· Amazônia como território nacional; 
· o com.rcio internacional deve ser livre, assim como o uso do transporte mar.timo nas rotas de nosso interesse; 
· a maior parte do petr.leo continua sendo extra.da do fundo do mar, sem inger.ncias de outros pa.ses; 
· a enorme .rea compreendida pela Zona Econ.mica Exclusiva e pela Plataforma Continental brasileira, chamada de Amaz.nia Azul, . controlada pelo Pa.s; 
· n.o ocorrem exig.ncias anormais no pagamento de nossa d.vida externa; entre outras coisas. A dissuas.o ., portanto, uma das principais formas de emprego permanente do Poder Militar em tempo de paz.
5.2 A Marinha na história do Brasil em tempos de paz.
5.2.1 Principais ações em defesa da paz:
a) Diplomacia Preventiva = compreende as atividades destinadas a prevenir o surgimento de disputas entre as partes, a evitar que as disputas existentes degenerem em conflitos armados.
b) Promoção da paz = designa as a..es diplom.ticas posteriores ao in.cio do conflito, para levar as partes litigantes a suspender as hostilidades e a negociarem. As a..es de promo..o da paz baseiamse nos meios de solu..o pac.fica de controv.rsias previstos no cap.tulo VI da Carta das Na..es Unidas, os quais podem incluir, em casos extremos, o isolamento diplom.tico e a imposi..o de san..es, adentrando ent.o nas a..es coercitivas previstas no cap.tulo VII da referida Carta.
c) Manutenção da paz = trata das atividades levadas a cabo no terreno, com o consentimento das partes em conflito, por militares, policiais e civis, para implementar ou monitorar a execu..o de arranjos relativos ao controle de conflitos (cessar-fogo, separa..o de for.as etc.) e sua solu..o (acordos de paz abrangentes ou parciais), em complemento aos esfor.os pol.ticos realizados para encontrar uma solu..o pac.fica e duradoura para o conflito. A partir dos anos 1990, essas opera..es passaram a ser MD34-M-02 15/66 utilizadas, mormente, em disputas de natureza interna, caracterizadas, muitas vezes, por uma prolifera..o de atores ou pela falta de autoridade no local.
d) Imposição da paz = corresponde .s a..es adotadas ao abrigo do cap.tulo VII da Carta, incluindo o uso de for.a armada para manter ou restaurar a paz e a seguran.a internacionais em situa..es nas quais tenha sido identificada e reconhecida a exist.ncia de uma amea.a . paz, ruptura da paz ou ato
de agress.o. Nesses casos, tem sido delegada .s coaliz.es de pa.ses ou .s organiza..es regionais e sub-regionais a execu..o, mas n.o a condu..o pol.tica, do Mandato de interven..o.nos meios de solu..o pac.fica de controv.rsias previstos no cap.tulo VI da Carta das Na..es Unidas.
e) Consolidação da paz = refere-se às iniciativas voltadas para o tratamento dos efeitos do conflito, visando a fortalecer o processo de reconciliação por meio de implementação de projetos destinados a recompor as estruturas institucionais, a recuperar a infraestrutura física e a ajudar na retomada da atividade econômica. Essas ações, voltadas basicamente para o desenvolvimento econômico e social do país anfitrião, são empreendidas, preferencialmente, por outros órgãos das Nações Unidas, mas, dependendo das condições no terreno, podem requerer a atuação militar.
5.3 PROGRAMAS DA MARINHA DO BRASIL
5.3.1 PROANTAR
A condi..o do Brasil de pa.s atl.ntico, situado a uma relativa proximidade da regi.o
ant.rtica (. o s.timo pa.s mais pr.ximo), e as .bvias ou prov.veis influ.ncias dos fen.menos naturais que l. ocorrem sobre o territ.rio nacional, j. de in.cio, justificam plenamente o hist.rico interesse brasileiro sobre o continente austral. Essas circunst.ncias, al.m de motiva..es estrat.gicas, de ordem geopol.tica e econ.mica, foram fatores determinantes para que o Pa.s aderisse ao Tratado da Ant.rtica, em 1975, e desse in.cio ao Programa Ant.rtico Brasileiro (PROANTAR), em 1982.
O PROANTAR foi criado em janeiro de 1982 e, naquele mesmo ano, a Marinha do Brasil (MB) adquiriu o navio polar dinamarqu.s "Thala Dan", apropriado para o trabalho nas regi.es polares, recebendo o nome de Navio de Apoio Oceanogr.fico (NApOc) "Bar.o de Teff.". O nome da Base da Marinha na Antártica é Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF). O nome é em homenagem ao Comandante da Marinha Luis Antônio de Carvalho Ferraz. Ele era hidrógrafo e oceanógrafo que já havia por duas vezes visitado à Antártica.
5.3.2 O Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM)
Esquadra da Marinha do Brasil . composta pela For.a de Superf.cie, For.a de
Submarinos e For.a Aeronaval. A quantidade de meios . claramente insuficiente para que a MB possa cumprir as tarefas a ela imposta.
O Programa de Reaparelhamento da Marinha (PRM) 2006-2025, encaminhado ao Ministério da Defesa em julho de 2005, foi estruturado em dois decênios (2006-2015 e 2016-2025), se coaduna com a Estrat.gia Nacional de Defesa e se destina a reposi..o e moderniza..o dos meios considerados priorit.rios para a capacidade operacional da For.a.
5.3.3 O Programa de Construção do Submarino Nuclear (PROSUB)
Na amazonia azul, escondidos sob as ondas, somente 5 submarinos patrulham essa imensid.o . como patrulhar as fronteiras da floresta amaz.nica e deixar o miolo desprotegido.Com a descoberta do pr.-sal, cuidar dessa .rea se faz ainda mais urgente.Para isso, a Marinha tra.ou um plano de longu.ssimo prazo: at. 2047, o pa.s ter. 26 submarinos patrulhando sua costa. O primeiro passo foi no final de 2008, quando o governo brasileiro firmou um conv.nio com a Fran.a para a transfer.ncia da tecnologia do submarino Scorp.ne. O segundo foi em julho de 2011, com o in.cio da fabrica..o das novas embarca..es no estaleiro de Itagua., no Rio de Janeiro. A pr.xima gera..o de submarinos brasileiros deve chegar aos mares em 2017. Mais importante que isso, no entanto, s.o as mudan.as que os engenheiros brasileiros planejam fazer no projeto franc.s. A ideia . realizar um transplante: sai o motor a diesel, entra um reator nuclear. Come.ando agora, a Marinha espera concluir a constru..o do primeiro submarino movido apropuls.o nuclear em 2023. O nome do nosso submarino nuclear ser. SNB-.lvaro Alberto, em homenagem ao Vice-Almirante .lvaro Alberto da Mota e Silva, um cientista brasileiro. Com isso, o Brasil entraria para o seleto clube dos pa.ses que dominam a tecnologia China, Estados Unidos, Fran.a, Inglaterra e R.ssia. Para se ter uma no..o da import.ncia estrat.gica desse ve.culo, esses 5 s.o justamente os membros permanentes do Conselho de Seguran.a da ONU.
5.4 A MARINHA DO BRASIL E ATIVIDADES PERMANENTES EM TEMPO DE PAZ
Em per.odo de paz, a tarefa da Marinha do Brasil . de grande relev.ncia, com a obriga..o de:
• patrulhar cerca de 40 mil km de rios naveg.veis, de nove diferentes bacias hidrogr.ficas, que, por n.o estarem interligadas, exigem in.meros navios e embarca..es de diversos tipos;
• fiscalizar e inspecionar os navios que chegam aos nossos 80 portos ou terminais hidrovi.rios e mar.timos e os que deles saem;
• proteger cerca de 100 plataformas de explora..o de petr.leo situadas na Amaz.nia Azul,particularmente na Bacia de Campos, de onde se extrai 90% do petr.leo produzido no Brasil;
• prover o socorro (emerg.ncia) .s pessoas acidentadas no mar e nos rios, operando o Servi.o de Busca e Salvamento (Salvamar) – atividade conhecida mundialmente pela sigla SAR (Search and Rescue);
• acompanhar cerca de 750 navios, sendo 70 de bandeira brasileira, que trafegam diariamente de/para portos nacionais em uma extensa .rea no Atl.ntico Sul (.rea SAR de responsabilidade do Brasil), caracterizando a atividade denominada internacionalmente como Controle Naval do Tr.fego Mar.timo;
• autorizar a atividade de pesquisa e de explora..o de recursos naturais por navios e embarca..es estrangeiras na Amaz.nia Azul;
• executar a..es preventivas e repressivas nos navios brasileiros ou estrangeiros, quando navegando na .rea SAR do Brasil e submetidos a ataques terroristas, ap.s decis.o de autoridade competente;
• fiscalizar o cumprimento de leis e regulamentos, na Amaz.nia Azul, exercendo a fun..o de Autoridade Mar.tima;• executar a inspe..o naval e a vistoria da qualifica..o do pessoal de bordo, a fim de verificar o cumprimento de todos os requisitos de seguran.a da navega..o aquavi.ria;
• cooperar com os .rg.os de seguran.a p.blica, na repress.o aos crimes de repercuss.o nacional ou internacional, quando ocorridos no mar e nas .guas interiores;
• contribuir para a formula..o e a condu..o de pol.ticas nacionais que digam respeito ao mar, particularmente, nas .reas de pesca, pesquisa cient.fica no mar, mentalidade mar.tima e moderniza..o dos portos.
• efetuar levantamentos hidrogr.ficos, sinaliza..o, balizamento e manuten..o dos far.is no litoral e nos mares brasileiros;
• prover a preven..o e a fiscaliza..o ambiental de polui..es causadas por embarca..es ou plataformas petrol.feras no mar brasileiro;
• qualificar os profissionais aquavi.rios, levando Ensino Profissional Mar.timo para aqueles que guarnecer.o as embarca..es e os navios em todo o mar brasileiro e nas comunidades ribeirinhas situadas nas nove bacias hidrogr.ficas;
• regulamentar o servi.o de praticagem e estabelecer as zonas em que a utiliza..o desse servi.o seja obrigat.ria;
• conduzir o Programa Ant.rtico Brasileiro, mantendo a Esta..o Ant.rtica Comandante Ferraz;
• cooperar com o desenvolvimento nacional, por meio de projetos elaborados pelas organiza..es de pesquisa cient.fica e de desenvolvimento tecnol.gico;
• cooperar com o Sistema Nacional de Defesa Civil, por meio de a..es preventivas, de socorro, assistenciais e recuperativas, destinadas a evitar ou atenuar os efeitos causados por cat.strofes naturais;
• prover assist.ncia m.dica e odontol.gica .s popula..es ribeirinhas na Bacia Amaz.nica e do Rio Paraguai, que n.o t.m acesso a esses servi.os de outra forma;
• executar Assist.ncia C.vico-sociais nas comunidades carentes, particularmente nas .reas ribeirinhas da Bacia Amaz.nica e do Rio Paraguai;
• participar de campanhas institucionais de utilidade p.blica ou de interesse social, determinadas pelo governo federal.
Certamente a Marinha exerce diariamente in.meras atividades, rotineiramente, em prol da sociedade brasileira e que muito contribuem para o desenvolvimento do Pa.s, mas nem todas aparecem para o p.blico de maneira geral. A maioria dessas a..es n.o fica ao alcance da vis.o dos
cidad.os, pois est.o em “alto mar” . um trabalho silencioso, mas executado com profissionalismo. Essa . a Marinha, a nossa Marinha, presente e ativa desde o nascimento do Estado brasileiro na defesa do interesse e das aspira..es do Pa.s, e a Marinha, em .ltima an.lise, nada mais . do que
a Na..o brasileira no mar, porque . formada e mantida por todos n.s, brasileiros, amantes da paz, trabalhadores incans.veis para o desenvolvimento do Pa.s, e sempre prontos para, em caso de necessidade, sacrificar a pr.pria vida em benef.cio do Brasil.
CAPÍTULO 6
6- OS VULTOS NAVAIS BRASILEIROS
Hoje, com a consagração do tempo e a sanção da posteridade, muitos nomes ilustres se destacam e se afirmam como homens tutelares da nossa Marinha, faróis de longo alcance cuja intensa luminosidade aclara a trajetória e orienta o rumo dos que ora cruzam os caminhos marítimos a serviço do Brasil. Destacaremos para nosso estudo os seguintes vultos navais: Alte Tamandaré; Lorde Cochrane; Alte Barroso; Guarda-Marinha Greenhalgh; Imperial Marinheiro Marcílio Dias; Alte Custódio de Melo; Alte Saldanha da Gama; Alte Soares Dutra; Alte Alexandrino; e Jerônimo de Albuquerque Maranhão.
CAPÍTULO 7
7- A AMAZÔNIA AZUL
7.1 A AMAZÔNIA AZUL OU TERRITÓRIO MARÍTIMO BRASILEIRO
É a Zona Econômica Exclusiva (ZEE) do Brasil cuja área corresponde a aproximadamente 3,6 milhões de quilômetros quadrados - equivalente à superfície da floresta amazônica. A área poderá ser ampliada para 4,4 milhões de quilômetros quadrados em face da reivindicação brasileira perante a Comissão de Limites das Nações Unidas.
É proposto prolongar a Plataforma Continental do Brasil em 900 mil quilômetros quadrados de solo e subsolo marinhos, que o país poderá explorar. Com o prolongamento, a zona passará a ser mais contígua, incluindo as áreas dos arquipélagos brasileiros no Atlântico Sul. A região com a maior Amazônia Azul é o Nordeste, devido a existência de várias ilhas que se encontram bem espaçadas uma das outras em zona marinha contígua (a ilha da Trindade está excessivamente distante da costa para o mesmo ocorrer).
7.2 OS ELEMENTOS DA AMAZÔNIA AZUL
7.2.1 Mar Territorial
O mar territorial compreende uma faixa de 12 milhas marítimas (1 milha marítima = 1.852 metros) de largura, medidas a partir das linhas de base do litoral continental e insular brasileiro. No mar territorial, o Estado costeiro exerce soberania ou controle pleno sobre a massa líquida e o espaço aéreo sobrejacente, assim como sobre o leito e o subsolo desse mar.
7.2.2 Zona Contígua
A zona contígua compreende uma faixa de 12 milhas marítimas medidas a partir do limite exterior do mar territorial. Na zona contígua, o Brasil poderá tomar as medidas de fiscalização necessárias para evitar as infrações às leis e aos regulamentos aduaneiros, fiscais, de imigração ou sanitários.
7.2.3 Zona Econômica Exclusiva (ZEE)
A zona econômica exclusiva é uma zona situada além do mar territorial e a este adjacente e não se estenderá além de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial. A convenção garante ao Estado costeiro direitos de soberania para fins de exploração e aproveitamento, conservação e gestão dos recursos naturais, vivos ou não vivos, das águas sobrejacentes ao leito do mar, do leito do mar e seu subsolo.
7.2.4 Plataforma Continental (PC)
A plataforma continental de um Estado costeiro compreende o leito e o subsolo das áreas submarinas que se estendem além do seu mar territorial, em toda a extensão do prolongamento natural do seu território terrestre, até o bordo exterior da margem continental, ou até uma distância de 200 milhas marítimas das linhas de base a partir das quais se mede a largura do mar territorial, nos casos em que o bordo exterior da margem continental não atinja essa distância.
Como muito bem classificou o Comandante da Marinha, Almirante de squadra Roberto de Guimarães Carvalho, incorporou-se ao território pátrio uma “Amazônia Azul”, assemelhando a área marítima incorporada à “Amazônia Verde”, não por sua posição geográfica, mas pela semelhança de dimensões e pelas riquezas existentes.
CRONOLOGIA
A HISTÓRIA DA NAVEGAÇÃO
INVASÕES ESTRANGEIRAS NO BRASIL
FORMAÇÃO DA MARINHA IMPERIAL BRASILEIRA
1. 
A Atuação da Marinha nos Conflitos da Regência e do Início do Segundo Reinado:
ANEXO B
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
1- Após estudos realizados em sala de aula e com o auxílio da apostila, responda no seu caderno as questões abaixo:
a) Explique com suas palavras qual a importância do mar no período colonial brasileiro.
Era pelo mar que aconteciam as transações comerciais e os acessos aos países
b) Conceitue Comunicações Marítimas.
São as rotas marinhas
c) Conceitue Poder Marítimo. Cite os principais elementos que constituem esse poder.
É a capacidade de recursos das águas e do mar. Seus elementos são políticos e militares ou de desenvolvimento social e econômico, visando a conquista e manutenção dos interesses do país.
d) Conceitue Poder Naval. Cite e explique as características do Poder Naval.
É a integração do poder marítimo para proteger e conquistar os interesses do país. Formada pelos meios navais, exército, força aérea, etc. Para ser eficiente precisa ter capacidade defensiva e ofensiva através das suas características, mobilidade, permanência, versatilidade. Flexibilidade (MoPeVeFlex)
2- O processo histórico da Independência do Brasil
a) Explique o contexto histórico do dia 7 de setembro de 1822.
Nesta data Dom Pedro proclama a independência mas somente as províncias do RJ, SP E MG presenciam as margens do Ipiranga. Os principais focos de resistências foram no Pará, Piauí, Cisplastina, Maranhão e os piores em Salvadorr e Bahia.
b) Após a Independência, D. Pedro I enfrentou resistênciasem algumas províncias brasileiras.
Quais foram essas províncias? O que elas queriam na verdade? Onde estava localizado o
foco mais forte da resistência? PaPiCiMaSaBa Pará, Piauí,Cisplatina, Maranhão. O maior foco estava em Salvador e Bahia. A maior parte dos comerciantes era portugues e adeptos dos proteste de defesa colonial, por isso o norte e nordeste tiveram essa resistência.
c) Produza um texto, explicando a ação da Marinha do Brasil para combater os focos de
resistência à Independência, destacando no seu texto a importância do dia 10 de novembro de
1822.
O governo brasileiro percebeu que somente através do mar ocorria o comércio e translado da população e que por ali conseguiria seus avanços e foi as presas que surgiu no dia 10 de novembro de 1822 a esquadra da marinha imperial, formada pelos navios ingleses que ficaram nos portos e por soldados convocados e estrangeiros. 
d) Produza um texto, relacionando a forma de governar de D. Pedro I ao seu processo de
abdicação no dia 7 de abril de 1831.
Durrante anos houve uma disputa entre dom Pedro e o legislativo que defendia a divisão dos poderes dee decisão em um regime constitucional. Agindo em sua defesa, Dom Pedro dissolve a assembleia constituintes em 1823, gerando uma onda de revoltas e a noite das garrafas conhecida como ato popular para retirar Dom Pedro. Se vendo sem muitas alternativas, Dom Pedro abdica do trono.
e) Qual foi a consequência política mais direta da abdicação de D. Pedro I?
Como o herdeirror de Dom Pedro não tinha idade para assumir o trono (5 anos) foi instalado uma regência trina composta por três membros, que mais tarde se tornaria regência una. 
f) Quais são as principais características do período regencial?
As marcantes revoltas. CABANAGEM, BALAIADA E FARROUPILHA. 
g) Cite as revoltas do período regencial, destacando a atuação da MB no combate às revoltas?
CaBaFa
CABANAGEM- Foi a primeira revolta, aconteceu em 1835 no Pará, na capital Belém. A marinha atuou contra essa força na Amazônia e o Capitão Tenente Frederico Mariath participou de sua atuação. Após ataques nos maiores e menores focos da revolta, os cabanas abandonam a capital em 1836. 
BALAIADA – Aconteceu no Maranhao e Piaui, iniciando em 1838. Em 1839 o Capitão-Tenente Joaquim Marques Lisboa, futuro Marquês de Tamandaré, nomeado comandante da Força Naval em operação contra os insurretos. A partir de 1840 e até o final da Balaiada, o Capitão-Tenente Joaquim Marques Lisboaatuaria em cooperação com o então Coronel Luís Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias, que comandava a Divisão Pacificadora do Norte, reunida para debelar a revolta.
FARROUPILHA(GUERRA DOS FARRAPOS)- Aconteceu no sul do impérrio e durou 10 anos. De 1835 a 1845. Nessa guerra os navios estiveram presentes em pequenos combates. Os combates não ocorreram em mar aberto, mas em águas restritas, como as Lagoas dos Patos e Mirim. O primeiro combate naval da Guerra dos Farrapos opôs o Iate Oceano, da Marinha Imperial, e o Cúter Minuano, dos revoltosos, na Lagoa Mirim, quando o navio rebelde foi posto a pique. Foi
neste conflito regional que pela primeira vez a Marinha brasileira empregou um navio movido
a vapor em operações de guerra.
h) Explique o contexto histórico do Golpe da Maioridade. Quem assumiu o governo do Brasil?
Com as constantes revoltas do período gerencial muitos acreditavam que a situação só melhoria com a volta de um imperador brasileiro. Foi então que aos 14 anos o príncipe regente Dom Pedro II assumiu o poder.
3) A guerra do Paraguai
a) Qual foi o maior conflito que abalou o governo de D. Pedro II? D. Pedro II enfrentou dois conflitos: As duas Guerras civis no Uruguai que estouraram nos anos de 1851/1852 e a guerra civil de 1864 e o maior de deles que foi a Guerra do Paraguai de 1865-1870.
b) Como era o relacionamento entre Brasil e Paraguai antes da guerra?
A livre navegação e o limite entrre Brasil e Paraguai era motivo de discordanncia entre ambos. Porem mantinham um relacionamento cordial.
c) Por que o Brasil tinha interesse em manter uma política de cordialidade com o Paraguai? Interessava principalmente ao Império que o Paraguai se mantivesse fora da Confederação Argentina, que muita dificuldade lhe vinha causando, com sua permanente instabilidade política.
d) O que fez mudar essa política? Com a morte de Carlos López, ascendeu ao governo do Paraguai seu filho, Francisco Solano López, que ampliou a política externa do País, inclusive estabelecendo laços de amizade com o General Justo José de Urquiza, que liderava a Província argentina de Entre Rios, e com o Partido Blanco uruguaio. Essas alianças, sem dúvida, favoreciam o acesso do Paraguai ao mar.
e) Quais eram os planos do presidente do Paraguai Francisco Solano Lopez?
aumentar o tamanho do Paraguai, o que para isso teria que conquistar terras da região da Bacia do Prata, além da primordial saída para o Oceano Atlântico
f) Quais foram os atos considerados disparadores para o início do conflito?
A invasão do brasil ao Uruguai, que foi visto por Lopez como um ataque ao próprio Paraguai. 
g) Como estava composta a Armada brasileira no início do conflito?
Os navios brasileiros, no entanto, mesmo os de propulsão mista, eram adequados para operar
no mar e não nas condições de águas restritas e pouco profundas que o teatro de operações nos Rios Paraná e Paraguai exigia; a possibilidade de encalhar era um perigo sempre presente. Além disso, esses navios, com casco de madeira, eram muito vulneráveis à artilharia de terra
h) Como estava composta a Armada paraguaia?
Todos os navios da Esquadra paraguaia, exceto um, eram navios de madeira, mistos, a vela e
a vapor, com propulsão por rodas de pás. Embora todos eles fossem adequados para navegar nos rios, somente o Taquary era um verdadeiro navio de guerra; os outros, apesar de convertidos, não foram projetados para tal. Os paraguaios desenvolveram a chata com canhão como arma de guerra. Era um barco de fundo chato, sem propulsão, com canhão de seis polegadas de calibre, que era rebocado até o local de utilização, onde ficava fundeado. Transportava apenas a guarnição do canhão e sua borda ficava próximo da água, deixando à vista um reduzidíssimo alvo. Via-se somente a boca do canhão acima da superfície da água.
i) Produza um texto destacando a importância da Batalha Naval do Riachuelo em 11 de junho
de 1865. Utilize o mapa da página 23 e o relato do Almirante Barroso nas páginas 25 e 26
para fundamentar o seu texto.
Em 11 de junho de 1865, a Armada brasileira infligiu uma terrível derrota ao Paraguai, sob o
comando do Almirante Barroso. Se vencessem, os paraguaios iriam apoderar-se dos nossos navios e incorporá-los a sua esquadra. Apesar de terem apoio dos canhões de suas forças que operavam na margem esquerda do Rio Paraná, perderam a batalha. O Almirante Barroso destruiu a força naval paraguaia.
j) Explique a importância do uso dos navios encouraçados na Guerra do Paraguai, destaque em
sua resposta a relação entre esses navios e as passagens de Curuzu, Curupaiti e Humaitá.
A sua importância se da pelo caso dos navios de madeira que eram muito vulneráveis para as batalhas. Na batalha de Curuzu o encouraçado Rio dee Janeiro foi abatido sob a guarda do barão de porto alegre. 
Curupaiti foi comanda pelo. Vice almirante joaquim ignacio com 10 nnavios encouraçados. 
Humaita - A Força Naval de Inhaúma intensificou o bombardeio e a Divisão Avançada, comandada pelo Capitão-de-Mar-e-Guerra Delfim Carlos de Carvalho, depois Almirante e Barão da Passagem, avançou rio acima.Essa Divisão era formada por seis navios: os Encouraçados Barroso, Tamandaré e Bahia e os Monitores Rio Grande, Pará e Alagoas.
k) Descreva como ocorreu a ocupação de Assunção e a fase final da guerra. 
Como não havia mais obstáculos em assuncao, ela foi ocupada pelos aliados. Houve um
último combate no Rio Manduvirá. Seguiu-se a Campanha da Cordilheira, em que a Marinha não
mais confrontou o inimigo. Em 1870, o Paraguai estava derrotado e seu povo dizimado. Solano
Lopes fugiu para Cerro Corá, onde não se rendeu,sendo atingido fatalmente por um tiro.
4)A Marinha na República
a) Como ficaram marcados os primeiros anos da República Brasileira? Os primeiros anos da República foram marcados pela progressiva desmobilização da Esquadra brasileira.
b) Quais foram os principais programas criados para reaparelhar a Marinha do Brasil?
· Em 1904 surgiu um programa de autoria de Júlio de Noronha, que apresentava a vantagem de ser um plano de conjunto, ou seja, incluía a criação de um moderno arsenal e um porto militar, que juntamente com os navios formaria um tripé de sustentação da Marinha brasileira.
· Em 15 de novembro de 1906 assumiu a pasta da marinha o Almirante Alexandrino Faria de Alencar. Nesse programa, foi cancelado o projeto de um novo arsenal. Em seu lugar, optou-se por modernizar as instalações da Ilha das Cobras, porém, admitia-se a construção de bases secundárias em Belém e em Natal, e um porto militar de pequeno porte em Santa Catarina.
c) Cite os autores dos Programas Navais de 1904 e 1906 e suas respectivas propostas e ações.
Ide ao b
d) Cite os navios que foram incorporados à esquadra brasileira nesse período.
e) Cite os conflitos internos que marcaram a 1ª República, explicando cada uma delas de
maneira sucinta.
- A primeira revolta da Armada aconteceu logo após a proclamação da República em 15 de novembro de 1889, movimento liderado pelo Exército, em que, a partir de então, o Marechal Deodoro da Fonseca assumiu o poder no Brasil.
- No final de novembro de 1910, eclodiu a Revolta da Chibata, movimento organizado pelos
marinheiros para a abolição dos castigos físicos e melhoria das condições de trabalho na Instituição. Embora bem-sucedidos nas justas reivindicações a repressão que se seguiu aos participantes foi violenta e implacável.
5) A Primeira Guerra Mundial
a) No período da 1ª Guerra (1914- 1918), quais foram os dois blocos de alianças que se
formaram? Para responder, observe atentamente o mapa da página 33.Duas grandes alianças político-militares predominavam: a Tríplice Aliança, formada pelo Império Austro-Húngaro, Itália e Alemanha, e a Tríplice Entente, formada pela França, Inglaterra e Rússia. Pequenas frentes de luta surgiam nas áreas em disputa. 
b) Qual foi a causa imediata para o início do conflito? Todos queriam se apossar de territórios. Um terrorista sérvio conseguiu assassinar o Arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono austríaco, em um atentado em Sarajevo, na Bósnia. Esta morte imediatamente provocou a guerra entre a Áustria e a Sérvia; a Rússia, fiadora da Sérvia, iniciou um confronto com a Áustria, provocando a intervenção alemã e unindo a França e a Inglaterra. Aliados de um ou outro lado entraram na Guerra. Iniciava-se a Primeira Guerra Mundial. 
c) Quando e como se deu a participação do Brasil no conflito? Em 1917, o Brasil entrou no conflito quando a campanha submarina alemã atingiu seus navios mercantes, afundados em razão do bloqueio alemão a Grã-Bretanha. O Brasil enviou então uma Divisão Naval para operar com a Marinha britânica entre Dakar e Gibraltar em 1918.
d) Explique porque a neutralidade foi marca do Brasil nos três primeiros anos.
Era o nosso Presidente da República o Exmo. Sr Wenceslau Braz. Naqueles dias conturbados, prevalecia no País uma tendência natural de simpatia a favor dos aliados, principalmente porque a elite nacional via na educação e na cultura francesas seus principais paradigmas. 
e) O que fez o governo brasileiro mudar de atitude? O que veio a modificar a atitude brasileira foi o afundamento do Navio Mercante Paraná ao largo de Barfleur, na França
f) Como estava formada a nossa esquadra nesse período?
Eram dois encouraçados, tipo dreadnought, o Minas Gerais e o São Paulo, dois cruzadores tipo scouts, o Rio Grande do Sul e o Bahia, que viria a ser perdido tragicamente na Segunda Guerra Mundial, e dez contratorpedeiros de pequenas dimensões. 
g) Qual o significado da sigla D.N.O.G.? Quem era o seu comandante? Qual a principal tarefa a
ser cumprida por essa Divisão? O Presidente da República, Wenceslau Braz decidiu enviar uma divisão naval, a D.N.O.G. (Divisão Naval em Operações de Guerra) para operar sob as ordens da Marinha britânica, na ocasião a maior e mais poderosa do mundo.
O Comandante da D.N.O.G era o Almirante Pedro Max Fernando de Frontin. A principal tarefa a ser cumprida por essa divisão seria patrulhar uma área marítima contra os submarinos alemães.
h) Como terminou a Primeira Guerra Mundial? Em 3 de novembro, a DNOG largou de Dakar em direção a Gibraltar, sem o Rio Grande do Sul, o Rio Grande do Norte, o Belmonte e o Laurindo Pitta, os dois primeiros avariados e os dois Seguintes designados para outras missões. Sete dias depois os navios da Divisão faziam sua entrada Em Gibraltar. No dia seguinte, o Armistício foi assinado, dando a Grande Guerra como terminada. Nossa Missão de guerra findara.
i) Como estava a Marinha do Brasil no período entre guerras?Os primeiros ataques à nossa Marinha Mercante ocorreram quando o Brasil ainda se mantinha neutro no conflito europeu. Em 22 de março de 1941, no Mar Mediterrâneo, o Navio Mercante (NM) Taubaté foi metralhado pela Força Aérea alemã, tendo sido avariado apesar da pintura em seu costado da Bandeira Brasileira. Com a entrada dos Estados Unidos da América naquele conflito, os submarinos alemães passaram a operar no Atlântico ocidental, ameaçando os
navios de bandeiras neutras que tentassem adentrar portos norte-americanos. Em 28 de janeiro de 1942, o Brasil rompeu relações diplomáticas com os países que compunham o Eixo.
j) Quem era o Ministro da Marinha no período entre guerras?
6) A Segunda Guerra Mundial
a) Quais países formaram os blocos de aliança na segunda guerra?
b) Explique como ocorreu a entrada do Brasil na guerra.
c) Exemplifique o que foi o Lend Lease.
d) Quais foram os comandos navais criados a partir de 31 de agosto de 1942?
e) Qual o objetivo da criação da defesa ativa nos portos brasileiros?
f) Qual a missão da Marinha do Brasil na 2ª Guerra Mundial?
7) O emprego permanente do Poder Naval.
Por que é importante para a Marinha do Brasil, manter o seu Poder Naval permanente mesmo
em tempos de paz?
b) Cite as principais ações da Marinha do Brasil em tempos de paz.
c) Discorra sobre a importância dos Programas Proantar e o PRM.
d) Explique a importância do submarino com propulsão nuclear para a história da Marinha do
Brasil.
e) Qual é a previsão para a conclusão da construção do nosso primeiro submarino com
propulsão nuclear? Como ele será chamado? Por que receberá esse nome?
f) Em períodos de paz, a tarefa da Marinha do Brasil é de grande relevância, com algumas obrigações. Cite as obrigações da Marinha em períodos de paz.

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