Buscar

PRATICA SIMULADA_GABARITOS (3)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 59 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

PRÁTICA SIMULADA V - CCJ0049
Semana Aula: 2
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO
EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO
SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DO
MUNICIPIO Y, entidade sindical regularmente constituída, inscrita no CNPJ sob o
nº..., com sede rua.., município...,cidade..., estado... atuando como substituto
processual de seus filiados , vem, por seu advogado com endereço profissional na
rua..., bairro..., cidade..., Estado..., que indica para os fins do artigo 106, do
CPC/2015 com fundamento nos artigos 5º, LXXI da CRFB/88 e o artigo 8º, III da
CRFB/88 e artigo 40, § 4º da Constituição da República, vem impetrar:
 MANDADO DE INJUNÇÃO COLETIVO
em face de ato omissivo do PREFEITO DO MUNICIPIO Y, com
endereço na..., bairro..., cidade..., estado..., pelos fatos e fundamentos de direito a
seguir aduzidos:
DOS FATOS 
O Impetrante é entidade sindical de base, que congrega os Servidores
Públicos Municipais e pretende, através do presente Mandado de Injunção, obter
pronunciamento mandamental que assegure a obtenção de aposentadoria especial aos
servidores processualmente substituídos “cujas atividades sejam exercidas sob
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física” conforme
preconiza o artigo 40 § 4º, III, da Constituição Federal, ante a omissão legislativa em
editar a Lei Complementar para regulamentar o exercício do direito.
Trata-se da defesa de interesse ou direito coletivo da categoria
representada pela entidade sindical ou, pelo menos, de interesse ou direito de parte da
categoria, senão, de direitos individuais homogêneos dos servidores interessados,
porque decorrentes de origem comum hipóteses que, indistintamente, alcançam
legitimidade ativa extraordinária ao sindicato, porquanto pleiteia, em nome próprio,
direito alheio, assim autorizado no artigo 6º, do Código de Processo Civil.
A exigida autorização legislada vem da Constituição Federal, cujo
artigo 8º, III, atribui aos sindicatos a defesa dos direitos e interesses coletivos ou
individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas, tal que o
Supremo Tribunal Federal já decidiu que os sindicatos têm legitimidade processual
para atuar na defesa de todos e quaisquer direitos subjetivos individuais e coletivos
dos integrantes da categoria por ele representada.
Impende consignar por oportuno que tais servidores públicos exercem
atividade profissional em estação de tratamento de esgoto do Município Y,
submetendo-se à exposição constante a agentes nocivos a saúde, por conseguinte, em
razão das atividades por eles desempenhadas, poderiam requerer aposentadoria
especial, com base no artigo 40, § 4º da Constituição Federal de 1988, contudo
mediante a ausência de lei complementar que regulamente a contagem diferenciada
do tempo de serviço dos servidores públicos para fins de aposentadoria especial.
Portanto, em razão da mora legislativa, esses servidores são obrigados a
permanecer, durante muito mais tempo, expostos a essas condições prejudiciais, o que
acarreta danos irreversíveis a sua saúde.
Assim, impossibilitados de exercer o direito fundamental à
aposentadoria especial em razão da falta da lei regulamentadora, de forma que não
houve alternativa senão a impetração do presente remédio constitucional.
DOS FUNDAMENTOS 
Diante dos fatos expostos, não há dúvidas quanto ao cabimento da
presente medida, encontrando o impetrante amparo no artigo 5º, inciso LXXI, da
CRFB/88 e na Lei 12.016/09, que prevê a concessão de mandado de injunção sempre
que a falta de norma regulamentadora torne inviável o exercício de direitos e
liberdades constitucionais.
Mediante a ausência de lei complementar municipal regulamentadora
do direito previsto na Constituição Estadual em seu artigo 126, § 4º,III, torna inviável
o exercício do direito à aposentadoria especial aos servidores públicos municipais que
laboram em condições especiais que prejudicam a saúde ou integridade física, razão
pela qual o mandado de injunção coletivo é o instrumento adequado à satisfação da
pretensão veiculada, mediante a existência dessa norma de eficácia limitada ainda não
regulamentada, que impede o exercício de um direito em caso concreto.
Assim a competência legislativa das pessoas politicas para editar sobre
norma social, em especial, acerca do regime jurídico dos seus servidores públicos
seria concorrente conforme dispõe o artigo 24, XII da CRFB/88. Desta forma com a
ausência de norma de caráter geral expedida pela União haverá competência plena o
chefe do executivo local para propositura da lei, tendo o município autonomia para
legislar sobre aposentadoria especial de seus servidores no exercício da competência
supletiva de acordo com os artigos 24, §3º, c/c art. 30, II da CRFB/88. 
Na verdade, o mandado de injunção busca neutralizar as consequências
lesivas decorrentes da ausência de regulamentação normativa de preceitos
constitucionais revestidos de eficácia limitada, cuja incidência - necessária ao
exercício efetivo de determinados direitos neles diretamente fundados - depende,
essencialmente, da intervenção concretizadora do legislador.
Nesta mesma linha de entendimento o ilustre doutrinador...
“......................................................................................................
..............................................................................................”
(Nome, obra, data, pág.)
Com efeito, não é só o direito à aposentadoria especial que resta
prejudicado, mas também um outro direito social fundamental que na está na base do
reconhecimento do direito ao estabelecimento de regras e critérios diferenciados
quando se trate de servidor submetido a condições de trabalhos especiais: o direito à
saúde na forma do artigo 6° da CRFB/88. Assim como o princípio da isonomia
dispondo o artigo 5°, caput, CRFB/88 que de igual modo, constitui fundamento para o
reconhecimento de um direito à aposentadoria especial, na medida em que, mediante
o estabelecimento de requisitos e critérios diferenciados busca-se igualar o
trabalhador que labora em condições especiais ao trabalhador que labora em
condições normais. Trata-se, portanto, de garantir uma igualdade real, e não
meramente formal, a partir da aplicação do princípio de que se deve tratar igualmente
os iguais e desigualmente os desiguais
Cabe ressaltar que em vários julgados, o Supremo Tribunal Federal
determinou que, enquanto existir omissão do Presidente da República no que tange ao
artigo 40, § 4º da CRFB/88, deve ser aplicado o artigo 57, caput, e § 1º, da Lei
8.213/1991, que prevê a aposentadoria especial para os trabalhadores que cumprirem
as exigências legais.
Nesse sentido é a jurisprudência do Egrégio Tribunal.
MANDADO DE INJUNÇÃO - NATUREZA. Conforme
disposto no inciso LXXI do artigo 5º da Constituição Federal,
conceder-se-á mandado de injunção quando necessário ao
exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à
http://www.jusbrasil.com/legislacao/1033694/constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com/topicos/10727627/inciso-lxxi-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
cidadania. Há ação mandamental e não simplesmente
declaratória de omissão. A carga de declaração não é objeto da
impetração, mas premissa da ordem a ser formalizada.
MANDADO DE INJUNÇÃO - DECISÃO - BALIZAS.
Tratando-se de processo subjetivo, a decisão possui eficácia
considerada a relação jurídica nele revelada.APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES
ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR -
INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, §
4º, DACONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina
específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a
adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos
trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº8.213/91. (STF
- MI: 758 DF, Relator: MARCO AURÉLIO, Data de
Julgamento: 01/07/2008, Tribunal Pleno, Data de Publicação:
DJe-182 DIVULG 25-09-2008 PUBLIC 26-09-2008 EMENT
VOL-02334-01 PP-00037 RDECTRAB v. 15, n. 174, 2009, p.
157-167)
A Constituição Federal assegura a aposentadoria especial tanto para os
trabalhadores submetidos ao Regime Geral de Previdência, quanto aos servidores
públicos (artigos 201, § 1°, e 40, § 4°, da CF).
Em ambos os casos, o direito ampara aqueles que laboram em
condições especiais, que prejudiquem a saúde e a integridade física e aos portadores
de deficiência. A única diferença está em que, no caso dos servidores públicos, com as
alterações introduzidas pela Emenda Constitucional 47/2005, incluiu-se na previsão
também os servidores que exercem atividades com risco de vida. A eficácia do direito
está na dependência da edição de lei complementar, até agora inexistente.
Ocorre que, a própria Constituição Federal, mediante a Emenda
Constitucional nº 20/1998, estabeleceu que, enquanto não for publicada a lei
complementar a que se refere o artigo 201, § 1°, para aqueles que laboram em
atividades sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física
será aplicado o disposto nos artigos 57 e 58, da Lei 8.213/1991, na redação vigente na
data de publicação da emenda.
Desse modo, para os trabalhadores submetidos ao Regime Geral de
Previdência Social, que laboram em condições prejudiciais à saúde e à integridade
física, a aposentadoria especial encontra regramento provisório que permite o
exercício do direito constitucionalmente assegurado.
Considerando que o objetivo do legislador constituinte, em ambos os
casos foi um só, isto é, de dar proteção ao direito social à saúde e efetividade ao
princípio da isonomia, além de promover a dignidade da pessoa humana, tem-se por
razoável a aplicação provisória do mesmo regramento contido nos artigos 57 e 58, da
Lei nº 8.213/1991, aos servidores públicos cujas atividades sejam exercidas sob
condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física.
Portanto, busca-se, por conseguinte, mediante mandado de injunção,
tornar viável o exercício, pelos servidores públicos que preenchem os requisitos para
tanto, do direito consagrado no § 4° do artigo 40 da Constituição, nos termos dos
artigos 57 e 58, da Lei nº 8.213/1991.
DOS PEDIDOS 
Ante todo o exposto, requer:
 a) a notificação da autoridade coatora, para que, querendo, no prazo
legal, preste as informações que entender pertinentes, conforme artigo 7º, I, da Lei nº
12.016/09; 
b) Intimação Ministério Público.
c) que o pedido seja ao final julgado procedente para declarar a omissão
normativa do artigo 40, § 4º, da CRFB/88, que inviabilizou o direito á aposentadoria
especial;
d) a aplicação analógica da Lei nº 8.213/91 em seu artigo 57, caput e §
1º, até que seja sanada a omissão pelo Excelentíssimo Prefeito do Município Y,
competente para edição da norma regulamentadora especifica.
e) a condenação do impetrado em custas processuais 
http://www.jusbrasil.com/legislacao/104108/lei-de-benef%C3%ADcios-da-previd%C3%AAncia-social-lei-8213-91
http://www.jusbrasil.com/topicos/11349904/par%C3%A1grafo-1-artigo-57-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com/topicos/11349949/artigo-57-da-lei-n-8213-de-24-de-julho-de-1991
http://www.jusbrasil.com/legislacao/1033694/constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com/topicos/10709053/par%C3%A1grafo-4-artigo-40-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com/topicos/10709053/par%C3%A1grafo-4-artigo-40-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com/topicos/431394/artigo-40-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
DAS PROVAS
Requer a análise das provas anexadas a presente ação.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 
Nestes termos, pede deferimento.
Local..., data...
Advogado...
OAB nº.../UF
PRÁTICA SIMULADA V - CCJ0049
Semana Aula: 3
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE
DO EGREGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO X
ABC, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o
número..., representada por seu administrador..., com endereço na rua..., bairro...,
cidade..., Estado..., por seu advogado com endereço profissional na rua..., bairro...,
cidade..., Estado..., que indica para os fins do artigo 106, do CPC/2015, com
fundamento no artigo 5º, LXIX da CRFB/88 e artigo 1º da Lei nº 12.016/09, vem
impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA
em face de ato ilegal do SECRETÁRIO DE ADMINISTRAÇÃO,
com endereço..., integrante da pessoa jurídica de direito público o ESTADO X, pelos
fatos e fundamentos de direito a seguir aduzidos:
DOS FATOS
Trata-se de licitação realizada pela Secretaria de Administração do
Estado X, publicado o edital de licitação na modalidade concorrência para projetos
básicos e executivos como também para realização de obras de contenção de encostas,
na localidade de Barranco Alto. 
Impende consignar por oportuno que o referido edital exige além de
requisitos de habilidade técnica a demonstração de aptidão para desempenho por meio
de documentos que comprovem a participação do licitante em obras de drenagem,
pavimentação e contenção de encostam que alcancem o montante de R$
150.000.000,00 (cento e cinquenta mil reais).
Vale ressaltar que além deste requisito o edital ainda propõe o da
qualificação econômica, exigindo a apresentação de balanço patrimonial e
demonstrações contábeis do ultimo exercício social que comprovem a boa qualidade
financeira da empresa, além de todas as certidões negativas e de garantia da quantia
equivalente a 1% (um por cento) do valor estimado do objeto da contratação. 
Ademais, o edital estabelece como requisito de habilitação do
consorcio, um acréscimo de 50% (cinquenta por cento) dos valores exigidos para
licitantes individuais.
A impetrante interessada em participar da licitação em consorcio se
insurgiu contra o referido Edital, posto que o mesmo encontrava-se eivado de uma
série vícios, apresentando tempestivamente a impugnação à Administração Publica.
Contudo, o impetrado, rejeitou a impugnação, se valendo do argumento de que todas
as exigências decorriam de legislação federal.
Desta forma, a impetrante, viu-se obrigada a se socorrer do presente
remédio constitucional visando assegurar o seu direito, sendo inquestionável que os
vícios do edital licitatório constituem ato administrativo de efeito concreto, passível
de questionamento por meio de mandado de segurança. 
DOS FUNDAMENTOS
Evidenciado está o cabimento do presente remédio constitucional,
considerando o disposto no artigo 1º da Lei 12.016/09, bem como o artigo 5º, LXIX,
CRFB/88, diante do ato ilegal/abusivo da autoridade coatora, uma vez que o edital
contém inúmeros vícios e exigências totalmente descabidas que violam
flagrantemente o direito líquido e certo do impetrante em participar do certame. 
A licitação é um procedimento administrativo, ou seja, uma série de
atos sucessivos e coordenados, voltada, de um lado, a atender ao interesse público,
pela escolha do negócio mais vantajoso para a Administração Pública, e de, outro
a garantir a Legalidade, princípio de fundamental importância para que os
particulares possam disputar entre si, de forma justa, a participação em contratações
que as pessoas jurídicasde direito público entendam realizar.
Desta forma, a licitação, objetiva selecionar a proposta mais vantajosa
para a Administração, devendo obedecer: o Princípio da Isonomia entre os
concorrentes, para que se obtenha condições que permitam sindicar a observância dos
princípios da Legalidade, da Vinculação ao Edital, da Impessoalidade, da
Moralidade, e da Probidade Administrativa, sem o que restam, comprometidas a
validade da própria licitação e a consecução de seus objetivos, como definido
no caput do art. 3 º da Lei 8.666/93.
Com fulcro em tais preceitos legais, é de se saber que os princípios
se apresentam como o alicerce das normas que regem os atos administrativos e
devem ser obedecidos, sob pena de restar frustrada a validade e eficácia da
licitação pública. 
 Dentro do procedimento licitatório é fundamental que se mantenha
a transparência, a probidade, a moralidade e os princípios éticos, o princípio da
Isonomia, do julgamento igualitário ofertado a todos os licitantes que participam
do certame.
Em sede doutrinária, por adequar-se perfeitamente ao caso concreto,
vale frisar ensinamento do Professor...
“...........................................................................................
.............................................................................................
” (nome, obra, data, página)
Um processo, desprovido do mais fundamental de todos os princípios,
seria fútil e poderia ser comparado a um teatro de fantoches, promovido somente com
o escopo de ludibriar os dispositivos legais e legitimar uma irregularidade evidente.
Por evidente transparência, deve se observar que o projeto básico e a
obra estão sendo licitados em conjunto, violando o que dispõe o art. 7 º, § 2º da Lei
8.666/93 no qual preconiza que a obra deve ser licitada quando houver projeto básico
aprovado pela autoridade competente e disponível para exame dos interessados em
participar do certame.
Outrossim, o art. 9º, I da Lei 8.666/93 veda a elaboração de projeto
básico e realização da obra pelo mesmo licitante, ocorrendo mais um vicio no edital
de licitação.
Impende consignar por oportuno que, a documentação relativa à
qualificação técnica limita-se a comprovação de aptidão para desempenho de
atividade pertinente e compatível em características, qualidades e prazos com o objeto
de licitação conforme dispõe o art. 30 da Le 8.666/93. Portanto a exigência de
experiência previa com serviços e valores muito superiores ao do objeto licitado viola
este dispositivo acima mencionado.
Nesse sentido é a jurisprudência do Egrégio Tribunal:
AGRAVO MANDADO DE SEGURAN-
ÇA. PROCESSO LICITATÓRIO. INABILITAÇÃO DE
CONSÓRCIO. AUSÊNCIA DE DOCUMENTAÇÃO
NÃO EXIGIDA NO EDITAL E NEM NA LEI DE
REGÊNCIA. DESCABIMENTO. Cinge-se a
controvérsia em determinar se o licitante pode exigir, sem
previsão expressa, a apresentação do contrato social de
empresa cotista de sociedade líder de Consórcio
participante da licitação, a fim de apurar a sua
habilitação. Como afirmou o d. magistrado prolator da
decisão agravada, a comprovação da habilitação deve
estar adstrita aos requisitos previstos em lei, o que não é o
caso, na medida em que inexiste na Lei de regência ou
mesmo no edital da licitação a exigência de apresentação
do contrato social de uma empresa que é sócia de outra,
integrante do consórcio participante da concorrência.
Todavia, no caso entelado, conforme asseverou a d.
Procuradoria de Justiça, a hipótese é a da prática
comercial de criação de sociedades em que o capital
social é concentrado em um dos sócios, sendo a
pluralidade destes meramente formal, vez que o sócio
minoritário não tem qualquer ingerência na sociedade.
Assim, se revela apropriado o entendimento da Comissão
de Licitação no que toca à necessidade de apresentação
do contrato social da sociedade União Norte Construções
e Participações Ltda. Não obstante, ante a inexistência de
exigência legal ou editalícia para tanto, descabe a
inabilitação de plano do processo licitatório, revelando-se
mais adequado conceder prazo para regularização da
documentação. RECURSO A QUE SE DÁ PARCIAL
PROVIMENTO NOS TERMOS DO ART. 557 §1-A DO
CPC” 0042122-38.2014.8.19.0000 - AGRAVO DE
INSTRUMENTO, 1 ª Ementa DES. FERDINALDO DO
NASCIMENTO - Julgamento: 23/02/2015 - DECIMA
NONA CAMARA CIVEL
Importante observar que, o requisito de habilitação com acréscimo
de 50% (cinquenta por cento) dos valores exigidos ao licitante viola o disposto no art.
33, III, da Lei 8.666/93 que estabelece o teto de 30% (trinta por cento) dos valores
exigidos para o licitante individual.
Portanto, restou configurado o direito líquido e certo da impetrante
de anulação daquele procedimento viciado pelo edital contrário à legislação.
DA CONCESSAO DA LIMINAR
O fumus boni iuris constitui condição basilar para a concessão da
liminar pretendida. Como bem pode observar Vossa Excelência, pelos fatos e
fundamentos jurídicos arrolados, inquestionável é a violação do direito líquido e certo
da Impetrante de, como Licitante, ver fluir de acordo com as normas e princípios
legais pertinentes à matéria, o processo de Licitação na modalidade de concorrência
publicada pela Secretaria de Administração do Estado X. Seu direito foi violado a
partir do momento em que foi alijada do certame em dissonância com as regras
editalícias, ou seja, foram violadas as regras do edital e a igualdade de tratamento.
Portanto, a Autoridade Coatora procedeu de forma a agredir e ignorar a
legislação pátria constante da Carta Magna e da Lei n.º 8.666/93.
Conforme se depreende, em aguardando ao final o decisum, danos
irreparáveis ocorrerão, pois, se não concedida a Liminar acarretar-se a exclusão de
licitante que poderia trazer benefícios econômicos à Administração Pública como um
todo.
Vale ressaltar, que a cada dia que se passa, há a demora prejudicial aos
interesses públicos e privados envolvidos no processo licitatório, que amargará
dispêndio de tempo, no caso da anulação e elaboração de novo processo. Merece
ainda ser demostrado que caso não seja deferida a liminar resultará em prejuízo a
Administração Publica se o certame chegar ao fim com a adjudicação do objeto ao
licitante vencedor e o inicio das obras,
Atendidos os requisitos do art. 7º, II da Lei nº 1533/51, a medida
liminar deve ser concedida no sentido de suspender o processo licitatório evitando a
contratação ou anulação e, consequentemente, a completa perda do objeto do
presente mandamus, para que, na sequência, se proceda à regularização do certame,
DOS PEDIDOS 
Diante do exposto, requer:
http://www4.tjrj.jus.br/ejud/consultaprocesso.aspx?N=201400229363&CNJ=0042122-38.2014.8.19.0000
 a) a CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR para suspender a licitação
até a decisão final;
b) a notificação da autoridade coatora, para que, querendo, no prazo
legal, preste as informações que entender pertinentes, conforme artigo 7º, I, da Lei nº
12.016/09; 
c) seja dada ciência do feito ao órgão de representação judicial da
pessoa jurídica interessada, para que, querendo, ingresse no feito;
d) a intimação do Ilustre Membro do Ministério Público, na forma do
artigo 12 da Lei nº 12.016/09;
e) que o pedido seja ao final julgado procedente para determinar a
anulação do procedimento viciado pelo edital contrário a legislação.
f) a condenação do impetrado em custas processuais 
DAS PROVAS
Requer a análise das provas anexadas a presente ação.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ ... (...)
Nestes termos, pede deferimento.
Local..., data...
ADVOGADO
OAB/UF n.
PRÁTICA SIMULADA V - CCJ0049
Semana Aula: 4
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA
 TICIO, brasileiro, casado, engenheiro,portador do documento de
identidade nº…, inscrito no CPF/MF sob o nº… , residente e domiciliado na Rua… ,
nº… Bairro… Cidade/Estado, por seu advogado infra assinado, inscrito na OAB nº…,
com endereço profissional na Rua…, nº… Bairro… Cidade /Estado, CEP:… , local
indicado para receber intimações (art. 106, do CPC/2015), vem respeitosamente, à
presença de Vossa Excelência, com fundamento no art.5º, LXXII, da Constituição
Federal de 1988 e Lei 9.507/1997, impetrar
HABEAS DATA
 em face do ato praticado pelo MINISTRO DE ESTADO DE
DEFESA, pelos motivos de fato e de direito a seguir aduzidos:
DA COMPETÊNCIA
O artigo 105, I, “b”, da Constituição Federal, bem como o artigo 20, I,
“b”, da Lei 9507/97, estabelece que: “Compete ao Superior Tribunal de Justiça,
processar e julgar, originariamente, os mandados de segurança e os habeas data contra
ato de Ministro de Estado, dos Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica ou do próprio Tribunal”.
Desse modo, verifica-se que a competência para processamento e
julgamento da presente ação direta de inconstitucionalidade é originária do Superior
Tribunal de Justiça.
DO INTERESSE DE AGIR
Nos termos do art.8º, parágrafo, único da Lei 9507/1997, comprovado o
interesse de agir do Impetrante, legitimador do presente Habeas Data, pois junta-se
cópia do anterior indeferimento do pedido à ficha de informações pessoais, no período
em que, impetrante foi monitorado pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos
de Segurança do Estado, como se verifica nos documentos juntados, a atitude da
Autoridade Coatora viola flagrantemente, o direito do Impetrante em ter acesso, às
suas informações pessoais e, portanto, de seu pessoal interesse, que estão nos arquivos
públicos do período em que foi monitorado e preso para averiguações.
DOS FATOS
O Impetrante na década de setenta, participou de movimentos políticos
que faziam oposição ao Governo então instituído. Por força de tais atividades, foi
vigiado pelos agentes estatais e, em diversas ocasiões, preso para averiguações, sendo
seus movimentos monitorados pelos órgãos de inteligência vinculados aos órgãos de
Segurança do Estado, organizados por agentes federais. 
O Impetrante no ano de 2010, requereu acesso à sua ficha de
informações pessoais, tendo o seu pedido indeferido, em todas as instâncias
administrativas sendo este ato decisório lastreado pelo Ministro de Estado da Defesa,
pela necessidade de preservação do sigilo das atividades do Estado, uma vez que os
arquivos públicos do período desejado estão indisponíveis para todos os cidadãos.
Resta claro o arbitrário indeferimento por parte do impetrado. Sendo
assim, não vislumbrou outra alternativa a não ser a propositura da presente ação para
ver satisfeito um direito constitucional que lhe assiste.
DO DIREITO
Conforme se depreende, o Habeas Data é concedido para assegurar o
conhecimento de informações relativas à pessoa do impetrante, constantes de registros
ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter público como
estabelece o artigo 5º, LXXII, da CRFB/1988. No mesmo sentido é a redação do
art.7º, da Lei 9507/1997. De outra banda o artigo 5º, XIV da CRFB/1988 diz que
é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando
necessário ao exercício profissional.
Ademais, o artigo 37, caput da CRFB/1988, assenta que administração
pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência.
 E certo que houve desrespeito aos dispositivos constitucionais ora
elencados, pois ainda que haja ressalva do sigilo imprescindível à segurança da
sociedade e do Estado, não se pode confundir a preservação das atividades do Estado,
com o direito, também, constitucional de ter-se acesso, somente, às suas informações
pessoais, de interesse claramente particular, assim sendo não assegurando ao cidadão
o direito a informação como dispõe o artigo 5 º, X da CRFB/1988. 
A matéria é pacífica e não encanta o debate, valendo conferir ainda a
ementa abaixo transcrita:
“AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM
MANDADO DE SEGURANÇA. OBTENÇÃO DE
CERTIDÃO. FISCALIZAÇÃO DE ATOS
ADMINISTRATIVOS. INTERESSE PARTICULAR OU
COLETIVO. DIREITO À INFORMAÇÃO.
SEGURANÇA CONCEDIDA. PROVIMENTO
NEGADO. 1. O art. 5º, XXXIII, da CF/88 assegura
o direito à informação de interesse particular, como o
exercício do direito de petição perante a própria
Administração Pública ou a defesa de um direito
individual perante o Judiciário, ou de interesse coletivo,
como a defesa do patrimônio público, desde que
respeitados o direito à intimidade e as situações legais de
sigilo. 2. Na espécie, inexiste justificativa para não se
conceder a certidão solicitada, pois o caso não
envolve informações cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado. 3. O não
fornecimento da certidão pleiteada constitui ilegal
violação de direito líquido e certo do impetrante de
acesso à informação de interesse coletivo, assegurado
pelo art. 5º, XXXIII, da Constituição Federal e
regulamentado pela Lei n. 12.527/2011 (Lei de Acesso
à Informação)”. 4. Agravo regimental não provido. STJ -
AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EM
MANDADO DE SEGURANÇA AgRg no RMS 29489
RJ 2009/0089431-9 (STJ) - Data de publicação:
30/03/2015
O sigilo estaria preservado assim como o respeito à Lei, pois o acesso
pretendido o é somente dos dados pessoais do Impetrante, não havendo pedido para
acesso de dados de terceiras pessoas constante dos arquivos públicos do período
desejado.
Resta patente que o ato denegatório no fornecimento de informações do
Impetrante, inclusive com o esgotamento da via administrativa, se mostra ilegal e
abusivo, já que é contrário aos dispositivos Constitucionais que garantem o direito de
acesso à informação de dados do Impetrante.
http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/178338237/agravo-regimental-no-recurso-em-mandado-de-seguranca-agrg-no-rms-29489-rj-2009-0089431-9
http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/178338237/agravo-regimental-no-recurso-em-mandado-de-seguranca-agrg-no-rms-29489-rj-2009-0089431-9
http://stj.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/178338237/agravo-regimental-no-recurso-em-mandado-de-seguranca-agrg-no-rms-29489-rj-2009-0089431-9
Desta forma, conforme demonstrado o impetrante teve seu pedido
indeferido, conforme documentação em anexo, em todas as instancias administrativas,
comprovando o requisito essencial para a impetração da presente ação como dispõe o
art. 8º da Lei 9507/97.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer:
 a) a notificação da autoridade coatora, para que, querendo, no prazo
legal, preste as informações que entender pertinentes, conforme artigo 9º da Lei nº
9.507/97; 
b) a procedência do pedido de habeas data, para que seja assegurado ao
Impetrante o acesso às informações de seu interesse;
c) a intimação do Ilustre Membro do Ministério Público, na forma do
artigo 12 da Lei nº 9.507/97.
DAS PROVAS
Requer a análise das provas anexadas a presente ação.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ ... (valor por extenso) artigo 291, do
CPC/2015.
Nestes termos, pede deferimento.
Local..., data...
Advogado...
OAB/UF n.
PRÁTICA SIMULADA V - CCJ0049
Semana Aula: 5
EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ____ VARA
CRIMINAL DA COMARCA DA CAPITAL...
FULANO DE TAL, advogado regularmente inscrito na Ordem dos
Advogados do Brasil, Seccional de ____, sob o n. ____, com endereço profissional n
rua..., bairro..., cidade..., estado..., vem à presença de Vossa Excelência, com
fundamento no artigo 5º, LXVIII, da Constituição Federal, e 647 e seguintes do
Códigode Processo Penal, impetrar 
HABEAS CORPUS
em favor de TÍCIA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da cédula de
identidade n. ____, inscrita no CPF/MF n. ____, residente e domiciliada na rua...,
bairro...,cidade..., estado..., contra ato ilegal praticado pelo Delegado de Polícia
Titular da Delegacia de Polícia da Capital, pelas razões de fato e de direito a seguir
expostas:
DOS FATOS
No último dia..., o Sr. ..., Delegado de Polícia, ora autoridade coatora,
em entrevista à rádio local, determinou, aos seus agentes, a prisão de todas as
meretrizes que circularem na Capital, pois os “bons costumes” deveriam ser
“restabelecidos”.
Após ouvir a notícia, a paciente, que garante o seu sustento na
qualidade de acompanhante, suspendeu o exercício da prática, pois passou a temer a
ação da polícia, que vem, de fato, cumprindo a determinação da autoridade policial.
DOS FUNDAMENTOS
Resta nitidamente cabível a impetração do remédio constitucional de
Habeas Corpus, no caso em tela, diante do artigo 5º, LXVIII, da CRFB/88 que afirma
que conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém sofrer ou se achar ameaçado
de sofrer violência ou coação em sua liberdade de locomoção, por ilegalidade ou
abuso de poder. 
O habeas corpus pode ser considerado como remédio constitucional ou
ação constitucional, pois sua gênese está no texto da Constituição Federal de 1988,
conforme artigo 5º, inciso LXVIII, como um direito e garantia fundamental. É
encarado como cláusula pétria e não pode ser suprimido do bojo da Constituição,
nem mesmo por emenda constitucional (artigo 60, § 4º, da CRFB/88).
Se considerarmos somente a redação do dispositivo constitucional para
a análise da possibilidade de uso do HC, o cabimento poderá ficar limitado apenas às
hipóteses de prisão de fato, o que não é correto, conforme os exemplos a seguir, que
comportam a impetração do remédio: a) decisão que recebe a denúncia ou queixa,
cujo fato descrito não constitua crime; b) sentença condenatória transitada em julgado
decorrente de processo manifestamente nulo (deve ser pedida a anulação desde o ato
viciado); c) instauração de inquérito policial para apurar fato atípico etc. 
Os exemplos anteriores podem ser nitidamente identificados no rol de
hipóteses trazido pelo artigo 648 do CPP, que delimita, com maior clareza, as
possibilidades de impetração de HC:
 A coação considerar-se-á ilegal:
I. quando não houver justa causa; 
II. quando alguém estiver preso por mais tempo do
que determina a lei;
III. quando quem ordenar a coação não tiver
competência para fazê-lo;
IV. quando houver cessado o motivo que autorizou a
coação; 
V. quando não for alguém admitido a prestar fiança,
nos casos em que a lei a autoriza; 
VI. quando o processo for manifestamente nulo; 
VII. quando extinta a punibilidade.
Considerando os fatos acima narrados é possível verificar que a ordem
emanada do ilustre Delegado de Polícia constitui ato ilegal, pois impõe à paciente
restrição indevida em sua liberdade de locomoção, haja vista que, como é sabido, a
prostituição não constitui fato típico.
Neste sentido segue a jurisprudência do STF:
"HABEAS CORPUS" PREVENTIVO. "TROTTOIR".
PROSTITUTAS AMEACADAS DE PRISÃO PELA
POLICIA PAULISTA. FATO NOTORIO. RECURSO
PROVIDO, PARA DEFERIR SALVO-CONDUTO, A
FIM DE QUE AS PACIENTES NÃO SEJAM PRESAS
FORA DAS HIPÓTESES E NA FORMA PREVISTA NO
ART. 153, PARÁGRAFO 12, DA CONSTITUIÇÃO
FEDERAL. (STF - RHC: 58974 SP, Relator: SOARES
MUNOZ, Data de Julgamento: 29/09/1981, PRIMEIRA
TURMA, Data de Publicação: DJ 06-11-1981 PP-11110
EMENT VOL-01233-01 PP-00156 RTJ VOL-00100-03
PP-00581).
No Brasil, a prática da prostituição não constitui um fato penalmente
punível. Assim, a atividade exercida configura uma conduta lícita, por mais que seja
malvista pela sociedade. Age ilicitamente quem incita ou se favorece da prostituição
alheia, caso do rufianismo, mas não quem presta diretamente os serviços de ordem
sexual. Em outras palavras: crime é explorar as pessoas que se prostituem, mas não a
prostituição em si. Trata-se, inclusive, de uma profissão descrita na Classificação
Brasileira de Ocupações, no Ministério do Trabalho. 
A Constituição Federal e os tratados internacionais ratificados pelo
Brasil garantem o direito fundamental à liberdade de profissão, de modo que “é livre
o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações
profissionais que a lei estabelecer” (art. 5º, inc. XIII, da CF/88).
Permita-nos trazer a colação entendimento doutrinário sobre o Principio
da Dignidade da Pessoa Humana:
“Os princípios constitucionais tornaram-se a base de todo
o sistema legal de modo a viabilizar o alcance da
dignidade humana em todas as relações jurídicas.” (Maria
Berenice. Manual de Direito das Famílias. 3ª ed. RT,
2006).
Nesse sentido a ameaça perpetrada pelo ato ilegal da autoridade coatora
“fere de morte” o principio da Dignidade da Pessoa Humana, previsto no artigo 1º, III,
da CRFB/88, sendo este principio constitucional base do estado Democrático de
Direito. 
A liberdade de locomoção é um direito fundamental de primeira
geração que se goza em defesa da arbitrariedade do Estado no direito de ingressar,
sair, permanecer e se locomover no território brasileiro. Este direito encontra-se
acolhido no art. 5º, XV, CF onde prevê que é livre a locomoção no território nacional
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/112175738/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730517/inciso-xv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer
ou dele sair com seus bens.
A liberdade de locomoção é um desdobramento do direito de liberdade
e não pode ser restringido de forma arbitrária pelo Estado, de forma que deve-se
respeitar o devido processo legal para que haja esta privação. O devido processo legal
é um princípio explicito na Constituição Federal cujo objetivo é criar procedimentos
para as relações jurídicas oferecendo aos governados uma segurança jurídica quanto
aos seus direitos Art. 5º, LIV. 
Ademais, a privação desta liberdade deve se dar, estritamente, por
ordem escrita e fundamentada, nos termos do Art. 93, IX, CF.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer, após as informações prestadas pela
autoridade apontada como coatora, seja concedida a ordem de habeas corpus,
determinando-se a expedição de salvo-conduto em favor da paciente, como medida de
justiça.
VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$... (para fins fiscais)
Nesses termos, pede deferimento.
Local, data
Advogado
OAB/UF
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/112175738/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/1699445/inciso-ix-do-artigo-93-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10626510/artigo-93-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10728364/inciso-liv-do-artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/112175738/constitui%C3%A7%C3%A3o-federal-constitui%C3%A7%C3%A3o-da-republica-federativa-do-brasil-1988
PRÁTICA SIMULADA V - CCJ0049
Semana Aula: 6
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA VARA FEDERAL DE
FLORIANÓPOLIS DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DE SANTA CATARINA.
JOÃO, brasileiro, casado, agricultor, residente e domiciliado na Rua
Manoel Elias, 313, em Florianópolis-SC, portador da carteira de identidade nº, CPFnº, título de eleitor nº da Zona Eleitoral..., por seu advogado (procuração em
anexo), com endereço profissional à Rua..., bairro..., cidade..., estado...,onde receberá
as intimações para fins do artigo 106 da Lei 13.105/15, vem, respeitosamente, à
presença de V. Excelência, com fulcro nos artigos 5º, inciso LXXIII, da CRFB e 1º,
da Lei nº 4.717/65, propor 
AÇÃO POPULAR COM PEDIDO DE LIMINAR
pelo rito comum, em face SR...., SENADOR DA REPÚBLICA, com domicílio
profissional no Prédio do Senado Federal, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília –
DF, pelos motivos fáticos e jurídicos que passará a expor.
DOS FATOS
Recentemente, em 15 de abril de 2009, foi amplamente divulgada, pela
imprensa em todo o país (docs 02, 03,04, 05 e 06), obra que está se iniciando no
gabinete de trabalho do Senador XXXX, em valores que custarão aos cofres públicos
mais de 1 milhão de reais.
Das notícias ora postas, vê-se que partiu ordem do Gabinete do Senador
para abrir licitação para a reforma do gabinete, envolvendo a compra de vários itens
suntuosos, voluptuários, como bem se demonstra na reportagem, e, aliás, do que nelas
também se vê, sem negativa do ora demandado, vindo este a justificar o clima instável
de Brasília e a necessidade de perfeitas condições de atendimento no gabinete de
senador das autoridades mais importantes do mundo.
Do sistema comprasnet, o sítio eletrônico do Governo Federal, vemos
que os objetos da licitação ainda não foram adjudicados, ainda não tendo sido,
portanto, os contratos assinados.
DA COMPETÊNCIA DO JUÍZO
O caso envolve interesse da União que, inclusive, pode vir a atuar ao
lado do autor na presente ação, é competente o Foro Federal; contudo, sem privilégio
de foro, conforme temos também do Egrégio STJ, abaixo, transitado em julgado em
3/10/2001:
O Senhor Ministro Milton Luiz Pereira (Relator):
Conforme ensaiado no relatório, plasma-se conhecida
situação conflituosa, originária de Ação Popular ajuizada
contra o cidadão Fernando Henrique Cardoso ― sem a
cogitação de estar no exercício da Presidência da
República ― e outros requeridos, dentre eles a União
Federal, movida por Autor domiciliado no Estado do
Mato Grosso do Sul. Outrossim, na espécie, amoldada a
competência territorial ou de foro, vertendo que é relativa
e pode ser prorrogada, é defeso ao Juiz a declinação
voluntária (Súmula 33/STJ), compreensão essa, à mão
forte, prestigiada nos pretórios; como exemplos:
"Competência. Ação Popular. Incompetência Relativa.
Declaração de Ofício. Inadmissibilidade. I - A
incompetência relativa não pode ser declarada de ofício
(Súmula n.º 33-STJ). II - Conflito de que se conhece, a
fim de declarar-se a competência do juízo suscitado." (CC
17.312-DF, Rel. Min. Antônio de Pádua Ribeiro, in DJU
de2.9.96); "Processual Civil. Ação Popular.
Competência. I - Se o ato é de origem federal, é
competente para processar e julgar a ação o Juízo Federal.
Competência territorial, relativa, que pode ser
prorrogada.II - Conflito negativo julgado procedente.
Competência do Juízo Federal da 2.a Vara do Paraná."
(CC 1.071-DF, Rel.Min. Carlos M. Velloso, in DJU de
28.5.90); "Processual Civil. Conflito Negativo de
Competência. Ação Popular Contra a União Federal Foro
de Domicílio. 1. Conflito conhecido, na conformidade do
parecer do ilustre Subprocurador da República, para
declarar competente o Juízo Federal da 18a Vara da Seção
Judiciária do Estado de São Paulo, o suscitado." (CC
26.332-RJ, Rel. Min. Peçanha Martins, in DJU de
9.10.2000). No estuário da exposição, quer por tão seja
sobre as linhas da opinião ministerial manifestada ou pela
aplicação da Súmula 33/STJ ou, com escudo na
compreensão pretoriana comemorada ou, por fim, com
todos os fundamentos, conhecendo e votando pela
procedência do conflito, declaro a competência do Juízo
Federal da Primeira Vara Federal - Seção Judiciária do
Estado de Mato Grosso do Sul -, suscitado. É o voto.
Ademais, assim o § 2.º do art. 109 da Constituição Federal, prevê a
competência da Justiça federal, nos termos do caso em tela, pois, exigir do autor,
pessoa de parcos recursos financeiros, que se desloque até Brasília seria um absurdo
jurídico e social, dado o desenho especial da ação popular.
DO DIREITO
É notório o cabimento da presente ação haja vista a previsão legal do
artigo 5º, inciso LXXIII, da CRFB e do artigo 1º, da Lei n. 4.717/65, sendo a ação
popular o meio constitucional posto à disposição de qualquer cidadão para obter a
invalidação de atos ou contratos administrativos ilegais e lesivos ao patrimônio
público. 
No que tange a legitimidade, esta se encontra perfeitamente atendida
por ser o autor cidadão, com plena regularidade de seus direitos políticos (título de
eleitor em anexo).
É a ação popular uma verdadeira ação da cidadania. Com requisitos
postos na Constituição Federal, assim tem assento, no inciso LXXIII de seu art. 5.º: 
“qualquer cidadão é parte legítima para propor ação
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público
ou de entidade de que o Estado participe, à moralidade
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada
má-fé, isento de custas judiciais e do ônus da
sucumbência.”
Ademais, os requisitos legais estão presentes nos artigos da Lei n.º
4.717, de 1.965 abaixo transcritos:
Art. 1.º Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear
a anulação ou a declaração de nulidade de atos lesivos ao
patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados,
dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades
de economia mista (Constituição Federal, art. 141, § 38),
de sociedades mútuas de seguro nas quais a União
represente os segurados ausentes, de empresas públicas,
de serviços sociais autônomos, de instituições ou
fundações para cuja criação ou custeio o tesouro público
haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por
cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas
incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal,
dos Estados e dos Municípios, e de quaisquer pessoas
jurídicas ou entidades subvencionadas pelos cofres
públicos.
Ademais, resta configurada a lesividade ao patrimônio público, tendo
em vista que a Lei da Ação Popular, em seu artigo 2º, parágrafo único, alínea “d” e
“e”, já consignou o desvio de finalidade como vício nulificador do ato administrativo
lesivo ao patrimônio público e o considera caracterizado quando o agente pratica ato
visando fim diverso do previsto, bem como quando inexiste motivação para a prática
do ato, no presente caso, verifica-se que não há qualquer motivo plausível para aos
gastos pretendidos pelo réu.
Como legítimo instrumento da cidadania, a ação popular imprescinde
da demonstração do prejuízo material, posto visar, também, os princípios da
administração pública, mormente o da moralidade pública, como já sedimentado junto
ao Egrégio Supremo Tribunal Federal:
O entendimento sufragado pelo acórdão recorrido no
sentido de que, para o cabimento da ação popular, basta a
ilegalidade do ato administrativo a invalidar, por
contrariar normas específicas que regem a sua prática ou
por se desviar dos princípios que norteiam a
Administração Pública, dispensável a demonstração de
prejuízo material aos cofres públicos, não é ofensivo ao
inc. LXXIII do art. 5.º da Constituição Federal, norma
esta que abarca não só o patrimônio material do Poder
Público, como também o patrimônio moral, o cultural e o
histórico. As premissas fáticas assentadas pelo acórdão
recorrido não cabem ser apreciadas nesta instância
extraordinária à vista dos limites do apelo, que não
admite o exame de fatos e provas e nem, tampouco, o de
legislação infraconstitucional.Recurso não conhecido.
(RE 170168, DJU de 13/08/1999).
No presente caso, então, aliada à real possibilidade iminente de prejuízo
ao Erário, temos que o princípio da moralidade está sendo severamente afetado,
mormente em época de cortes orçamentários no nosso País, com a previsão de
milhões de desempregados, e, ademais, os Presidentes do Senado anteriores já vinham
recebendo de há muito tempo autoridades em seu Gabinete, que, certamente, a
ninguém envergonhou no tocante às instalações.
PRESSUPOSTOS. ILEGALIDADE. LESIVIDADE. 1. A
ação popular é meio processual constitucional adequado
para impor a obediência ao postulado da moralidade na
prática dos atos administrativos. 2. A moralidade
administrativa é valor de natureza absoluta que se insere
nos pressupostos exigidos para a efetivação do regime
democrático. (EResp nº 14.868, DJU de 18/04/2005).
Nesse diapasão, a pretensão principal do autor é expressamente
amparada pelo artigo 11 da Lei nº 4.717/65, postulando a invalidade do contrato
administrativo e condenação dos réus a reparação em perdas e danos.
DA CONCESSÃO DA MEDIDA LIMINAR
Pretende o autor, após a manifestação do Ministério Público, a
concessão da medida liminar, demonstrados os relevantes motivos da ação em defesa
do patrimônio público e da moralidade, a fim de evitar danos de enorme gravidade e
de difícil reparação, ainda mais no vertente caso em que presentes os requisitos do
periculum in mora considerando que uma vez terminado o presente certame e
assinado o contrato, ainda haveria outros problemas senão, aliado à extrema
dificuldade de reembolso futuro por parte do Político, mas, também, a questão dos
direitos de terceiros de boa-fé, e do princípio de vedação de enriquecimento estatal
sem justa causa, visto que, uma vez feitas as aquisições e obras, os contratados não
mais terão de devolver o dinheiro recebido com a venda de seus produtos, e do fumus
boni iuris, pois o ato praticado pelo réu atenta vergonhosamente à moralidade
administrativa, princípio expresso a ser seguido na Administração Pública, no caput
do art. 37 da Constituição Federal vigente, com itens suntuosos para seu Gabinete, em
meio à crise mundial com perda de milhões de postos de trabalho e desaquecimento
da Economia brasileira, inclusive. 
DO PEDIDO
Diante do exposto requer a V.Exª.:
a) a concessão inaudita altera pars da medida liminar para sustar quaisquer atos das
licitações cujo objeto atenderão às despesas objeto desta ação popular, bem como a
sustação de qualquer ato que se digne a pagar tais despesas com recursos públicos; 
b) a citação do réu, nos prazos e termos do inciso IV do art. 7.º da Lei n.º 4.717, de
1965, com cópia da presente, bem como documentos acostados; 
c) a oitiva do Ministério Público Federal; 
d) a intimação da União, para, querendo, assim se manifestar, forte no § 3.º do art. 6.º
da Lei n.º 4.717, de 1965; 
e) seja julgado procedente o pedido para anular quaisquer atos administrativos
tomados pelo demandado na presente ação visando às despesas objeto da presente
ação popular, bem como, caso já tenha havido alguma despesa, o ressarcimento por
parte do réu, com comunicação ao Ministério Público para as devidas ações penais e
de improbidade que entender pertinentes; 
f) A condenação do Réu na sucumbência, a ser fixada por Vossa Excelência, nos
termos do art. 12 da Lei n.º 4.717, de 1965, bem como nas custas.
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, em especial a prova
documental, testemunhal e depoimento pessoal.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Local e data
Advogado... / OAB/UF n.º...
PRÁTICA SIMULADA V - CCJ0049
Semana Aula: 7
EXCELENTISSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL.
CONFEDERAÇÃO NACIONAL DE COMÉRCIO, inscrita no CNPJ
nº..., com sede na rua..., bairro..., cidade..., estado..., representada por seu
Presidente..., por seu advogado com poderes especiais, conforme procuração em
anexo, em cumprimento ao disposto no Art.3º, parágrafo único da lei 9868/99, com
endereço profissional na rua..., bairro, cidade, estado, onde recebera as intimações
(art. 39, I, CPC), vem com fulcro no Art. 103 da CF e Art.1º da lei 9868/99, propor
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO
CAUTELAR
pelo rito especial da Lei nº 9.868/99, em face NORMA Nº..., tendo como
responsáveis pela aprovação e promulgação do ato impugnado o GOVERNADOR
DO ESTADO KWY e ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO KWY
esperando que seja recebida e, seguindo as formalidades de estilo do Regimento
Interno do STF, seja distribuído em conformidade com seu artigo 66, e ao final
declarada a inconstitucionalidade do referido dispositivo, pelos fatos e fundamentos a
seguir:
 DA LEGITIMIDADE 
A legitimidade ativa da Confederação Nacional do Comércio para a
propositura da presente encontra assento artigo 103, IX, CRFB/88 e artigo 2º, IX, da
Lei nº 9.868/99, salientando-se que esta confederação demonstra possuir pertinência
temática ao caso, considerando que se trata de direito a propriedade privada e livre
iniciativa no exercício de atividade de toda categoria do comércio, direito esse que
não pode ser exercido em razão da edição da norma questionada.
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Na forma do artigo 102, I, a, CRFB/88 é de competência originária do
STF o processamento e julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade de lei ou
ato normativo federal ou estadual.
Ressalta-se que trata-se de norma editada pelo Estado KWY, uma vez
aprovado pela a Assembleia Legislativa vem gerando efeitos sobre os
estabelecimentos comerciais do estado, razão pela qual, dúvida não há quanto a
competência originária do STF na presente ação.
DO CABIMENTO DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Como cediço, é cabível ação direta de inconstitucionalidade contra lei
ou ato normativo estadual ou federal contrário à Constituição da República (artigo
102, I, “a”), abrangendo tanto vícios formais, quanto vícios materiais. 
No caso sob exame, convém ainda registrar que se trata de Diploma
Legislativo posterior à promulgação da Constituição Federal, razão pela qual resta
atendido o princípio da contemporaneidade entre o ato atacado e o parâmetro
constitucional indicado. 
Deste modo, não há dúvida em relação à adequação da via eleita pelo
Requerente.
DOS FATOS E FUNDAMENTOS
O estado KWY editou ato normativo determinando que os
estabelecimentos comerciais como supermercados, hipermercados, shopping center,
ficam impedidos de cobrar pelo estacionamento, sob pena de multa e gradação nas
punições administrativas.
Verificando a edição da norma que determina a gratuidade do
estacionamentos privados vinculados aos estabelecimentos comerciais acima
mencionados, a Confederação Nacional do Comércio evidenciou a pertinência
temática para propositura da presente ação, já que a violação ao fundamentos
constitucionais com a edição de tal norma atinge a categoria do Comércio, sendo a
requerente parte legitima para a propositura da referida ação, conforme disposto pelo
Art. 108, inciso IX da CF.
De acordo com o Art.22, inciso I da CF, compete originariamente à
UNIÂO legislar sobre direito civil, sendo certo que a edição da norma pelo Estado
viola a competência legislativa, pois interfere diretamente no direito de propriedade
privada, resguardada pelo Art.5º, inciso XXII da CF.
Não restam dúvidas de que ao determinar a gratuidade do
estacionamentos o ato normativo adentra no direito de propriedade, e portanto, o
fundamento constitucional para a propositura da ADI encontra assento na invasão de
competência paralegislar sobre matéria devida à União.
Ademais o Art. 170 da CF, estabelece que a todos é dado o direito de
exercer atividade econômica, sendo princípio constitucional à livre iniciativa ao
trabalho e a atividade econômica. Logo qualquer norma que retire do indivíduo sem
justo motivo o exercício de iniciativa viola norma constitucional, o que deve ser
revisto por este Egrégio Tribunal.
Nese sentido segue jurisprudência:
DIREITO CONSTITUCIONAL E CIVIL. AÇÃO
DIRETA DA INCONSTITUCIONALIDADE DA
EXPRESSÃO "OU PARTICULARES" CONSTANTE
DO ART. 1º DA LEI Nº 2.702, DE 04/04/2001, DO
DISTRITO FEDERAL, DESTE TEOR: "FICA
PROIBIDA A COBRANÇA, SOB QUALQUER
PRETEXTO, PELA UTILIZAÇÃO DE
ESTACIONAMENTO DE VEÍCULOS EM ÁREAS
PERTENCENTES A INSTITUIÇÕES DE ENSINO
FUNDAMENTAL, MÉDIO E SUPERIOR, PÚBLICAS
OU PARTICULARES". ALEGAÇÃO DE QUE SUA
INCLUSÃO, NO TEXTO, IMPLICA VIOLAÇÃO ÀS
NORMAS DOS ARTIGOS 22, I, 5º, XXII, XXIV e LIV,
DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. QUESTÃO
PRELIMINAR SUSCITADA PELA CÂMARA
LEGISLATIVA DO DISTRITO FEDERAL: a) DE
DESCABIMENTO DA ADI, POR TER CARÁTER
MUNICIPAL A LEI EM QUESTÃO; b) DE
ILEGITIMIDADE PASSIVA "AD CAUSAM". 1. Não
procede a preliminar de descabimento da ADI sob a
alegação de ter o ato normativo impugnado natureza de
direito municipal. Argüição idêntica já foi repelida por
esta Corte, na ADIMC nº 1.472-2, e na qual se impugnava
o art. 1º da Lei Distrital nº 1.094, de 31 de maio de 1996.
2. Não colhe, igualmente, a alegação de ilegitimidade
passiva "ad causam", pois a Câmara Distrital, como
órgão, de que emanou o ato normativo impugnado, deve
prestar informações no processo da A.D.I., nos termos
dos artigos 6º e 10 da Lei nº 9.868, de 10.11.1999. 3. Não
compete ao Distrito Federal, mas, sim, à União legislar
sobre Direito Civil, como, por exemplo, cobrança de
preço de estacionamento de veículos em áreas
pertencentes a instituições particulares de ensino
fundamental, médio e superior, matéria que envolve,
também, direito decorrente de propriedade. 4. Ação
Direta julgada procedente, com a declaração de
inconstitucionalidade da expressão "ou particulares",
contida no art. 1º da Lei nº 2.702, de 04.4.2001, do
Distrito Federal. (STF - ADI: 2448 DF , Relator: Min.
SYDNEY SANCHES, Data de Julgamento: 23/04/2003,
Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJ 13-06-2003 PP-
00008 EMENT VOL-02114-02 PP-00299)
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE.
LEI ESTADUAL. ESTACIONAMENTO EM LOCAIS
PRIVADOS. COBRANÇA. IMPOSSIBILIDADE.
OFENSA AO ART. 22, I DA CONSTITUIÇÃO. Esta
Corte, em diversas ocasiões, firmou entendimento no
sentido de que invade a competência da União para
legislar sobre direito civil (art. 22, I da CF/88) a norma
estadual que veda a cobrança de qualquer quantia ao
usuário pela utilização de estabelecimento em local
privado (ADI 1.918, rel. min. Maurício Corrêa; ADI
2.448, rel. Min. Sydney Sanches; ADI 1.472, rel. min.
Ilmar Galvão). Ação direta de inconstitucionalidade
julgada procedente. (STF - ADI: 1623 RJ , Relator: Min.
JOAQUIM BARBOSA, Data de Julgamento: 17/03/2011,
Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-072 DIVULG
14-04-2011 PUBLIC 15-04-2011 EMENT VOL-02504-
01 PP-00011)
O Professor José Afonso da Silva, em seu curso de Direito Constitucional 
Positivo ensina:
“a liberdade de iniciativa envolve a liberdade de indústria
e comércio ou liberdade de empresa e a liberdade de
contrato.”
Portanto, deve ser declarada a inconstitucionalidade da norma, com
efeitos ex tunc, sendo consequência lógica do Estado Democrático do Direito,
alicerçado na Supremacia da Constituição, não merecendo, portanto, por todos os
motivos expostos a modulação dos efeitos da decisão que de deseja.
DA CONCESSÃO DA MEDIDA CAUTELAR
No caso em questão, presentes estão os requisitos para a concessão da
medida, conforme preceitua o Art.10 da lei 9868/99.
O fumus boni iuris reside no fato de que o ato normativo interfere
diretamente no direito à propriedade privada, violando competência privativa da
União.
O periculum in mora pode ser constatado no perigo iminente de aplicação
de multa e gradação administrativa da punição pelo órgão fiscalizador, bem como, no
prejuízo monetário aos estabelecimentos comerciais que sejam sujeitos à lei.
DOS PEDIDOS
Diante do exposto, requer à Vossa Excelência:
1) a concessão da medida Cautelar suspender o ato normativo nº..., editado pelo
estado KWY, até o julgamento em definitivo da presente ação;
2) a notificação do governador do Estado KWY e da Câmara do Estado KWY, para
que prestem informações na forma do artigo 6º e parágrafo único, da Lei nº 9.868/99;
3) a oitiva do Advogado-Geral da União para a defesa da norma;
4) a oitiva do Procurador-Geral da República; 
5) a procedência do pedido com a declaração de inconstitucionalidade da norma nº...
com efeitos ex tunc, erga omnes e vinculante;
DAS PROVAS
Requer a produção de todas as provas admitidas em direito na forma do
artigo 3º, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 
Nestes termos, pede deferimento.
Local..., data...
Advogado...
OAB/UF n.º...
PRÁTICA SIMULADA V - CCJ0049
Semana Aula: 8
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
 PARTIDO POLÍTICO, com representação no
Congresso Nacional, por seu Presidente..., CNPJ nº..., com sede na..., bairro...,
cidade..., por seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na..., bairro...,
cidade..., endereço que indica para fins do artigo 106, do CPC/2015, devidamente
constituído, conforme procuração com poderes especiais em anexo (Lei nº 9.868/99),
vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 102, I, a; 103,
VIII; da CRFB/88, propor
AÇÃO DECLARATÓRIA DE CONSTITUCIONALIDADE COM PEDIDO
CAUTELAR
pelo rito especial da Lei nº 9.868/99, em defesa da LEI COMPLEMENTAR
135/2010, conforme especificará ao longo desta petição, nos termos e motivos que
passa a expor, esperando que seja recebida e seguindo as formalidades de estilo do
Regimento Interno do STF, seja distribuída, e ao final declarada a constitucionalidade
da referida lei.
DA LEGITIMIDADE 
A legitimidade ativa do partido político para a propositura da presente
encontra assento no artigo 103, VIII, da CRFB/88, e conforme pacificado por esta
corte, segundo o Ministro Celso de Mello, independe de pertinência temática “... os
partidos políticos tem legitimidade para ajuizamento de ação direta de
inconstitucionalidade, independentemente da matéria versada na norma atacada” “O
reconhecimento da legitimidade ativa das agremiações partidárias para a instauração
de controle normativo abstrato, sem as restrições decorrentes do vinculo de
pertinência, constitui natural derivação da própria natureza e dos fins institucionais,
que justificam a existência em nosso sistema normativo, dos partidos políticos.” (STF
– ADI 1396). Portanto, o Requerente por ser considerado Autor Neutro e Universal
encontra-se dispensado de demonstrar Pertinência Temática.
DA COMPETÊNCIA 
Na forma do artigo 102, I, “a”, CRFB/88 é de competência originária
do STF o processamento e julgamento da Ação Declaratória de Constitucionalidade
de lei ou ato normativo federal.
DO CABIMENTO 
Cabe demonstrar a controvérsia judicial sobre a aplicação da norma,
uma vez que a ação declaratória de constitucionalidade visa resguardar a ordem
jurídica constitucional, de modo a afastar o estado de incerteza ou insegurança
jurídica sobre a constitucionalidade de lei ou ato normativo federal, nos termos do
artigo 14, III, da Lei nº 9.868/994 e artigo 102, I, “a”, da CRFB/88.
Assim,cumpre salientar que alguns tribunais têm afastado a aplicação
da Lei Complementar 135/2010 à atos ocorridos anteriormente a existência da citada
lei, por reputá-la inconstitucional, supostamente em virtude de afronta ao principio da
segurança jurídica e da irretroatividade da lei mais gravosa.
 
DOS FATOS E FUNDAMENTOS
Inicialmente cabe salientar a existência da Lei complementar 135, de
junho de 2010 que versa sobre a questão de inelegibilidades infraconstitucionais, na
forma do disposto no art. 14, § 9º da CRFB/88, sendo prevista sua aplicação até
mesmo quando se estiver diante de fatos ocorridos antes do advento do referido
diploma legal, sem que isso cause qualquer prejuízo ao principio da irretroatividade
das leis e da segurança jurídica. 
Permita-nos trazer à baila informações sobre a citada lei complementar:
Lei Complementar nº 135, de 04 de junho de 2010. Altera
a Lei Complementar nº 064, de 18 de maio de 1990, que
estabelece, de acordo com o § 9º do artigo 014 da
Constituição Federal, casos de inelegibilidade,
prazos de cessação e determina outras providências,
para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a
proteger a probidade administrativa e a moralidade
no exercício do mandato.
Diante da vigencia da lei, tornou-se possível se afirmar a existência de
controvérsia judicial relevante sobre a aplicação da citada lei, apresentando-se
divergência nos Tribuanis Eleitorais sobre a aplicação dos dispositivos trazidos pela
Lei Complementar 135/2010 a fatos que tenham ocorrido antes do advento do novel
diploma de inelegibilidades.
Cabe, esclarecer que o TRE de Sergipe, adotou entendimento segundo o
qual a lei consitui ofensa aos principios da irretroatividade da lei mais gravosa e da
segurança jurídica (julgado na integra em anexo), já o TRE de Minas Gerais optou por
adotar o entendimento do TSE, segundo o qual a Lei Complementar se aplica às
condenações anteriores (julgado na integra em anexo). 
Portanto, havendo controvérsia sobre a possibilidade de aplicação das
hipoteses de inelegibilidade instituidas pela Lei Complementar 135/2010, a atos
jurídicos que tenham ocorrido antes do advento do diploma legal, o partido político,
nasceu o temor de que surjam questionamentos dos candidatos que vierem a ser
impugnados nas eleições de 20xx, sobre a consittucionalidade da aplicação da referida
lei, já que a indefenição da questão pode causar grave insegurança jurídica nas
eleições vindouras, e assim, o que se pretende com a presente ação e que haja
pronunciamento do Excelso Tribunal sobre o tema, e para tanto pretende demonstrar
que a aplicação dos dispositivos da lei a situações ocorridas antes da existência desta
não ofende o dispositivo nos incisos XXXVI e XL, do artigo 5º, da CRFB.
De início, no mérito, cabe ponderar a razoabilidade da expectativa de
um indivíduo de concorrer a cargo público eletivo, à luz da exigência constitucional
de moralidade para o exercício do mandato (artigo 14, § 9º, CRFB/88), resta afastada
em face da condenação prolatada em segunda instância ou por um colegiado no
exercício da competência de foro por prerrogativa de função, da rejeição de contas
públicas, da perda de cargo público ou do impedimento do exercício de profissão por
violação de dever ético-profissional.
Assim, não é plausível a tese de ofensa ao princípio da segurança
jurídica, posto que nenhum cidadão tem o direito inato e inalienável a se candidatar.
Todo e qualquer pedido de registro de candidatura deve passar pelo crivo da Justiça,
sendo que aquele momento em que é formalizado o pedido de registro é o marco
temporal para a aferição da capacidade eleitoral passiva.
Ademais, quanto a presunção de inocência consagrada no art. 5º, LVII,
da Constituição Federal, esta deve ser reconhecida como uma regra e interpretada
com o recurso da metodologia análoga a uma redução teleológica, que reaproxime o
enunciado normativo da sua própria literalidade, de modo a reconduzi-la aos efeitos
próprios da condenação criminal, sob pena de frustrar o propósito moralizante do art.
14, § 9º, da Constituição Federal.
Acrescente-se aos argumentos que o direito político passivo (ius
honorum) é possível de ser restringido pela lei, nas hipóteses que, in casu, não podem
ser consideradas arbitrárias, porquanto se adequam à exigência constitucional da
razoabilidade. No caso em tela, o princípio da proporcionalidade resta prestigiado
pela Lei Complementar nº 135/10, na medida em que: (i) atende aos fins
moralizadores a que se destina; (ii) estabelece requisitos qualificados de
inelegibilidade e (iii) impõe sacrifício à liberdade individual de candidatar-se a cargo
público eletivo que não supera os benefícios socialmente desejados em termos de
moralidade e probidade para o exercício de referido munus publico.
Assim, o exercício do ius honorum (direito de concorrer a cargos
eletivos), em um juízo de ponderação no caso das inelegibilidades previstas na Lei
Complementar nº 135/10, opõe-se à própria democracia, que pressupõe a fidelidade
política da atuação dos representantes populares.
Portanto, a Lei Complementar nº 135/10 também não fere o núcleo
essencial dos direitos políticos, na medida em que estabelece restrições temporárias
aos direitos políticos passivos.
Neste sentido segue a jurisprudência:
ADC nº 29: Ações declaratórias de constitucionalidade
cujos pedidos se julgam procedentes, mediante a
declaração de constitucionalidade das hipóteses de
inelegibilidade instituídas pelas alíneas “c”, “d”, “f”, “g”,
“h”, “j”, “m”, “n”, “o”, “p” e “q” do art. 1º, inciso I, da
Lei Complementar nº 64/90, introduzidas pela Lei
Complementar nº 135/10, vencido o Relator em parte
mínima, naquilo em que, em interpretação conforme a
Constituição, admitia a subtração, do prazo de 8 (oito)
anos de inelegibilidade posteriores ao cumprimento da
pena, do prazo de inelegibilidade decorrido entre a
condenação e o seu trânsito em julgado.Inaplicabilidade
das hipóteses de inelegibilidade às eleições de 2010 e
anteriores, bem como para os mandatos em curso, à luz
do disposto no art. 16 da Constituição. Precedente: RE
633.703, Rel. Min. GILMAR MENDES (repercussão
geral). PREVENÇÃO - ADI 4578.
Por fim, cabe salientar que a inelegibilidade tem as suas causas
previstas nos §§ 4º a 9º do artigo 14 da Carta Magna de 1988, que se traduzem em
condições objetivas cuja verificação impede o indivíduo de concorrer a cargos
eletivos ou, acaso eleito, de os exercer, e não se confunde com a suspensão ou perda
dos direitos políticos, cujas hipóteses são previstas no artigo 15 da Constituição da
República, e que importa restrição não apenas ao direito de concorrer a cargos
eletivos.
Diante das considerações acima, Lei Complementar nº 135/10 é
constitucional, uma vez que adota medidas necessárias, adequadas e proporcionais,
atendendo aos fins moralizadores a que se destina.
 
DA CONCESSÃO DA MEDIDA CAUTELAR
Torna-se imprescindível, in casu, a concessão de medida cautelar
inaudita altera pars (com fulcro no artigo 21, da Lei Federal nº 9.868/99), para que
seja declarada a aplicabilidade das hipóteses de inelegibilidade previstas na lei objeto
da presente ação. O fumus boni iuris reside nas razões expendidas, que demonstram a
discussão acerca da Lei Complementar. O periculum in mora surge em perfunctória
análise. Trata-se de aplicação de norma que diz respeito a cidadania, sendo que sua
aplicação exige segurança e certeza, deforma a evitar divergências e descredito a Lei
Complementar 135/2010.
DO PEDIDO
Diante do exposto, requer à Vossa Excelência:
1) a CONCESSÃO DA MEDIDA CAUTELAR para, liminarmente, suspender os
efeitos de quaisquer decisões que, diretaou indiretamente, neguem vigência à lei
Complementar 135/2010 por considerá-la inconstitucional, até o julgamento em
definitivo da presente ação;
2) a oitiva do Procurador-Geral da República; 
3) que sejam solicitadas informações as autoridades competentes;
4) a procedência do pedido com a declaração de constitucionalidade da Lei
Complementar 135/2010, no que tange a sua aplicação à fatos ocorridos anteriores a
sua existência, com efeitos ex tunc, erga omnes e vinculante.
DAS PROVAS
Requerer a produção das provas admitidas em direito na forma do
artigo 14º, parágrafo único, da Lei 9.868/99, em especial documental (em anexo cópia
das decisões judiciais).
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ .... (valor por extenso) artigo 291, do
CPC/2015.
Nestes termos, pede deferimento.
Local..., data...
Advogado...
OAB/UF n.º...
PRÁTICA SIMULADA V - CCJ0049
Semana Aula: 9
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR MINISTRO PRESIDENTE DO
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL 
PARTIDO PROGRESSISTA, com representação no Congresso Nacional,
representado por seu Presidente..., CNPJ nº..., com sede na..., bairro..., cidade..., por
seu advogado infra-assinado, com endereço profissional na..., bairro..., cidade...,
endereço que indica para fins do artigo 106, do CPC/2015, devidamente constituído,
conforme procuração com poderes especiais em anexo (Lei nº 9.868/99), vem,
respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 103, § 2º, da
CRFB/88, sendo também disciplinada nos artigos 12-A a 12-H da Lei nº 9.868/99,
alterada pela Lei nº 12.063/2009 que acrescentou à lei nº 9.868, de 10 de novembro de
1999, o Capítulo II-A, propor
AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE POR OMISSÃO
com base no artigo 103, §2º, da CRFB/88 e na Lei nº 9.868/99, por omissão do
EXMO. SR. GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA em face do
descumprimento e da falta de emissão de norma regulamentadora do disposto no
artigo 37, X, , da Constituição Federal, esperando que seja recebida e seguindo as
formalidades de estilo, seja distribuída e ao final declarada a mora do Poder
competente, que inviabiliza a aplicação da norma constitucional, conforme será
demonstrado ao longo da presente petição, nos termos e motivos que passa a expor. 
 DA LEGITIMIDADE 
A legitimidade ativa do partido político para a propositura da presente
encontra assento no artigo 103, VIII, da CRFB/88, e conforme pacificado por esta
corte, segundo o Ministro Celso de Mello, independe de pertinência temática “... os
partidos políticos tem legitimidade para ajuizamento de ação direta de
inconstitucionalidade, independentemente da matéria versada na norma atacada” “O
reconhecimento da legitimidade ativa das agremiações partidárias para a instauração
de controle normativo abstrato, sem as restrições decorrentes do vinculo de
pertinência, constitui natural derivação da própria natureza e dos fins institucionais,
que justificam a existência em nosso sistema normativo, dos partidos políticos.” (STF
– ADI 1396). Portanto, o Requerente por ser considerado Autor Neutro e Universal
encontra-se dispensado de demonstrar Pertinência Temática.
DA COMPETÊNCIA ORIGINÁRIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL
Na forma do artigo 102, I, “a”, CRFB/88 é de competência originária
do STF o processamento e julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por
Omissão. É certo que frente a omissão legislativa federal que se discute no caso em
questão, a competência originária do Supremo Tribunal Federal resta evidenciada.
DO CABIMENTO 
A competência legislativa dos Órgãos Estatais é um poder-dever,
porquanto o princípio fundamental do Estado de Direito Republicano exige que o
poder político deve ser exercido para a realização não de interesses particulares, mas
do bem comum do povo (res publica). 
Segue-se daí que toda competência dos órgãos públicos, em lugar de
simples faculdade ou direito subjetivo, representa incontestavelmente um poder-
dever. 
Assim, ao dispor a Constituição da República que o Legislativo, o
Executivo e o Judiciário são “Poderes da União, independentes e harmônicos entre
si” (artigo 2°), reforça o princípio que se acaba de lembrar, pois quando os órgãos
estatais constitucionalmente dotados de competência exclusiva deixam de exercer
seus poderes-deveres, o Estado de Direito desaparece.
Sabe-se ser imprescindível, para o cabimento da ação direta de
inconstitucionalidade por omissão a existência de um direito previsto na Constituição
Federal que não possa ser exercido por ausência de lei especifica e, no caso em tela,
tal direito, pode ser encontrado no artigo 37, X da CRFB/1988.
DOS FATOS E FUNDAMENTOS
Trata-se de ação declaratória de inconstitucionalidade por omissão,
proposta pelo Partido Progressista com representação no Congresso Nacional,
considerando o descumprimento e da falta de emissão de norma regulamentadora do
disposto no artigo 37, X, da Constituição Federal, o qual prevê a revisão geral anual
dos servidores públicos, na mesma data e com índices idênticos, para reajuste anual
dos servidores públicos do Estado de Santa Catarina.
É nítida a omissão do Governador do Estado de Santa Catarina, do
dever de encaminhar ao Poder Legislativo projeto de lei que regulamente a revisão
geral anual, na mesma data e sem distinção de índices, da remuneração dos servidores
públicos dessa unidade da Federação, conforme o disposto no art. 37, X, da
Constituição Federal.
Cabe salientar que a última revisão remuneratória ocorrida nesse
Estado-membro se deu com a edição da Lei xxx, de 10/10/2003, assim os servidores
acumulam, desde então, sucessivas perdas salariais geradas pela inflação, e mesmo
após decorrido todo esse tempo, não há qualquer sinal de que o Executivo Estadual
pretenda cumprir o ditame ora destacado. 
Assim, configurado o comportamento omissivo do Chefe do Poder
Executivo catarinense, corroborado tanto pelos reajustes pontuais concedidos a
determinadas carreiras estaduais como pela ausência, nas leis orçamentárias dos
últimos anos, de dotações visando restituir as perdas salariais dos servidores, pretende
a presente ação para ver declarada a omissão, tendo em vista a inexistência de norma
regulamentadora do art. 37, X, da Carta Magna, pretendendo-se também o
estabelecimento do prazo de trinta dias para que o Exmo. Sr. Governador do Estado
de Santa Catarina encaminhe ao Poder Legislativo projeto de lei específico, destinado
a fixar ou manter a periodicidade máxima de 12 meses para reajuste dos vencimentos.
Considerando os fatos acima expedidos, é nítido o direito que ora se
pleiteia, dado o caráter obrigatório da revisão geral anual prevista no inc. X, do artigo
37, da CF/88, sendo certo que deve ser fixado um prazo razoável para que o
Governador proponha a lei reclamada, prazo este de acordo com art. 103, § 2º, da Lei
Maior, ou ao menos qualquer outro prazo razoável que faça respeitar as garantias
constitucionais dos servidores públicos catarinenses.
 Não restam dúvidas o direito a revisão geral anual dos índices de
remuneração e subsídios dos servidores públicos estaduais, sendo esse direito um
fortalecer da Garantia de irredutibilidade, sendo certo que a mora do Poder Executivo
em propor a lei revisora para cargos, funções ou empregos públicos na administração
direta e autárquica, vem gerando sérios prejuízos aos servidores, violando de forma
clara a garantia de irredutibilidade, pois o texto Constitucional assegura a anualidade
e a igualdade de condições de todos os servidores, sem distinção, devendo ocorrer por
intermédio de lei específica, sob pena de violar o princípio constitucional da
igualdade (artigo 5º da CRFB/88). 
“CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO -

Outros materiais