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OAB - Direito empresarial - aulas 13 a 20

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OAB
Direito Empresarial
Aula 13
Propriedade Industrial – Lei 9.79/96
Bens da propriedade industrial: a lei 9.279/96 define quais são bens que compõem a propriedade industrial, são eles: i) invenção; ii) modelo de utilidade; iii) desenho industrial (design) e (iv) marca. 
Tais bens necessitam de proteção, a qual é conferido pelo INPI (instituto nacional da propriedade industrial), uma autarquia federal com sede no Rio de Janeiro-RJ. Apenas a título de curiosidade, nas ações em que o INPI figurar como parte, a demanda deverá tramita na Justiça Federal.
A proteção da propriedade industrial
Os bens da propriedade industrial são protegidos por instrumento diferenciados, quais sejam a patente ou registro
A patente garante a proteção da invenção e do modelo de utilidade a qual é documentada por meio da carta-patente.
Já o registro garante a proteção do desenho industrial (design) e da marca, o qual é documentado por meio do certificado.
A patente ou o pedido de patente poderá ser cedido, desde que atendidos os requisitos da lei. 
Igualmente ocorro com o registro e o seu respectivo pedido que poderão ser cedidos. Neste caso, a cessão devera compreender todos os registro ou pedidos, em nome do cedente, de marcas iguais ou semelhantes, relativos a produto ou serviço idêntico, semelhante ou afim, sob pena de cancelamento do registro ou arquivamento dos pedidos não cedido.
Prazos da patente e do registro
Invenção: a proteção ocorre por meio de patente. O prazo de duração da patente é de 20 anos, contados da data do deposito do pedido ou 10 anos da data da concessão da patente. Considerando neste caso, o que ocorrer por último. Tal prazo não admite a prorrogação e uma vez cessão, a invenção cai em domínio público e perde proteção.
 Modelo de utilidade: a proteção também ocorre por meio de patente. O prazo de duração da patente é de 15 anos, contados da data do deposito do pedido ou 7 anos da data da concessão da patente. Considerando neste caso, o que ocorrer por último. Tal prazo não admite prorrogação e uma vez cessado, o modelo de utilidade cai em domínio publico e perde a proteção.
Desenho industrial (design): a proteção corre por meio de registro. O prazo de duração do registro é de 10 anos, sempre contados da data do deposito do pedido. Tal prazo admite 3 prorrogações sucessivas de 5 anos cada. 
Marca: a proteção ocorre por meio de registro. O prazo de duração do registro é de 10 anos, contados da data da concessão do registro. Tal prazo admite inúmeras e infinitas prorrogações sucessivas por igual prazo.
O pedido de prorrogação devera ser formulado durante o último ano de vigência do registro, instruído com o comprovante do pagamento da respectiva retribuição. 
Requisitos para a concessão da patente
Novidade: uma invenção ou modelo de utilidade atendem ao requisito da novidade quando é desconhecida dos cientistas ou pesquisados especializados. Segundo a lei, há novidade quando a invenção ou o modelo de utilidade não estão compreendido no estado da técnica, nos termos do art. 11. Da Lei 9.279/96
Atividade inventiva: para ser patenteável há a necessidade de que a invenção ou modelo de utilidade não decorram de obviedade do estado da técnica, ou seja, o inventor deve ter chegado ao resultado por criativo seu, conforme preveem os arts. 13 e 14, da Lei 9279/96.
Industriabilidade (aplicação industrial): há a necessidade de que o invento possa ser produzido pela indústria já existente, nos termos do art. 15 da Lei 9279/96
Desimpedimento (licitude): não serão patenteáveis a s invenções e modelos de utilidade que são proibidas por lei. O art. 18 da Lei 9279/96 traz os inventos que não soa passiveis de serem patenteados: 
Art. 18. Não são patenteáveis:
I - o que for contrário à moral, aos bons costumes e à segurança, à ordem e à saúde públicas;
II - as substâncias, matérias, misturas, elementos ou produtos de qualquer espécie, bem como a modificação de suas propriedades físico-químicas e os respectivos processos de obtenção ou modificação, quando resultantes de transformação do núcleo atômico; e
III - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismos transgênicos que atendam aos três requisitos de patenteabilidade - novidade, atividade inventiva e aplicação industrial - previstos no art. 8º e que não sejam mera descoberta.
Parágrafo único. Para os fins desta Lei, microorganismos transgênicos são organismos, exceto o todo ou parte de plantas ou de animais, que expressem, mediante intervenção humana direta em sua composição genética, uma característica normalmente não alcançável pela espécie em condições naturais
Requisitos para a concessão do registro do desenho
a) Novidade: o desenho é novo quando não compreendido no estado da técnica. O estado da técnica é composto por tudo aquilo que foi divulgado, por qualquer meio, até a data do deposito do pedido de registro, bem como o desenho depositado no INPI, mas ainda não publicado. 
b) Originalidade: apresentação de uma configuração visual distintiva em relação a objetos anteriores, sem que tenha aumentado sua utilidade
c) Desimpedimento: a lei impede o registro alguns tipos de desenhos industriais, tais como aqueles com natureza puramente artista, que ofendam a moral, os bons costumes, a honra ou imagem das pessoas. 
Que atentem contra a liberdade de consciência, crença, culto religioso, ou contra ideias ou sentimentos dignos de respeito e veneração. Apresenta forma necessária, comum, vulgar ou determinada essencialmente por considerações técnicas ou funcionais. 
Requisitos para a concessão do registro da marca
a) Novidade relativa: exige-se a novidade para que a marca cumpra sua finalidade de identificação de determinado produto. Não se exige a novidade absoluta. Em regra, a proteção ocorre no segmento em que atua o empresário. Esta proteção dentro do amo de atividade decorre do “princípio da especificidade” que objetiva evitar a confusão do consumidor. Exceção ao principio da especificidade é a marca de alto renome cuja proteção se estende a todos os ramos da atividade, nos termos do art. 125.
b) Não colidencia com marca notoriamente conhecida: a ideia é evitar a utilização da marca por aquele que não a detenha, mesmo que tal marca não tenha sido registrada no Brasil. O grande objetivo é evitar a confusão do consumidor. 
c) Desimpedimento: a lei traz um rol muito extenso de impedimentos ao registro de marca no art. 124, destacando-se: brasão e bandeiras oficiais, letras, algarismo, e datas, salvo se revestidos de suficiente forma distintiva; indicações geográficas. 
Aula 14
Recuperação judicial e falência – Lei 11.101/2005
Abrangência da Lei 11.101/2005
· A lei de falências possibilita a decretação da falência ou a recuperação do empresário, denominado pela lei como devedor. 
· Ao se referir a empresário, tanto os empresários individuais como as sociedades empresárias estão abrangidas.
· Alguns tipos de empresários estão excluído das disposições da Lei 11.101/2005
Art. 2º Esta Lei não se aplica a:
I – empresa pública e sociedade de economia mista;
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
Competência para processamento da recuperação e da falência
Nos termos do art. 3° é competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenhas sede fora do Brasil. O principal estabelecimento (onde há o maior volume de negócios).
suspensão da prescrição e das ações e execuções movida em face do devedor (empresário)
Nos termos do art. 6° da Lei 11.101/2005
Art. 6º A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive aquelas dos credores particulares do sócio solidário.§ 1º Terá prosseguimento no juízo no qual estiver se processando a ação que demandar quantia ilíquida.
§ 2º É permitido pleitear, perante o administrador judicial, habilitação, exclusão ou modificação de créditos derivados da relação de trabalho, mas as ações de natureza trabalhista, inclusive as impugnações a que se refere o art. 8º desta Lei, serão processadas perante a justiça especializada até a apuração do respectivo crédito, que será inscrito no quadro-geral de credores pelo valor determinado em sentença.
§ 3º O juiz competente para as ações referidas nos §§ 1º e 2º deste artigo poderá determinar a reserva da importância que estimar devida na recuperação judicial ou na falência, e, uma vez reconhecido líquido o direito, será o crédito incluído na classe própria.
§ 4º Na recuperação judicial, a suspensão de que trata o caput deste artigo em hipótese nenhuma excederá o prazo improrrogável de 180 (cento e oitenta) dias contado do deferimento do processamento da recuperação, restabelecendo-se, após o decurso do prazo, o direito dos credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções, independentemente de pronunciamento judicial.
§ 5º Aplica-se o disposto no § 2º deste artigo à recuperação judicial durante o período de suspensão de que trata o § 4º deste artigo, mas, após o fim da suspensão, as execuções trabalhistas poderão ser normalmente concluídas, ainda que o crédito já esteja inscrito no quadro-geral de credores.
§ 6º Independentemente da verificação periódica perante os cartórios de distribuição, as ações que venham a ser propostas contra o devedor deverão ser comunicadas ao juízo da falência ou da recuperação judicial:
I – pelo juiz competente, quando do recebimento da petição inicial;
II – pelo devedor, imediatamente após a citação.
§ 7º As execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do Código Tributário Nacional e da legislação ordinária específica.
§ 8º A distribuição do pedido de falência ou de recuperação judicial previne a jurisdição para qualquer outro pedido de recuperação judicial ou de falência, relativo ao mesmo devedor.
 Não são suspensas as ações que demandem quantia liquida, e as ações trabalhistas, já que o prosseguimento das ações, por si so, não levara a redução do patrimônio. Neste caso, após o trânsito em julgado, não haverá prosseguimento da execução nos respectivos juízos, devendo os credores habilitarem seus créditos no processo de falência.
Na mesma linha de raciocínio, prevê a lei 11.101/2005 que as execuções de natureza fiscal não são suspensas pelo deferimento da recuperação judicial, ressalvada a concessão de parcelamento nos termos do CTN e da legislação ordinária específica. 
Por fim, prevê o §4 º do art. 6º que na recuperação judicial, a suspensão acima referida, em hipóteses nenhuma excedera o prazo improrrogável de 180 dias contado do deferimento do processamento da recuperação, restabelecendo-se após o decurso do prazo, o direitos do credores de iniciar ou continuar suas ações e execuções independentemente de pronunciamento judicial;
Apesar da clareza o dispositivo legal que fala em hipótese alguma de prorrogação do prazo, o STJ firmou entendimento de que é possível a prorrogação do prazo, a depender do caso concreto e principalmente quando a demora na aprovação do palno não decorre de culpa do empresário. 
Administrador judicial: será profissional idôneo, preferencialmente advogado, economista, administrador de empresas, contador ou pessoa jurídica especializada.
A remuneração do administrador será fixada pelo juiz e não será superior a 5% do valor devido aos credores submetidos a recuperação judicial ou valor de venda dos bens na falência. NO caso de empresas de pequeno porte (EPP) ou microempresa (ME) este percentual não será superior a 2%. 
Salienta-se que o administrador judicial não necessariamente administrará a sociedade empresária falida ou em recuperação. 
COMITE
Também denominado de comitê de credores, não é órgão obrigatório na recuperação ou na falência e será constituído a partir de deliberação dos credores na assembleia geral. 
A composição do comitê é bastante plural, abrangendo todos os tipos de credores. Assim, o comitê será composto por:
Art. 26. O Comitê de Credores será constituído por deliberação de qualquer das classes de credores na assembléia-geral e terá a seguinte composição:
I – 1 (um) representante indicado pela classe de credores trabalhistas, com 2 (dois) suplentes;
II – 1 (um) representante indicado pela classe de credores com direitos reais de garantia ou privilégios especiais, com 2 (dois) suplentes;
III – 1 (um) representante indicado pela classe de credores quirografários e com privilégios gerais, com 2 (dois) suplentes.
IV - 1 (um) representante indicado pela classe de credores representantes de microempresas e empresas de pequeno porte, com 2 (dois) suplentes. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
§ 1º A falta de indicação de representante por quaisquer das classes não prejudicará a constituição do Comitê, que poderá funcionar com número inferior ao previsto no caput deste artigo.
§ 2º O juiz determinará, mediante requerimento subscrito por credores que representem a maioria dos créditos de uma classe, independentemente da realização de assembleia:
I – a nomeação do representante e dos suplentes da respectiva classe ainda não representada no Comitê; ou
II – a substituição do representante ou dos suplentes da respectiva classe.
§ 3º Caberá aos próprios membros do Comitê indicar, entre eles, quem irá presidi-lo.
ASSEMBLEIA GERAL DE CREDORES
Esta assembleia representa a vontade dos credores, razoa pela qual sua importância é bastante grande. Ela será formada pela classe dos credores, assim divididas:
Art. 41. A assembléia-geral será composta pelas seguintes classes de credores:
I – titulares de créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho;
II – titulares de créditos com garantia real;
III – titulares de créditos quirografários, com privilégio especial, com privilégio geral ou subordinados.
IV - titulares de créditos enquadrados como microempresa ou empresa de pequeno porte. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
§ 1º Os titulares de créditos derivados da legislação do trabalho votam com a classe prevista no inciso I do caput deste artigo com o total de seu crédito, independentemente do valor.
§ 2º Os titulares de créditos com garantia real votam com a classe prevista no inciso II do caput deste artigo até o limite do valor do bem gravado e com a classe prevista no inciso III do caput deste artigo pelo restante do valor de seu crédito.
Sem dúvida alguma na recuperação a principal função desta assembleia é deliberar sobre a aprovação ou não do plano de recuperação judicial.
Já na falência, a assembleia poderá deliberar sobre a formação ou ano do comitê de credores, adoção de outras formas de realização do ativo, bem como qualquer outra matéria que interesse aos credores. 
Aula 15
RECUPERAÇÃO JUDICIAL 
Lei 11.101/2005
Objetivo da recuperação: a ideia da recuperação da empresa, seja no âmbito judicial ou extrajudicial é a superação da crise econômica, financeira e patrimonial do empresário, a fim de que suas atividades não sejam encerradas, mantendo-se os postos de trabalho e atendendo os interesses dos credores. 
Resumindo o objetivo é evitar sua falência com o cumprimento de sua função social. Tal ideia vem extraída do chamado “principio da preservação da empresa”.
FASE POSTULATÓRIA
 Inicia-se pela apresentação da petição inicial pelo devedor (aquele que necessita se recuperar), que pode ser empresário individual ou sociedade empresaria) com todos os documentos exigidos por lei (art. 52 da Lei 11.101/2005).
Art. 47. A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, apreservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica.
Art. 48. Poderá requerer recuperação judicial o devedor que, no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de 2 (dois) anos e que atenda aos seguintes requisitos, cumulativamente:
I – não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, as responsabilidades daí decorrentes;
II – não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial;
III - não ter, há menos de 5 (cinco) anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial de que trata a Seção V deste Capítulo; (Redação dada pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
IV – não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos nesta Lei.
§ 1º A recuperação judicial também poderá ser requerida pelo cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente. (Renumerado pela Lei nº 12.873, de 2013)
§ 2º Tratando-se de exercício de atividade rural por pessoa jurídica, admite-se a comprovação do prazo estabelecido no caput deste artigo por meio da Declaração de Informações Econômico-fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ que tenha sido entregue tempestivamente. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013)
A decisão que defere o processamento da recuperação possui alguns: a) nomeação do administrador judicial; b) suspensão pelo prazo de 180 dias de todas as ações e execuções contra o devedor, com exceção das que demandem quantias ilíquidas, ações trabalhistas, execuções fiscais e de credores excluído do plano de recuperação; c) dispensa da apresentação de certidões negativas para que o devedor exerça suas atividades, exceto para contratação com o poder publico ou para recebimento de benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios; d) determinar ao devedor a apresentação de contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial, sob pena de destituição de seus administradores; e) ordenaria a intimação do MP e a comunicação por carta às fazendas publicas federal e de todos os Estados e municípios em que o devedor tiver estabelecimento. 
Ainda se destaca que, com a intimação do devedor a respeito da decisão que autorizou o processamento do pedido de recuperação, inicia-se o prazo de 60 dias para a apresentação do plano de recuperação. Caso o prazo seja descumprido, será decretada a falência do empresário. 
FASE DELIBERATIVA
Nesta fase o principal objetivo é deliberar sobre a aprovação do plano de recuperação judicial, por isso a nomenclatura.
A aprovação do plano de recuperação ocorrera na assembleia dos credores ou por meio de decisão judicial, atendidas certas condições
Nos termos do art. 45 da Lei 11.101/2005 para que o plano seja prova na própria assembleia há a necessidade do atendimento dos seguintes requisitos: a) todas as classes de credores (classe I: trabalhistas e acidentes de trabalho; classe II: com garantia real; classe III: quirografários, privilegio geral e especial, subordinados; classe IV: ME ou EPP) deverão aprovar a proposta; b) nas classes II e II a proposta devera ser aprovada por credores que representem mais da metade do valor total dos créditos presentes A assembleia e, cumulativamente, pela maioria simples dos credores presentes c) nas classes I e IV a proposta devera ser aprovada pela maioria simples dos credores presentes, independentemente do valor de seu credito. 
Salienta-se que nem todos os credores incluídos no plano terão direito a voto, já que o credor que não teve alterado o valor ou as condições originais de pagamento de seu crédito, não poderá votar.
E caso não se consiga atingir as aprovações acima mencionadas, o plano será necessariamente rejeitado? A resposta é negativa, já que o juiz poderá aprová-lo, atendida as seguintes condições cumulativas
§ 1º O juiz poderá conceder a recuperação judicial com base em plano que não obteve aprovação na forma do art. 45 desta Lei, desde que, na mesma assembléia, tenha obtido, de forma cumulativa:
I – o voto favorável de credores que representem mais da metade do valor de todos os créditos presentes à assembléia, independentemente de classes;
II – a aprovação de 2 (duas) das classes de credores nos termos do art. 45 desta Lei ou, caso haja somente 2 (duas) classes com credores votantes, a aprovação de pelo menos 1 (uma) delas;
III – na classe que o houver rejeitado, o voto favorável de mais de 1/3 (um terço) dos credores, computados na forma dos §§ 1º e 2º do art. 45 desta Lei.
Caso não seja possível a aprovação do plano e ele seja rejeitado, será decretada a falência do devedor. 
FASE DE EXECUÇÃO
Uma vez aprovado o plano de recuperação, o devedor permanecera nesta condição até que se cumpram todas as obrigações previstas no plano que se vencerem ate 2 anos depois da concessão da recuperação judicial (art. 61).
Em relação ao cumprimento do plano, em regra, deve-se seguir à risca o nele contido, ou seja, as obrigações devem ser fielmente cumpridas, sob pena de convolação (transformação da recuperação em falência do devedor/empresário).
A convolação em falência somente ocorre no caso de descumprimento de obrigação prevista no plano durante o prazo de 2 anos, ou seja, se neste prazo todas as obrigações forem cumpridas o juiz decretara por sentença o encerramento da recuperação judicial. 
Aula 16
FALENCIA
INTRODUÇÃO
A ideia de falência é o afastamento do empresário a fim de que sejam diminuídos os prejuízos dos credores e empregados.
Segue um regime de execução concursal em face do empresário, mesmo que somente um dos credores tenha ajuizado o pedido de falência. 
O procedimento da falência abrange basicamente duas fases: a pre-falimentar (do pedido de falência ate a sentença que decreta a falência) e a fase de pagamento dos credores (execução concursal).
Sujeito passivo do pedido de falência
Em regra, podem ser sujeitos passivos do pedidos de falência o empresário individual e as sociedades empresarias, com exceção das sociedades empresarias não abrangidas pela lei 11.101/2005 quais sejam: 
I – empresa pública e sociedade de economia mista;
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores.
Sujeito ativo do pedido de falência
Os legitimados ativos ao pedido de falência vêm descritos no art. 97 
Art. 97. Podem requerer a falência do devedor:
I – o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei;
II – o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante;
III – o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade;
IV – qualquer credor
Hipóteses do pedido de falência
Art. 94, I – impontualidade injustificada; II – execução frustrada; III – pratica de atos de falência
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que:
I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência;
II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;
III – pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial:
a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos;
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não;
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo;
d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivode burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor;
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo;
f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento;
g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial.
§ 1º Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer o limite mínimo para o pedido de falência com base no inciso I do caput deste artigo.
§ 2º Ainda que líquidos, não legitimam o pedido de falência os créditos que nela não se possam reclamar.
§ 3º Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com os títulos executivos na forma do parágrafo único do art. 9º desta Lei, acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para fim falimentar nos termos da legislação específica.
§ 4º Na hipótese do inciso II do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com certidão expedida pelo juízo em que se processa a execução.
§ 5º Na hipótese do inciso III do caput deste artigo, o pedido de falência descreverá os fatos que a caracterizam, juntando-se as provas que houver e especificando-se as que serão produzidas.
A resposta do devedor ao pedido de falência
Uma vez citado, o devedor poderá apresentar contestação no prazo de 10 dias (art. 98 da Lei 11.101/2005).
Poderá o devedor, quando o pedido de falência fundar-se em execução frustrada ou impontualidade injustificada, elidir a falência pela realização do chamado “deposito elisivo”, pelo qual o devedor deposita o valor do titulo (divida), acrescido de correção monetária, juros e de honorários advocatícios. 
Além disso, é claro, poderá defender-se o devedor fundamentando sua contestação na inexistência das hipóteses do art. 94 da Lei 11.101/2005
Aula 17 
Denegação da falência
é a não decretação da falência. Pode se fundamentar em 2 motivos: 
1. improcedência do pedido de falência pelo acatamento de alguma alegação da defesa, neste caso o autor arca com custas processuais e honorários. 
2. Realização do deposito elisivo, neste caso o devedor arcara com as verbas sucumbenciais.
A decisão que denega a falência é uma sentença, já que encerra o procedimento e é recorrível por meio de apelação (art. 100)
EFEITOS DA DECRETAÇAO DA FALENCIA
Com a decretação de falência, alguns efeitos são gerados, destacando-se a instauração do juízo universal da falência. 
i) Atração para o juízo da falência de todas as ações que envolvam os interesses do falido (art. 76), com exceção de: ações não reguladas pela Lei 11.101/2005 em que a massa falida atue no polo ativo da relação processual individualmente ou em litisconsórcio; ações que demandam quantia ilíquida; demandas em curso na Justiça do Trabalho; execuções fiscais; ações em que a União ou algum ente publico federal sejam partes ou interessados. 
ii) suspensão da prescrição e das ações e execuções contra o devedor falido. As exceções a esta suspensão são as mesmas previstas para o caso recuperação: ações que demandem quantia ilíquida; ações trabalhistas; execuções fiscais; execuções de credores que não se submetem ao plano de recuperação. 
iii) Fixação do termo legal da falência, o chamado “período suspeito”> Com a decretação da falência, deve ser definido o período (lapso temporal) que poderá ser investigado pelos credores a fim de que se verifiquem irregularidades nas ações do devedor, podendo inclusive, tais atos serem declarados ineficazes. 
iv) Proibição da pratica de certos atos: ao decretar a falência o juiz proibira o falido de praticar qualquer ato de disposição ou oneração de seus bens, submetendo-os preliminarmente à autorização judicial e do comitê, se houver, ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor naquelas situação em que foi autorizada a continuação provisória da atividade. 
v) Intimações e comunicações: decretando a falência, o juiz determinará a intimação do MP e a comunicação por carta as fazendas publicas federal e de todos os estados e municípios em que o devedor tiver estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência. Além disso, determinará a publicação de edital contendo a integra da decisão que decretou a falência, com a respectiva relação de credores (art. 99, XIII e paragrafo único da Lei 11.101/2005)
Ordem de pagamento dos credores 
1° Credores que recebem de forma antecipada, assim que possuir dinheiro em caixa (art. 151): crédito trabalhista de natureza salarial vencidos nos 3 meses antes a decretação da falência, limitados a 5 salários mínimos
2° Credores extraconcursais:
Art. 84. Serão considerados créditos extraconcursais e serão pagos com precedência sobre os mencionados no art. 83 desta Lei, na ordem a seguir, os relativos a:
I – remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares, e créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços prestados após a decretação da falência;
II – quantias fornecidas à massa pelos credores;
III – despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição do seu produto, bem como custas do processo de falência;
IV – custas judiciais relativas às ações e execuções em que a massa falida tenha sido vencida;
V – obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, nos termos do art. 67 desta Lei, ou após a decretação da falência, e tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência, respeitada a ordem estabelecida no art. 83 desta Lei.
3° Credores concursais:
Art. 83. A classificação dos créditos na falência obedece à seguinte ordem:
I – os créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 (cento e cinqüenta) salários-mínimos por credor, e os decorrentes de acidentes de trabalho;
II - créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado;
III – créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas tributárias;
IV – créditos com privilégio especial, a saber:
a) os previstos no art. 964 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
b) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;
c) aqueles a cujos titulares a lei confira o direito de retenção sobre a coisa dada em garantia;
d) aqueles em favor dos microempreendedores individuais e das microempresas e empresas de pequeno porte de que trata a Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
V – créditos com privilégio geral, a saber:
a) os previstos no art. 965 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002;
b) os previstos no parágrafo único do art. 67 desta Lei;
c) os assim definidos em outras leis civis e comerciais, salvo disposição contrária desta Lei;
VI – créditos quirografários, a saber:
a) aqueles não previstos nos demais incisos deste artigo;
b) os saldos dos créditos não cobertos pelo produto da alienação dos bens vinculados ao seu pagamento;
c) os saldos dos créditos derivados da legislação do trabalho que excederem o limite estabelecido no inciso I do caput deste artigo;
VII – as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas tributárias;
VIII – créditos subordinados, a saber:
EXTINÇÃO DAS OBRIGAÇÕES DO DEVEDOR FALIDO
Ocorrendo qualquer destas situações o falido requererá a declaração de extinção de suas obrigações, a qual será feita por meio de sentença (art. 159)
Art. 158. Extingue as obrigações do falido:
I – o pagamento de todos os créditos;
II – o pagamento, depois de realizado todo o ativo, de mais de 50% (cinqüenta por cento) dos créditos quirografários, sendo facultado ao falido o depósito da quantia necessária para atingir essa porcentagem se para tanto não bastou a integralliquidação do ativo;
III – o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado do encerramento da falência, se o falido não tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei;
IV – o decurso do prazo de 10 (dez) anos, contado do encerramento da falência, se o falido tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei.
Aula 18
TITULOS DE CRÉDITO
CONCEITO: É o documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado (art. 887, CC)
O código civil e os títulos de crédito
O CC apenas regula os títulos de crédito que não são regulados por legislação especial.
Desta forma, os títulos de crédito que mais aparecem em prova (letra de cambio, nota promissória, cheque e duplicata) não são regidos pelo diploma civil brasileiro, já que são regulados por leis especificas. 
Em relação aos títulos de crédito regidos pelo CC, algumas regras merecem destaque
Art. 888. A omissão de qualquer requisito legal, que tire ao escrito a sua validade como título de crédito, não implica a invalidade do negócio jurídico que lhe deu origem.
Art. 889. Deve o título de crédito conter a data da emissão, a indicação precisa dos direitos que confere, e a assinatura do emitente.
§ 1o É à vista o título de crédito que não contenha indicação de vencimento.
§ 2o Considera-se lugar de emissão e de pagamento, quando não indicado no título, o domicílio do emitente.
§ 3o O título poderá ser emitido a partir dos caracteres criados em computador ou meio técnico equivalente e que constem da escrituração do emitente, observados os requisitos mínimos previstos neste artigo.
Art. 890. Consideram-se não escritas no título a cláusula de juros, a proibitiva de endosso, a excludente de responsabilidade pelo pagamento ou por despesas, a que dispense a observância de termos e formalidade prescritas, e a que, além dos limites fixados em lei, exclua ou restrinja direitos e obrigações.
Art. 897. O pagamento de título de crédito, que contenha obrigação de pagar soma determinada, pode ser garantido por aval.
Princípios dos títulos de crédito
Cartularidade: o exercício dos direitos representados por um título de crédito pressupõe a posse e existência do título, em seu original. Tal princípio pode ser relativizados no casos de títulos eletrônicos e no caso da possibilidade do protesto da duplicata por indicações. 
Princípio da literalidade: somente produzem efeitos jurídicos cambiais os atos lançados no próprio título de crédito. Alguns exemplos caracterizam o princípio. Em caso de pagamento parcial, deve constar expressamente no título a quitação parcial, sob pena de o título ser transferido a terceiro e este exigir o pagamento do valor integral. 
Somente é considerado o que está expresso no título. Não há que se levar em conta o que está gravado em outros documentos, mesmo que ao título se refira. Quem adquire o título está adquirindo o que está literalmente descrito na cártula. Marcelo Bertoldi exemplifica o princípio dizendo que “se um aval for dado em documento em apartado do título, este será considerado inexistente como aval, visto que, para ser considerado, deverá constar no próprio título a assinatura do avalista”
Princípio da autonomia: segundo este princípio, quando um único título documenta mais de uma obrigação, a eventual invalidade de qualquer delas não prejudica as demais. A ideia é proteger a circulação cambial, a fim de que terceiros não tenham prejuízo ao receber o título que agora não é pago em razão de vicio no negócio jurídico que lhe deu origem. 
Entende-se que as obrigações representadas por um mesmo título de crédito são independentes entre si. Se uma delas foi nula ou anulável, o seu vício não comprometerá as demais obrigações constantes do mesmo título. O princípio da autonomia se desdobra em outros dois princípios: (1) o da abstração, que dá relevância à ligação entre o título de crédito e a relação, ato ou fato jurídico que deram origem à obrigação por ele representada. Assim, o título pode se desvincular da obrigação que o originou; e (2) o da inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé, que se trata do aspecto processual do princípio da autonomia, circunscrevendo as matérias que poderão ser arguidas como defesa pelo devedor de um título de crédito executado. Por isso, o devedor do título não poderá se opor ao terceiro de boa-fé para pagamento do título, somente ao credor originário, em cuja obrigação se deu a origem do título.
Em razão do princípio da autonomia decorrem dois subprincípios
Abstração, o qual aparece nos casos em que o título circula, ou seja ele se desvincula de sua causa de origem. 
Inoponibilidade das exceções pessoas aos terceiros de boa-fé. Por este, o executado em virtude de um título de crédito, não pode alegar, em seus embargos (defesa), matéria de defesa estranha a sua relação direta com o exequente, ou seja, não podem ser opostas defesas não constantes no título. 
Classificação dos títulos de crédito
Quanto ao modelo: vinculado (necessitam do atendimento de um padrão exigido) ou livres (nestes não existe padrão, o que faz com que o emitente disponha a vontade dos elementos essenciais do título, previstos em lei. 
Quanto a estrutura: os títulos podem ser de ordem de pagamento (geram no momento do saque 3 situações jurídicas distintas: a do sacador, a do sacado e do tomador ou promessa de pagamento (nestes apenas há 2 situações jurídicas, o que promete: promitente e o beneficiário. 
Quanto as hipóteses de emissão: os títulos podem ser causais (necessitam de autorização legal para serem emitidos); limitados (não podem ser emitidos em hipóteses previstas na lei); não causais (podem ser criados em qualquer hipótese).
Quanto a circulação: os títulos podem ser ao portador (não ostenta o nome do credor, por isso circula com a simples tradição); nominativos À ordem (ostenta o nome do credor e se transfere por meio do endosso); nominativos não a ordem (também identificam o credor, mas a circulação por cessão civil de credito).
São inúmeras as classificações apresentadas na doutrina. Aqui, ficaremos com as classificações didaticamente sistematizadas na obra de Marcelo Bertoldi. 
Ao portador: não consta no documento o nome do beneficiário. Aquele que porta o documento fará jus ao benefício. São transferíveis por mera tradição. 
Nominativos: o nome do beneficiário consta no título. Para que ele possa circular é necessário o endosso do credor para o seu sucessor.
 Abstratos (não causais): os títulos não possuem vinculação com a causa que lhes deu origem. O cheque é um exemplo de título de crédito não causal. 
Causais: estão vinculados às causas que lhes deram origem. Exemplo é a duplicata, que é emitida somente na compra e venda de mercadorias ou prestação de serviços. 
Próprios: representam uma legítima operação de crédito. Pagamento diferido em relação ao tempo. Exemplo: nota promissória. Impróprios: não é operação de crédito. O pagamento não se difere no tempo. É ordem de pagamento à vista. Exemplo: cheque. 
Vinculados: os seus formatos obedecem a padrões fixados previamente. As partes não poderão mudar sua formatação sob pena de invalidação. O cheque é o exemplo clássico. Livres: os formatos não são completamente rígidos, podem ser alterados para atender às necessidades dos interessados. Exemplo: nota promissória.
Aula 19 
Letra de cambio – lei uniforme (Decreto 57.663/66)
Conceito: ordem de pagamento pela qual o sacador (emitente da letra de cambio) ordem uma outra pessoa (sacado) a pagar determinada quantia ao beneficiário (tomador).
Desta forma, munido da letra de cambio, pode o tomador procurar o sacado para aceitação do pagamento e recebimento da quantia, caso este não aceite ou não pague, poderão beneficiário cobrar o valor devido do sacador (emitente), codevedor do título de crédito.
Aceite:
O sacado apenas se obriga ao pagamento no caso de efetuar o aceite.
O aceite é representado pela assinatura no anverso da letra de cambio.
O aceite também pode ser feito no verso do título, mas neste caso além da assinatura devera haver a indicação da expressão“aceito”. 
O aceite na letra de cambio é facultativo e havendo sua recusa, ocorre o vencimento antecipado do ttul podendo o tomador cobrar o vlor diretamente do sacador, o emitente do titulo.
Em relação a recusa, importante tratar da recusa parcial do aceite em que o sacado aceita parcialmente o valor ou o aceita integralmente, mas para pagamento em outra data. Neste caso, também ocorre o vencimento antecipado, podendo o tomador cobrar do sacador que terá direito de regresso contra o sacado na parte em que este aceitou.
Questão interessante é a possibilidade de o sacador incluir no título a chamada clausula não aceitável pela qual o sacador proíbe a apresentação da letra de cambio ao sacado antes do dia designado para o vencimento, o que acaba por impedir o vencimento antecipada da dívida. 
Endosso
É O ATO de circulação (transferência) dos direitos do credor de um título de crédito à ordem. Nos títulos não à ordem não é possível a transferência por endosso, mas tão somente pela cessão civil do crédito (em regra os títulos de crédito são a ordem).
Pelo endosso o endossante transfere seu crédito a outra pessoa, o endossatário. O endossante torna-se devedor do título, salvo se constar a cláusula “sem garantia”, situação em que o endossante não responde pelo crédito.
O endosso pode ser em branco (aquele em que não se identifica o endossatário) ou em preto (aquele em que é feita tal identificação).
O endosso será dado no verso do título com a simples assinatura. Poderá ser no anverso, desde que com a expressão “pague-se” ou outra similar. 
Por fim, em relação ao endosso, dois tipos são importantes:
- Endosso-mandato em que se legitima outra pessoa à cobrança do título sem lhe transferir a titularidade do crédito
-Endosso-caução pelo qual se institui o penhor sobre título de crédito. Os 2 são tidos como modalidades de endosso improprio, já que não há a transferência do crédito. Já o endosso em que há a transferência do crédito é chamado de endosso próprio ou endosso translativo. 
Súmula 475: Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário que recebe por endosso translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regresso contra os endossantes e avalistas.
Súmula 476: O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por danos decorrentes de protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário.
 O credor de um título de crédito nominativo à ordem pode transmitir os seus direitos de crédito a outra pessoa. Isto ocorre através do endosso. O antigo credor é o endossante e o novo credor é o endossatário. Neste caso, o endossante ficará vinculado ao pagamento do título. 
Endosso em branco: o endossatário não é identificado na transferência. O título se torna um título ao portador. 
Endosso em preto: há identificação expressa do endossatário.
Endosso impróprio: a posse do título é transferida sem que o direito ao crédito também o seja. Ocorre no “endosso-mandato” e no “endosso-caução”. 
Aval 
Ato cambiário pelo qual uma pessoa, o avalista, compromete-se a pagar título de crédito, nas mesmas condições que um devedor desse título, o avalizado.
Cuidado! Apesar de o código civil não permitir, a lei uniforme admite o aval parcial. Então, nos títulos regidos pelo CC não será possível falar em aval parcial, mas nos demais será possível.
A obrigação do avalista permanece mesmo diante da nulidade da obrigação principal, salvo a existência de vicio de forma (art. 32 da Lei Uniforme)
O aval é representado pela assinatura do avalista no anverso da letra de cambio. Poderá ainda ser dado no verso do título, mas neste caso deverá constar expressão “por aval” já que a simples assinatura será tida por endosso. 
O aval poderá identificar quem está sendo avalizado (em preto) ou não identificar (em branco).
Há ainda a possibilidade de serem feitos vários avais: a) avais simultâneos ou coavais (nestes casos várias pessoas avalizam o mesmo avalizado; b) avais sucessivos (hipóteses em que os avalistas garantem a dívida de pessoas diferentes. Aqui o avalista será avalizado por outro avalista.
A respeito do aval, importante esclarece que o STJ tem posicionamento recente pelo qual o aval nos títulos de credito típicos (regulados por lei especial) não exigem a necessidade de outorga uxória ou marital, pois tal autorização seria contraria ao dinamismo e princípios que regem o direito cambiário. 
O aval serve para um terceiro garantir total ou parcialmente um título de crédito em favor de um terceiro devedor. Materializa-se pela assinatura do avalista na face ou no verso do título, com ou sem a expressão “por aval”.
 Pode também trazer a expressão “por aval de”, é o caso do chamado “aval preto”, pois identifica o avalizado. 
Protesto
Trata-se de ato praticado pelo credor para fins de incorporar ao título de crédito a prova de fato relevante para as relações cambiais. Os principais tipos de protesto são por falta de pagamento; por falta de aceite; por falta de devolução. 
 Fábio Ulhoa Coelho leciona que o protesto é “o ato praticado pelo credor, perante o competente cartório, para fins de incorporar, ao título do crédito, a prova de fato relevante para as relações cambiais, por exemplo, a falta de aceite ou pagamento”. 
Ação cambiária
 É o instrumento através do qual se cobra judicialmente um título de crédito. É uma ação de execução, vez que os títulos de crédito são títulos executivos extrajudiciais. No entanto, prescrita a ação cambiária o credor poderá ajuizar ação monitória ou de conhecimento.
Espécies de títulos de crédito 
São inúmeros os títulos de crédito existentes. Aqui trataremos apenas dos mais conhecidos e, consequentemente, de maior possibilidade de cobrança em Concursos. 
Letra de câmbio
É uma ordem de pagamento emitida de uma pessoa a outra, perante a qual possui um crédito, para que esta pague a um terceiro a quantia indicada. Foi criada para facilitar o comércio entre os povos. O diploma legal que regula o instituto é a Lei Uniforme de Genebra, promulgada pelo Decreto 57.663/67. 
Sacador: é a pessoa que emite a ordem de pagamento. Sacado: é a pessoa para quem a ordem de pagamento é dirigida. 
Tomador: é o favorecido pela ordem de pagamento. 
Requisitos essenciais: para que a letra de câmbio seja válida e eficaz deverá atender aos seguintes requisitos: 
a) Denominação “letra de câmbio” expressa no título, no mesmo idioma do documento;
b) Ordem incondicional de pagamento com valor determinado; 
c) Nome e identificação (endereço, CPF, etc.) de quem deve pagar; 
d) Nome e identificação do favorecido (tomador); 
e) Data do saque. Se não houver, o pagamento deverá ser realizado à vista;
f) Assinatura do sacador. 
Aceite: é a concordância do sacado. A partir do aceite o sacado se torna devedor principal, ficando obrigado a pagar o beneficiário.
Dica - Letra de Câmbio O portador da letra de câmbio poderá preenchê-la (quando estiver em branco) ou completá-la (quando faltarem informações). É o que preconiza a Lei Uniforme de Genebra e o Código Civil Brasileiro. Neste ponto, ensina Bertoldi: “o portador que recebe letra faltando qualquer de seus requisitos poderá preenchê-lo, presumindo-se estar praticando tal ato como procurador do sacador, desde que o faça de boa-fé. 
Desta forma, aquele título que a princípio não continha todos os seus requisitos, e, se fosse apresentado para protesto ou cobrança, não teria os predicados inerentes aos títulos de crédito, passa a conter todos os requisitos essenciais para tanto”.
Aula 20
Nota promissória
Lei uniforme – decreto 57.663/66
Observações importantes
É uma promessa de pagamento em que o sacador (emitente, promitente, subscritor) promete pagar determinada quantia ao beneficiário (tomador). Desta forma, criam-se duas situações jurídicas: promitente e beneficiário.
A lei uniforme no art. 77 estabeleceu que serão aplicáveis as notas promissória as regras relativas as letras de câmbio, naquilo em que há compatibilidade. 
Por tal razão, não há que se falar em aceite na nota promissória, jáque incompatível com sua natureza de titulo do tipo “promessa de pagamento”>
SÚMULA N. 258 A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em razão da iliquidez do título que a originou.
A nota promissória é uma promessa de pagamento realizada por uma pessoa em favor de outrem. 
Requisitos 
a) Expressão “nota promissória” no título; 
b) Promessa incondicional de pagar a quantia determinada; 
c) Nome da pessoa a quem ou à ordem de quem deve ser paga; 
d) Data e local do saque; 
e) Assinatura e identificação do subscritor. 
Ao contrário do que ocorre na letra de câmbio, na nota promissória não há a necessidade do aceite
Cheque 
Lei 7.347/85
Trata-se de uma ordem de pagamento a vista emitida contra um banco ou instituição financeira equiparada em razão de provisão (dinheiro ou limite em conta) que o emitente possui junto ao banco sacado.
A partir deste conceito, criam-se 3 situações jurídicas: emitente (sacador, aquele que assina o cheque): o sacado (banco ou instituição financeira equiparada) e o beneficiário (aquele que recebera o valor constante no cheque).
Em relação ao valor, caso haja divergência entre o valor indicado por extenso e aquele indicado em algarismo, prevalecera aquele.
O prazo de apresentação do cheque será de 30 dias quando for da “mesma praça” ou seja, o local de emissão é o mesmo local da conta do emitente.
No caso de praças diferentes, situação em que não há coincidência de lugares, o prazo será de 60 dias. Destaca-se que aqui não importa onde ele de fato foi emitido, mas sim o local indicado pelo emitente no momento do preenchimento do cheque. 
A partir do vencimento do prazo de apresentação inicia-se o prazo prescricional de 6 meses. No caso de prescrição, o banco ou instituição financeira equiparada não poderá mais pagar o cheque.
O cheque visado é aquele em que o sacado (banco ou instituição financeira equiparada) assina ou certifica no verso garantido a existência de fundos durante o prazo de apresentação.
O cheque administrativo é aquele emitido pelo próprio sacado (banco ou instituição financeira equiparada). Este tipo de cheque não poderá emitido “ao portador”
É muito comum na prática comercial o cruzamento do cheque, ou seja, a aposição de 2 traços transversais no anverso do título podendo ou não identificar o banco. Neste caso o valor do cheque não será pago na boca do caixa, mas devera ser depositado em conta de titularidade do beneficiário (art. 44, lei 7357/85).
É possível que entre os 2 traços transversais indique-se um nome de banco ou ate mesmo uma conta para deposito.
Nestes casos, o valor somente poderá ser depositado no banco ou conta indicados entre os traços lançados no cheque.
É bastante comum o uso da expressão “sustação do cheque”.
A ideia é evitar o pagamento do cheque pelo banco e isso poderá ocorrer a partir de 2 diferentes modalidades
1. Revogação: também chamada de contra-ordem. É ato exclusivo do emitente, produz efeitos somente após expirado o praz de apresentação. Ou seja, passado o prazo de apresentação, o emitente poderá solicitar ao banco a revogação, determinando que o cheque não seja pago, já que expirado o prazo de apresentação.
2. Oposição: pode ser realizada tanto pelo emitente, como pelo portador legitimo. Aqui a produção de efeitos é imediata. Se na revogação não se exige nenhum motivo, aqui o fundamento é uma relevante razão de direito, como por exemplo, o furto de uma folha de cheque.
Fábio Ulhoa Coelho leciona que “o cheque é uma ordem de pagamento à vista, sacada contra um banco e com base em suficiente previsão de fundos depositados pelo sacador em mãos do sacado ou decorrente de contrato de abertura de crédito entre ambos”. 
Nota-se no conceito que o cheque é uma ordem de pagamento à vista. Mesmo que outra seja a data colocada quando do seu preenchimento não restará alterada essa característica. Coelho destaca que “um cheque pós-datado é pagável em sua apresentação, à vista, mesmo que esta se dê em data anterior àquela indicada como a de sua emissão”. Requisitos a) Denominação “cheque” no documento; b) Ordem incondicional de pagar a quantia determinada; c) Nome e identificação do sacado (banco); d) Data da emissão; e) Assinatura do emitente. Cheque sem fundos Gera sanções administrativas, como inscrição no Cadastro de Emitentes de Cheque sem Fundos e impossibilidade de receber novo talonário; pode gerar reprimenda penal, pelo crime de fraude no pagamento por meio de cheque.
Duplicata 
Lei 5.474/68
É um título de crédito emitido pelo sacador em desfavor do sacado, a fim de documentar um crédito do primeira em face do segundo em razão de prestação de serviços ou compra e venda mercantil. Trata-se de título da espécie “ordem de pagamento”. 
Note-se que na duplicata existem causas especificas para sua emissão, quais sejam: prestação de serviços ou compra e venda mercantil, por isso, é do tipo causal, somente podendo ser emitido nestas hipóteses. Atenção para a cobrança de honorários advocatícios não é possível o uso de duplicata, em razão de expressa proibição do art. 42 do Código de ética e disciplina da OAB.
Peculiaridade interessante é que diferente dos demais títulos analisados, o credor é o próprio emitente ou sacador. 
O aceite na duplicata
O aceite é instituto bastante importante na duplicada, já que nesta, em regra, o aceite é obrigatório, podendo haver recusa apenas nas hipóteses descritas no art. 8 da Lie 5474/68
 Art . 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de:
I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco;
II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovados;
III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados.
Fora destas hipóteses, é dever do sacado (devedor) lançar o aceite no título. Este pode ser ordinário: situação em que o devedor apõe assinatura no campo próprio, por presunção: o devedor recebe as mercadorias sem apresentar recusa foral; por comunicação: ocorre por escrito, quando o devedor apesar de não assinar no campo próprio do título, envia ao credor o seu aceite. 
Execução da duplicata
No caso de não ter havido o pagamento, surge ao credor a possibilidade de cobrar em juízo o valor devido. Esta cobrança poderá ser feita pro meio de processo de execução.
No caso de duplicata aceita, basta a instrução da inicial com a duplicata com o aceite ordinário;
Por outro lado, se não houve o aceite ordinário, há a necessidade de instruir o pedido com a duplicata caso tenha sido devolvida, com o instrumento do protesto realizado e com o comprovante de entrega das mercadorias. 
Obrigação do empresário que emite duplicatas: aquele que emite duplicatas possui o dever de escriturar o livro de registro de duplicatas. 
Logo, a duplicata é um título de crédito à ordem e formal, originado necessariamente de um contrato de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços. “É um documento formal na medida em que, para a sua validade, deverá conter alguns requisitos formais” (Bertoldi). 
Requisitos
 a) Expressão “duplicata”;
 b) Data da emissão; 
c) Número de ordem;
 d) Número da fatura; 
e) Vencimento; 
f) Nome e identificação do vendedor e do comprador; 
g) Valor em algarismos e por extenso; 
h) Praça do pagamento; 
i) Cláusula “à ordem”: a duplicada quando endossada poderá circular. Não é possível duplicata “não a ordem”, que não admite endosso;
 j) A declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite; 
k) Assinatura do emitente. Fatura: é o documento que traz a descrição da compra e venda ou prestação de serviço que fizeram surgir a duplicata.