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Esquistossomose Schistossoma mansoni Esquistossomose Agente etiológico Filo: Platyhelminthes Classe: Trematoda Familia: Schistosomatidae Espécie: Schistosoma mansoni Esquistossomose Causada por vermes do gênero Schistosoma, Parasitam as veias do homem e de outros animais Espécies: S. haematobium (África e no Mediterrâneo) S. japonicum (sudeste asiático) S. mansoni (países americanos, como o Brasil) Apresenta sexo separado 1cm de comprimento Esquistossomose mansônica Infecção causada pelo trematódeo Schistosoma mansoni Encontrado principalmente: Brasil, Venezuela, Suriname, África, Arábia e ilhas do Caribe Brasil - maior prevalência: Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Alagoas e Bahia Schistosoma mansoni Separação de sexo Presença de duas ventosas Sobrevida: 5 a 15 anos Hospedeiro definitivo: homem (ciclo sexuado) Hospedeiro intermediário: molusco da família Planorbidae e do gênero Biomphalaria (ciclo assexuado) Brasil: Biomphalaria glabrata (mais comum) Biomphalaria straminea Biomphalaria tenagophila Schistosoma mansoni Mosfologia e habitat Apresenta várias formas e diferentes hábitats, dependendo da fase biológica Vermes adultos Ovos Miracídeo Esporocisto Cercária Verme adulto Localização: Dentro dos vasos do sistema porta Após a maturacão sexual, migram para os ramos da veia mesentérica inferior, principalmente na altura da parede intestinal do plexo hemorroidário Onde se acasalam e as fêmeas iniciam a postura dos ovos (300 a 400 ovos/dia) Macho 1cm Apresenta canal ginecóforo (fenda), onde permanece a fêmea Fêmea 1,5cm Tanto macho como fêmea possuem ventosa oral e ventral 89.bin OVO - Nas fezes ou presos na mucosa intestinal ou no tecido hepático 150µm comp./ 60 de larg. Formato oval Miracídio visível pela transparência da casca. Espículo voltado para trás Ovos 30 a 50% dos ovos atravessam a parede do intestino, sendo eliminados pelas fezes, os outros são retidos e migram para o fígado Havendo hipertensão portal e circulação colateral os ovos são carreados para os pulmões e outros órgãos Penetração da cercária eliminação de ovos pelas fezes = 35 a 60 dias MIRACÍDIO Dentro dos ovos maduros Forma cilíndrica; 180µm comp./64µm larg. Ciliado Depois de eclodirem nadam ativamente Não encontrando o caramujo do gênero Biomphalaria (hospedeiro intermediário) morrem em 24 horas. ESPOROCISTO Transmissão do miracídio em esporocisto primeiras 48 horas após a penetração no caramujo Interior do esporocisto: ocorre o complicado processo de formação de cercárias. CERCÁRIAS 500 micrômetros - calda bifurcada Ventosas fixa-se na pele no processo de penetração Cauda movimentação no meio líquido, se perde no processo de penetração. TRANSMISSÃO Penetração das cercarias na pele e mucosa CERCÁRIAS - maior quantidade e atividade entre 10 e 16 h (luz solar e calor mais intensos) LOCAIS DE TRANSMISSÃO: Valas de irrigação de horta, açudes, pequenos córregos. PATOGENIA Está ligada a vários fatores : Cepa do parasita Carga parasitária adquirida Idade Estado nutricional Resposta imunitária da pessoa Formas clínicas Parasitose sistêmica que pode acometer vários órgãos durante suas fases, mas que apresenta uma predileção pelo sistema porta do fígado Classificada: Forma aguda Forma crônica Patogenia apresenta as seguintes fases: Fase cutânea - dermatite cercariana Fase intestinal - granulomas nas paredes do reto e sigmóide Fase hepática - granulomas no tecido hepático CERCÁRIAS Dermatite cercariana ( dermatite do nadador ) Sensação de comichão Erupção urticariforme Eritema Pequenas pápulas Dor Mais intensa nas reinfecções (hipersensibilidade). Dermatite cercariana ESQUISTOSSÔMULOS 3 dias após a penetração as cercarias são levados aos pulmões 2ª semana após a infecção podem ser encontrados nos vasos do fígado Posteriormente no sistema porta intra hepático. Nessa fase pode haver : Linfadenia generalizada Febre Aumento do baço Sintomas pulmonares. Grande número podem provocar: Hemorragias, Edemas da sub mucosa, fenômenos degenerativos, formação ulcerativas pequenas. Ovos que atingem o fígado causam alterações mais importantes. OVOS ESQUISTOSSOMOSE AGUDA Aparece em torno de 50 dias e dura até cerca de 120 dias após a infecção; Enterocolite aguda; No fígado : formação de granulomas; Fase aguda : febre, sudorese, calafrios, emagrecimento, alergias, diarréias, cólicas, hepato esplenomegalia morte ou evoluir para fase crônica. ESQUISTOSSOMOSE CRÔNICA Forma intestinal Coincide com a eliminação de ovos nas fezes O paciente apresenta manifestações digestivas Surto de diarréia intercalados por períodos de constipação Forma hepatointestinal Mesmo quadro clínico Exame físico: aumento do fígado Forma hepatoesplênica Apresenta complicação mais importante – fibrose periportal e a hipertensão portal Desenvolve-se 10 a 15 anos após a infecção inicial Acomete 8,5 a 10% da população esquistossomótica ESQUISTOSSOMOSE CRÔNICA Apresenta grande variações clínicas : INTESTINO: Diarréia, dor, tumoração - grande nº de ovos em determinado ponto FÍGADO : Formação de granuloma, fígado aumentado ESPLENOMEGALIA VARIZES EXOFAGIANAS - podem romper-se provocando hemorragias ASCITE (barriga d `água ) Diagnóstico Quadro clínico História epidemiológica Deve-se pesquisar se houve contato recente com água doce em área endêmica na presença de caramujo DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO – muito eficiente encontro de ovos nas fezes ou tecidos do paciente BIOPSIA OU RASPAGEM DA MUCOSA RETAL MÉTODO INDIRETO - imunológico Reação intradermorreação (coletivo) Fixação de complemento Hemaglutinação indireta Radioimunoensaio Imunofluorescência indireta Imunoenzimático(ELIZA) melhores métodos Tratamento quimioterápico Existem drogas eficientes Devem ser usadas com criterios e por médicos experientes Aplicadas o mais precocemente possível Oxamniquine e Praziquantel Efeitos colaterais: tonturas, náuseas, vômitos, cefaléia, sonolência. Contra-indicações: História prévia de convulsões, gravidez, debilidade física grave. Importância do tratamento: diminuir a carga parasitária dos pacientes, impedir a evolução para formas graves. EPIDEMIOLOGIA Introdução no Brasil escravos africanos que traziam consigo o parasita. Presença do HI (molusco) permitiu a instalação da espécie no território brasileiro. Focos primitivos na região canavieira do nordeste com movimentos migratórios a doença se expandiu para outras regiões. Distribuição Geográfica da Esquistossomose Mansônica no Brasil (Desenho: Carlos Fernandes, 1999) FATORES LIGADOS À PRESENÇA E EXPANSÃO 1- Clima de país tropical 2-Altas temperaturas e luminosidades intensas estimulam Multiplicação de microalgas, que são alimentos dos moluscos Eclosão de miracídio e penetração no molusco Evolução das formas parasitárias no molusco Emergência e penetração de cercarias CONDIÇÃO FUNDAMENTAL PARA UM FOCO DE TRANSMISSÃO : Contaminação do criadouro de caramujos susceptíveis com fezes contendo ovos viáveis. FATORES MAIS IMPORTANTES DO PROBLEMA DE EXPANSÃO DA DOENÇA Migrações internas Presença de caramujo transmissor Educação sanitária precária Ausência de infra-estrutura sanitária PROFILAXIA Tratamento da população Saneamento básico Combate aos caramujos transmissores Produtos cercaricidas de uso tópicos Hospedeiro intermediário do S. mansoni no Brasil: FILO Mollusca CLASSE Gastropoda (Grego: Gaster=ventre+podos=pé) SUBCLASSE Pulmonata ORDEM Basommatophora FAMILIA Planorbidae GÊNERO Biomphalaria ESPÉCIES B.glabrata B. Straminea B. tenagophila HABITAT DE PREFERENCIA Água doce, parada ou pouco corrente Microflorarica Bastante matéria orgânica Boa insolação Temp.média da água 20/26 graus centígrados PH neutro tendendo a alcalino Salinidade abaixo de 3/1000 Pouca turbidez Leito raso, lodoso ALIMENTAÇÃO Folhas, algas, bactérias, lodo Excrementos de outros animais CICLO BIOLÓGICO 30 dias atinge a maturidade sexual e ovipõe 7 dias após a postura - eclosão dos novos caramujos CONTROLE E COMBATE Controle biológico Substancias química Moluscicidas de origem química: Niclosamida ou Bayluscid. alterações no ecosistema aquático tóxico para inúmeros peixes, larvas de insetos e fitoplâncton, etc. MODIFICAÇÃO NOS CRIADOUROS: Erradicação de plantas aquáticas Aumento da velocidade da corrente aquática Drenagem de alagadiços CONTROLE BIOLÓGICO: Aves, peixes, insetos, caramujos predadores.
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