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Schistosoma mansoni Histórico A esquistossomose é uma doença conhecida desde a antiguidade. O exame das múmias do antigo Egito revelou lesões produzidas pela doença. Schisto = fenda + Soma = corpo Schistosoma (corpo em forma de fenda) EPIDEMIOLOGIA 200 milhões de casos em todo o mundo. Endêmica em várias regiões tropicais e subtropicais, com estimativas de mais de 200.000 mortes por ano. No Brasil, provavelmente trazido da costa ocidental da África para a região nordeste do país com o tráfico de escravos e a inadequada exploração dos recursos hídricos. EPIDEMIOLOGIA Posição Sistemática Helminto Platelminto ordem trematoda Conhecido: xistosa; doença do caramujo; barriga de água; xistosomose. Infecção denominada esquistossomose mansônica Schistosoma mansoni FAMÍLIA SCHISTOSOMATIDAE Espécie: Schistosoma mansoni Hospedeiro definitivo: Homem, macaco, cão, bovino entre outros. Schistosoma mansoni Molusco da água doce - planorbídeo -, (caramujo ou caracol). a concha em espiral com as voltas ou giros no mesmo plano, recebendo por isso a denominação de planorbídeo. Hospedeiro intermediário: Molusco aquático Biomplalaria sp. Schistosoma mansoni Nasce do ovo, do qual sai larva chamada miracídio, que penetra num caramujo hospedeiro. Do caramujo saem milhares de cercárias que penetram no homem e se transformam em vermes adultos. Formas Evolutivas Ovo Miracídio CercáriaEsquistossômuloVermes adultos Esporocisto Ovo: determinadas espécies de trematódeos, o ovo já possui o miracídio no seu interior no momento da oviposição é denominado ovo embrionado. Apresentam um espículo lateral. Formas Evolutivas Ovo -300 ovos dia -Espinho lateral (espículo) Formas Evolutivas Cercária (500µm) -Cauda longa e bifurcada -Glândulas de penetração -Ritmo circadiano Formas Evolutivas Esquistossômulo -Larva alongada -Penetra em um vaso sanguíneo 🡪 coração e pulmões 🡪 Sistema porta-hepático Cercária Ciclo de Vida Adultos OvoMiracídio Esporocisto Schistosoma mansoni Ataca, principalmente o fígado e intestinos Características morfológicas Vivem dentro de pequenas veias do intestino e do fígado do homem. Macho mede 10mm de comprimento e a fêmea 14mm e vivem acasalados (em torno de 6 anos). fêmea dentro do canal ginecóforo do macho. fêmea dentro do canal ginecóforo do macho. TRANSMISSÃO Penetração das cercárias na pele e mucosas do homem. As cercárias estão em maior quantidade/atividade na água no horário entre 10 a 16 horas(luz solar e calor mais intenso). Transmissão Ciclo de Vida Ciclo biológico Após a cópula a fêmea migra para ramos menores das veias mesentéricas e lá fazem a postura. Os ovos possuem um espinho e uma substância irritante da mucosa e por isso ele consegue chegar ao tubo digestivo e assim sair nas fezes. Quando isso ocorre no ambiente aquático o miracídio penetra no hospedeiro intermediário ao hepatopâncreas para formar cercárias (furcocercárias) elas saem do hospedeiro intermediário e no ambiente aquático elas migram (cauda bífida) e penetram no hospedeiro definitivo. Esse também pode se infectar bebendo água contaminada. A furcocercária no tubo digestivo perde a cauda, virando adulto-jovem que se diferencia em macho e fêmea e pela circulação vão às veias mesentéricas e intra-hepáticas. http://w3.ufsm.br/parasitologia/imagensendo/ovoschistosoma.jpg Ciclo de Vida Patogenia Fatores: Carga parasitária, Idade , Estado nutricional, Resposta imunitária. Manifestações devido ações parasitárias das cercárias (exantema,processo inflamatório) ✔ Vermes adultos(obstrução embólica do vaso/fígado), ✔ Ovos (granulomas) causam cicatrizes fibrosas no fígado constituindo: hepatoesplenomegalia,lesões cardiopulmonares). A formação do granuloma em resposta a deposição de ovos nos tecidos do hospedeiro . A secreção de antígenos do ovo do parasito induz uma mudança no perfil da resposta imunológica, sendo observado aumento de produção de citocinas . A inflamação granulomatosa pode provocar fibrose sistematizada dos espaços porta, acompanhada de lesões destrutivas e obstrutivas do sistema da veia porta intra-hepático, que compromete o funcionamento hepático e circulatório caracterizando a forma hepatoesplênica da esquistossomose (Fairfax et al. 2012). Sintomatologia Dividida em fases: Fase águda ✔ Manifestações cutâneas (urticárias/reação alérgica), ✔ Febre. Sintomatologia Intestinal: ovos nas fezes cerca de 6 semanas após infecção.Fezes pastosas ou diarréia,pode conter muco e sangue.Dores abdominais, febre, cefaléia. Sintomatologia Hepatointestinal: sintomas intestinais, Dor no fígado, hepatomegalia, Lesões hepáticas. Sintomatologia Hepatoesplênica compesada: má digestão, Emagrecimento, Hepatomegalia,hemor ragias(varizes esofagogástricas), Fezes melena, Anemia. Sintomatologia Hepatoesplênica descompesada: ✔ Hemorragias, ✔ Insuficiência hepática severa , ✔ Esplenomegalia Forma cardiopulmonar: ✔ Tosse seca ou com secreção, ✔ Febre, ✔ Broncopneumonia, ✔ Insuficiência cardíaca. Diagnóstico Demonstração direta dos ovos do parasita nas fezes e em fragmentos de mucosa retal (biópsia retal) ou tecidos do paciente. Exames de fezes. outros métodos laboratoriais: ● Hemaglutinação indireta, ● IFI, ● ELISA. Tratamento 1- Oxammquina ( 15 a 20 mg / Kg).Age nas formas adultas. 2-Prazinquantel (40 a 65 mg /kg). Controle de cura EPF 1 a cada 2 meses (total de 6). Tratamento Indicador EPF/negativo mais de 4 meses. Ausência dos ovos (inibição temporária da oviposição,fêmeas intoxicadas. Nas doses usuais os medicamentos são geralmente inativos contra larvas(pacientes reinfectados pouco antes do tratamento estas formas podem escapar,reiniciando a eliminação de ovos). Profilaxia baseia-se em medidas de saneamento e combate ao planorbídeo, no tratamento dos doentes e proteção do homem são. Medidas de controle da endemia devem ser tomadas: Profilaxia 1. Pelos órgãos competentes - implantação e tratamento adequado de esgotos sanitários; - aterros, drenagens e retificação de valas e córregos; - controle periódico de valas de irrigação e barragens; - limpeza e retirada da vegetação das margens de coleções hídricas. Profilaxia 2-Pela população - construir e usar fossa sanitárias; - utilizar a água não contaminada para fim doméstico (ferver a água); - evitar banhos, pescaria, natação e lavagem de roupa em rios, lagoas, córregos e outras coleções de água. Profilaxia utilizar equipamentos de proteção : ✔ Luvas; ✔ botas de borracha no trabalho em contato com água suspeita /contaminadas; - retirar a vegetação e limpar as margens de coleções de águas; Profilaxia ✔ Impedir o lançamento de dejetos humanos em coleções de água; - divulgar as medidas de prevenção junto aos seus grupos sociais e, - organizar grupos para obtenção de medidas de controle do meio ambiente.
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