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Direito do Consumidor_UNIDADE 02

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UNIDADE 02 
As práticas abusivas no mercado de consumo. A proteção contratual no Código de Defesa 
do Consumidor. O acesso à justiça e o Código de Defesa do Consumidor. Desconsideração 
da Personalidade Jurídica. Inversão do ônus da prova. Sanções administrativas. 
1. As práticas comerciais 
 É no Capítulo V que o Código de Defesa do Consumidor (CDC) cuida das práticas 
comerciais abusivas e se inicia trazendo um dos conceitos de consumidor por equiparação, 
já estudados no módulo anterior: todos aqueles, determináveis ou não, expostos a 
quaisquer das práticas comerciais indicadas no referido Capítulo, bem como aos tipos legais 
indicados à proteção contratual do Capítulo seguinte do CDC (art. 29, CDC). Este não é tema 
novo: já foi considerado na aula 01. (v. tópico As relações de consumo no texto da aula 01). 
 A seção seguinte trata da Oferta. Nota-se que há inicial preocupação na lei em 
preservar o acesso e o direito básico da informação ao consumidor, modulado, agora, 
especificamente para a publicidade. Assim, os arts. 30 e 31, CDC apresentam-se, permitindo 
ampla garantia de conhecimento pelo consumidor de todos os dados que compõe qualquer 
oferta consumerista de produto ou serviço. Estende sua proteção também para os casos de 
oferta não presencial ao consumidor, garantindo, pelo art. 33, CDC, que haja a identificação 
do fornecedor e dos elementos da oferta proposta (todos do produto ou serviço), não 
podendo ser onerosa ao consumidor a mera oferta remota. Este tema merece atenção, dada 
a expansão das relações não presenciais, com franca compra de bens pela rede mundial de 
computadores e outros meios (como telefone e TV). Atente-se e guarde esta primeira 
abordagem para o tema, pois trataremos dela mais acuradamente adiante, quando do 
estudo do direito de arrependimento e a menção às novas e bastante recentes regras para 
o comércio eletrônico. 
 É meio deslocada nessa Seção (II - da Oferta) que surge a previsão da garantia de 
produção de peças de reposição enquanto não cessar a fabricação ou importação do 
produto e, após, isto, por período razoável de tempo (art. 32, CDC). Note que a tutela sobre 
garantia aparece na seção de práticas comerciais e não como direito básico do consumidor. 
Considerou-se a proteção ampla à oferta. A grande questão aqui é o que deve se entender 
por período razoável de tempo, já que é termo que a lei não cuida de definir. Com o 
entendimento do tema e o passar do aprimoramento do CDC, passou-se a integrar a fonte 
legal com a jurisprudencial, à medida em que entendeu-se como período razoável de tempo 
o tempo médio de vida útil do produto. Para esta definição, se houver norma técnica 
indicativa, um tanto melhor! 
 Além de conceituar e dar o norte para a proteção à oferta, essa Seção do CDC ainda 
indica modelos de responsabilidade civil: o fornecedor é solidariamente responsável pelos 
atos de prepostos ou representantes comerciais (art. 34, CDC) e também pelo 
descumprimento de oferta (art.35, CDC). Neste caso, conferindo ao consumidor, a opção 
imediata de solução do conflito por uma de três hipóteses: 
(i) exigir o cumprimento forçado da obrigação, nos termos da 
oferta, apresentação ou publicidade; 
(ii) aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente; 
(iii) rescindir o contrato, com direito à restituição de quantia 
eventualmente antecipada, monetariamente atualizada, e a 
perdas e danos. 
 
Estas mesmas opções aplicam-se aos casos de ocorrência de publicidade enganosa 
e abusiva, cuja proibição de ocorrência e conceitos estão descritos no art. 37, caput, §1° e 
§3° e §2°, CDC, respectivamente. 
Diferencia-se a publicidade enganosa da abusiva A publicidade é enganosa quando, 
por ação ou omissão do fornecedor, é inteira ou parcialmente falsa, sendo capaz de induzir 
em erro o consumidor, impedindo-o de exercer adequadamente seu direito de escolha 
sobre os mais diversos produtos ou serviços. No que se refere à proibição à publicidade 
abusiva, o CDC buscou proteger a sociedade como um todo, buscando proteger valores 
sociais básicos (igualdade, por meio da proibição da publicidade discriminatória, por 
exemplo; a proteção do meio ambiente) e preservar os consumidores, especialmente 
aqueles em estado especial de vulnerabilidade, como as crianças. Assim, nenhuma 
publicidade poderá incitar o medo ou a superstição ou induzir o consumidor a se comportar 
de forma perigosa ou prejudicial à sua saúde ou segurança. 
Sendo a publicidade instrumento de grande importância para que os fornecedores 
possam se apresentar e atrair no mercado de consumo, a lei preocupa-se em estabelecer 
parâmetros de adequação, inclusive com tipificação criminal (art. 67, CDC). Bem por isso, é 
garantia que o consumidor deve identificar qualquer inserção publicitária como tal (art. 36, 
CDC). E por inserção publicitária entende-se qualquer modalidade de peça publicitária: a 
direta, a indireta, televisiva, falada, escrita, nas redes sociais, o spam, o marketing viral, o 
teaser...Para conhecer um pouco desses conceitos, recomenda-se a leitura do site do 
CONAR (Conselho de Autorregulamentação Publicitária), com a ressalva de que qualquer 
conceito ou normativo lá indicado pelo princípio da hierarquia das normas, deve estar 
adequado ao Código de Defesa do Consumidor e à Constituição Federal para que seja válido, 
aplicável e legal. 
 
TODA OFERTA VINCULA O CONTRATO EM VIRTUDE DA INFORMAÇÃO QUE 
DISPONIBILIZA E ATRAI O CONSUMIDOR A ADQUIRIR DETERMINADO PRODUTO OU 
SERVIÇO. 
 
O Código passa, então, a elencar, num rol exemplificativo, as espécies de práticas 
comerciais abusivas, cuja prática é vedada pelos fornecedores: 
(i) venda casada – art. 39, I, CDC – condicionar ao consumidor a 
aquisição de um produto ou serviço mediante a obrigatória 
aquisição de outro produto ou serviço, quando aquele bem que 
deseja adquirir pode ser comprado individualmente; 
(ii) limitação de quantidade – art. 39, I, in fine, CDC – abusiva desde 
que não justificada, como, p.ex., em prol da coletividade ou 
quando um produto não puder ser vendido separadamente, 
sem que se altere sua qualidade ou substância. Embora muito 
comum, não se deve entender o inciso I do art. 39, CDC como a 
descrição de apenas uma prática abusiva. Como se pode notar, 
ele se desmembra nessas duas, aqui indicadas; 
(iii) recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata 
medida de suas disponibilidades de estoque, de conformidade 
com os usos e costumes (art. 39, II, CDC), bem como recusar-se 
a fornecer produtos/serviços, diretamente a quem se disponha 
a adquiri-los mediante pronto pagamento (art. 39, IX, CDC) – a 
proteção aqui é a de equilíbrio no mercado de consumo, não se 
permitindo a decisão do fornecedor relativamente à venda de 
produto ou prestação de serviço com base em qualquer caráter 
subjetivo, que pode, inclusive, constituir-se discriminatório. 
Para o termo pronto pagamento vale ressaltar que no Brasil o 
único meio compulsório de aceitação de circulação de valores é 
o papel moeda real (Lei do Real). Todavia, pelos usos e costumes 
hoje já se pode admitir que outros meios de pagamentos 
imediatos (ou com reserva e garantia imediata de recebimento), 
como cartões de débito e crédito podem ser admitidos como 
modalidades de pronto pagamento, nos termos da lei; 
(iv) enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, 
qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço (art. 39, III, CDC) 
– situação em o envio, entrega ou fornecimento será 
considerado amostra grátis (art. 39, par.ún, CDC); 
(v) prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do consumidor, 
considerando idade, saúde, conhecimento ou condição social, 
para impor-lhe aquisição de produtos/serviços (art. 39, IV, CDC) 
– em franca proteção ao equilíbrio (enquanto princípio da 
isonomia) do mercado de consumo e do princípio da 
vulnerabilidade, protegendo uma espécie de consumidores 
hipervulneráveis em virtude de suas condições ou 
características (idade, condição social, saúde...); 
(vi)exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva (art. 
39, V, CDC) – tipo mais aberto de prática abusiva e que deve ser 
avaliado caso a caso; 
(vii) executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e 
autorização expressa do consumidor (art. 39, VI, CDC) – prática 
comercial abusiva materializada mais à frente, no art. 40, CDC, 
que impõe a entrega de orçamento, com discriminação do 
serviço a ser executado, inclusive quanto à forma de pagamento 
e data de início e finalização. O orçamento vale por dez dias 
(art.40, §1°, CDC) e uma vez aprovado só pode ser alterado por 
livre negociação entre as partes (art.40, §2°, CDC), não havendo 
qualquer ônus ao consumidor por contratação de terceiros não 
previstos no orçamento prévio (art.40, §3°, CDC) 
(viii) repassar informação depreciativa, referente a ato praticado 
pelo consumidor no exercício de seus direitos (art. 39, VII, CDC); 
(ix) colocar no mercado qualquer produto ou serviço em desacordo 
com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, 
se normas específicas não existirem, pela ABNT ou outra 
entidade credenciada pelo Conmetro (art.39, VIII, CDC) – indica 
perfeita integração das fontes do direito e do Sistema Nacional 
de Proteção e Defesa do Consumidor (v. art. 5°, CDC); 
(x) elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços (art.39, 
XI, CDC) ou aplicar fórmula ou índice diverso do legal ou 
contratualmente estabelecido (art.39, XIII, CDC) – do contrário 
estar-se-ia permitindo a variação unilateral do avençado e a 
majoração do desequilíbrio da relação de consumo. 
(xi) o fornecedor deixar de estipular prazo para o cumprimento de 
sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu 
exclusivo critério (art. 39, XII, CDC) – igualmente consistiria 
permissão de alteração unilateral das condições oferecidas e 
aderidas. 
 
Ainda no Capítulo das Práticas Comerciais o CDC indica mais duas proteções 
específicas para: cobrança de dívida e para bancos de dados de consumo. Quando à 
proteção à cobrança de dívidas, o CDC indica que o consumidor não poderá ser exposto a 
nenhum constrangimento ou ameaça (art. 42, caput, CDC) e nem incomodado em suas 
horas de descanso e lazer, sob pena de imputação penal (art.71, CDC). Deve, também, 
conhecer aquele que lhe está cobrando a dívida, com identificação nominal, documental 
(CPF ou CNPJ) e geográfica (art. 42-A, CDC). Ainda há o direito do consumidor receber em 
dobro devolução do indevidamente pago (art. 42, par.ún., CDC). Esta regra, no entanto, 
prevalece desde que não tenha havido dano justificável pelo fornecedor, a ser avaliado na 
casuística. 
 
2. A Proteção Contratual no Código de Defesa do Consumidor 
A proteção contratual no CDC está no Capítulo VI e subdivide-se para tratar os 
seguintes temas: das disposições gerais, das cláusulas abusivas e do contrato de adesão. Por 
uma opção didática, entender-se-á dos contratos de adesão e das disposições gerais 
inicialmente, para depois estudar-se as espécies de cláusulas abusivas vedadas pelo sistema 
do CDC. 
A maior parte dos contratos de consumo é de adesão, ou seja, nos contratos 
aprovados por autoridades competentes (casos de serviços públicos regulados, p.ex.) ou 
aqueles formulados unilateralmente pelo fornecedor, ao consumidor não é dada a 
oportunidade de negociação: ou aceita ou não (art. 54, caput, CDC). Em raras situações 
possui muito pouca margem para inserir, retirar ou alterar alguma disposição e, ainda assim, 
não fica desaparece a característica de contrato de adesão (art. 54, §1°, CDC). E é assim que 
a proteção legal aparece. Em primeiro plano, como se vê presente e concretizado em todo 
o Código, a informação (sua preservação e oportunização) ao consumidor aparece 
resguardada como pilar chave. Dessa forma, por força do art. 46, CDC, o contrato não 
obrigará o consumidor, se ele não conhecer seu conteúdo previamente ou se sua redação 
dificultar que conheça o seu alcance. 
Ademais, as cláusulas contratuais devem ser redigidas de maneira clara, ostensiva, 
em língua portuguesa e em fonte não menor que o tamanho 12 (art. 54, §3°, CDC). 
Não obstante a essas regras, qualquer cláusula que implique limitação ao direito do 
consumidor deve vir em destaque (art. 54, §4°, CDC). Por destaque entende-se qualquer 
forma, negrito, sublinhado, em caixa alta... Se houver qualquer conjunto de disposições 
contraditórias entre si, elas serão consideradas sempre em favor do consumidor (art. 47, 
CDC), de modo que qualquer escrito particular, pré-contrato ou recibo integrará o 
instrumento final do contrato (porque muitas vezes chamariz para o consumidor), 
obrigando o fornecedor, inclusive, se for o caso, à sua execução específica. 
Diante dessas regras gerais, o Código, então, apresenta um rol exemplificativo de 
normas que se constituem uma vedação padrão em termos de abusividade (art. 51, CDC): 
(i) impossibilitem, exonerem ou atenuem a responsabilidade do 
fornecedor por vícios de qualquer natureza dos produtos e 
serviços ou impliquem renúncia ou disposição de direitos 
(art.51, I, CDC) ou que impliquem na renúncia de indenização 
para os casos indicados no CDC (art. 51, II, CDC) – tratam-se de 
direitos indisponíveis, portanto, não pode ser jamais indicada a 
sua renúncia; 
(ii) transferência da responsabilidades a terceiros (art. 51, II, CDC) – 
de maneira inserida e não expressamente autorizada pelo 
consumidor; 
(iii) estabeleçam obrigações consideradas iníquas, abusivas, que 
coloquem o consumidor em desvantagem exagerada, ou sejam 
incompatíveis com a boa-fé ou a equidade (art. 51, IV, CDC) – 
nítida preservação expressa dos princípios da isonomia e da boa-
fé. Equivale, no tocante à proteção contratual, à vedação, nas 
práticas comerciais, de imposição de situação manifestamente 
excessiva ao consumidor. Veda-se que o fornecedor, 
especialmente em se tratando de um contrato de adesão, 
impinja ao consumidor um ônus maior do que aquele que 
ordinária e regularmente deveria suportar com sua 
contraprestação contratual. O par.ún. do art. 51, CDC indica que 
manifestamente excessiva é a vantagem que: (a) ofende os 
princípios fundamentais do sistema jurídico a que pertence; (b) 
restringe direitos ou obrigações fundamentais inerentes à 
natureza do contrato, de tal modo a ameaçar seu objeto ou 
equilíbrio contratual; (c) - se mostra excessivamente onerosa 
para o consumidor, considerando-se a natureza e conteúdo do 
contrato, o interesse das partes e outras circunstâncias 
peculiares ao caso; 
(iv) estabeleçam inversão do ônus da prova em prejuízo do 
consumidor (art. 51, VI, CDC) – como se verá no tópico do acesso 
à Justiça, a inversão do ônus da prova é instrumento de 
reequilíbrio da relação de consumo e pertinente apenas ao 
consumidor. Daí a abusividade de aproveitá-la em favor do 
fornecedor. Seria patente inobervância e afronta aos princípios 
da isonomia e da vulnerabilidade que norteiam as relações de 
consumo; 
(v) determinem a utilização compulsória de arbitragem (artigo 51, 
VII, CDC) – aspecto controverso, mas bastante pertinente. Não 
se pode, para a maioria das relações de consumo, posto que 
cuidam de direitos indisponíveis, permitir a utilização 
compulsória (por cláusula aposta em contrato de adesão) em 
uma relação de consumo. A disponibilidade dos direitos é uma 
das inafastáveis condições à realização da arbitragem (v. Lei n° 
9.307/96, conhecida como Lei de Arbitragem); 
(vi) imponham representante para concluir ou realizar outro 
negócio jurídico pelo consumidor (art. 51, VIII, CDC) – é o caso 
das famosas cláusulas mandato. Atribuição de poderes para 
representação em qualquer ato ou fato jurídico é faculdade que 
deve ser exercida de maneira livre e consciente, sobretudo em 
uma relação de consumo; 
(vii) deixem ao fornecedor a opção de concluir ou não o contrato, 
embora obrigando o consumidor (art. 51, IX, CDC), ou permitam 
ao fornecedor, direta ou indiretamente, variação do preço de 
maneira unilateral (art. 51, X, CDC) ou, autorizemo fornecedor 
a cancelar o contrato unilateralmente, sem que igual direito seja 
conferido ao consumidor (art.51, XI, CDC) ou, ainda, autorizem 
o fornecedor a modificar unilateralmente o conteúdo ou a 
qualidade do contrato, após sua celebração (art. 51, XIII, CDC) – 
todas as hipóteses indicadas caracterizam-se pela vedação à 
permissão ao fornecedor de alterar os termos avençados de 
maneira unilateral, desequilibrando ainda mais a relação e não 
permitindo ao consumidor o acesso prévio a essa alteração, bem 
como sua anuência posterior; 
(viii) obriguem o consumidor a ressarcir os custos de cobrança de sua 
obrigação, sem que igual direito lhe seja conferido contra o 
fornecedor (art. 51, XII, CDC) – veda-se aqui a transferência da 
teoria do risco ao consumdior; 
(ix) infrinjam ou possibilitem a violação de normas ambientais (art. 
51, XV, CDC) – trata-se da promoção da integração do Direito do 
Consumidor com o Direito Ambiental, duas espécies de 
interesses que têm características diferenciadas e pertencem à 
terceira geração de direitos; 
(x) estejam em desacordo com o sistema de proteção ao 
consumidor (art. 51, XVI, CDC) – permite-se aqui que haja de 
maneira bem ampla a proteção a qualquer cláusula abusiva que 
possa ser aposta em um contrato de consumo, especialmente os 
de adesão, e que venha a infringir qualquer espécie de direito 
protegido pelo CDC ou norma complementar à defesa das 
relações de consumo e integrada (não contrária) ao CDC; 
(xi) possibilitem a renúncia do direito de indenização por 
benfeitorias necessárias (art. 51, XVII, CDC) – especialmente 
aplicáveis aos contatos de aquisição de imóveis. 
Como se disse acima, esse rol é exemplificativo pode ser complementado, como 
historicamente já aconteceu com Portarias do Departamento Nacional de Proteção e Defesa 
do Consumidor (DPDC), que traziam um rol mais minudente e específico de práticas comuns 
no mercado como, p.ex., a limitação dos dias de internação em contratos de planos de 
saúde. 
A existência e posterior afastamento de uma cláusula contratual abusiva não 
invalida o contrato, em consonância com o princípio da teoria geral dos contatos de 
preservação da avença. Todavia, se disser respeito à essência do contrato, não há como 
preservá-lo e ele será invalidado (art. 51, §2°, CDC). A defesa das cláusulas contratuais pode 
ser feita de maneira individual ou coletiva (art. 51, §4°, CDC). 
A proteção contratual no CDC também trata, ainda que de maneira mais geral, de 
algumas espécies contratuais. 
A primeira proteção contratual específica é a preservação do direito de 
arrependimento para as compras feitas de maneira remota. O art. 49, CDC indica que o 
consumidor pode desistir do contrato firmado fora do estabelecimento comercial, de 
maneira imotivada e sem ônus, no prazo de sete dias contados da assinatura do contrato 
ou do recebimento do produto ou prestação do serviço. A mens legis é de preservar o direito 
do consumidor desistir de um contrato para o qual não teve condições pessoais de avaliar 
o produto, de ter contato com o serviço. Por isso a indicação do termo “fora do 
estabelecimento comercial”. O prazo é contado sempre da maneira mais favorável ao 
consumidor. O valor pago pelo produto ou serviço, então, será imediatamente restituído ao 
consumidor e monetariamente corrigido. O direito de arrependimento e as relações 
contratuais remotas são temas por demais atuais, com a realidade e o crescimento do 
comércio eletrônico. Eletrônico, remoto não é só aquele feito por meio da rede mundial de 
computadores, para fins da proteção do artigo em comento. É todo aquele que não permitir 
o contato do consumidor com o produto ou serviço, podendo ser por catálogo, stand de 
vendas, internet, telefone...Este tema tem sido alvo de propostas legislativas há alguns anos, 
culminando com duas importantes iniciativas: os Projetos de Lei do Senado de atualização 
do Código de Defesa do Consumidor (em especial, para o comércio eletrônico o PL n° 
282/12) e o Decreto n° 7.962/13. Este dispõe e determina medidas bastante diretas para o 
comércio eletrônico, peculiarmente pela internet. 
Em seguida, o CDC trata da garantia contratual. Primeiro há que se fazer uma 
distinção entre as espécies de garantia existentes no ordenamento jurídico brasileiro. A 
garantia legal, definida pelos prazos decadenciais indicados no art.26, CDC, ou seja: 30 dias 
para produtos não duráveis e 90 dias para produtos duráveis. (OBS: ESTE É TAMBÉM 
CONSIDERADO O PRAZO PARA RECLAMAÇÃO EM CASO DE VÍCIO, COMO VISTO NA AULA 
01). A garantia contratual, disposta no art. 50, CDC. E, ainda, a garantia estendida, que é 
contratual, tem status de seguro e é para termos e prazos específicos, com prazo 
complementar à legal e à contratual e é regulada pela Superintendência e Seguros Privados 
(SUSEP). Para a garantia contratual, tem-se que se soma à legal e deve ser entregue ao 
consumidor por escrito (art. 50, caput, CDC) e que deve ser bastante detalhada e clara, 
indicando a proteção conferida, a forma, entregue junto com o manual e instruções (art. 50, 
par.ún., CDC). Lembre-se que por se tratar de um contrato, qualquer limitação ou restrição 
de direitos deve vir em destaque (art. 54, §4°, CDC). Deixar de entregar ou de termo de 
garantia dequadamente preenchido ou com informações claras sobre seu conteúdo é crime 
contra o consumidor, nos moldes do art. 74, CDC. 
A terceira espécie de contratos tratada mais detalhadamente pelo CDC é a que 
envolva outorga de crédito ou financiamento para a aquisição de produtos ou serviços (art. 
52, CDC). Neste, a informação sobre o preço (em moeda corrente nacional), juros de mora 
e taxa efetiva anual de juros, todos os acréscimos legalmente previstos, número e 
peridiocidade das prestações e soma total a pagar com e sem financiamento devem estar 
adequadamente indicadas (art. 52, I a V, CDC). É também garantida ao consumidor a 
liquidação antecipada das parcelas vincendas, com o desconto proporcional dos juros da 
parcela mais distante para a mais recente (art. 52, §2°, CDC). Há também regra do Banco 
Central do Brasil (BACEN) para essa informação, que é então denominada de Custo Efetivo 
Total (CET). Confira as Resoluções n°s 3.517/07, 3.909/10, 4.917/13 do BACEN. 
O art.52, §1°, CDC também traz uma regra que é aplicável a qualquer cobrança de 
valor em mora em uma relação de consumo, embora inserta em um dispositivo sobre 
outorga de crédito. Trata-se da multa de mora. Ela só pode ser cobrada se existente em 
contrato e não pode ser superior a 2% (dois por cento) do valor devido, aplicando-se sobre 
a soma do débito sem juros e não se aplicando mensalmente, portanto, ao contrário dos 
juros de mora. 
A última disposição mais específica sobre contratos está no art. 53, CDC e trata dos 
contratos de compra e venda de móveis ou imóveis em prestações ou em caso de alienação 
fiduciária. O caput do dispositivo indica que são nulas as cláusulas que estabeleçam perda 
total das prestações pagas em caso de inadimplemento. Para os contratos de consórcio, no 
entanto, podem ser descontados a vantagem econômica auferida com a fruição do bem (o 
que mais tarde, após a publicação do CDC, acabou tornando-se parâmetro para os contratos 
que envolviam inadimplemento de bens imóveis), bem como prejuízos que o desistente ou 
inadimplente causar ao grupo (art. 53, §2°, CDC). 
 
3. O Acesso à Justiça no Código de Defesa do Consumidor. Desconsideração da 
personalidade jurídica. 
O CDC é uma das normas mais elaboradas e complexas do Brasil e do mundo, 
inspirando, inclusive outros países. Contempla ao mesmo tempo, normas materiais civis, 
administrativas e penais e, ainda, a tutela jurisdicional que norteia todos as espécies de 
interesses transindividuais, não só os consumeristas. Possui, dessa forma, meios de acesso 
à Justiça – coletivos e individuais – muito peculiares. 
O Título III – Da Defesa do Consumidor em Juízo inaugura-se com uma disposição de 
direito processual coletivo, definindo o que sãointeresses difusos, coletivos e individuais 
homogêneos (art. 81, CDC), seguindo-se do rol de colegitimados ativos ad causam para a 
propositura da ação coletiva (art. 82, CDC que deve ser lido com o art. 5° da Lei de Ação Civil 
Pública) e garantindo ao Ministério Público, ao menos, a função de fiscal da lei na demanda 
coletiva (art. 92, CDC), bem como indica expressamente de que são admitidas todas as 
formas de defesa judiciais existentes para a tutela consumerista (art. 83, CDC). 
O dispositivo seguinte (art. 84, CDC) cuida da possibilidade de tutela antecipada do 
pedido, recepcionando a obrigação de fazer ou não fazer nessa esfera e inspirando o Código 
de Processo Civil/1973 para a posterior criação do art. 461 e da reforma do art. 273. A regra 
para a tutela antecipada é a execução de uma obrigação de fazer ou não fazer, que, 
excepcionalmente, poderá ser convertida em perdas e danos somente se o autor aceitar 
ou se for impossível a tutela específica ou o resultado prático correspondente pela 
execução da obrigação (art. 84, §1°, CDC). Admite-se a imposição de multa pelo 
descumprimento, a chamada ASTREINTE, que pode ser fixada pelo juízo em diária e que, 
mesmo na hipótese da indenização, não se afasta (art. 84, §2°, CDC). A medida 
antecipatória, inclusive, pode ser concedida inaudita altera pars (art. 84, §3°, CDC), 
ressalvando-se o caso da Fazenda Pública, o que, contudo, é alvo de discussão judicial ainda. 
Para o cumprimento da tutela específica, pode o juiz determinar as medidas necessárias, 
como a busca e apreensão, desfazimento de obras, entre outras, elencadas 
exemplificativamente no art. 84, §5°, CDC. 
Disposições acerca de tutela coletiva, são tratadas em disciplina específica e não 
serão objeto de estudos neste tema. 
Como mecanismo de defesa do consumidor, o CDC permite que, no polo passivo, 
em situações expressas em lei, haja a desconsideração da personalidade jurídica (art. 28, 
CDC). A intenção é preservar a facilitação de acesso e defesa do consumidor, afastando-se 
a ficção jurídica da pessoa jurídica sempre que, em detrimento do consumidor, houver 
abuso de direito, excesso de poder, infração à lei, fato ou ato ilícito, violação dos estatutos 
sociais, insolvência ou falência em virtude de má administração ou quando for mero 
obstáculo para ressarcimento de danos ao consumidor (art. 28, caput e §5°, CDC). Atinge-se 
tanto a pessoa dos sócios como as sociedades coligadas (que só respondem por culpa – art. 
28, §4°, CDC), controladoras ou consorciadas (art. 28, §2° e §3°, CDC). 
Outro instrumento de facilitação de defesa atinge o conteúdo probatório da ação 
judicial e pode ser invocado tanto na tutela jurisdicional individual como na coletiva. Trata-
se da inversão do ônus da prova, um direito básico, prescrito no art. 6°, VIII, CDC. Permite 
ao consumidor a inversão da regra ordinária probatória de que aquele que formula a 
alegação, é quem deve provar. Dada a vulnerabilidade e hipossuficiência do consumidor na 
relação que o envolve, ao fornecedor é a quem cabe provar que não se sustenta a alegação 
formulada pelo consumidor. Assim, como medida excepcional e jurisdicional (somente no 
curso de um processo) sempre que presente um dos requisitos na lei, a saber: a 
verossimilhança das alegações do consumidor e sua hipossuficiência, será invertido o ônus 
da prova. Embora a lei se utilize do termo “e” para os indicados requisitos, a leitura deve ser 
alternativa, como se houvesse a conjunção “ou”, sendo necessária a presença de apenas 
alguns deles, conforme bom acervo jurisprudencial. Em provas, é mais recomendável que 
se opte pela alternativa indicada na lei, ou seja, a presença dos dois requisitos 
hipossuficiência E verossimilhança. A verossimilhança das alegações do consumidor indica 
a necessária “aparência da verdade” das alegações formuladas pelo consumidor. A 
hipossuficiência está relacionada ao agravamento da condição de vulnerabilidade que 
caracteriza todos os consumidores (art. 4º, I, CDC), tornando-os mais frágeis e 
impossibilitados de realizar a prova dos fatos constitutivos dos seus direitos. Pode ser 
técnica, jurídica, fática ou econômica. 
Discute-se sobre o momento da inversão do ônus da prova no curso do processo, 
se no despacho saneador ou como regra de julgamento, ao final, na sentença. Parece mais 
adequado que seja no despacho saneador, sob pena de perda dos atos processuais e ofensa 
ao princípio da economia processual e das diretrizes mais recentes do Conselho nacional de 
Justiça. 
 
 
4. Sanções administrativas e Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC). 
O art. 5º do Código de Defesa do Consumidor incentiva a criação de órgãos 
administrativos (do Estado) a comporem o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor, para 
que realizem a Política Nacional de Defesa do Consumidor. 
O SNDC foi criado pelo Código de Defesa do Consumidor, objetivando possibilitar a 
articulação dos órgãos públicos e privados, que têm por atribuição e dever de tutelar o 
consumidor. 
Dispõem os arts. 105 e 106, CDC: 
TÍTULO IV 
Do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor 
 Art. 105. Integram o Sistema Nacional de Defesa do Consumidor 
(SNDC), os órgãos federais, estaduais, do Distrito Federal e municipais e 
as entidades privadas de defesa do consumidor. 
 Art. 106. O Departamento Nacional de Defesa do Consumidor, da 
Secretaria Nacional de Direito Econômico (MJ), ou órgão federal que 
venha substituí-lo, é organismo de coordenação da política do Sistema 
Nacional de Defesa do Consumidor, cabendo-lhe: 
 I - planejar, elaborar, propor, coordenar e executar a política nacional 
de proteção ao consumidor; 
 II - receber, analisar, avaliar e encaminhar consultas, denúncias ou 
sugestões apresentadas por entidades representativas ou pessoas 
jurídicas de direito público ou privado; 
 III - prestar aos consumidores orientação permanente sobre seus 
direitos e garantias; 
 IV - informar, conscientizar e motivar o consumidor através dos 
diferentes meios de comunicação; 
 V - solicitar à polícia judiciária a instauração de inquérito policial para 
a apreciação de delito contra os consumidores, nos termos da legislação 
vigente; 
 VI - representar ao Ministério Público competente para fins de 
adoção de medidas processuais no âmbito de suas atribuições; 
 VII - levar ao conhecimento dos órgãos competentes as infrações de 
ordem administrativa que violarem os interesses difusos, coletivos, ou 
individuais dos consumidores; 
 VIII - solicitar o concurso de órgãos e entidades da União, Estados, do 
Distrito Federal e Municípios, bem como auxiliar a fiscalização de preços, 
abastecimento, quantidade e segurança de bens e serviços; 
 IX - incentivar, inclusive com recursos financeiros e outros programas 
especiais, a formação de entidades de defesa do consumidor pela 
população e pelos órgãos públicos estaduais e municipais; 
 X - (Vetado). 
 XI - (Vetado). 
 XII - (Vetado) 
 XIII - desenvolver outras atividades compatíveis com suas finalidades. 
 Parágrafo único. Para a consecução de seus objetivos, o 
Departamento Nacional de Defesa do Consumidor poderá solicitar o 
concurso de órgãos e entidades de notória especialização técnico-
científica. 
 
São estes órgãos e função estatal que promovem os processos administrativos que, 
ao cabo, podem incidir na aplicação das respectivas sanções administrativas, indicadas no 
art. 56, CDC: 
Art. 56. As infrações das normas de defesa do consumidor ficam sujeitas, 
conforme o caso, às seguintes sanções administrativas, sem prejuízo das 
de natureza civil, penal e das definidas em normas específicas: 
 I - multa; 
 II - apreensão do produto; 
 III - inutilização do produto; 
 IV - cassação do registro do produto junto ao órgão competente; 
 V - proibição de fabricação do produto; 
 VI - suspensão de fornecimento de produtos ou serviço; 
 VII - suspensãotemporária de atividade; 
 VIII - revogação de concessão ou permissão de uso; 
 IX - cassação de licença do estabelecimento ou de atividade; 
 X - interdição, total ou parcial, de estabelecimento, de obra ou de 
atividade; 
 XI - intervenção administrativa; 
 XII - imposição de contrapropaganda. 
 Parágrafo único. As sanções previstas neste artigo serão aplicadas 
pela autoridade administrativa, no âmbito de sua atribuição, podendo ser 
aplicadas cumulativamente, inclusive por medida cautelar, antecedente 
ou incidente de procedimento administrativo. 
 
Tais penas podem ser aplicadas de acordo com a gravidade da infração à lei, isolada 
ou cumulativamente. 
 Como o art. 55 permite, em caráter concorrente entre os diversos órgãos que 
participam do SNDC a edição de normas, inclusive setoriais, também entende-se que a 
instauração de processo administrativo em âmbitos diferentes, sendo um deles setorial, não 
constitui bis in idem, ou seja, dois processos administrativos podem tramitar paralelamente 
sobre mesmo fato – sendo um setorial. P.ex. um processo no Procon e outro no Banco 
Central do Brasil por infração de normas consumeristas e setoriais bancárias por uma 
instituição financeira. 
 
QUESTÕES DE FIXAÇÃO 
1. Explique a proteção conferida pelo Código de Defesa do Consumidor aos cadastros de 
consumo. 
2. O rol de práticas comerciais abusivas é taxativo ou exemplificativo? Conceitue e explique 
três práticas comerciais abusivas contidas no Código de Defesa do Consumidor. 
3. Qual a importância dos escritos particulares aos contratos sob a ótica das relações de 
consumo? 
4. Quais os efeitos ao contrato quando uma cláusula é considerada nula? 
5. Explique o direito de arrependimento. Qual seu prazo? 
6. Como se dá a tutela antecipada para as relações de consumo, de acordo com as regras 
processuais específicas e vigentes do Código de Defesa do Consumidor? 
7. Explique a inversão do ônus da prova. 
8. Pode mais de um órgão de proteção e defesa do consumidor instaurar processos 
administrativos sobre mesmo fato? Justifique. 
 
 
BIBLIOGRAFIA ONLINE 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547217600/cfi/0 
 
https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788547217600/cfi/0

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