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FACULDADE DE ENSINO DE MINAS GERAIS UNIDADE VENDA NOVA III ADRIANA MUNIZ ALINE CRISTINA SILVA SOUSA ANDREZA FURTADO PEREIRA JONATHAN PATRICK OLIVEIRA KARINE DIAS SOUSA PRISCILA DA SILVA SANTOS RENATO GOMES SOARES TALITA ADRIELLE DE CASTRO LEGISLAÇAO FARMACEUTICA CASOS CLÍNICOS PARA ESTUDO E INTERPRETAÇÃO Atividade sobre a disciplina de Legislação Farmacêutica da Faculdade de Ensino de Minas Gerais , ministrada pela professora Aline Mourão. BELO HORIZONTE, 15 DE MARÇO DE 2019. SUMÁRIO: OBJETIVOS ................................................................................................ 3 DESENVOLVIMENTO ................................................................................ 4 CONCLUSÃO ............................................................................................. 10 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................... 10 1. OBJETIVOS : OBJETIVOS GERAIS • O objetivo principal da atividade proposta é aprofundar o conhecimento a respeito da Legislação farmacêutica em relação as seguintes áreas: aplicação farmacêutica na área da Homeopatia, Exercício Ilegal da Medicina, Educação: Falsidade ideológica (conduta profissional),Drogarias e farmácia hospitalar, Dispensação de medicamentos controlados. OBJETIVOS ESPECÍFICOS • Desenvolver conhecimentos sobre Homeopatia e suas aplicações, baseando- se nas principais exigências em relação ao procedimento medicamento homeopáticos, de acordo com a Legislação vigente. • Desenvolver conhecimentos sobre exercício ilegal da medicina, declarações emitidas por farmacêuticos, e quais as condutas corretas em cada situação. • Desenvolver conhecimentos sobre conduta profissional Farmacêutica (falsidade ideológica), exemplo descrito na atividade. • Desenvolver conhecimentos sobre dispensação de medicamentos tarjados, normas de aviamento de receitas médicas e conduta adequada no caso de falta de estoque do medicamento informado. • Desenvolver conhecimentos sobre Dispensação de medicamentos controlados, regras a serem seguidas e conduta profissional a ser seguidas em caso de erro de dispensação e troca de medicamentos de receita controle especial. 2. DESENVOLVIMENTO Caso 13- Área: Farmácia Homeopática- Assunto: Irregularidades sanitárias e profissionais A farmácia manipula somente medicamentos homeopáticos. O fiscal realizou inspeção fiscal no dia 1º de agosto de 2013 e verificou que houve alteração do farmacêutico responsável, sendo que este não possuía especialização na área de homeopatia e não havia cursado a disciplina nem o estágio pertinente na área. As tinturas-mães e as matrizes encontravam-se armazenadas em uma prateleira exposta à luz solar e nos rótulos não constava o lote e o prazo de validade. A) Aponte as irregularidades no caso acima. Justifique a sua resposta. *Farmacêutico responsável não habilitado não possuía especialização na área de homeopatia e não havia cursado a disciplina nem o estágio pertinente na área homeopatica: deve possuir mínimo de estágio na área, habilitado para exercer a responsabilidade técnica em homeopatia o farmacêutico que tiver cursado a disciplina de homeopatia de, no mínimo, 60 (sessenta) horas no curso de graduação, complementadas com estágio em manipulação e dispensação de medicamentos homeopáticos de, no mínimo, 240 (duzentas e quarenta) horas. *As tinturas-mães e as matrizes encontravam-se armazenadas em uma prateleira exposta à luz solar e nos rótulos não constava o lote e o prazo de validade: É de total responsabilidade do farmacêutico a qualidade dos medicamentos homeopáticos sobre os aspectos de produção, manipulação, conservação, dispensação e transporte. B) Qual seria a conduta adequada do farmacêutico nesse caso? O farmacêutico responsável deverá ser habilitado e qualificado devidamente para assumir a responsabilidade do estabelecimento. Sendo assim, deverá também assegurar as qualidades físico-química antes da dispensação. A matriz deve ser identificada por meio de rótulo interno ou do fornecedor, de acordo com as normas internacionais de nomenclatura e legislação específica sempre contendo: prazo de validade mês e ano, origem, etc. Caso 16 – Área: Diversas áreas de atuação - Assunto: Exercício ilegal da medicina O médico encaminhou uma denúncia ao CRF-SP relatando que sua paciente apresentou uma declaração emitida por uma farmacêutica, onde informava que a paciente estava sob seus cuidados havia dois anos e apresentava um quadro de deficiência nutricional, insônia e depressão. A farmacêutica também declarou que a paciente não possuía força muscular, ânimo e vontade de comer. Também apresentava um quadro de desorientação, crise de enxaqueca e severa perda de massa magra com aumento de percentual de gordura corporal. A) Aponte as irregularidades no caso acima. Justifique a sua resposta. Exercício ilegal da medicina: declaração emitida por uma farmacêutica, onde informava que a paciente estava sob seus cuidados havia dois anos e informava uma avaliação detalhada de estado do paciente que poderia ser feito somente por um Médico. Resolução CFF nº 596/2014 capitulo IV: Das Proibições II- Exercer simultaneamente a medicina. B) Qual seria a conduta adequada do farmacêutico nesse caso? A Farmacêutica, após anamnese do paciente deveria ter orientado e encaminhado diretamente para o serviço de saúde, para que a avaliação fosse feita pelo médico. Caso 20- Área: Educação- Assunto: Falsidade ideológica O CRF recebeu denúncia de uma coordenadora de curso de farmácia referente a um farmacêutico inscrito no CRF. Os documentos encaminhados declaravam que vários alunos solicitavam realizar estágio supervisionado obrigatório em um estabelecimento que era de propriedade de farmacêutico. O farmacêutico, além de proprietário era o responsável técnico, com horário de assistência registrado de segunda a sábado, das 08h ás 18h, com intervalo das 12h ás 14h. A coordenadora encaminhou o termo de compromisso de estágio e, a drogaria, a ficha de avaliação dos discentes. Todos os documentos estavam assinados pelo farmacêutico. De acordo com a coordenadora, o supervisor do estágio, realizou dez visitas nas locais e várias ligações durante o período e horário de estágio informado pelos discentes; contudo, em nenhuma tentativa encontrou os estudantes presentes no estabelecimento. Os discentes entregaram ao supervisor toda a documentação do estágio, comprovando que realizaram a atividade nos dias determinados. O supervisor, como não havia constatado pessoalmente a presença dos discentes no local do estágio, realizou uma reunião com todos os discentes, informando do ocorrido e solicitando explicações. Alguns estudantes, durante a reunião, declararam não ter realmente realizado o estágio, e que somente foram duas vezes ao estabelecimento: a primeira, para a entrega dos documentos; a segunda, para busca-los. Também informaram que o farmacêutico tinha esta atitude porque eles eram clientes do estabelecimento. A) Aponte as irregularidades no caso acima. Justifique a sua resposta. Assinatura de atividades diárias e avaliação de estágio pelo farmacêutico sem o devido comparecimento dos discentes ao devido local determinado (Alguns estudantes, durante a reunião, declararam não ter realmente realizado o estágio, e que somente foram duas vezes ao estabelecimento: a primeira, para a entrega dos documentos; a segunda, para busca-los. Também informaram que o farmacêutico tinha esta atitude porque eles eram clientes do estabelecimento). LEI 11.788/2008 Art. 16 - O estudante será desligado do estágio nas seguintes hipóteses: V - em decorrência do descumprimento de qualquer obrigação assumida no Termo de Compromissode Estágio - TCE VI - pelo não comparecimento, sem motivo justificado, por mais de cinco dias consecutivos ou não, no período de um mês, ou 30 (trinta) dias durante todo o período de estágio; Justificativa: o farmacêutico não agiu de forma correta, só poderia assinar se os alunos tivessem participado das atividades. Resolução do CFF n° 596/2014 CAPÍTULO IV Das Proibições Art. 14 - É proibido ao farmacêutico: XX - assinar trabalho realizado por outrem, alheio à sua execução, orientação, supervisão ou fiscalização ou, ainda, assumir responsabilidade por ato farmacêutico que não praticou ou do qual não participou; B) Qual seria a conduta adequada do farmacêutico nesse caso? O farmacêutico deveria esta no local todo o horário como registrado na ficha de responsabilidade técnica, acompanhado, orientando e avaliando adequadamente os discentes em todo período de estágio. Caso 26 – Área: Drogaria/ Farmácia Hospitalar- Assunto: Erro de dispensação A coordenadora da farmácia do Hospital Bem Viver protocolou notificação de ocorrência referente à dispensação de medicamento contrário a prescrição médica. De acordo com a notificação, o farmacêutico, responsável pelo setor de farmácia hospitalar, realizou a troca do diclofenaco sódico, prescrito pelo médico, pelo meloxicam, alegando que após análise do histórico do paciente e diante da ausência na farmácia do medicamento diclofenaco sódico, poderia substituí-lo pelo medicamento meloxicam. Convocado para esclarecimento, o farmacêutico compareceu no CRF para prestar esclarecimentos e declarou: “possuía em estoque o medicamento diclofenaco sódico, porém, ao verificar o bin, observei que não havia nenhum comprimido. Diante do fato e tendo experiência como farmacêutico clínico, imaginou que pudesse realizar a troca, pois, os dois medicamentos fazem parte do mesmo grupo farmacêutico e tem conhecimento para realizar a troca. A) Aponte as irregularidades no caso acima. Justifique sua resposta. Por se tratar de medicamento de venda por prescrição médica, o farmacêutico não poderia realizar a troca sem consentimento médico, realizado através de acordo com justificatica prévia. Art. 6º - O farmacêutico poderá prescrever medicamentos cuja dispensação exija prescrição médica, desde que condicionado à existência de diagnóstico prévio e apenas quando estiver previsto em programas, protocolos, diretrizes ou normas técnicas, aprovados para uso no âmbito de instituições de saúde ou quando da formalização de acordos de colaboração com outros prescritores ou instituições de saúde. Justificativa: Para tal ato, deveria ter notificado o médico prescritor, informado a falta do medicamento, §1º - Para o exercício deste ato será exigido, pelo Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição, o reconhecimento de título de especialista ou de especialista profissional farmacêutico na área clínica, com comprovação de formação que inclua conhecimentos e habilidades em boas práticas de prescrição, fisiopatologia, semiologia, comunicação interpessoal, farmacologia clínica e terapêutica. §3º - É vedado ao farmacêutico modificar a prescrição de medicamentos do paciente, emitida por outro prescritor, salvo quando previsto em acordo de colaboração, sendo que, neste caso, a modificação, acompanhada da justificativa correspondente, deverá ser comunicada ao outro prescritor. B) Qual seria a conduta adequada do farmacêutico nesse caso? Para tal ato, deveria ter notificado o médico prescritor, informado a falta do medicamento, ou orientado o paciente a retornar ao médico. Caso 27- Área: Drogaria – Assunto: Dispensação de medicamentos controlados O CRF recebeu denúncia de médica psiquiatra, informando que uma farmacêutica encaminhou e-mail para ela solicitando a emissão de receita de Ritalina*40mg. A justificativa ainda que o SNGPC não dá alternativa para correção de estoque por dispensação incorreta, que o paciente foi contatado e houve troca do medicamento. Pórem, a farmacêutica não pode dar entrada no estoque do medicamento que já havia dispensado, tendo ficado sob sua responsabilidade o medicamento e a correção do estoque. A) Aponte as irregularidades no caso acima. Justifique a sua resposta. Após a constatação de que o medicamento dispensado possuía a concentração diferente da prescrita pela médica psiquiatra a farmacêutica realiza o contato com o profissional prescritor, apesar do erro ter sido inerente à dispensação.Ao solicitar uma nova receita foi desconsiderada a legitimidade da prescrição do medicamento, no que se refere à concentração adequada para o paciente identificado.Ademais, a RDC 20 de 2011 prevê a possibilidade de devolução de medicamentos somente em caso de desvio de qualidade, não sendo previstos erros durante o processo de dispensação. Visto isso, a reintegração do produto aos registros do sngpc se mostra inviável devido ao fator legal. Vale ressaltar, que após a dispensação e medicamento, estando esse sob os cuidados do consumidor, não é mais possível ao farmacêutico assegurar que tenham sido observados os cuidados de armazenamento para a preservação integral das suas características. Assim, o fator legal e a impossibilidade de previsão do risco sanitário oferecido por medicamento listado na portaria SVS/MS 344/98, e que esteve em posse do consumidor fora do estabelecimento em q foi dispensado, validam a inviabilidade da reintegração aos estoques. B) Qual seria a conduta adequada do farmacêutico nesse caso? Seguir o recomendado na portaria SVS/MS 344/98:Art. 44. Quando, por qualquer motivo, for interrompida a administração de medicamentos a base de substâncias constantes das listas deste Regulamento Técnico e de suas atualizações, a Autoridade Sanitária local deverá orientar o paciente ou seu responsável, sobre a destinação do medicamento remanescente. E o que consta na Portaria 06/99: Art. 90 Quando, por qualquer motivo, for interrompida a administração de medicamentos a base de substâncias constantes das listas da Portaria SVS/MS nº 344/98 e de suas atualizações, o prescritor e/ou a Autoridade Sanitária local devem recomendar ao paciente ou seu responsável que façam a entrega destes medicamentos no Órgão competente Vigilância Sanitária. A Autoridade Sanitária emitirá um documento comprobatório do recebimento e, posteriormente, dará o destino conveniente (inutilização ou doação). 3. PREPARO DA ATIVIDADE: O trabalho foi realizado na sala de aula, nos horários da disciplina específica, em discussão entre todos os integrantes do grupo ADRIANA MUNIZ, ALINE CRISTINA SILVA SOUSA, ANDREZA FURTADO PEREIRA, JONATHAN PATRICK OLIVEIRA, KARINE DIAS SOUSA, PRISCILA DA SILVA SANTOS, RENATO GOMES SOARES e TALITA ADRIELLE DE CASTRO. A parte de digitação foram feitos por PRISCILA DA SILVA SANTOS casos 13, caso 16 e caso 26; JONATHAN PATRICK OLIVEIRA caso 20; ADRIANA MUNIZ caso 27. A Parte de confecção do trabalho foi feito por PRISCILA DA SILVA SANTOS. 4. CONCLUSÃO: Conforme a legislação farmacêutica, algumas atividades só podem ser realizadas pelo profissional farmacêutico. A importância do conhecimento das legislações farmacêuticas, no exercício da profissão. As legislações vêm para auxiliar e assegurar a melhor conduta nos mais diversos casos de aplicação farmacêutica. É essencial para garantirmos o reconhecimento da profissão, conduta correta e conhecimentos de legislação farmacêutica. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: BRASIL , CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA. Resolução CFF nº 586/2013 , que regula a prescrição farmacêutica e dá outras providências. BRASIL, CONSELHO REGIONAL DE FARMÁCIA. Resolução CFF nº 596/2014 , que dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as regras de aplicação dassansões disciplinares. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Portaria SVS/MS n° 344/1998, aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. RDC ANVISA n° 22/2014, dispõe sobre o Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados – SNGPC,revoga a Resolução de Diretoria Colegiada nº 27, de 30 de março de 2007, e de outras providências. BRASIL. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, lei nº11.788/2008, dispõe sobre o estágio de estudantes, altera a redação do art 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996, revoga as leis n°s 6494 de 7 de dezembro de 1977 e 8859 , de março de 1994, o parárafo único do art 82 da Lei n°9394, de 20 de dezembro de1996, e o art 6° da Medida Provisória n° 2 164-41, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. BRASIL. CONSELHO FEDERAL DE FARMÁCIA. Resolução n° 635/2016, que dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no âmbito da homeopatia e dá outras providências. BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. RDC ANVISA nº 67/2007, dispõe sobre Práticas de Manipulação de Preparações Magistrais e Oficinais para o uso humano em farmácias.
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