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FILMES RADIOGRÁFICOS
O filme radiográfico é composto por uma emulsão fotográfica muito fina (aproximadamente 10 µm) e uma base plástica transparente (poliéster ou acetato de celulose) que serve para dar sustentação à emulsão. Esta emulsão está em suspensão em gelatina fotográfica, o que permite uma melhor distribuição da mesma, não deixando que ela se deposite na base plástica do filme. A gelatina também protege a emulsão do contato humano enquanto a imagem não é processada.
Base
 A base, ou suporte, é o componente que dá sustentação ao material que será sensibilizado e armazenará a imagem radiográfica. Possui uma espessura em torno de 180 µm. Deve ter algumas características físicas que se referem à resistência mecânica para atuar como base para a emulsão, possuir boa estabilidade dimensional (baixa dilatação), além de adequada absorção de água, facilitando o processo de revelação. Também é importante que a base seja transparente, pois a imagem é visualizada pela relação de sombras que ficam configuradas a partir da iluminação colocada por trás do filme. Um corante é adicionado a base, em tom azulado, para diminuir o cansaço visual, além de melhorar a percepção dos contrastes pelo olho humano.
Substrato
 É o elemento de ligação entre a base e a gelatina. Uma vez que a base é feita de poliéster ou celulóide, que são elementos muito lisos e escorregadios, a gelatina não teria como aderir a estes materiais. Assim, é colocado uma fina camada de uma substância que funciona como cola entre a gelatina e a base.
Gelatina
 É um composto químico que possui a função principal de manter os grãos de haletos de prata em suas posições fixas e uniformemente distribuídas. Outra característica é a de permitir a passagem de água e dos produtos da revelação por entre os microcristais.
Elemento sensível à radiação 
Este é o elemento principal, pois é o que absorve a radiação e a converte em imagem, constituída de uma gama de tons escuros e claros que contêm informação útil para diagnóstico. Os haletos de prata mais utilizado são os brometos. Eles são depositados em forma de microcristais (da ordem de 1 µm de diâmetro) sobre a base, misturados à gelatina que os mantém em suas posições relativas. Aos microcristais de brometo de prata é adicionada uma pequena quantidade de iodeto de prata (até 10%), o que serve para aumentar a sensibilidade em relação ao uso de qualquer uma das duas substâncias puras.
Os átomos de prata, bromo e iodo formam uma molécula a partir de ligações atômicas entre si. A prata possui um elétron na sua última camada (O). O bromo e o iodo possuem 7 elétrons nas suas últimas camadas (N e O, respectivamente). Porém, os átomos são mais estáveis se possuírem 8 elétrons na última camada. Então, a prata cede seu elétron para o bromo ou o iodo, que se completam. Assim surgem, na molécula do haleto, íons positivos (Ag+ ) e íons negativos (Br ou I). Como a estrutura cristalina dos haletos não é rígida, estes íons negativos têm uma tendência a se localizarem na periferia da molécula, forçando os íons de prata a se deslocarem para o centro. Por causa disto, a superfície dos microcristais torna-se ligeiramente negativa. Para que os fótons possam ser realmente capturados pelos haletos de prata, é misturada uma impureza durante a confecção dos microcristais. Esta impureza tem por função atrair os elétrons liberados do bromo e do iodo pela incidência do fóton, dando início à formação da imagem.
Capa protetora 
Trata-se de uma película que cobre a gelatina a fim de protegê-la contra a abrasão ou o atrito causado sado pela manipulação do técnico ou quando em contato com os rolos da processadora automática, além de evitar o grudamento entre as folhas dentro da caixa de filmes.
Corante anti-halo 
Nos filmes de dupla camada de emulsão, é utilizado um corante especial na base do filme para evitar o efeito halo. O efeito halo ocorre quando um fóton de luz além de interagir com os haletos de prata na camada anterior do filme, também interage com a camada posterior. Ou seja, há uma duplicação da imagem. Com o corante misturado a base, após o fó- ton de luz interagir, ou não com uma camada de emulsão do filme, este não atingirá a camada oposta, pois o corante irá absorvê-lo.
Processo de sensibilização
Este processo de sensibilização começa quando um fóton de luz oriundo da tela intensificadora interage com a gelatina e com os microcristais. Se o fóton de luz perder totalmente sua energia, então ocorrerá uma interação fotoelétrica. Se apenas parte da energia do fóton for transferida para os átomos do filme, então ocorrerá uma interação por efeito Compton. Tanto na interação fotoelétrica quanto no efeito Compton, um elétron do átomo atingido é liberado, e com muita energia. Geralmente, o átomo de bromo ou iodo, por possuírem um elétron a mais, são os que mais facilmente liberam elétrons.
IMAGEM LATENTE 
Quando o feixe de radiação emerge do paciente e interage com os elementos sensíveis presentes no filme ocorre um fenômeno físico que faz com que a estrutura física dos microcristais de haletos de prata seja modificada, formando o que se conhece como imagem latente. A visualização somente será possível pelo processo de revelação, que fará com que aqueles microcristais que foram sensibilizados sofram uma redução de maneira a se transformarem em prata metálica enegrecida. É importante lembrar que a imagem já está formada, porém não pode ser visualizada, por isso deve-se ter cuidado na sua manipulação. Apenas quando a prata for enegrecida, suspensa na gelatina, é que se terá a imagem visível na radiografia e que se supõe conter as informações acerca das estruturas irradiadas.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
· SOARES, F. A; LOPES, H. B.; FILME RADIOGRÁFICO e PROCESSAMENTO; Curso técnico em radiologia- Nucléo de Tecnologia Clínica; CEFET- Santa Catarina, 2001.
· PISTÓIA,G. D. et.al; A IMAGEM LATENTE E A QUÍMICA DO PROCESSAMENTO RADIOGRÁFICO; Saúde, Vol. 30 (1 - 2): 12-20, 2004.

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