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Anatomia e biomecânica do assoalho pélvico e pelve Profa Ana Eulina Araújo Dimensões da pelve óssea • PELVE MAIOR/PELVE FALSA/ANATOMICA: • Porção integrante da cavidade abdominal • PELVE MENOR/VERDADEIRA/OBSTÉTRICA: • Estreito superior • Estreito médio • Estreito inferior Fonte: Google imagem Dimensões da pelve óssea 1. Pelve Maior: lateralmente limitada pelos ílios e incompleta ventral e dorsalmente 2. Pelve Menor: Mais completa do que a pelve maior, limitada pelas circunferência superior e inferior Lemos, 2014 Três diâmetros principais: 1. Anteroposterior (conjugado anatômico): Estende-se do ângulo sacrovertebral até a sínfise púbica (aprox. 11 cm) 2. Transverso: Estende-se pela maior largura da abertura superior, no meio da linha terminal para o mesmo ponto do lado oposto (aprox. 13,5 cm na mulher) 3. Oblíquo: Eminência iliopectínea de uma lado da articulação sacroilíaca do lado oposto (aprox. 12,5 cm) Diâmetros da pelve maior Lemos, 2014 Diâmetros da pelve maior 1. Anteroposterior (conjugado anatômico) 2. Transverso 3. Oblíquo Lemos, 2014 Diâmetros da pelve menor Vista superior Vista medial Dalley e Moore, 2006 Diâmetros da pelve Abertura inferior da pelve Tortora, 2007 Biomecânica da pelve Biomecânica da pelve • Elo entre a coluna vertebral e os membros inferiores: • O movimento da pelve move as articulações dos quadris e coluna lombar • O movimento do quadril causa o movimento pélvico Biomecânica da pelve • MM Flexores do Quadril causam inclinação pélvica posterior • MM abdutores e adutores proporcionam uma inclinação pélvica • MM rotadores causam rotação pélvica • A estabilização pélvica na realização do movimento do quadril precisa ser feita pelos MM abdominais, eretores da espinha, multífidos e quadrado lombar Biomecânica da pelve • Os movimentos das articulações sacroiliacas são pequenos, e em deslizamento entre as faces articulares • O movimento entre as articulações sacroilíacas e lombossacras são acompanhados de um realinhamento da coluna (+ lombar) • Além da mobilidade entre a coluna e a pelve, existem os movimentos entre as asas do ilíacas e o sacro: • Contranutação • Nutação Neumann, 2006 Embora independente, podem acontecer junto com a anterversão e retroversão pélvicas Contranutação da pelve • Promotório move-se para cima e posteriormente • Extremidade inferior do sacro e cóccix deslocam-se para frente • Cristas ilíacas separam-se e as tuberosidades isquiáticas aproximam-se • Estreito inferior diminui e o estreito superior aumenta Lemos, 2014 Nutação da pelve •Promotório desloca-se para baixo e para frente • Área distal do sacro + extremidade distal do cóccix deslocam-se posteriormente • Cristas ilíacas se aproximam e as tuberosidades isquiáticas se separam • O estreito superior diminui e o inferior aumenta Lemos, 2014 Anterversão da pelve •Inclinação pélvica anterior – ocorre na articulação coxofemoral em cadeia cinética fechada •As EIAS movem-se em direção anterior e inferior, aproximando-se da face anterior do fêmur (em torno do eixo transverso das art. do quadril) •Resulta em flexão do quadril e aumento da curvatura fisiológica lombar (extensão) •Facilita a contranutação Lemos, 2014 Retroversão da pelve •As EIPS movem-se posterior e inferiormente, aproximando-se da face posterior do fêmur a medida que a pelve roda para trás em torno do eixo transverso das art. do quadril •Em posição ereta, resulta em extensão do quadril e flexão da coluna lombar •Facilita a nutação Lemos, 2014 Lemos, 2014 ANTERVERSÃO RETROVERSÃO Extensores lombares Extensores do quadril: • Glúteo máximo • Glúteo médio – fibras posteriores • ísquiostibiais Flexores do quadril 1. Iliopsoas 2. Reto femoral 3. Tensor da fáscia lata Flexores do tronco: • Reto abdominal • Oblíquos externos e interno do abdome Obturador externo Piriforme Glúteo mínimo Quadrado femural Glúteo médio (fibras anteriores) Obturador interno Gêmeos superior e inferior Posição agachada: • Forte flexão do quadril grande retroversão dos ílios • Para o equilíbrio dessa posição: • Necessário flexionar o tronco para frente – provocando alongamento da musculatura posterior do tronco, e mantendo o sacro tracionado para trás e para cima impedindo de acompanhar o ílio Biomecânica da pelve e quadril Biomecânica da pelve e quadril A – Tracionamento posterior do sacro pelos músculos posteriores do tronco e tracionamento anterior pelo isquio pelos músculos posteriores da coxa na posição agachada. B – Movimentação do sacro e do ísquio na posição agachada Posicionamento da pelve Biomecânica da pelve Suporte pélvico muscular Planos • Superficial • Médio • Profundo Diafragma urogenital Diafragma pélvico Trígono anal Parte Profunda Parte Superficial Parte Subcutânea M. Esfíncter externo do ânus (EEA) Trígono anal M. Esfíncter externo do ânus (EEA) • Fixação anterior: corpo do períneo • Fixação posterior: cóccix • Fixação superior: músculo puborretal Pele e fáscia que circundam o ânus M. Esfíncter externo do ânus (EEA) AÇÃO Constringe o canal anal durante a peristalse, resistindo à defecação Sustenta e fixa o corpo perineal e o assoalho pélvico Trígono anal Superficiais | Profundos Trígono urogenital feminino Trígono urogenital feminino Superficiais M. TRANSVERSO SUPERFICIAL DO PERÍNEO Origem: face interna do ramo isquiopúbico e túber isquiático Inserção: corpo perineal Ação: sustenta e fixa o corpo do períneo para sustentar as vísceras abdominopélvicas e resistir ao aumento de pressão intra-abdominal Inervação: Ramo do N. pudendo (S2-S4): N. perineal Superficiais Trígono urogenital feminino M. BULBOESPONJOSO Origem: corpo perineal Inserção: passa de cada lado da parte inferior da vagina, circundando o bulbo do vestíbulo e a glândula vestibular maior; insere-se no arco púbico e na fáscia dos corpos cavernosos (clitóris). Ação: sustenta e fixa o corpo do períneo; constrição do óstio vaginal; ereção do clitóris; comprime a glândula vestibular maior. Inervação: Ramo do N. pudendo (S2-S4): N. perineal Trígono urogenital feminino Superficiais M. ISQUIOCAVERNOSO Origem: face interna do ramo isquiopúbico e túber isquiático Inserção: circunda o ramo do clitóris, inserindo-se nas faces inferior e medial do ramo e na membrana do períneo, medial ao ramo Ação: mantém a ereção do clitóris mediante compressão das veias e impulsão do sangue da raiz para o corpo do clitóris Inervação: Ramo do N. pudendo (S2-S4): N. perineal Profundos M. TRANSVERSO PROFUNDO DO PERÍNEO Origem: face interna do ramo isquiopúbico e túber isquiático Inserção: fibras passam por trás da vagina para encontrar seu antímero e outras estruturas no corpo perineal. Ação: sustenta e fixa o corpo do períneo para sustentar as vísceras abdominopélvicas e resistir ao aumento de pressão intra-abdominal Inervação: Ramo do N. pudendo (S2-S4): N. perineal Trígono urogenital feminino Trígono urogenital feminino Profundos M. ESFÍNCTER EXTERNO DA URETRA •Circunda a uretra superiormente à membrana do períneo •Algumas fibras também circundam a vagina Ação: compressão da uretra; Parte uretrovaginal: comprime a vagina Inervação: Ramo terminal do N. pudendo (S2-S4): N. Dorsal do clitóris Trígono urogenital feminino Profundos LA C C LA LA Plano profundo - Diafragma pélvico Dois grupos: 1- M. Piriforme e M. Obturador interno 2- M. Levantador do ânus e M. Coccígeo Diafragma pélvico M. elevador do ânus • Puborretal (PR) • Pubococcígeo (PC) • Iliococcígeo (IC) C PC IL PR Diafragma pélvico M. elevador do ânus • Puborretal (PR) • Pubococcígeo (PC) • Iliococcígeo (IC) C IC PR PC Diafragma pélvico M. Levantador do ânus: • Puborretal • Pubococcígeo • Iliococcígeo C IC PR PC • Fixação proximal: corpo do púbis, fáscia obturatória, espinha isquiática. • Fixação distal: corpo do períneo,cóccix, corpo anococcígeo, paredes da próstata ou vagina, reto e canal anal. C IC PR PC AÇÃO • Constrição do reto e da vagina • Fixação do centro tendíneo do períneo • Suporta as vísceras pélvicas • Controle da pressão intra-abdominal Diafragma pélvico M. Levantador do ânus: • Puborretal • Pubococcígeo • Iliococcígeo Diafragma pélvico M. elevador do ânus • Puborretal (PR) • Pubococcígeo (PC) • Iliococcígeo (IC) Diafragma pélvico C IC PR PC • Fixação proximal: espinha isquiática. • Fixação distal: extremidade inferior do sacro e cóccix. M. Coccígeo Póstero-superior ao levantador do ânus Diafragma pélvico C IC PR PC AÇÃO • Sustenta as vísceras pélvicas • Puxam o cóccix para frente e suportam o cóccix após a defecação ou parto • Comprimem a parte posterior da cavidade pélvica e abertura inferior da pelve M. Coccígeo Póstero-superior ao levantador do ânus • Contração dos esfíncteres uretral e anal (AVDs) Músculos perineais - Funções Músculos perineais - Funções • Relaxamento durante a fase de esvaziamento • Suporte dos órgãos abdominopélvicos Músculos perineais - Funções Músculos perineais - Funções • Estabilidade do tronco (manutenção da posição ereta e postura) • M. Transverso do abdome* • M. Glúteo Máximo Músculos perineais - Funções • Estabilidade e movimentos do corpo • Marcha Músculos perineais - Funções • Servir de “apoio” para o reto durante a evacuação • Atuação no parto Músculos perineais - Funções • Resistência ao aumento de pressão intra-abdominal • Dinâmica direta com a mecânica respiratória Músculos perineais - Funções • Ação na atividade sexual – ciclo da resposta sexual • Desordens perineais – disfunções sexuais Músculos perineais - Funções Anatomia e biomecânica do assoalho pélvico e pelve Profa Ana Eulina Araújo
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