Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Pneumocárdio – TA2 1) Enfisema Pulmonar: · É caracterizado por hiperdistensões alveolares, com destruição progressiva dos septos alveolares. Causa hiperinsuflação pulmonar. · Tipos histológicos: centrolobular – lesão localizada no centro do acino, na sua extremidade proximal. Panlobular – compromete todo o acino. Lesões difusas. · Quadro clínico: - manifestações mais comuns: após os 50 anos; fumantes e não fumantes - dispínéia: em repouso e em esforço - intolerância aos exercícios - tosse seca : secreções brônquicas podem estar presente em quadros de infecções ou quando também a bronquite crônica estiver presente. - emagrecimento - tórax em tonel ou tórax em barril (nem sempre esta presente): paciente de perfil (sem camisa) terá aumento antero posterior de tórax. - achados clínicos variáveis: dependem da gravidade - auscuta pulmonar: musmurio vesicular diminuído ou embolido. Pois tem dificuldade de liberar ar pois as vias aéreas se fecham. - tempo expiratório prolongado: pois tem dificuldade de colocar o ar para fora. Usa o recurso característico do dpoc, se apoia na mesa e sopra, para facilitar a descida do tórax. Faz frenolabial (padrão dos lábios serrados) - cianose de extremidades: em casos mais avançados. - outros: tiragem intercostal (depressão dos espaços entre as costelas, na expiração se afundam, se formam umas valinhas entre as costelas) · Processo fisiopatológico: - distúrbios ventilatórios: aumento da resistência ao fluxo aéreo (obstrução pulmonar espirometria); destruição alveolar (perda da retração elástica – hiperinsuflação pulmonar ao raio x de tórax) Sinal de enfisema pulmonar: hiperinsuflação pulmonar; hemicupula + hprizontalizada, ficam retificadas; costelas horizontalizadas; em perfil se ve o aumento do tórax antero posterios. - distúrbios a perfusão: ( por conta de ser hiperinsuflado e os vasos sanguíneos estarem comprimidos) redução da superfície ventilatória por alterações do leito capilar Lei de fick - disurbios ácido – básicos: hipoventilação; hipercapnia; queda do ph; acidose respiratória * equilíbrio do ácido base: hco3 (ion bicarbonato); pao2; paco2. * h2co3 – acido carbônico- é o gas carbônico que sofre reação e vira h2co3. * na gasometria se ve a pao2 e paco2 * PH = log (+ h) concentração de hidrogênio * PH ácido = abaixo de 7,35 – aumento do hidrogênio. hipercapnia * PH básico = acima de 7,46 – aumento de ion bicarbonato. Hipocapnia. * PH normal: (7,40 ideal)entre 7,35 e 7,45 * base = alcalose * acidose metabólica: hco3 alterada * acidose respiratória: co2 alterada * os dois tipos de acidose podem ser descompensada parcial, compensada total ou compensada mista. * se hipoventila – retem co2 – aumenta a concentração de co2 no sangue (hipercapnia) – aumento da concentração de hidrogênio. * IRPA = insuficiência respiratória aguda · Exames diagnóstico: - raio x de tórax: se o DPOC estiver no inicio, não aparece no raio x. - TC: mesma coisa que o raio x, porem um pouco melhor. - espirometria: parâmetros espirometricos confirmam distúrbios obstrutivos, não da diagnóstico de DPOC. (bronquite e enfisema). · Tratamento: - medicamentoso: broncodilatadores e anticolinérgicos. - reabilitação pulmonar: exercícios aeróbicos e anaeróbicos. 2) Asma brônquica: · A asma é definida por vários autores, por suas características clínicas, fisiológicas e patológicas. Assim há a inclusão de fatores como: · Hiperreatividade das vias aéreas: relacionada a um fundo alérgico, reação acima do normal. · Processo inflamatório: porque as alergias tem ação inflamatória. · Obstrução brônquica: esta relacionado a hiper-reatividade. · Sintomas comuns a outras patologias pulmonares. *toda asma tem bronquite. No bronquitico ele adquire com o tempo a hiper-reatividade, já o asmático ele já vem com isso. · Conceito: “Doença inflamatória crônica das vias aéreas em que várias células e elementos celulares participam. A inflamação crônica associa-se com hiperreatividade das vias aéreas, que determina episódios recorrentes de sibilos, dispnéia, aperto no peito e tosse, particularmente a noite ou cedo pela manhã. Estes episódios associam-se com obstrução ao fluxo aéreo difusamente nos pulmões, mas variável, reversível espontaneamente ou com medicações". · Etiologia: Não existe uma etiologia única; Ocorrência é resultado da interação entre fatores do hospedeiro e ambientais, os quais provocam e mantêm a inflamação brônquica e, por consequência, os sintomas da doença. - Os fatores que influenciam a asma podem ser divididos em dois grupos: Fatores associados ao desenvolvimento da asma: ligados ao hospedeiro; Fatores que desencadeiam os sintomas: ligados ao ambiente. - apresentar sibilos não quer dizer que se esteja em crise, + estar em crise asmática sempre irá apresentar sibilos. · Fisiopatologia: A Inflamação é o fator principal; Presente em toda extensão das Vias aéreas, porém efeitos são mais pronunciados em brônquios de médios calibres. - A reação inflamatória inicia-se pela ativação dos mastócitos pelos alérgenos ou outros agentes. - Por exemplo: a exposição a um alérgeno *fase precoce da inflamação * secreção de ige pelos plasmocitos e ligação aos mastócitos. * novo contato com o mesmo alergeno, desgradulação dos mastócitos. * liberação de mediadores químicos: histamina, prostaglandina, leucotrieno. * broncoconstricção Explicação: não aparece no 1e contato com o alergeno e sim no 2°. 1° contato é a fase precoce da inflamação (não apresenta infecção). Os plasmocitos liberam anticorpos (ige) para o agressor no 1° contato e se ligam aos matocitos, formando memoria. No 2° contato com o agente agressor, os mastócitos vao começar a desgrandular, liberando mediadores químicos e causando broncoaspiração, entrando em crise dai em diante, toda vez que entrar em contato com o agente agressor. - continuação do processo inflamatório: * Fase tardia da inflamação * Chegada de outras células de defesa que liberam mais mediadores químicos. * Manutenção da broncoconstrição * Edema e Hiperplasia das glândulas mucosas Obs: com o tempo as células das glândulas mucosas irão aumentar seu numero, fazendo hiperplasia, causando hipersecreção. - a reação inflamatória será responsável pelas manifestações clinicas como: * Redução do calibre das vias aéreas; * Hiperreatividade brônquica; * Alterações estruturais nas vias aéreas. · Quadro clinico: - Pode apresentar uma ou todas as seguintes manifestações (não fecham diagnóstico): Sibilos expiratórios, tosse improdutiva (seca) ou mesmo produtiva (produz secreção clara de ovo), dispnéia. - Alguns sinais podem vir associados, porém não são determinantes para o diagnóstico: Expiração prolongada, uso da musculatura assessória da respiração (ECON) (tiragem supraclavicular, afunda); Tiragens intercostais - Sintomas ocorrem de forma episódica (Crises) - São recorrente mais intensos durante a noite ou nas primeiras horas do dia. - São ocasionados por fatores como: * Infecção respiratória viral * Exposição a alérgenos ambientais ou ocupacionais (polens, fungos, ácaros, pelos de animais, fibras de tecidos) * Exposição a irritantes (fumo, poluição do ar, aerossois) * Alterações climáticas, ar frio, alterações emocionais * Exercício: deve ser controlado a intensidade, pois pode iniciar uma crise de asma se a intensidade não for controlada. Obs: PEAK FLOW mede o fluxo expiratório máximo nos primeiros 100 ms da expiração forçada. · Diagnóstico: - Avaliação da função pulmonar é primordial (Espirometria) porem não fecha diagnóstico. Com isso se verifica a gravidade da doença com segurança. A relação de gravidade não tem haver com os sintomas. Ex: pode ser gravidade leve e ter muitos sintomas, como pode ser grave e não estar com sintomas nenhum. - RX de tórax: Importante nos casos mais graves: Formas leves e moderadas da doença habitualmente apresentam radiografia de tórax normal. · Tratamento: - Medicamentoso: Broncodilatadores e Anticolinérgicos; Corticoides - Reabilitação Pulmonar: Exercícios aereóbicos e anaeróbicos. Obs: não adianta so medicamentoso ou só fisio. É um tratamentoassociado. 3) Bronquiectasia: · Mantém correlação com a gravidade e o número de infecções respiratórias: Pneumonias de repetição; Infecções respiratórias de repetição (bronquite, bronquiolite) · Principais etiologias: bronquiectasias com fibrose cística e sem fibrose cística; idiopática; pneumonia, etc. síndrome de kartagener, discinesia ciliar e pneumonia aspirativa são pouco prováveis. Obs: tem grandes chances de um paciente pós tuberculose (onde produz muita secreção), ter bronquiectasia. · Origem geralmente na infância, ou na juventude (sinusite crônica, pois aspiram secreção purulenta a noite e fazem pneumonia por conta dessa aspiração de secreção). · Importância dos achados anatômicos para o conceito. · Dilatação brônquica (por conta da aspiração de secreção). · A bronquiectasia também é caracterizada por um alargamento anormal dos brônquios e levam a um formato anatômico nos brônquios que denominam diferentes bronquiectasias. Perde a elasticidade brônquica por conta dessa dilatação toda hora. · Esse vai e volta nos brônquios também causa alteração do epitélio ciliado e essa diminuição de cílios faz com que a secreção fique estagnada em apenas um local e isso causa a infecção. Deve-se evitar que a secreção fique esverdeada pois isso mostra que já há uma infecção. · Conceito: Definida como a dilatação e distorção irreversível dos brônquios, em decorrência da destruição dos componentes elástico e muscular de sua parede. · Etiologia: Relacionada ao comprometimento do sistema de depuração muco-ciliar e agressão infecciosa: Infecções por repetição; Idiopáticas · Anatomia patológica: - As alterações patológicas acometem brônquios e bronquíolos. Ocorre dilatação anormal e permanente, com destruição das paredes bronquiolares. Embora não exista um consenso, estas alterações se localizam predominantemente entre a segunda e a sexta divisão brônquica. - Os setores broncopulmonares afetados apresentam alterações morfológicas como: Inflamação da parede brônquica; Edema da mucosa; Cicatrizes fibróticas; Ulcerações brônquicas com neovascularização. · Fisiopatologia: O processo fisiopatológico envolve múltiplas causas que levam a retenção de secreção e infecções respiratórias frequentes. Os fatores importantes que iniciam o processo do desenvolvimento das alterações morfológicas são os seguintes: - Secreções infectadas - Alteração na drenagem das secreções, - Obstrução da via aérea - Defeitos nos mecanismos de defesa do paciente. Obs: ocorre alteração nas formas dos brônquios isso faz com que as vias aéreas fiquem obstruídas. Possui dificuldade de drenar as secreções. · Teoria do ciclo vicioso: infecção – sistema ciliar fica lesado – acumula muco e bactérias – seleção de bactérias vurulentas – processo inflamatório crônico – redução da depuração brônquica – infecções recorrentes – bronquiectasia – predisposição a infecções alterações na anatomia brônquica. Esse ciclo deve ser quebrado. Deve-se tratar da secreção, elimina-la é sempre a 1° coisa a ser feita, se faz a técnica de higiene brônquica que elimina a secreção. · Classificação das bronquiectasias: - De acordo com sua morfologia: * Cilíndricas (brônquios uniformemente dilatados). Perde elasticidade, dilatação de forma uniforme, com pouco ou quase nenhum efeito sacular. *Císticas ou saculares (brônquios dilatados somente em determinado ponto de seu diâmetro - adquirem forma esférica). Alterações na parede com muito pouco cilio, acumula muita secreção. *Varicosas (dilatações que se alternam com segmentos normais - apresentam estreitamentos em diferentes partes, com dilatação terminal). - de acordo com a localização: *localizada: fácil de tratar cirurgicamente. *difusa: difícil tratar cirurgicamente. - de acordo com a etiologia: geralmente para saber o inicio, a causa. *congênita: genética *adquirida: por infecção por repetição. · Quadro clinico: - Principalmente: tosse produtiva (com secreção), com expectoração mucopurulenta, em grande quantidade, principalmente pela manhã. - Pode haver presença de Sibilos inspiratórios ou expiratórios - não ajuda muito na diferenciação da doença. - sinusite é uma das causas da bronquiectasia pois aspiram muita secreção e repetidamente o que pode causar infecção. - hemoptise: eliminuação de sangue vermelho vivo pela boca , com muitas bolinhas, espumoso (pulmão ou trato digestivo). - hematenise: eliminação de sangue tipo borra de café pela boca. Nunca é espumoso. (intestino baixo). - na auscuta apresenta sibilos tanto inspiratórios quanto expiratórios. *inspiratórios: por conta da secreção. *expiratórios: por conta do bronquiespasmo. - crepitação: no final da expiração, tipo barulho de cabelo. - sub creptante: como um estourar de bolhas (bolhoso ou creptações grossas) · Principais exames diagnóstico: - raio x de tórax em doença extensa, em pacientes leves não apresenta. - síndrome de kartagener: Destrocardia ou Situs Inversus Totalis, Sinusite e Bronquiectasia. - TC: é o melhor exame para evidenciar as lesões discretas (superior ao raio x de tórax). · Tratamento: - medicamentoso: Antibioticoterapia (tratar ou agir profilaticamente contra a infecção); Corticóides (ação inflamatória); Broncodilatadores (Dilatação das vias aéreas). - cirúrgico: dependente da gravidade; ressecções de segmentos pulmonares. - fisioterapia pneumofuncional: Técnicas de Higiene Brônquica – FACILITAÇÃO DA CLEAREANCE MUCOCILIAR (principal objetivo). 4) Anatomia do sistema cardiovascular: · Coração: Localização no mediastino, atrás do esterno, entre os pulmões, acima do diafragma; Átrios Direito e esquerdo; Ventrículos direito e esquerdo; formado por uma mebrana - Pericárdio - o ápice do coração tem grande contato com o diafragma. · Irrigação cardíaca: artéria coronária direita (descendente posterior) e esquerda (descendente anterior e circunflexa) (principais ramos). Elas se bifurcam para irrigar todo o miocárdio. Elas dao origem a outras coronárias. - em um caso de obstrução das artérias deve ser feito uma cirurgia e esse processo depende da artéria obstruída e o nível da obstrução. · Válvulas cardíacas: Tricúspede (AD - VD); Mitral (AE – VE) – bicúspide; Pulmonar e Aórtica - Direcionamento do fluxo sanguíneo - Evita o refluxo sanguíneo - principal funções das válvulas é fazer com que o sangue passe do átrio D para o ventrículo D e átrio E para ventrículo E. 5) função do sistema cardiovascular: · Circulação: Sangue venoso chega ao AD e VD (veias cavas) - Válvulas: Tricúspede e pulmonar - Pulmões – Hematose - Sangue arterial chega ao AE e VE - Válvulas: Mitral e aórtica - Tecido - o fechamento das valvulas aumenta a pressão no coração. Sangue venoso pobre em oxigênio. Quando chega na cavidade atrial D, enche o átrio e faz com que as válvulas tricuspedes se abram. - o ventrículo D bombeia sangue ate chegar nos pulmões e volta para o ventrículo E (válvula tricuspede e pulmonar). - o ventrículo E bombeia via aorta ate chegar aos tecidos (válvula mitral e aórtica) · Função do sistema cardiovascular: - Transporte de O2 e CO2 - Condução de nutrientes aos tecidos - Remoção de Metabólitos celulares - transporta O2 e CO2 em tecidos periféricos depois o CO2 volta ao pulmão removendo os metabólicos celulares. · Ciclo cardíaco: Período que decorre entre o final de uma contração cardíaca até o final da próxima. Dividido em sístole (contração) e diástole (relaxamento). 6) Conceitos básicos em cardiologia: · Pré carga: Grau de estiramento que o músculo cardíaco é submetido antes de começar a se contrair. Esta diretamente ligada ao retorno venoso e ao volume diastólico final. - Quantidade de sangue que chega ao coração antes que ele se distenda. Determina a força de contração e o volume de sangue a ser bombeado. - quanto + sangue chegar ao coração, a pré carga estará aumentada (mas dependendo do retorno venoso, estará normal). - sempre que o retorno venoso e o volume diastólico estiverem diminuídos a pré carga também estará. - a pré carga corresponde ao retorno venoso (que é a quantidade de sangue que entra no coração) - pré carga diminuída,diminui o retorno venoso e diminui o debito cardíaco. · Pós carga (contração): Carga contra a qual o músculo cardíaco vai exercer sua força contrátil. - o que pode ser feito para diminuir a pós carga? Aumentar a força dos ventrículos (na insuficiência cardíaca); dilatar mais as artérias; exercícios que aumentem a aptidão cardio pulmonar (fisio) - o que pode aumentar a pós carga? Insuficiência ventricular a esquerda e direita (só diminui com medicamento para dilatar a artéria pulmonar) e doença pulmonar a direita. · Debito cardíaco: É o volume de sangue ejetado pelo coração por minuto. Volume de sangue que sai do coração por minuto. - se teve aumento da pós carga, o debito cardíaco ocasionado pela pós carga estará aumentado ou diminuído? Diminuído. - Pós carga aumentada irá aumentar a resistência vascular, irá diminuir o fluxo de sangue e diminuira o debito cardíaco. - se o debito cardíaco estiver diminuído o retorno venoso também estará diminuído e vice versa. · Volume de ejeção: É a quantidade de sangue que sai do ventrículo a cada batimento; Diretamente proporcional a pré-carga e a Lei de Frank Starling. · Lei de Frank Starling: Quanto maior for à capacidade do músculo cardíaco de distender-se maior será a força de contração realizada pelo miocárdio; maior será a quantidade de sangue ejetada. - se houver aumento da pré carga, a lei estará favorecida e com isso o volume de ejeção será maior. · Características do miocárdio: - Inervação SNA; - Independem do SNC - Metabolismo Aeróbio · Potencial de ação: - Nasce no Nó Sinoatrial (marca-passo) – Localização junção da veia cava com o AD - Outras estruturas importantes: Nó atrio-ventricular, vias internodais, feixes de His e Fibras de Purkinje
Compartilhar